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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Missão One-Post | Serviços para Zeus | Nícolas Mills Empty Missão One-Post | Serviços para Zeus | Nícolas Mills

por Nícolas Mills 10/12/15, 03:23 am

Nícolas Mills

Nícolas Mills
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Formulário:

Nome da narração: Serviços para Zeus
Objetivo da narração: Salvar as águias de Zeus
Quantidade de desafios: 1 desafio no meio e 1 no final
Quantidade de monstros: 7
Espécie dos monstros: Esqueletos e Ciclope

Hoje de manhã eu havia comprado uma nova lança. Depois do almoço, fui ao meu chalé adimirá-la. Era uma vara de carvalho com 2,5 metros de comprimento, com uma ponta de bronze celestial. Uma arma pesada e bela, que eu sabia que não teria toda a perícia para usar, como os conselheiros ou os filhos de Poseidon usavam. Eles podiam ser mais aptos a usar lanças grandes, mas ainda assim eu poderia tentar usá-la. Com um escudo, eu estaria perfeitamente armado, como um guerreiro espartano.

Resolvo ir para as forjar mostrar minha lança para meu amigo Alvelin e ver como ele poderia incrementar minha nova arma. A caminho das forjas, porém, sou chamado por outro campista. Fico surpreso por outros campistas me reconhecerem, o que fazia eu me sentir ainda mais parte dessa família.

Vou ao encontro do garoto, que era Will Kross, filho de Poseidon. Ele era um garoto novo, de quase 13 anos, porém bem mais experiente do que eu. Era loiro como eu, mas tinha olhos azuis diferentes dos meus, que eram cor do céu, e os dele era da cor do mar em um dia de sol. Era magricela e 17 centímetros mais baixo que eu, mas eu não me deixava enganar, conhecia ele bem o suficiente para saber que ele me venceria facilmente em combate.

Aceno com a cabeça, e estendendo a mão para cumprimentá-lo, digo:

-E aí Will, tudo em cima?

-Tudo cara, e contigo? Mano, recebi um recado, que acho que foi enviado pro lugar errado. Olha isso...

Ele me passou um pergaminho, amarelo como todos os outros que eu havia visto, mas esse tinha cheiro de chuva. Franzo as sobrancelhas, pois aquilo definitivamente não era normal. Abro o pergaminho e leio a mensagem.


"Caro semideus,
Lhe requisito por meio dessa carta para uma missão. Alguém está capturando águias e as mantendo em cativeiro no Brooklyn. Muitas aves estão sumindo do país e isso está preocupando o olimpo. O selecionamos para a tarefa de ir até lá, descobrir o que está acontecendo e libertar esses animais tão sagrados.
Assistente Pessoal do Senhor Zeus

Fico de queixo caído quando vejo a assinatura.

-Mano, você recebeu um tarefa dada praticamente por Zeus, e acha que foi um engano?!

-Claro! Olha pra minha cara. Acha que tô com cara de quem se importa com águias? Eu não vou fazer tarefas para Zeus, não hoje. Tenho outras coisas pra fazer. Porque você não vai?

-O que? Eu? Você é louco?

-Louco? Fiquei sabendo que você está lutando muito no acampamento. Até um pingente de dente de lobo você tem. Isso não é tão comum. Não acha que tá na hora de enfrentar missões lá fora? Quem sabe assim você não é reclamado? É no Brooklyn, perto, e a van do acampamento pode te levar.

Fico refletindo por alguns instantes. Por um lado ele estava certo. Eu já tinha uma certa experiência para sair do acampamento, pelo menos pelo estado de Nova Iorque.
Lembro do medo que senti antes de entrar na floresta e como eu me saíra bem.

Sem contar que, quem sabe, aquela missão poderia ser realmente pra mim? Porque Zeus mandaria uma missão para um filho de Poseidon? Talvez ele não tenha pedido à um dos seus filhos pela tarefa ser fácil demais para um campista poderoso como eles. Talvez ele soubesse que a missão cairia nas minhas mãos, para me testar.

