Heróis do Olimpo RPG - Logo
Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 2]

Érebos

Érebos
Deus Menor
Deus Menor
"Há de vir o tempo em que as lágrimas secarão... Pelo vento enquanto você corre."


Sufjan Cohen - Acampamento Sunshine


Sufjan arfava. Ele ainda corria, o ardor subia pelos músculos de suas pernas e alcançavam a base de suas costas, o suor escorria pela sua face, misturando-se com lágrimas e a água do lago. Os chalés estavam mais a frente, as outras pessoas riam e sorriam, praticavam esportes e descansavam sob o brilho do sol, sem saber o que havia acontecido.

Um zumbido. Parecia estar longe, mas o quão longe estaria? Seria só sua imaginação que aquela criatura gigante havia levado seu amado amigo? Outro zumbido passa acima de sua cabeça. Não era hora de parar, ele tinha que ficar longe dos outros, não podia colocá-los em perigo. E mais importante, tinha que continuar vivo até a ajuda chegar.




Jack, Tobi e Andrew - Acampamento Júpiter


Os três romanos estavam em suas tarefas diárias quando os Centuriões de suas coortes lhes dizem que o pretor Fiuk havia lhes convocado em seu escritório.

Fiuk, os aguardava parado em frente à porta do Escritório.
- Rapazes, tenho uma missão para vocês: aparentemente um meio-sangue não-reclamado está sob ataque, vocês devem partir para L.A. imediatamente. - Ele estende um envelope para Tobi - Aqui tem o suficiente para vocês chegarem até lá. O mapa que está junto é um pergaminho mágico, irá se atualizar de sua posição e o último local relatado do semi-deus. Boa sorte a todos, que Fortuna esteja a favor de vocês.



Detalhes são legais escreveu:-Primeiro post interpretativo, senti-se livres, leves e loucas.
-Postem os equipamentos neste post, o que não estiver no primeiro post será desconsiderado.
-Divirtam-se e não façam muita sujeira e.e

#1

Tobikaze Minami

Tobikaze Minami
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Recebo uma mensagem de Fiuk, aparentemente eu tinha que ir salvar um semideus perdido por aí.

'É bom que essa missão pague bem, porque minha Yang foi pro saco.' - Digo baixinho.

Então junto meus pertences e vou a pé até o escritório do pretor. Jack e Andrew tinham chego antes, daora.
Levanto a voz para Fiuk assim que recebo o pacote e digo: 'Eu tenho que levar esses otários junto?' - Dou risada e antes que algum possa me bater, ativo minhas botas aladas e saio voando dali, dando um grito: 'ESPEREM AI, VOU PEGAR O TOBI MÓVEL.'

Dito e feito, vou até a garagem escondida que eu tinha feito e pego minha caminhonete. Ponho minha jaqueta de couro jogada no banco do passageiro e meus óculos escuros, então saio da garagem com o som no máximo tocando a seguinte música:




Vou dirigindo rapidamente até a frente do escritório do pretor, onde dou uma derrapada da lado visando ficar com a porta do motorista virada para os meus dois companheiros.

'Eaí, quanto ta o programa?'- Dou risada e bato na lateral do Tobi Móvel, dizendo para eles subirem.

Dou o mapa para quem estava no banco do passageiro e começo a dirigir até Los Angeles.


***Automóvel com capacidade para 4 pessoas encomendado pelo próprio deus do vento. Possui os mais avançados equipamentos de um automóvel comum e vem com um sensor que permite que o semideus não seja rastreado enquanto dentro dele por monstros de nível comum (Apenas Heróico pra cima ou a critério do narrador). Só pode ser usado em missões e hunts.

Itens:
Spoiler:

#2

Jack

Jack
Filho(a) de Belona
Filho(a) de Belona
O Sol da California iluminava a minha careca.

A mistura do topo da minha cabeça raspada com navalha, a pele branca e os insistentes raios solares faziam com que, vez ou outra, a luz me alcançasse em algum ponto específico e fabricava um filete de luz cegante para quem estivesse perto. Eu me sentia como um prisma com pernas.

