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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Juno

Juno
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Quíron havia convocado Barth Colerman e Jack Frost, que estava de missão diplomatica ao Acampamento Meio-Sangue, até a Casa Grande já equipados. Ambos os campistas não entendiam a urgência daquela convocação. Ao chegar eles encontraram o centauro sentado em sua cadeira de rodas mágica com um papel apoiado nas cochas.

- Vocês foram indicados por seu conselheiro e centurião, respectivamente, para uma pequena escolta. Dois semideuses estão em Detroit e precisam de uma remoção segura até o Acampamento. Vocês terão permissão de pegar um Pégasus nos estábulos e rumar para a cidade o mais rapidamente. Passem no arsenal e peguem um equipamento básico para cada um dos irmãos. Pela descrição da carta a um regime de urgência, um dos semideuses está fraco demais para chegar sozinho, levem ambrosia e néctar da Enfermaria para ajudá-lo.

#1

Convidado

Anonymous
Convidado
Não fazia muito tempo desde que eu havia voltado de minha escolta com o Enzo, achei interessante, mas não tive muito tempo pra curtir o fato de ter sobrevivido à minha primeira saída do acampamento, agora que eu havia aprendido a curar, tenho feito um tipo de estágio na enfermaria, e isso tem me ocupado quase todo meu tempo livre, acredito que quando começar a trabalhar lá de verdade as coisas vão complicar. Por mais que ache interessante curar os outros, mas eu tenho preferência ao meu arco do que à minha lira.

Estava aproveitando um dos meus escassos momentos livres para treinar minha mira, quando um garoto que não tinha mais de 3 semanas de acampamento chega ofegante:

Bartholomeu? - perguntou o garoto curvado, tentando recuperar o fôlego.

Geralmente me chamam de Barth - digo sorrindo enquanto soltava uma flecha em direção ao alvo, acertei o alvo, mas não o centro que era meu objetivo, faço um muxoxo enquanto me viro pro garoto - mas sou eu sim.

Quiron está lhe chamando, e pra economizar tempo ele falou para você ir equipado - as palavras do garoto saiam muito rápidas, quase que tive que pedir para ele repetir, mas apenas solto um suspiro e guardo o arco e flecha que estava usando, pelo visto eu sairia do acampamento novamente.

Dispenso o garoto com um sinal de cabeça, ele havia sido reclamado ontem como filho de Hermes e pelo visto estava alegre em fazer o trabalho de mensageiro, sorrio com a ingenuidade alheia, queria voltar a essa época, mas desde a morte de minha mãe, não tem sido fácil, principalmente quando se descobre a vida de semideus e que a cada esquina um monstro diferente quer te matar. Me apresso para meu chalé e me equipo o mais rápido que posso e saio apressado em direção a casa grande.

Assim que entro vejo um garoto de cabelos brancos e vestindo quimono, parecia alguém que acabou de sair de uma aula de Karatê mas não estranho isso, as pessoas do acampamento tem os gostos mais variados, com o tempo você se acostuma a não se estranhar com nada. Após ouvir as instruções do centauro, um sentimento de urgência cresce em mim.

Me apresento rapidamente para o romano enquanto vou andando rapidamente para a enfermaria, onde pego ambrósia e néctar para os escoltados e me despeço de Enzo que estava trabalhando. Após passar no arsenal e pegar o equipamento dos garotos, entrego para o outro um dos conjuntos, não quero forçar demais o meu pégaso. Em todo o caminho eu tento puxar assunto com o legionário de cabelos brancos.

Quando chegarmos nos estábulos vou escolher um pégaso que aparente ser forte e calmo, montá-lo e seguir em direção à Detroit. Espero que lá esteja sol.

Equipamentos:

#2

Φ Jack lin Frost

Φ Jack lin Frost
Filho(a) de Áquilo
Filho(a) de Áquilo
Escutei atentamente tudo o que Quíron falava. Muito embora fosse romano, eu vivia dando pulinhos ali no acampamento meio-sangue. Foi meu primeiro lar, afinal, antes de mudar-me para nova roma. Eu conhecia boa parte do pessoal e, como todos, tinha grande respeito e admiração pelo centauro.