Estufo o peito e sorrio para Will:

-Você está certo! Me passe o pergaminho para eu mostrar para Quíron e ir.

Pego o pergaminho e primeiro vou ao meu chalé me arrumar. Coloco meu elmo e meu peitoral, ajustando suas tiras. Coloco a espada na bainha e a lança na mão esquerda. Pego minha mochila, que era pequena e fácil de carregar, com as duas poções nela. Tentaria ver se alguém tinha dólares e uma garrafa de água para levar. (Se custar dracmas, por favor descontar).

Cruzo o acampamento vestido para guerra, mas ninguém se importa com isso, pois estávamos acostumados a sair armados para todos os tipos de atividade no acampamento. Enquanto caminho, mexo em meu pingente com a mão esquerda. Era um dente canino enorme, aparentemente coberto com verniz. Desde que havia ganhado ele, me sentia ainda mais forte, ágil, como se ele me desse poder.

Chego à casa grande e entro na sala de estar. Quíron estava em sua forma humana, na cadeira de rodas. Ele estava calmo, ouvindo seus clássicos dos anos 40, com os olhos fechados. Pirragueio para ele me ver, em seguida estendo o pergaminho para ele me ajoelhando.

-Senhor, lhe trago esse pedido de missão.

Ele pega o pergaminho e olha para mim com os olhos serrados. Gelo, com medo que ele saiba que a missão não era para mim e me puna, mas então seu rosto suaviza e ele diz com calma:

-Muito bem. Vou chamar o Argos. Você pode subir a colina.

Saio aliviado da casa grande e subo a colina cheio de inspiração, pronto para decepar cabeças monstruosas. Do outro lado da colina, na estada que passava ao lado do acampamento, a van estava parada com Argos no volante. Nunca havia visto o segurança do acampamento, pois quando eu chegara com o sátiro que me ajudou, ele não estava na casa grande e desde então eu não havia voltado lá. Mesmo assim, resolvi não falar com o motorista, somente embarquei no banco de trás e esperei.

O caminho foi longo, o que me deixava ainda mais ansioso. Fico observando o começo da cidade em si, quando a auto-estrada sai da mata, e fico impressionado com tudo que vejo. Cada loja e cada carro com crianças no banco de trás. Fico pensando em quanto tempo eu não saía do acampamento. Agora o mundo mortal parecia o surreal.

Isso fazia eu me lembrar da minha mãe. Provavelmente ela já havia me enterrado, depois de 4 meses desaparecido. Não havia como eu ter certeza, pois mesmo ela sendo uma atriz, teria deixado tudo em segredo. O mundo provavelmente só sabia que ela tinha um filho, e a maioria nem devia lembrar, pois ela nunca me mostrava.

Fiquei imaginando o que ela pensaria se me visse agora, fortemente armado e vivendo uma vida perigosa, completamente oposta a que ela me fazia viver. Afasto esses pensamentos, pois não poderia me sentir fraco naquela momento. Eu tinha um teste para cumprir, e precisaria me preocupar com ele, principalmente por ser um serviço ao Senhor do Olimpo. Não queria ser acidentalmente pulverizado por um raio.

Argos me deixou no Brooklyn e foi embora rapidamente, deixando claro que ele não queria participar de nenhuma aventura. Ando pelas ruas mais movimentadas, e cruzo com algumas gangues em becos. Como eu já tinha 19 anos e 1,88 metro de altura, bastava fazer cara feia que ninguém tentaria mexer comigo, e graças a isso todos eles sempre desviavam de mim.

Já passava das 4 da tarde, estava bastante frio, talvez cerca de 10°C, mas eu não conseguia achar nada suspeito. Águias deviam ser fáceis de encontrar voando em uma cidade completamente povoada, mas aparentemente quem estive as capturando estava fazendo um trabalho silencioso.

