O sol ardia na doce primavera, o cheiro açucarado de uma mistura de vários tipos de flores inundava o Acampamento Meio-Sangue. Perséfone deve finalmente ter saído do submundo para agraciar os mortais com sua beleza. Ela fazia isso todo ano, desde Éons atrás. Afinal, Hades poderia ser o Deus dos Mortos e rei do submundo, mas isso não fazia dele um monstro... Pelo menos não completamente. E por isso, ele deixava a Deusa sair anualmente da terra abaixo da vida. Essa era uma das mais conhecidas histórias da mitologia grega.
Mas para Bartholomeu, isso havia deixado de ser uma história. Demoraria um tempo para se acostumar a uma realidade alternativa e diferente daquilo que havia sido ensinado para ele por toda sua vida. Seu mundo havia virado de cabeça para baixo, mas já havia sido aconselhado. Ele saiu de uma batalha, para entrar em uma guerra. “Vá para a Arena” haviam dito alguns semideuses, aparentemente todo novato deveria ir para lá, para aprender a lutar e se tornar mais forte.
E finalmente, em meio aos turbilhões de pensamentos em colisão, o garoto pega seus itens e se dirige à arena. Ele sai do seu chalé, sentindo o refrescante ar matutino. O verde toma conta de quase todo acampamento, e entre as várias construções a grama se mostrava um belo enfeite para um lugar tão cheio de sofrimento. Além de Bartholomeu, haviam várias pessoas ali que perderam tudo. Esse lugar era o fundo do poço, só que mais colorido.
O filho de Apolo iria aprender aos poucos, que nesse fundo, ele teria que escalar com a próprias mãos, ou destruir as paredes até que o mundo caia sobre ele, finalmente entregando-lhe paz. Mas enquanto não decidia, o garoto subia a colina até a réplica do coliseu de Roma.
Entrando lá, ele viu o chão de terra batida que se estendia por uma área de 50m de diâmetros. Ao lado oposto ao portão por onde entrou havia uma enorme grade de metal. Parecia capaz de impedir qualquer coisa de atravessar. De repente, com um baque surdo e gerando uma brisa gelada em suas costas, o portão por onde entrou havia se fechado.
A grade de metal começa a se erguer com um som de engrenagens quebradas e ferrugem. E quando se ergueu por completo um homem esguio e alto saiu de lá. Ele tinha um arco e flechas, e encarou o filho de Apolo com frieza, como se tivesse como objetivo de vida, mata-lo. Era um Elfo.
O Elfo prepara a flecha e coloca ela no arco, estica o cordel e mira na direção do filho de Apolo...
- Spoiler:
Elfo
Hp - 100/100
Obs: 10 metros de distância.