Olhei para o lado, encarando meu colega de missão. Nunca o tinha visto, mas os cabelos louros, pele bronzeada e o sorriso fácil me davam um bom palpite. Sempre achei os filhos de Apolo mais charmosos que o pessoal de Afrodite. Mais... Guerreiros, talvez. De qualquer forma, cumprimentei-o com um aperto de mão firme e após as instruções de Quíron eu fui direto para o arsenal. Sendo filho de Apolo, o garoto teria mais facilidade em conseguir o Néctar e Ambrosia na enfermaria do que eu. Assim, entro no arsenal e explico ao responsável a situação, pedindo dois dos kits de noob, e aguardo Barth [simpson?] na entrada, entregando-o um dos conjuntos de equipamento e seguindo com ele para os estábulos.

No caminho eu passo pelos campos de morango, colhendo alguns que estiverem mais maduros, tentando manter-me escondido dos filhos de Deméter. Eles podiam ser assustadores quando queriam. Assim, uso os moranguinhos para barganhar com os pégasos, oferecendo-os a um que eu simpatizar e outro ao que Barth escolher. Procuro por um todo branco, para combinar comigo (?).

#3

Juno

Juno
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Jack e Bartholomeu logo após receberem as instruções de Quíron se dirigem a áreas especificas do Acampamento para agilizar o processo de saída. Barth passa na enfermaria e recebe um pacote contendo quatro barras de ambrosia e um cantil de néctar, e recebe as instruções de Enzo de usá-los somente no semideus doente e não dar mais do que 1/4 de nenhum item de cura, ou ele pegará fogo. Enquanto caminhava para os estábulos Jack passa pela plantação de morangos e rouba oito morangos maduros e extremamente vermelhos, mas não faz uso deles com os Pégasus que já estavam preparados para a viagem dos semideuses, parece que Quíron havia mandado um Sátiro até lá com a ordem de preparação dos animais, Orik, Conselheiro de Poseidon, estava conversando com os cavalos e lhes explicando sobre a viagem, os animais relinchavam em respostas e Jack achou a cena um tanto quanto cômica, mas não sorriu ou demonstrou qualquer sinal de entretenimento. O conselheiro explica que para adiantar o trabalho dos semideuses colocou em cada Pégasus uma bolsa contento o equipamento necessário para os escoltados.

Ao se encontrarem, os semideuses montam em cada um dos Pégasus. Ambos os animais são brancos como a neve suas asas possuem mais de 6 metros de envergadura, seu pelo bem cuidado faz com que ao segurarem em volta de suas crinas seus dedos parecem estar cobertos com uma luva suave e resistente. Os Pégasus galopam pela grama do Acampamento como se ela fosse uma pista de decolagem e abrem suas enormes asas para em seguida levantar voo suavemente. A viagem até Detroit levaria 4 horas, e os semideuses chegariam ao entardecer. Abaixo deles Long Island ia ficando cada vez menor, e as montanhas que cercavam o Acampamento revelavam a sua beleza moldada por uma bela tarde de sol, ao longe eles conseguiam ver a mancha cinzenta que era Nova York ficando cada vez mais distante e o mar cada vez mais próximo.

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Detroit

Drake e Meridia estavam se preparando para deixar sua casa, Meridia estava entusiasmada com a viagem pois ela poderia significar a recuperação total de seu irmão e finalmente uma vida feliz para os dois, ela finalmente iria poder ter seu irmão ao seu lado em qualquer instante da sua vida. O quarto estava iluminado pela luz do sol, que brilhava intensamente do lado de fora, era uma bela tarde e desde a noite anterior ela tinha um fio de esperança a mais. A mãe insistirá para ela e o irmão esperarem até a ajuda chegar, pois ela já deveria estar a caminho e seria mais seguro para Drake.

Uma leve batida na porta e sua mãe entra com os olhos inchados e vermelhos. Ela entra e abraça Meridia, que estava sentada em sua cama lendo um livro de poesia, com uma forja que ela nunca havia visto antes.

- Minha filha, logo vocês descobriram que há muito mais coisas nesse mundo do que imaginavam. Talvez seu irmão descubra a felicidade de não ficar mais entrevado em uma cama por longos dias e lutará não mais contra a doença. - Ambas comovidas pela emoção sorriram um sorriso de esperança e amor tão verdadeiro que alegrou o coração de ambas. - Entretanto minha filha, até lá preciso novamente pedir de sua força. Não deixe que nada de ruim aconteça ao seu irmão, faça com que ele se torne cada vez mais forte fisicamente.

