O ruim de acertar, é que ficamos confiantes. Isso seria um baita pecado nessa luta, afinal essas criaturas tem muito mais experiência e noção de luta do que eu. Dracaenas são assim, peçonhentas, e quando você menos espera elas lhe enfiam uma espada na garganta. Então, não podia me permitir ficar confiante nessas situações. Sabe, eu não costumo comentar com ninguém, mas apesar de tudo que vêm acontecendo na minha vida, semideuses, monstros, mitologia... Eu sou Cristã. Por isso eu não pude deixar de dizer: - Ai meu Deus! - Quando vi o monstro com a rede vindo até mim, eu havia usado bastante a manipulação de água e isso acabou me deixando ofegante e um pouco cansada.
Fé, entretanto, é algo tão poderoso quanto qualquer espada, e por isso não me permiti ficar abalada. Eu tinha certeza de que no fim, as coisas me seriam favoráveis, porque Cristo esteve comigo desde o primeiro passo que dei naquela Arena. Preparei-me para receber o ataque com a rede, segurando o Tridente em riste.
Ao vê-la jogar, controlaria a água do meu segundo cantil, para formar alguns ganchos, seriam pequenos, mas tentaria fazê-los grandes o suficiente para segurarem a rede e a direcionaria contra a Dracaena, para que ela ficasse presa, e não eu. Se isso desse certo, tentaria uma estocada em sua garganta com o meu tridente.
Caso isso não desse certo, ou eu observasse antes de o fazer que não seria algo possível eu dispararia meu tridente contra a rede, ele era mais pesado do que boa parte das armas, então certamente não apanharia pra uma rede de pesos, o objetivo era que ela enroscasse nas suas três pontas e ficasse presa, levando a rede para longe. Caso eu não tivesse força o suficiente para dispará-lo, usaria meu controle de água para lhe dar um impulso. Se essa estratégia funcionasse, usaria novamente o meu controle de água para tirar a água do meu segundo cantil e formar agulhas. Eu sei que os monstros não são bobos, ninguém cai no mesmo truque duas vezes, então caso ela cobrisse os olhos ou os fechasse e protegesse de outra forma para que eu não a cegasse, redirecionaria as agulhas para suas orelhas, tentando machucar lá dentro de alguma forma, provocando uma dor de cabeça no mínimo, atordoante. Nesse caso, tomando todo o devido cuidado com a sua colega de lança e escudo, correria para tentar agarrar meu tridente.
Por fim, se eu conseguisse observar que nenhuma dessas estratégias seria possível, tentaria me desviar jogando o corpo para baixo e me empurrando com uma estocada fechada - onde não empurraria o ombro, e manteria o corpo encolhido, usando apenas a força da velocidade - afinal, o lançamento seria feito em minha direção e isso significaria que ela distanciaria a rede do seu corpo.
Ao fim de tudo, tento me afastar das duas e analisar a situação, buscando sempre agir de forma evasiva a qualquer sinal de perigo não previsto.
Habilidade (talvez) utilizada:
Nivel 1 - Hidrocinese I: O herói controla a água, não muito bem, mas pode controlar mesmo que seja pouco. Pode fazer pequenas agulhas com a água, por exemplo. O uso da habilidade requer 15 pontos de energia.
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