Chego a um ponto de táxi e decido tentar a sorte perguntando a um mortal motorista.

-Olá, senhor, boa tarde. Qual é a primeira coisa que vem a sua cabeça quando digo "águias no Brooklyn"?

Já espero com medo que ele apenas ria, ou chame o hospício, mas ele sorri e responde diretamente:



-Essa é fácil, meu jovem. A fábrica de hamburgeres da rua E 24th St, logo depois do Bill Brown Playground. O símbolo é uma águia, faz propaganda na TNT em todo intervalo das partidas da NBA!

Nem eu esperava uma resposta tão completa, então agradeci o taxista e dei 5 dólares para ele (se eu tiver). Sigo para a rua mencionada por ele, que não era longe de onde estávamos. Realmente, uma fachada dizia "Hawk's Burger", mas não tinha portas para clientes. Era claramente uma indústria, não comércio.

Percebo que eu não teria como entrar facilmente, pois arrombar a porta tiraria qualquer chance de entrar desapercebido. Ando envolta da construção procurando uma brecha. Era uma esquina, de dois andarem, talvez 60 metros quadrados de área, com uma pintura nova, azul e vermelha. Na frente para a Avenida Y, havia uma escada de manutenção, boa demais para ser verdade.

Subo por ela até o terraço do segundo andar. Não havia nada demais lá, mas tinha o que eu precisava: uma saída de refrigeração. Tiro a tampa e desço pelo cano de inox de 1 metro de diâmetro, onde eu cabia com folga. Desço escorregando como em um parque de diversão, e quando chego ao fim, vejo uma grade que dava para o chão do segundo andar.

Empurro a grade e agarro para ela não cair no chão. Pulo e caio com um rolamento perfeito, colocando a grade no lugar novamente. Se tudo der certo eu esperava não ter que subir por ali de novo.

Olho em volta, mas o lugar estava completamente escuro, então apalpo a parede procurando um interruptor. Quando finalmente encontro e ascendo a luz, perco o ar de meus pulmões. Nas quatro paredes uma esteira industrial colada na parede, dando a volta no quarto girava. Nela havia águias em jaulas.

Assim que me viram, as águias começaram a piar desesperadamente. Eu sabia que aquele barulho acabaria com a minha raça, então olho elas nos olhos, e sussurro:

-Xiiiuu. Vou salvar você, mas vocês precisam esperar. - Incrivelmente, elas todas se calam imediatamente. Fico um pouco assutado por elas me entenderem, e eu até sentia uma certa ligação com as aves. Sem mais perder tempo, volto a minha atenção novamente para a sala.

As gaiolas caíam de uma espécie de portal no teto, no canto onde a esteira começava. A cada 8 segundos, uma jaula caía na esteira e girava em torno das quatro paredes até chegar na última, onde a esteira tinha um declive e entrava no chão, descendo para o primeiro andar.  O buraco no chão onde a esteira entrava e um outro buraco em baixo do portal eram as únicas saídas para o primeiro andar, o que dava a entender que ninguém subia ou descia, a não ser em emergências.

Ando até o buraco embaixo do portal e dou uma olhada no primeiro andar. Não conseguia ver muita coisa, mas via dois esqueletos armados com espadas, de costas para a porta da frente, como se fossem seguranças. Eu podia ouvir o barulho do maquinário e também um que parecia um raio lazer sendo disparado, no mesmo intervalo de 8 segundos. Não conseguia ver mais nada, mas sabia que os dois esqueletos seguranças não eram os únicos no andar de baixo.

Eu teria que descer, desativar a máquina medonha, e vencer um grupo de esqueletos. Eu não sabia o que aquela máquina fazia, mas sabia que não era nada bom. O único problema seria vencer um grupo armado de esqueletos. Eu precisava de um elemento surpresa para entrar na luta. Penso por alguns instantes, até que finalmente tenho uma ideia.

