O Pretor começou a dar em cima de mim e realmente me senti lisonjeada com aquilo, sabia que era charme, e além de ser uma filha de Atena, o feitiço das palavras tem pouco efeito quando o alvo sabe que pode ser persuadido, então devo admitir que me deixei levar por pouca parte da conversa, até que ele mencionou a irmã do filho de Hades e a tensão no clima começou a aumentar de forma irregular. Sentia os músculos de Gean se retesando, e sua mente entrelaçando em um nó que jamais poderia ser desfeito.
Em questão de instantes, a filha de Hades, ou provavelmente Plutão, entrou pela porta já esbanjando uma espécie de insanidade. Levei a mão até as costas em busca da lança, mas já era tarde demais. Ela era muito rápida, romanos sempre foram especialistas em estocadas e ataques mais básicos, sem aquele movimento corporal ‘fluido’ que os gregos tem. Isso é algo que garante um avanço direto e forte contra um único adversário enquanto os gregos dançam ao redor de seus inimigos com graciosidade.
Mas o importante foi que eu aguardei o movimento de desvio de Gean, que ele corresse para o lado e sacasse sua espada, mas tudo que ele fez foi ficar no caminho chorando, e clamar pelo nome da garota que agora cravava uma espada em seu abdome. Abraçou-a, em meio à desespero e sentimento, mas mais que isso estava confuso, sua mente estava tão caótica que tinha que processar coisa após coisa e ainda assim se perdia.
Olhei para o Pretor, e vi que o próprio Gean estava criando instintivamente uma tensão entre os dois, como uma lenta liberação de elétrons, prestes a fazer relâmpagos surgirem ali. Sou filha de Atena e além de tudo, Ceifadora de Thanatos. Minha força se equipara com a do filho de Hades mas o fato de servir a morte sempre me deu uma pequena superioridade, que senti desaparecer no instante em que ele olhou com ódio para o filho de Mercúrio.
Senti meu corpo tremer, e vi que não conseguiria fazer nada. Não via muita coisa acontecer, apenas os berros de ódio, desespero e qualquer que seja aquele último sentimento, disparados de Gean como espadas pelo ar.
- Morra! SEU VERME! – Ele gritou, e senti vontade de fugir. Isso ia além da morte, isso ia além do poder de um filho de Hades. Isso era ódio puro, o mesmo ódio que gera guerras, que mata centenas de inocentes. E percebi nesse exato instante, que continuar naquela sala era suicídio, e pela primeira vez na minha vida como uma Ceifadora, eu tremi de medo.
Em questão de instantes, a filha de Hades, ou provavelmente Plutão, entrou pela porta já esbanjando uma espécie de insanidade. Levei a mão até as costas em busca da lança, mas já era tarde demais. Ela era muito rápida, romanos sempre foram especialistas em estocadas e ataques mais básicos, sem aquele movimento corporal ‘fluido’ que os gregos tem. Isso é algo que garante um avanço direto e forte contra um único adversário enquanto os gregos dançam ao redor de seus inimigos com graciosidade.
Mas o importante foi que eu aguardei o movimento de desvio de Gean, que ele corresse para o lado e sacasse sua espada, mas tudo que ele fez foi ficar no caminho chorando, e clamar pelo nome da garota que agora cravava uma espada em seu abdome. Abraçou-a, em meio à desespero e sentimento, mas mais que isso estava confuso, sua mente estava tão caótica que tinha que processar coisa após coisa e ainda assim se perdia.
Olhei para o Pretor, e vi que o próprio Gean estava criando instintivamente uma tensão entre os dois, como uma lenta liberação de elétrons, prestes a fazer relâmpagos surgirem ali. Sou filha de Atena e além de tudo, Ceifadora de Thanatos. Minha força se equipara com a do filho de Hades mas o fato de servir a morte sempre me deu uma pequena superioridade, que senti desaparecer no instante em que ele olhou com ódio para o filho de Mercúrio.
Senti meu corpo tremer, e vi que não conseguiria fazer nada. Não via muita coisa acontecer, apenas os berros de ódio, desespero e qualquer que seja aquele último sentimento, disparados de Gean como espadas pelo ar.
- Morra! SEU VERME! – Ele gritou, e senti vontade de fugir. Isso ia além da morte, isso ia além do poder de um filho de Hades. Isso era ódio puro, o mesmo ódio que gera guerras, que mata centenas de inocentes. E percebi nesse exato instante, que continuar naquela sala era suicídio, e pela primeira vez na minha vida como uma Ceifadora, eu tremi de medo.