Mas isso não era nada se comparado com o que tive que passar.

E agora eu estava ao lado de Aimee. Ela dizia que Deus não poderia morrer, e eu disse que Ele nunca existiu. Deus era o conceito o qual medimos a nossa dor. E eu o matei. Com as minhas próprias mãos.

Ela riu, e a sua risada soava com uma canção esquecida na Terra pelos anjos. E me fez sorrir também. Mas só o suficiente até que Dylan aparece e me diz que o pretor louro quer me ver. O sangue ferve em minhas veias e sobe até a minha cabeça. Quero bater naquele centurião filho de Marte veadinho. Mas, antes que eu pudesse socá-lo, Aimee toca em meu braço. E eu paro.

Me equipo, e ela começa a fazer piadinhas ridículas enquanto eu estou arrumando as minhas coisas. Diz que deveria largar para trás o peso da armadura e lutar igual homem, porque é isso que eu sou. E é isso que eu faço. Levo apenas o meu equipamento de luta e alguns acessórios.

Ela parece ter aprovado.

Chego no lugar em que deveria estar, e encontro apenas Andrew. Com a cabeça raspada e a pele branca, eu poderia, facilmente, passar como um daqueles cabeças-de-caralho neonazis. E a ideia me divertia.

- Diga "oi", Aimee. - Pedi, para minha tímida namorada cumprimentar meu amigo.

"Oi, Aimee", ela diz. E eu tenho que mostrar o meu melhor sorriso amarelo.

- Ela tem essa atitude. - Cumprimento Andrew com um bro-fist, desejando que fosse um soco de verdade, no meio daquela cara dele. Não porque eu desgostava. Mas, justamente pelo contrário. Aquele era um dos caras que rendia uma batalha boa, e me divertia.

Tobi então aparece, e eu cumprimento-o da mesma forma. E então ouvimos o loiro afetado.

Se você quisesse saber a minha opinião, eu não me importo com um garoto fraco que precisa de ajuda. Não me importo também com esse acampamento, ou com essas farsas que chamam de deuses. Mas, bem, embarcar na caminhonete de Tobi e arrumar alguma confusão pela California era, sem dúvida, melhor do que discutir com Aimee.

Por isso subi na parte de trás e gritei:

- Que cês acham da gente tentar fazer uma lutinha na capota enquanto o outro dirige?

Aimee achou uma ideia genial.


equipamentos:

    Considerar:
  • Aimee: Jack conversa e mantém um relacionamento sólido com uma garota de existência duvidosa. Para efeitos de narração, a presença da moça pode ser utilizada para auxiliá-lo, o prejudicar ou mesmo só como parte de seus delírios que nada interfiram na narrativa.

#3

Andrew Da-Jon

Andrew Da-Jon
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte

Eu era um dos guerreiros mais poderosos da segunda coorte, talvez mais poderoso ate mesmo do que meu amigo japonês Tobi. Por conta disso  eu havia conseguido um beliche só pra mim nas barracas. Eu não me importava com quem liderava ou não aquela coorte, já que após um tempo no acampamento, eu facilmente notei que meu verdadeiro destino não estava ali.

Eu seria um atleta, o mais foda de todos.

Mas ate esse dia chegar, eu apenas relaxava e tentava me divertir da melhor forma possível. Alguns dizem que filhos de Marte precisam liderar e serem grandes generais como Júlio Cesar, o que eu acho disso? Quero mais que se foda. Talvez pelo período que eu passei no acampamento grego, ou talvez pela minha própria personalidade, faltava a mim muito da disciplina que a maioria das proles de marte possuía.

Eu era só um preto esquentadinho que andava por ai com sua camisa de basquete do Nets e ouvia Rap. No entanto, algum filho da puta sempre tinha coragem o suficiente pra tentar mexer comigo, eu gostava disso. Com o tempo perdi as contas de quantos cuzões eu amassei no chão.

Naquele dia eu estava apenas de boa no meu beliche curtindo o som de um dos meus Rappers favoritos, o talentoso Drake, quando do nada surge aquele japonês filha da puta me chamando pra ir falar com a porra do Fiuk.