Meridia simplesmente acenou positivamente com a cabeça, pois estava emotiva o suficiente para não conseguir expressar belas palavras. Uma nuvem cobriu a luz do sol e escureceu o quarto. A expressão de sua mãe mudou completamente se tornando uma feição de medo e pavor. Ao olha na mesma direção Meridia vê duas pessoas em pé, uma era uma mulher com os cabelos cacheados e a pele branca como leite, seu vestido era feito de um pano simples, mas era muito belo. O outro era um homem, negro como ébano, muito belo como se fosse um anjo, vestido com um terno bem cortado e alinhado, mas ao seu lado havia uma Foice que emanava um brilho gélido e temeroso.

- Não se preocupe, estamos aqui para ajudar. - Disse a mulher com uma voz suave, que mais parecia vento passando por pequenos sinos, formando um som harmônico e amistoso. - Meu nome é Hécate e o dele Tânatos, temos uma oferta para vocês duas...

#4

Meridia Silvertorn

Meridia Silvertorn
Quando minha mãe veio me procurar, eu já sabia o que ela iria falar. Eu a ouvi, mesmo que ela não precisasse dizer aquelas palavras. Eu havia feito uma promessa ao meu irmão. Eu o manteria vivo, mesmo que isto custasse a minha vida. Eu, Meridia Silvertorn, não existiria até que ele triunfasse sobre aquela doença. Eu seria sua sombra, sua força, sua vitória. Eu não seria ninguém até que ele fosse vencedor.

Assim que o sol escureceu, um calafrio percorreu a minha espinha e eu soube que algo aconteceria. O olhar de minha mãe comprovou-me isso e, ao me virar, deparo-me com certamente as mais belas pessoas que já vira na minha vida inteira. Eram deuses, como minha mãe dissera que meu pai era.

Levanto-me, a faixa presa no rosto como uma máscara impedindo que eles vissem meus lábios. Hécate, eu não sabia quem ela era. Mas Tânatos... este nome eu ouvira nas poucas aulas de história voltadas para mitologia. Ele seria a chave para que eu pudesse manter meu irmão vivo.

- Senhora, perdão se não a conheço. - falo baixo, afinal minha voz não era nada além de um eco da de meu irmão - Mas.. senhor, és o Deus da Morte, não é? Eu gostaria muito de saber qual oferta possuem.

Eu faria de tudo para salvar o meu irmão, até "vender minha alma" para a morte.

#5

Convidado

Anonymous
Convidado
Conforme eu me aproximava dos estábulos meu nervosismo aumentava, não apenas de uma forma ruim, afinal foi interessante a ultima vez que eu sai do acampamento, é divertido sentir a adrenalina correndo por suas veias, mas ao mesmo tempo é perigoso, sem contar a responsabilidade de administrar os medicamentos, um pouco de ambrósia demais e teremos um semideus a menos pra escoltar, afasto esse pensamento por enquanto, ele não me trará nada de bom agora, vamos nos preocupar por enquanto em procurar os garotos.

Vejo que Jack e os pégasos já estão preparados para a nossa partida, após ouvir as explicações de Orik, faço uma breve prece à Zeus, pedindo que nos permita viajar por seus reinos, afinal não queria ele se irando conosco, ouvi histórias de semideuses quase mortos por tempestades por terem se esquecido de meu avô. Enfim, após todos os preparativos eu e o legionário alçamos voo em direção à Michigan. Vou puxando papo com ele, não quero passar uma viagem muito maçante, vou perguntar sobre os poderes que ele tem, afinal se formos lutar lado a lado é bom sabermos o que esperar um do outro, mas caso ele prefira fazer o percurso em silencio, vou respeitar. E só pra garantir, vou ficar atento com minha Audição e Visão Aguçada para possíveis perigos tomando as medidas necessárias.


Habilidades Passivas:

#6

Φ Jack lin Frost

Φ Jack lin Frost
Filho(a) de Áquilo
Filho(a) de Áquilo
Converso cordialmente com o garoto. Parecia um bom rapaz, e embora eu não fosse muito bom em socializar, eu ainda era um diplomata, e sabia manter uma conversa amistosa. Ele me pergunta o que eu sabia fazer, e acho a questão interessante.

-- Bom -- Digo, um pouco sem jeito -- Tudo o que sei fazer é correr, congelar e cortar.

Dou de ombros. Em resumo, era exatamente aquilo o que eu fazia, no geral.