Vou até a esteira e arranco uma mola de dentro dela. Só aquela mola não prejudicaria o funcionamento da máquina e não denunciaria minha interferência. Em seguida, estico ela até a mola ficar razoavelmente reta. Vou até o começo da esteira, e intercepto a próxima gaiola a cair no ar, antes dela chegar a esteira, então me ponho a trabalhar.

O cadeado que fechava a gaiola era tão simples, que eu achava que até uma chave de plástico o abriria. Aparentemente os operadores da captura das águias não se preocupava com violação de mercadoria. Enfio a ponta do ferro da mola no cadeado e chacoalho lá dentro até abrir a trava. Foi mais fácil do que eu esperava.

Espero até a vez da gaiola que roubei chegar, e já percebo alguns sons estridentes, como esqueletos conversando intrigados pela gaiola não vir na hora certa. Abro a gaiola perto do buraco do portal dizendo:

-Preciso que você crie uma bagunça lá dentro.

Como era esperado, o caos foi criado no andar inferior, com uma águia voando em círculos e piando em meio aos esqueletos, que aparentemente corriam de um lado para o outro. Aproveito a confusão e corro para a esteira, onde ela descia para o andar de baixo.

Escorrego em meio ao caos criado, com a lança na mão direita e a espada na esquerda, estendida para fora da esteira, caso algo estivesse perto dela, seria atingido. Por sorte, havia um esqueleto exatamente ao lado da esteira, e teve sua cabeça instantaneamente arrancada do corpo ossudo. Imediatamente o esqueleto desmonta e seus ossos dissolvem.

Pulo da esteira antes que eu entre em uma caixa, como as de raio-x dos aeroportos, onde aparentemente as águias entravam vindas do andar de cima. Quando observo o que acontece com a próxima águia que vinha atrás de mim, fico completamente abasbacado.
A gaiola entra na caixa, onde um lazer é disparado. Da lateral da caixa, 5 hamburgeres caem prontos em uma caixa, e do outro lado, a jaula sai com uma águia esqueleto dentro. O mais perturbador, porém, era que os esqueletos se moviam, e tinham um brilho vermelho nos olhos. Elas entravam em outro portal no final da esteira, um circulo azul que absorvia as águias. Algo me dizia que elas eram transformadas em águias esqueleto assassinas.

No resto da sala, os esqueletos recobravam a consciência e me olhavam. Havia os dois armados na porta, no lado oposto ao meu, um ao lado da caixa onde os hamburgeres caíam (aparentemente eu acabara de matar o ajudante dele, que estava exatamente do lado da mesma caixa, só que mais próximo à esteira), e mais afastados, outros dois esqueletos que embalavam as caixas cheias de hamburgeres com o papel-propaganda da Hawk's Burger.

Felizmente só os dois guardas estavam armados, mas ainda eram cinco esqueletos, e os outros três desarmados, para piorar, arrancaram uma costela deles mesmo, que pareciam bastante afiadas.
A águia livre já havia voltado para o segundo andar, provavelmente ciente que as coisas iam ficar feias agora.
Mapa:

-E aí, quem quer brincar, baby?

Encaixo a lança nas minhas costas, no suporte para ela no cinto, e saco a espada. Ataco o esqueleto que estava mais próximo de mim, tentando cortar ele no meio com um golpe na diagonal. Infelizmente o esqueleto colocou sua costela na frente. Eu imaginava que cortaria ela como manteiga, mas me enganei. O osso repeliu minha espada como se também fosse de bronze.


Ótimo truque, não? - Pensei comigo mesmo.

Os outros quatro esqueletos vinham na minha direção, quando os dois armados são surpreendidos. A águia havia voltado, e deu um rasante em frente os dois esqueletos-guardas, fazendo eles pararem para tentar atingí-la. Ela estava ganhando tempo para mim e eu teria me virar logo e matar o primeiro inimigo, antes que eu tivesse que enfrentar todos de uma só vez.

