Uma tarde tranquila, nuvens de algodão, um sol brilhante de cinema. A arena estava bela e imponente como sempre, com seus 20m de raio, a areia reluzindo sob o sol, e as colunas de mármore branco segurando teto algum.

De um lado, ethel entra pelos portões principais, que se fecham lentamente enquanto na extremidade oposta outro se abre.

Spoiler:

Contrastando com aquele lindo dia, a aberração avança, um passo atrás do outro, da escuridão do corredor atrás do portão. 30 metros os separam.

Eu me perguntava em que enrascada fui entrar com esta saideira com os filhos de Baco que deveria ser apenas para divertimento e, talvez, algum envolvimento casual. Há vezes que não resisto a uma brincadeira mais adulta, ainda mais com parentes de outras localidades e alguns filhos dos deuses das festas juntamente com seres da natureza.
Um verdadeiro paraíso tropical. Mas vamos ao que importa que é como cheguei até minha atual situação.
Havia seguido um de meus alvos até um encosto numa parede mais reservada atrás de um beco inóspito depois de uma festa daquelas quando escutei uma voz chamar meu nome. Como não conhecia a quem pertencia estranhei e decidi seguir essa intuição macabra que me pôs numa armadilha. Levou-me até o Coliseu com uma arquitetura de pilastras aparentemente inacabadas pela falta de um teto e adentrei os portões para ver uma espécie dr canino me olhando com intenções totalmente diferente das que eu estava acostumado. O fato de sempre andar armado com meus itens básicos de combate -uma mania de semideuses legionários-  deu uma vantagem a mim: eu não estaria totalmente despreparado para enfrentar o que quer que fosse aquela coisa, mas tinha uma forte impressão que deveria matar o quanto antes o meu oponente do outro lado da arena.
Desembainhei minha espada e a pus em riste flexionando levemente os joelhos para um melhor equilíbrio, seja para em modo de ataque ou fuga. Desejo viver ainda muitos mais anos de vida pela frente, mas ainda assim estaria atento para saltos, rolamentos, esquivas e o que mais fosse necessário para sobreviver quando o monstro se aproximasse o suficiente para que eu pudesse tentar um ataque tranversal partindo de sua lateral e recuar para fora de seu alcance o mais rápido possível no intuito de evitar ferimentos a minha pessoa.

Habilidades Passivas:

Equipamento::

O guri observa atentamente a aproximação do monstro, que nos ultimos metros começa a correr em sua direção. A aberração dá um mugido estranho, com sua cara indistinta, e tenta saltar sobre o guri. Mas bom, o menino já aguardava por isso, e salta para o lado, evitandoa investida. ele tenta contra-atacar com um corte, mas o monstro improvisa uma defesa com um de seus tentáculos, o qual é sacrificado para evitar o ataque.

A criatura recua um passo chiando de dor, olhando o cotoco do tentaculo cortado, e rosna pro semideus, contraindo as pernas.

Minha vida estava sendo arriscada nesta arena onde muitos semideuses haviam logrado vitórias e vários outros tinham perdido a batalha e a vida. Aqui é um lugar de amadurecimento na carreira de legionário para conseguir sobreviver mais um dia no mundo mortal e isso me motivaria até o final para não desistir.
Vendo que havia conseguido ferir o meu oponente percebi que era hora de redobrar os cuidados tanto nos meus flancos quanto minha frente e retaguarda, o jogo era perigoso demais para estar vacilando. Segurei a espada mais firmemente e me preparei para o que de seguiria, podia ver os dentes afiados rangendo e a contração das pernas do animal preparando seu ataque. Faria menção de me esquivar para lado e no último minuto quando ele estivesse perto de mim faria uma finta com uma estocada rápida nalguma das articulações motoras das pernas entre o tronco e a coxa. Se fosse necessário para o momento em que fosse me afastar usaria o gume da espada para evitar o contato com qualquer membro do e meu inimigo.
Recordando das possibilidades de esquiva, rolamentos e bloqueios com a espada para me desvencilhar dele e acelerar a quantidade de sangue que ele pudesse perder numa hemorragia.

Habilidades Passivas:

Equipamento::

O semideus aguarda. O guri mostra que sua beleza não era sua única arma. Tudo no guri era feito para a batalha, afinal. Reconhecendo os sinais de um ataque eminente, Ethel salta para a direita, evitando mais uma investida da criatura. O monstro diferentemente a ultima vez usa os ataques junto à sua investida, brandindo-os com força no ar, e acaba acertando a coxa do garoto, deixando uma marca ali, mas em compensação o menino desfere uma estocada contra o flanco do monstro, que guincha com o ferimento.

A aberração mutante tenta atingir o pivete com os tentaculos estranhos mais uma vez, mas a lamina do garoto impede mais danos. 1,60m separam os oponentes, que se encaram com atenção. O monstro vacila ao apoiar o peso sob a pata traseira direita, mas parece cada vez mais feroz.

Quem não usa cão se vale do gatão para lutar. O clima ameno deixava uma sensação agradável e o ar pouco contaminado revigorava meus pulmões a cada vez que ofegava. Havia sido ferido na última aproximação, mas não desanimaria por causa disso ou de qualquer outra coisa. Como representante de Roma tinha a obrigação de vencer esta e tantas outras batalhas que viriam. Tratei de ir rumo ao meu inimigo calculando a distância limite pra executar a próxima ação.
Aproveitando que a espécie de cão estava oscilando em seu equilíbrio por causa da minha investida feita anteriormente chutaria uma quantidade da areia solta no chão na direção de seus olhos e focinho para distraí-lo com a coceira ou tentativa de evitar o contato com o pó e utilizar a chance para acertar a cabeça dele com a lâmina da espada num corte crescente de baixo para cima e o que mais estivesse no caminho. Tentaria colocar um pouco de força a mais para o caso de ter um osso na trajetória e usar minha aparência para reduzir as chances de contra-ataque (se é que valeria de alguma coisa neste momento).

Habilidades Passivas:

Equipamento::

O garoto me enche de orgulho aguarda o momento certo, cada senti se aguçando enquanto seus instintos de guerreiro assumem o comando. O monstro dá o bote, e o garoto reage na hora certa, levantando areia com a ponta do calçado e atingindo o rosto do monstro que, cego por um momento, apenas balança a cabeça desorientado e cheio do ódio.

Um grande talho se abre nas costelas da criatura quando a espada do garoto desliza sobre elas. A criatura balança seus chicotes na direção do ataque enquanto guincha e fraqueja sobre as pernas, mas o garoto já previa o ataque e recuava, de forma que a ponta dos tentáculos se chocaram inutilmente contra o peitorall do garoto, embora pudessem causar danos se não fosse por esta defesa extra. Ethel fraqueja um momento quando recua rápido e pousa sobre a perna ferida, e percebe que talvez não pudesse continuar desviando com tanta facilidade.

O monstro manca, rodeando o garoto. ele tenta se virar para ver as próprias costelas feridas, mas a dor o faz parar. Ele pisca os olhos ainda com areia na direção do garoto, sua boca despejando baba e sangue, borbulhando de raiva. Os três tentáculos restantes se erguem e apontam pro menino como lanças, e a fera se aproxima lentamente, mancando.