Enquanto viajamos eu aprecio a paisagem que se revela para nós, mas sem deixar de manter-me atento aos perigos que podiam estar à espreita. Observo as nuvens, para me certificar de que são apenas nuvens, fico atento aos pássaros e a qualquer coisa que se aproxime, avisando ao filho de Apolo imediatamente. Embora, percebo eu, sendo filho de Apolo ele provavelmente enxergaria ou ouviria qualquer ameaça muito antes de mim.

#7

Juno

Juno
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
- Tudo bem minha querida! Eu não sou uma deusa para ser extremamente conhecida. – Hécate responde à Meridia em tom paciente e cativante. – Eu e meu amigo somos filhos da primeira noite, não possuímos essa natureza luminosa de seu pai. Somos voltados para a escuridão e por isso ouvimos as suas preces escuras e cheias de lamentações. Nós estamos sempre de ouvidos atentos as desgraças que ocorrem no mundo para poder ajudar aos necessitados.

Aquele discurso fez um frio crescer pelo corpo de Meridia que não entendia o real motivo daquilo. Tânatos não abre a boca, somente fica parado ao lado de Hécate analisando a garota.

- Estamos aqui para oferecer a cura, temporária, para o seu irmão. Ele se livrará de toda e qualquer doença que a aflige a ele e a sua família por um ano. Farei com que minhas irmãs, as Parcas mudem o seu destino de morte por doença, para que você tenham um ano feliz. Entretanto, a um preço a ser pago.

O coração de Meridia deu uma pequena palpitada, por trás de seu pano ela sentiu a respiração ficar lenta e pesada. Aquilo era o que o garota sempre quis, viver feliz ao lado de seu irmão e ela estava disposta a pagar o preço, qualquer que fosse...

- Não queremos sua alma. – Foi a vez de Tãnatos falar, sua voz era grave. – Queremos a sua luz. Se você aceitar o preço você não será como todos os filhos de seu pai, seus poderes de cura não funcionaram em outros campistas, a sua voz não será capaz de cantar uma canção bela e feliz, somente as tristes e macabras. E suas previsões serão de dor e sofrimento. Além de tudo, terá de se juntar aos meus ceifadores quanto estiver forte o suficiente, e toda alma ceifada por você será revestida em força temporária para o seu irmão, cada vida que você tirar será convertida em uma semana de vida para Drake. Entretanto, quanto você morrer, morrerá em agonia, sozinha, desamparada e seu espírito não se juntará aos herois nos Campos Elísios, ele vai virar nesse terra por toda a eternidade ecoando a canção do seu sacrifício.

A mãe de Meridia estava sentada na cama parada e com os olhos arregalados. Aquele não era um preço comum a se pagar, era a desistência de sua própria natureza. A garota teria de desistir de quem ela realmente era em favor de seu irmão.

- Você está disposta a pagar? - Pergunta Hécate. – Está disposta a entregar a sua luz?

No quarto ao lado Drake estava entusiasmado com a viagem que estava para acontecer. Finalmente ele seria livre, finalmente ele poderia viver uma vida feliz ao lado de Meridia. Sem contudo, saber do que se passava no quarto ao lado e do preço dessa felicidade. A sua frente Hécate surge e sorri para ele.

- Olá Drake, que bom que você se sente confiante. - A deusa fala no mesmo tom calmo no qual se dirigia à Meridia. - Venho lhe fazer uma oferta.


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Jack e Barth matam o tempo da viagem conversando amistosamente. A comunicação é um pouco atrapalhada por causa da velocidade do vento para aquela altura, mas não impedida. Logo os semideuses são capazes de admirar um belo pôr do sol por entre as nuvens. Barth como todo filho de Apolo sente uma pontada de desespero quando o sol vai embora e a noite se anuncia, pois seus poderes ficam potencialmente mais fracos durante as horas escuras. Ao longe ele, graças a sua visão de arqueiro, consegue ver a mancha cinza que é Detroit.

A cidade já está se iluminando, e os semideuses se animam com a proximidade e excitação de novas batalhas. Os Pégasus vão perdendo altitude com leveza e graça, suas enormes asas ficam apertar enquanto os animais planam e deixam a gravidade fazer o seu trabalho natural. Os Pégasus chegam a cidade e cruzam o seu espaço aéreo até o endereço que a carta indicava.