Dados de Vida:

Volto a trocar golpes contra o esqueleto 5. Ele podia ter uma costela de aço, mas com certeza não tinha mais força física que eu, portanto forço o combate, empurrando ele para trás, até que finalmente arranjo uma brecha e rasgo as costelas do esqueleto. Ele também se desmonta e dissolve.

Talvez somente os guardas realmente tivessem habilidades de combate, por isso matei o primeiro tão facilmente, mas agora teria que lutar contra pelo menos dois de cada vez, e isso lhes daria vantagem.

Antes mesmo que eu pudesse me recuperar, os dois esqueletos armados com costelas estavam na minha cola. Um deles tenta espetar sua arma em mim, mas eu desvio para o lado. O segundo seguiu o exemplo de seu amigo e também tenta me atingir, mas eu aparo o golpe com a espada. Eu não conseguiria me defender por muito mais tempo.


Se eu ao menos tivesse um escudo

Dou um passo para trás, e soco a caixa de transformação. Imediatamente ela começa a emitir um ruído até travar a esteira e acabar com as transformações. Salto para cima da esteira e espero os esqueletos me seguirem. Quando eles estão prestes a alcançar minhas pernas, chuto a gaiola mais próxima sobre um deles. Espero que Zeus me perdoe por arremessar uma de suas aves, mas nossa salvação dependia disso.

O esqueleto 4 caiu com a gaiola sobre ele e ficou espatifado no chão. Infelizmente ele não se desmontou e dissolveu, mas o osso do tórax trincou, o que não deixou ele muito feliz. O monstro número 3 tenta atingir minha perna com sua costela, mas eu pulo para trás da esteira, mantendo ela entre nós.

Dados de Vida:

Aproveito a folga para observar a situação do momento. Aparentemente o esqueleto atingido estava tendo dificuldades para tirar a gaiola de cima de si. Por outro lado, os guardas deviam ter se livrado da águia, pois eu não a via mais. Logo eles estariam prontos para me atacar também.

Penso na inutilidade que minha lança nova tem contra os esqueletos. Eu não conseguiria manuseá-la com total maestria, e só acertaria um alvo grande, não esqueletos. Com a minha sorte, a lança atravessaria os vãos das costelas e eu só perderia minha arma. Não, eu precisava lutar somente com a espada, e rápido.

Tento decepar o braço do esqueleto que ainda estava tentando me acertar do outro lado da esteira, mas ele apara o golpe com seu osso. Então tenho uma ideia: eu poderia ser ferido e continuar lutando, mas eles, se recebessem um golpe direto, provavelmente teriam um membro decepado ou morreriam. Sendo assim, arrisco um golpe oportuno, girando a lâmina da espada e empurrando meu próprio braço contra o dele.

Como eu já esperava, a ponta da costela dele fincou em meu braço, causando uma forte dor, porém eu conseguiria lutar normalmente. Já o braço dele, que também foi atingido pela minha espada, não tinha a mesma resistência que um corpo humano e caiu no chão, se quebrando completamente. Com o esqueleto desarmado, na minha frente, e sem um braço, foi fácil finalizá-lo, fazendo um corte horizontal e decapitando o monstro.

Dados de Vida:

Antes que eu pudesse comemorar, os dois guardas já estavam logo do outro lado da esteira. Um deles (1) tenta um golpe perfurante contra o meu coração, mas eu travo nossas lâminas, a vinte centímetros do meu pescoço. O problema era que a lâmina deles eram mais comprida que a minha, portanto eu não conseguiria alcançá-los dali. Teria que enfrentar eles corpo a corpo, pois a esteira entre nós só dava vantagem a eles.

