- Vocês dois se cuidem. Eu volto depois.
Henry e Helena entraram em um taxi e foram até um aeroporto. Pegaram o avião no meio da tarde sem nenhum problema e viajaram até Paris. Chegaram lá com o céu alaranjado e o sol quase se pondo. A garota podia ser cega, mas a ida até aquela cidade fazia seus olhos brilharem de certa forma. Quando o dia já estava acabando, e o sol estava prestes a ser engolido pelo horizonte, Henry e Helena estavam no topo da Torre Eiffel. Lado a lado, apoiados num aço histórico e precioso para a França.
O corpo de Helena começou a ficar levemente dourado, como as linhas das parcas. E quanto mais escuro o dia ficava, mais ela parecia estar brilhando. Até que o sol se escondeu e Nyx ergueu seu manto nos céus, e o filho de Afrodite teve certeza que a garota ao seu lado emitia uma luz dourada de seu corpo. Ela parecia estar chorando, mas não por ter sua existência apagada... Parecia chorar por outra coisa.
- Sabe... É tudo culpa minha. - Ela se virou para o garoto. - Eu gostaria que não fosse, mas é tudo culpa minha. Me desculpa.
Uma lágrima escorreu dos seus olhos, e junto dela seu corpo se dissolveu como a areia na qual os monstros se transformam ao serem mortos. O vento soprou. E o lugar onde antes estava Helena agora estava vazio. Henry não entendeu muito bem o que acabara de acontecer. Mas soube que sua missão havia se acabado.
O garoto foi até o Aeroporto francês no meio da noite, comprou uma passagem e entrou no avião. O voo foi tranquilo e rápido. Quando chegou em Nova York, o filho de Afrodite chamou um taxi convencional e deu o endereço de sua família. Era hora de voltar para casa. Quando o taxista estacionou na frente de sua casa, Henry deu-lhe dinheiro. Mas de repente, quando foi abrir a porta para sair, viu-se trancado dentro do veículo.
- Ora, Ora. O barqueiro já não aceita moedas. - O taxista se virou para o semideus, revelando um rosto sem face, apenas uma mancha negra tentando imitar uma boca sorridente.
Desespero tomou conta do corpo do garoto. E com força, ele abriu a porta do taxi. Correu para sua casa. Lembrou-se de quando havia sentido o cheiro de sangue e o sonho das correntes, de sua ida até a casa de sua irmã anteriormente, e sentiu o mesmo desespero.
Henry correu aos tropeços até a porta. Girou a maçaneta e entrou na casa. Cheiro de sangue, som de correntes. Entrou na sala, toda manchada de sangue, nas paredes, no teto, no chão, em tudo. A própria luz piscava em uma luz vermelha. Subiu as escadas para o quarto de sua irmã. Arrebentou a porta aos chutes. E no quarto de Elisa viu Caronte, sorrindo. Duas cruzes estavam pregadas nas paredes. E amarrados por correntes à elas estavam sua irmã e seu sobrinho, ambos mutilados e mortos.
- Ninguém fica em dívida com o barqueiro.
O velho desapareceu. Henry gritou. E o domingo acabou.
MISSÃO CONCLUÍDA!!!
Exp Total: 2000
Interpretação: 3
Participação: 1
EXP Recebida: 6000
Dracmas Recebidos: 2000
Obs Recebida:
Maldição de Caronte: Poltergeist, desespero, e agonia. Essas são as coisas que visitarão Henry Liesdale pelo resto de sua vida até que ele cumpra sua dívida.