As áreas periféricas da cidade eram cobertas por casas grandes e confortáveis, longe da confusão que o centro da cidade era o local perfeito para alguém se curar de uma doença. Os Pégasus pousam em uma rua sem saída, cercada por árvores, na qual os jardins das casas eram bem cuidados, os animais trotam pelo asfalto e param em frente a uma casa de dois andares. Jack e Barth finalmente chegaram na casa dos semideuses que devem ser escoltados, sem nenhum problema. O que realmente não é normal na vida de nenhum dos dois.

#8

Meridia Silvertorn

Meridia Silvertorn
Ouço com atenção cada palavra que os deuses proferiram. Eles seriam mesmo capaz daquilo? Eu não sabia quem eram as Parcas, mas... Seguro a lateral da cabeça com a mão direita, olhando para o chão. Não pude evitar soltar uma pequena e baixa risada. Eu era ridícula mesmo. A minha "luz", as habilidades herdadas de meu pai, o descanso pós-morte, tudo isso valia apenas um ano de vida para meu amado irmão. Isso só me provava o quão magnifico ele era e seria.

Solto a cabeça e fecho a mão em um punho. Olho para os deuses, eu não compreendia muito bem suas palavras, ainda há poucos dias aprendera que eles existiam. Mas eu abriria mão de tudo aquilo e mataria para prolongar o tempo de meu irmão. Seria isso até que ele estivesse forte o suficiente para se curar e então eu poderia partir e ecoar pela eternidade a canção do meu sacrifício.

- Se eu sou capaz de fazer algo pelo meu irmão, mesmo que seja dar-lhe apenas um ano, que assim seja. Ele sairá vitorioso, não importa a circunstância, e eu lhe darei o tempo necessário para isto. Tomem minha luz, seja lá o que isso for, eu a perderia de qualquer forma se meu irmão partisse.

Meu punho tremia. Mas eu não sentia medo, estava agitada, ansiosa. Eu enfrentaria tudo pelo meu irmão, minha determinação e amor estava além de qualquer luz ou descanso a serem tomados de mim.

#9

Kallavan Laxalt Quinn

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Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Estava em meu quarto.  
A mais longa noite de minha vida havia acabado de se passar. Pela primeira vez, uma longa noite, não veio para me trazer temores ou crises onde meu sangue simplesmente saía de meu corpo. Ela se arrastou com o peso da esperança que pendia dentro de mim. Aquela linha que antes estava nos últimos fios, prestes a romper e aceitar que morreria, tornara-se novamente forte, e rígida, como se jamais tivesse sido colocada a prova antes.

Meu Pai era um Deus, eu tinha alguma chance de viver ao lado de Merídia, nossas aventuras... A nossa própria caça ao tesouro, que poderia me matar ou me curar. Mas o risco da morte em combate não pesava sobre meus ombros ainda, o peso de morrer entravado em uma cama, causando a minha Mãe e Irmã o peso da impotência sim.

Estava de pé.
Após semanas sem forças para levantar, caminhar ou falar, eu estava novamente encontrando forças para fazer o necessário. Sair deste lugar, cruzar o pais, acompanhado apenas de Merídia. Parecia divertido.

Enquanto arrumava minha Bolsa, uma voz soa atrás de mim. Uma voz de mulher, completamente desconhecida. A princípio pensei ser uma nova enfermeira... Elas sempre trocam de turnos e as vezes até de plantões.
Ao me virar, reparo uma Moça incrivelmente branca, mas seus cabelos cacheados em tons negros, pareciam modular de cor devido a intensidade, quase azuis, se assim for possível.
Inicialmente ela chama meu nome, o que estranho, pois com certeza, não a conhecia... E uma proposta? A mim? O que teria eu a oferecê-la?


-- Desculpe-me, Senhora, mas acredito não lhe conhecer... E que proposta tens a mim?

Terminando minha sentença, um pequeno filete começa a correr na parte interna de minhas narinas, como se muco gripal estivesse sendo expelido... Mas era quente. O cheiro de metal se torna forte, quase insuportável, e rapidamente me virando de costas para ela, pego um pano qualquer, cobrindo meu nariz. Sangue começava a ser expelido do meu corpo, minha inseparável máquina de diálise não estava neste quarto, e a Dama bloqueava minha saída.

-- Preciso ir... Agora...

Mas, não consigo encontrar forças para sair. Sinto-me preso naquela sala, obrigado a ouvir o que quer que me fosse oferecido.

#10

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#11

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