Infelizmente, eu não tinha força suficiente para repelir a lâmina do inimigo, portanto não conseguiria desgrudar as costas da parede sem ter minha cabeça empalada pela espada. Para minha enorme infelicidade, o segundo guarda (2) era esperto e estava subindo a esteira para ficar do meu lado e provavelmente terminar o serviço. Quando ele pulava no chão ao meu lado, eu escuto uma gaiola rolando no chão e o esqueleto que antes estava caído também se levanta. Se eu não agisse imediatamente, não teria mais como reverter a vantagem do inimigo.

Uso toda a minha força empurrando a espada para cima, como se fosse erguer os braços, e aproveito o impulso dos braços para cima, e empurro meu corpo para baixo, escorregando as costas pela parede até eu ficar deitado no chão. O esqueleto não esperava que eu levantasse os braços, portanto sua lâmina também subiu, me deixando livre. Eu escorrego e deito no chão no exato momento em que o esqueleto número 2 atinge a parede com a espada onde minha cabeça estava. Antes que ele perceba e possa tentar me atingir no chão, chuto as costas do joelho do esqueleto, que dobra para frente. Me levanto e golpeio com a espada o osso da bacia do monstro, que termina de cair no chão, para frente, porém vivo.

A falha do meu plano era que para atacar o esqueleto número dois, eu ficara completamente de costas para o número um. Ele estava armado, e com facilidade finca sua espada em meu ombro direito, logo quando eu estava me virando para encará-lo. A dor da lâmina na minha carne era a maior que eu já havia sentido, mas mesmo assim me viro com força, arrancando a espada da mão do esqueleto e a atirando longe, atrás de mim.

Dados de Vida:

Quando olho para frente, percebo que, mesmo desarmando o inimigo, eu ainda estava em apuros. O esqueleto número 4 estava prestes a arremessar sua costela na minha direção, e eu não queria servir de alvo para testar a mira do monstro. Para me livrar do lançamento, eu me atiro, pulando para o outro lado da esteira, em direção do guarda desarmado. Dou um abraço de urso nele e nós dois caímos com um estrondo no chão, quebrando alguns ossos dele, mas também fazendo eu manter a cabeça no chão e ficar completamente desnorteado.

Dados de Vida:

Ninguém parecia próximo de me atacar. Os três esqueletos estavam tão feridos quanto eu e com poucas condições de se aproximarem de mim agora. Estico o braço para trás, para alcançar o bolso lateral da minha mochila, e de lá pego uma das minhas poções e a tomo. Imediatamente me sinto revigorado, as feriadas começam a se fechar e cicatrizar e eu consigo me levantar devagar.

Mapa 2:

Dados de Vida:

Observo a situação atual: o esqueleto 1, que estava mais próximo a mim, estava estatelado no chão. O número 4, que atirara a costela na minha direção já arrancava outro osso do corpo e me encarava com suas órbitas vazias. O segundo, estava se levantando novamente, mas estava torto, com a bacia trincada, e desarmado. Aparentemente, agora eu estava em vantagem, então procuro terminar a batalha o mais rápido possível.

-Então esse é o momento em que vocês perdem.

Corro na direção do único esqueleto em pé, mas com a espada raspando o chão, soltando faíscas. Propositalmente faço um caminho onde a espada corte o esqueleto 1 ao meio, antes que ele se levantasse. Quando chego no quarto, ergo a espada e me ponho a batalhar. Ele tenta aparar meus golpes, mas eu ataco rapidamente e acabo estraçalhando ele, destruindo o resto de suas costelas com um corte horizontal. Eu estava completamente regenerado, enquanto os esqueletos estavam mutilados. Caminho até o último esqueleto, atrás da esteira, que tentava recuperar sua espada que deslizara para baixo do maquinário. Decepo sua cabeça sem dificuldade.