Chego de frente pro pretor cm a cara enfezada e já com todos meus equipamentos comigo. Quem deixou esse loiro ser Pretor? Olha a cara desse merda. Ele parece que não conseguiria liderar nem uma banda marcial de colégio. Ouço que temos que buscar algum cara em LA. Isso  me anima. Poderia sair do acampamento e ter algumas aventuras perigosas por ai.

Comigo estavam os dois cuzões que eu mais gostava naquele acampamento: Tobi e Jack. No entanto, Jack agora possuía um visual SkinHead que me irritava, além de falar com uma garota que não existe. Sim, ele realmente conseguiu ficar ainda mais louco.

--Eai Aimee. – Respondo pra mulher que não existe.

Eu me sentia um idiota falando com o vento, mas a ultima vez que eu disse pra Jack que a mulher dele não existe nós entramos na maior porrada que já tivemos. Não importa o quanto eu batesse nele, ele sempre continuava de pé e querendo brigar mais. Contudo, aquela cara de Neo Nazista faz com que eu queria bater nele, mas vou deixar isso pra depois.

Quando Tobi chega com sua caminhonete, logo penso que teremos uma daquelas viagens fodas de amigos escutando radio e bebendo cerveja. Seria divertido. Tudo fica melhor quando Jack tem uma ideia genial.

--Vamos lá, eu já estava querendo bater nessa sua cara de nazista. – Digo.

Deixo meus equipamentos na parte da frente do carro, enquanto fico apenas com minha calça e camisa do acampamento.

Pulo pra parte de trás da caminhonete.
Caio na porrada com Jack ali mesmo.


Itens levados:

Observações dos itens:

#4

Sufjan Cohen

Sufjan Cohen
Meus olhos estavam abertos sob a água.

Desde muito jovem, sempre senti o chamado dos mares. Podia ouvir a canção da maré, que ecoava de maneira sincronizada às batidas de meu coração. E agora, o tempo parecia ser uma pedra grande, carregada por alguém cuja força seja incompatível. Pude testemunhar, com todos os detalhes, a grande vespa nos alcançando enquanto o seu sabor inundava meus lábios. E ele me empurrando. A água me envolve.

E ele se vai.

Talvez meu cérebro esteja começando a trabalhar de maneira defeituosa. Talvez, e só talvez, eu tenha a mesma doença que minha mãe. E veja monstros onde só há o escuro.

Estou vendo monstros, onde só havia amor.

E ele se vai.

Só então percebo que meus olhos estão abertos, e eu vejo com clareza. Através do movimento contínuo e da sujeira daquele lago. E que o meu peito não está pesado, pela falta de respiração. Só então percebo que a água me envolve, como se tivesse braços e me protege daquela vespa. E do destino cruel que meu amigo teve.

Me desvencilho disso tudo. Dispo-me dos meus delírios e começo a nadar para cima, em direção ao bote em que estava. Esperando encontrar novamente o meu amigo, com um sorriso no rosto, dizendo que eu caí direitinho na sua pegadinha, e então repetiríamos aquele toque de lábios.

Mas, quando alcanço a solidez do bote...

Ele se foi.

Olhei para os lados, para cima, para baixo. Para dentro de mim, talvez. Todos os lugares, em busca de uma solução. Procurando entender o que havia acabado de acontecer. E o que aconteceria dali para frente. Falhei em todas as tentativas. E, por isso, olhei para cima e clamei, silenciosamente, por HaShem.

Sem resposta.

Remexi na mochila dele e escrevi a carta. Agora, só me restava esperar. Se esse outro acampamento não enviasse pessoas, Lowell, meu padastro, me buscaria. E, enquanto todos os integrantes daquele acampamento judeu de inverno caminhavam pela mata, a procura do integrante perdido, eu estava sentado, novamente à beira daquele lago. Olhava para baixo, para a água, e quase conseguia ver o reflexo do céu. E não conseguia acreditar.

Mas ele se foi.

