Nunca a quinta coorte fora tão entediante. As pessoa saiam para lutar na arena, e voltavam todas arranhadas e desgastadas. Algumas pessoas mal sabiam segurar uma espada e já estavam em grandes cargos nas coortes. Em uma guerra seriam todos facilmente dizimados, eram pessoas sem estratégia, sem cabeça para pensar. Apenas um bando de músculos e magias que disparavam para lugares errados. Sorte que tinham Jack com eles, o filho de Belona era praticamente uma enciclopédia da guerra, antes mesmo de alguma surgir ele já tinha planos de como lidar contra qualquer tipo de inimigos, Deuses, Titãs, gregos.
Mas enquanto nenhuma guerra vinha, ele ficava cozinhando dentro da coorte, com o calor fervendo e derretendo sua pele. O suor encharcando o lençol de sua cama, enquanto a barraca da quinta coorte fedia à sangue e cabelo queimado. A mente do romano logo funcionou como uma máquina, com engrenagens girando rapidamente, e em segundos ele soube que alguém tinha enfrentado algum elemental de fogo.
De repente, abrindo o pano que era a porta, entra um Fauno descabelado e desajeitado. Suas pernas de bode e os chifres davam à ele um aspecto extremamente desajeitado. Vestia uma camiseta velha, Faunos conviviam entre os romanos mas não tinham nenhuma ligação com eles, eram como os cachorros da sociedade mitológica. A criatura andou até a cama do filho de Belona, e entregou-lhe uma carta. Ficou aguardando com um sorriso no rosto, e a mão estendida pedindo dracmas [Diga se deu, e quanto deu]. Depois disso, foi embora tocando a sua flauta.
Jack abriu a carta, e encontrou em letras alaranjadas, brilhantes e com alguns efeitos especiais mágicos de fogos de artifício ao abrir o envelope, uma mensagem do Pretor Fiuk. Ela era breve e sem enrolação, o que era um pouco incrível vindo do excêntrico filho de Apolo. Dizia para ir à entrada do Acampamento Júpiter em 10 minutos. Como um filho da dama da guerra, Jack sabia que desobedecer um superior ás vezes é mais perigoso que obedecê-lo no campo de batalha.
Ele vestiu seus equipamentos e caminhou até o local marcado. Lá, esperando antecipadamente ele viu Andrew, o filho de Marte. Mais tarde chegou o filho de Mercúrio, um centurião conhecido por Tobi. Ambos esperaram ali, por meia hora no calor escaldante e ninguém veio. Porém, quando estavam quase desistindo, de nova Roma surgiu um cara numa carroça, um velho senhor de idade com um sorriso desdentado e gentil no rosto, com a carroça carregada por cavalos.
- Ora! São vocês que “Cof Cof Cof” - Ele tossia rouca e forçadamente, estava claramente doente. – Que vão me escoltar “Cof Cof”. Ora, subam! Subam! – Ele parecia gentil, e permitiu que subissem na parte de trás da carroça. Onde tinha um grande baú de ouro imperial.
Ele balançou as cordas que prendiam os pegasos, e os mesmos começaram a levantar voo.