Com os monstros derrotados, me coloco a trabalhar. Destruo o melhor que posso a máquina de transformação, jogo os hamburgers no portal. Tento desligar o portal de várias maneiras, mas não consegui, então deixo ele funcionando. Em seguida volto ao segundo andar e abro todas as gaiolas que ainda estava ali e liberto as águias. Abro a porta principal e vejo as águias voando para o céu e sumindo de vista. Algumas pessoas que passam na rua olham espantadas para mim, e mesmo sem saber o que elas viam, talvez imaginassem que fosse algum tipo de publicidade.

Saio da sala e fecho a porta, em seguida olho para o céu e murmuro:

-Só pude salvar essas, mas espero que seja o suficiente, senhor Zeus.

Com a tarefa completa, eu precisava arranjar um jeito de voltar para o acampamento. Me lembro do táxi das irmãs cinzentas, então me dirijo a um beco para não chamar a atenção de ninguém. Quando estou procurando um dracma na mochila, ouço uma voz que faz eu tremer dos pés à cabeça.


-Carne fresca de semideus para o jantar!

Eu estava de frente para um ciclope. Talvez não adulto, pois ele devia ter uns 2,5 metros,  gigante perto de mim. Ele estava desarmado, mas ainda assim me amedrontava muito. Era o primeiro inimigo com quem eu lutaria maior do que eu, ou que raciocinasse, mesmo sendo tão burro como o ciclope.

Dados de Vida:

O ciclope solta mais um rosnado, para deixar bem claro que ele queria me comer, e começa a correr na minha direção. Ele estava a 12 metros de mim, então analiso as possibilidades. O beco tinha pelo menos 5 metros de largura, o que me dava espaço de sobra para contornar o ciclope, sendo assim, saco a minha lança. Pela primeira vez eu teria a chance de usá-la, não que eu estivesse feliz com a situação, mas pelo menos eu teria mais facilidade para lutar contra ele usando a lança do que uma espada curta.

Quando ele está prestes a me socar, pulo para o lado e abaixo a cabeça para desviar de seu soco. Assim que ele passa de mim, quando não conseguiria mais me agarrar, eu cravo a minha lança no seu flanco gordo. A grande camada de pele e banha amortece o golpe, mas mesmo assim, uma ponta de bronze celestial puro faz um bom estrago.

Dados de Vida:

Corro uns 7 metros para longe dele, enquanto o monstro vira bufando, colocando uma mão sobre a ferida que sangrava.

-É, acho que você terá que fazer melhor do que isso para me comer hoje.

O comentário sarcástico pareceu surtir o efeito perfeito, deixando o monstro furioso. O que eu não esperava, era que ele arrancasse a calha que estava na beirada do beco, provavelmente de alguma casa ou prédio ao lado. Ele começa a andar devagar na minha direção, ainda bufando, com um cano de metal com dois metros de comprimento. Olho para trás e confirmo que o beco realmente não tinha saída, somente uma parede alta e sólida. Eu não tinha para onde fugir, e seria difícil driblar o monstro sem ser atingido pela nova arma do grandão.


Meus deuses, meus deuses... Não me deixem morrer assim...

Sabendo que minhas preces não seriam ouvidas e eu que eu estava com a minha própria sorte, faço a primeira coisa que vem à minha cabeça. Provavelmente uma ideia estúpida, com certeza campistas mais experientes tivessem dez ideias diferentes de como resolver aquele problema, mas eu precisava salvar a minha vida, e a única coisa que eu podia fazer era isso.
Arremesso minha lança no ciclope.

Aparentemente aquela ideia também surpreendia ele. Talvez ele não tivesse visto que eu tinha uma espada e não esperava que eu arremessasse a única arma que eu tinha. A surpresa dele, aliada com o tamanho do seu corpo fez com que mesmo com a minha falta de habilidade e mira, minha lança se cravasse no meio da barriga dele.