#5

Érebos

Érebos
Deus Menor
Deus Menor
OFF: Postei pelo celular, um século pra colocar a imagem, mas tae, desculpa a demora.
Sufjan Cohen - Acampamento Sunshine



Sufjan observava a superfície do lago. Sua dor era grande, uma tristeza interminável. Seus olhos estavam embaçados pelas lágrimas e por isso não notou a criatura se movendo sob a superfície o lago. O jovem levou um grande susto ao ver aquele rosto lhe encarando de dentro da água. Ela era linda, a pele e seu corpo parecia ser translucido e não lhe parecia ser um incomodo ficar embaixo da água. Sufjan se aproximou um pouco da água e a voz daquela criatura lhe veio a mente, como uma brisa suave do mar.

- Por que choras, pequeno príncipe?


Jack, Tobi e Andrew - Acampamento Júpiter


Andrew e Jack começam sua paquera dançante na parte de trás da caminhonete. Tobi vê os dois e fica indignado, ninguém iria ajudar não? Essa seria uma viagem muito longa, quase 400 milhas até o lugar o garoto se encontrava. Tobi acelera sua super caranga e parte, o mapa lhe mostra três opções para seguir, sem copiloto por enquanto, Tobi teria que decidir por si. Por sorte o mapa mostrava a rota mais rápida a seguir, mas será que seria a mais segura para os semideuses?


Mapa:

#6

Tobikaze Minami

Tobikaze Minami
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Aperto o botão para descer o vidro e mostro o dedo do meio para ambos pela janela.

'É Tobi, hoje você é o motorista da rodada.'

Ainda bem que minha caminhonete era equipada com tudo e mais um pouco. Vejo o endereço que tinha no mapa e digo em voz alta 'Tobi Móvel, me leve até Los Angeles pelo caminho mais rápido. Nem que tenhamos de fazer um off road.'
Vejo as informações no painel pipocando. Essa viagem seria daora, pois nenhum monstro fraco nos pararia no caminho. Se aparecesse algum desafio, seria um a altura.

Peço em voz alta para a caminhonete pôr na estação de rádio com qualquer rap, e para ligar os sons traseiros que ficavam na caçamba. Eu particularmente não gostava de Rap, mas sabia que Andrew gostava... E afinal eu era o centurião de sua coorte, tinha que ser gente boa.


Desligo o ar condicionado e abaixo o vidro, procurando qualquer gatinha dirigindo um carro daora ali na estrada.

#7

Jack

Jack
Filho(a) de Belona
Filho(a) de Belona
Olá, Dor, minha velha amiga.

O primeiro soco de Andrew em meu rosto faz com que eu morda a minha própria língua. Minha gengiva começa a sangrar, e eu gosto daquele sabor. Tinha gosto de vida. Vida se esvaindo. A coisa que eu mais gostava no mundo. Tirando por Aimee. Através da visão embaçada pela dor e o sangue flutuando em minha boca, eu podia vê-la. Abraçada em si mesma. E eu só sabia que ela estava torcendo para mim porque seus olhos estavam fixados nos meus.

Sorri para ela.

E então tomei outro golpe de Andrew. Desta vez na barriga. O som seco de seu punho no meu estômago era melodia aos meus ouvidos. Você deve estar se perguntando se eu gosto de apanhar. Não. Mas eu gosto de sentir o gosto da mortalidade. É como quando você está com sono, no escuro, e tenta se manter acordado. O estado entre a morte e a vida é o auge da condição humana.

Era por isso que os deuses estavam mortos. Justamente por não poderem morrer.

Mas eu não era Deus. E nem um dos deuses. Eu era além. Além-Homem. E, por isso, deixei que me batesse de novo. Desta vez de novo no rosto. E invés de uma careta de dor, apareceu um sorriso em meus lábios. Deixei que ele visse a minha cara branca sendo arrebentada pelos seus punhos negros. E eu seria o que ele quisesse. O pai idiota dele. Demônios. Hitler. O racismo em si.

E ele me bateria.

E ele se libertaria.

E, por mais que fosse eu quem estava apanhando, me sentia como se estivesse destruindo algo lindo.