Pensei que o monstro morreria, mas aparentemente não foi o suficiente. Eu não tinha tanta força para varar o corpo do monstro, e a perfuração machucou, mas não perfurou completamente. O ciclope contorce a cara de dor, e então, para minha surpresa, fala com outra voz:


-Por que você fez isso comigo? Porque você fugiu, Nícolas? - Era a voz da minha mãe.

Eu sei, eu sei... eu não era mais uma criancinha, não devia ser influenciado por isso e nem me sentir tão emotivo. Mas depois de quatro meses longe de casa, aquilo mexeu comigo, meus piores remorsos voltavam à minha cabeça. Eu me sentia errado. Perdi o foco por apenas alguns segundos, e quando me dei por conta, a mão do ciclope já estava a meio caminho da minha cara.

Sinto o impacto do murro e caio para trás. Se você nunca tomou um soco de um ciclope, sugiro que imagine como seria correr até dar de cara com um poste. É mais ou menos assim.
Minha cabeça latejou e tudo ficou brilhando por alguns segundos. Eu só conseguia ver um vulto negro se aproximando calmamente, com um riso presunçoso.

Dados de Vida:

Eu sabia que não podia morrer, não podia ficar parado. Me levanto como se houvesse um caminhão em minhas costas, e me apoio em uma lata de lixo, desses cestos metálicos redondos. O monstro estava a 5 metros, dando um passo mais lento que o outro. Provavelmente ele achava que eu não teria a menor condição de me proteger, achava que a luta já estava ganha. Respiro fundo três vezes, e então reparo que o latão de lixo tem uma tampa: um prato de metal de 70 centímetros de diâmetro, ótimo para ser usado como frisbee assassino para ciclope.

Sem deixar ele perceber meu movimento, ergo a tampa rapidamente e arremesso ela girando na direção dele. Talvez os deuses estivessem me ajudando, pois mesmo estando um pouco zonzo, a tampa acertou a testa do ciclope em cheio. O monstro cambaleia pra trás, confuso.

-Agora é minha vez, asshole!

Me aproximo rapidamente, sacando a espada, e faço um corte em toda a barriga do monstro, como se fosse fazer uma lavagem estomacal. Com a perfuração já iniciada, o corte foi feito ainda mais facilmente. O monstro ainda tenta me dar um tapa, mas dessa vez eu estava atento e somente me abaixo.

-Você nunca mais vai enganar ninguém, Sr. Ciclope.

Com essa despedida, finco ainda mais minha espada em suas entranhas e subo a lâmina até chegar em seu pescoço e fazer o ciclope se dissolver em sujeira amarela.

Eu estava completamente exausto, mas me sentia maravilhosamente bem. A missão havia sido um sucesso, mas procuro me apressar na volta para o acampamento, antes que outra surpresa aparecesse. Resolvo ir até o parque chamar o táxi, já que o beco não tinha dado sorte. Espero que não tenha nenhuma pessoa me vendo, jogo um dracma no chão e chamo:

"Stêthi, Ô hárma diabolês!"

As irmãs cinzentas chegaram imediatamente. Ficaram contentes quando souberam que eu havia matado o ciclope que ali vivia. Como dizia Tempestade...

-Ah, aquele ali era péssimo para os negócios. Ninguém mais nos chamava por essas bandas do Brooklyn. Imagino que queira ir para o acampamento, jovem?

E então disparamos a uma velocidade que deixaria até um filho de Hermes louco.[/color]



PS.: Fiz a One-Post com o intuíto de parecer um teste de reclamação para Zeus, devido a isso o enredo foi esse e também foi utilizado um monstro acima da minha faixa de nível. Se eu não tiver merecimento, continuo tentando nas próximas, ou peço um teste se alguém narrar. Obrigado.

#1

Ártemis

Ártemis
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
|MISSÃO ACEITA|

Interpretação: 1000
Desafios: esqueletos (5x): 500 | Ciclopes: 300
Quantidade de desafios: 300
Exp a receber: 2100
Dracmas: 1500

#2

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