#8

Andrew Da-Jon

Andrew Da-Jon
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
Mais uma vez eu me rendia aos meus instintos primitivos.
Mais uma vez eu deixava de lado a disciplina dos filhos de Marte, me aproximando ainda mais da fúria dos filhos de Ares.

É foda ser negro em uma vizinhança de merda. Eles vão tentar te derrubar cara, vão tentar te levar ao fundo com eles, vão tentar fazer você acreditar que não tem outra saída. No final, é só isso que eles querem: Mais um preto fudido.

Minha mãe sempre dizia: Você não pode deixar que ninguém diga que você não é capaz de fazer alguma coisa.

Mamãe sempre dizia: Não é pela sua cor que devem definir suas capacidades.

Mas nem sempre foi como a senhora afirmou ser mamãe, infelizmente. Foi por isso que me tornei um lutador. Aos 10 anos de idade eu já tinha entrado em mais brigas que o próprio mike Tyson. Eu não podia deixar eles disserem que eu era um preto fudido, não podia deixar afirmarem que eu era apenas mais um naquele bairro de merda.

Brigar, essa foi a única coisa que me manteve vivo.

Todos nós precisamos encontrar uma motivação para viver, a minha foi lutar.

Você precisa quebrar a quebra
Ou a quebra vai quebrar você.

Foi por isso que o melhor amigo que eu já tive na vida agora representava todas as pessoas que me tentaram fuder: Os racistas, os negros que tentaram me levar pro crime, a policia, os traficantes.

Eu soquei sua face, marcando seu rosto com meus punhos.

Não me preocupava com sua integridade física, aquele cara aguentava apanhar mais do que um poste. Às vezes eu me perguntava o motivo dele ser assim, e novamente isso me lembrava da minha infância na periferia.

Por isso eu continuei batendo, dessa vez no estomago.

Mas nenhuma dor física é maior do que a dor de ver sua mãe sofrendo no momento em que ela vê seu filho se perdendo no crime. Nenhuma dor é maior do que o sofrimento que a vida nós causa. A dor sentimental, nós transforma em guerreiros. A Dor sentimental faz com que a dor física não passe apenas de sangue espirrando. Talvez Jack tivesse sofrido mais do que todos nós, talvez por isso ele fosse assim.

Por isso eu continuava batendo.

De cima pra baixo eu juntei as mãos e bati em suas costas, derrubando-o no chão.
Virei-o para cima, castigando sua face com os meus punhos.

Aquilo era revigorante, eu me sentia bem. Era como se eu afastasse todos os problemas da minha vida, todo o preconceito e solidão que se instaurou no meu lar desde o dia do meu nascimento.

Mas então ele sorriu.

Aquele filho da puta estava gostando.

Então eu parei de bater, deixando de ver a face dos meus algozes e retornando a ver a face do meu amigo branquelo Jack, agora manchada por sangue.

Sorri

Ajudei Jack a se levantar, oferecendo minha mão.

--Você durou mais do que da ultima vez amigo, quem sabe na próxima. – Digo. Dou dois tapinhas em suas costas.

--AI JAPA! – Acho que isso era um pouco racista – Cadê a cerveja?

#9

Sufjan Cohen

Sufjan Cohen
"O vestido fica bonito em você".

Era fácil assim falar com uma garota. Sei disso porque, no baile do colégio, eu estava saindo com uma e ela me ensinou. Elogie os seus sapatos. Diga que a cor dos olhos rima com o oceano. Que o ar soprado pelos seus lábios, em forma de palavra, é doce. Mas como eu diria coisas assim para ele?

Agora já não havia mais a chance.

E talvez fosse por isso que eu chorava. Talvez porque todo o meu mundo foi destroçado quando percebi que minha mãe não era bem esquizofrênica. Talvez porque... eu pudesse ser esquizofrênico também.

Tanto fazia. Minhas lágrimas caindo ao lago se perdiam. Para sempre. Assim como coisas em minha vida. Que nunca se recuperarão, mas ecoam para sempre aqui dentro.

Limpei o rosto. Funguei o nariz e respondi, para a criatura:

- Sou príncipe de nada. E talvez por isso esteja chorando.

#10

Conteúdo patrocinado


#11

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 2]

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos