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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Circe

Circe
Deusa Menor
Deusa Menor
Sábado 02:30 am - Chuva forte com raios

[[Chalé de Zeus]]

O acampamento estava de férias, poucos semideuses tinham permanecido ali.

_ Acorda, garota. Não é possível que esteja conseguindo dormir com todo esse poder irradiando no acampamento.

Essa voz familiar fez Ary despertar de seus sonhos, apesar de, no momento em que abrira seus olhos, podia jurar que ainda estava neles. Escorada no lado opostoda cabeceira de sua cama estava, com um sorriso selvagem, uma pessoa que tinha muita admiração: Zoe - caçadora de Artemis.

_ Como isso é possível? ~ Disse a filha de Zeus coçando os olhos tentando melhorar sua visão.

_ Não tenho que te explicar nada, apenas venha, siga-me!!! ~ A caçadora correu, fazendo com que Ary não tivesse escolha se não, correr atrás (com a roupa que estava).

Ao abrir a porta um estrondo causado por um raio próximo deixou a audição da filha de Zeus com um pouco de zumbido. (Teria sido pior em qualquer outro semideus)

-----//----

[[Chalé da Demetér]]

_ Oh, meu amor, há quanto tempo!!! Está tão linda!!! ~ Aquela senhora acariciou o rosto de Dalhia, fazendo acordar.

Ao abrir os olhos o coração da semideusa começou a pulsar muito rápido. Sua tia Theodora estava sentada olhando para ela com um sorriso terno.

_Mas co-co-mo? ~ A semideusa ainda estava sem ar por conta da situação.

_Não tenho tempo, venha, temos que nos encontrar com elas. ~ Theodora levantou e correu em direção a porta, abriu e correu no meio da chuva, fazendo a semideusa ter que segui-la exatamente como estava vestida.

==//==

[[Na colina do acampamento]]

_ A minha vai chegar primeiro. ~ Disse uma voz autoritária.

_ Eu não teria tanta certeza disso. ~ Respondeu a outra com um deboche.

As semideusas chegaram ao mesmo tempo no topo da colina, sem ar, sem entender nada o que estava acontecendo até se deparar com aquelas duas mulheres em lados opostos de uma fogueira que magicamente não apagava com aquela chuva (nem elas se molhavam).

_Eu, a deusa da justiça distributiva declaro empate. ~ Disse Nemesis com um sorriso malicioso.

_Não!!! ~ Nike deu um grito de fúria. _Sou eu, a deusa da vitória que tenho poder para decretar!!! Empate é para os fracos!!! Que façamos uma nova corrida ou que ambas morram por terem sido fracas. Só pode haver um vencedor!!!

As semideusas se entrelhoram assustadas com o que estava acontecendo. Os espíritos de seus entes queridos desaparecem nas chamas da fogueira.
IMPORTANTE:

#1

Ary Salvatore

Ary Salvatore
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Abri os olhos sobressaltada. O Bum dos trovões eram comuns dentro do chalé de Zeus. Tão comuns que eu custava a perceber quando estava trovejando de verdade lá fora. Mas não foi a tempestade o que havia me acordado. Fora...

-- ... Acorda, garota. Não é possível que esteja conseguindo dormir com todo esse poder irradiando no acampamento.

Por um momento tudo o que eu fiz foi encarar a garota diante de mim. A pele clara bronzeada. Os cabelos engraçadamente brancos e curtos caindo na orelha, e o olhar amarelo e selvagem como os de um tigre. Eu odiava quando os deuses pregavam peças como aquela. Zoe Salvatore me encarava dos pés da cama com o sorriso de quem acabou de aprontar algo.

-- Como é possível? -- foi tudo o que consegui verbalizar antes dela revirar os olhos e se afastar, respondendo-me em um tom desaforado;

-- Não tenho que te explicar nada, apenas venha, siga-me!!!

Atirei então o lençol para longe do meu corpo e tropecei desajeitada para fora da cama, correndo em direção da porta, me batendo na saída por causa do sono recém-desperto. Como se não bastasse isso, meus ouvidos doeram com um trovão particularmente forte nos céus. Arrisquei uma olhada para cima enquanto molhava os pés na grama encharcada, correndo atrás de minha amiga-fantasma, com um sentimento que ainda não compreendia no peito. As nuvens negras pareciam carregadas - de ódio -, e a tempestade daquela noite por algum motivo não me deixou feliz como de costume.

-- Zoe! Espere! Espere sua idiota!

Eu já tinha esquecido o quanto ela conseguia correr rápido. Tive de forçar minhas pernas ao máximo para manter seu ritmo, subindo a colina e torcendo para não escorregar e dar de cara no chão. Em minha mente, mil e uma possibilidades se passavam, incluindo a de eu ainda estar sonhando. Talvez seja isso. Talvez eu ainda não esteja acordada, pensei. Os sonhos dos semideuses costumam ser tão perigosos quanto a vida real, e pregar peças mais cruéis do que ela.

Eu já estava pensando em me abaixar para pegar uma pedra e jogar na filha da puta quando o brilho da fogueira no topo da colina me chamou a atenção. duas mulheres de expressões fortes pareciam aguardar a minha chegada. A nossa chegada, percebi ao notar uma outra garota, parecendo tão precariamente acordada quanto eu, se aproximar ofegante. Não consegui de imediato identificar de quem se tratava, mas finalmente reconheci o rosto de Dalhia. Nunca tinha falado com ela, mas sabia quem era pois sempre via a conselheira dando ordem aos irmãos nos campos de morango.

-- Eu, a deusa da justiça distributiva declaro empate -- Olhei tão rápido na direção da mulher que falou primeiro que meu pescoço estalou. empate? o que ela estava falando? Deusa da justiça? aquela seria...

-- Não!!! -- Gritou a outra, parecendo nada satisfeita. O olhar em seu rosto de imediato me fez perceber que eu não gostava dela - Sou eu, a deusa da vitória que tenho poder para decretar!!! Empate é para os fracos!!! Que façamos uma nova corrida ou que ambas morram por terem sido fracas. Só pode haver um vencedor!!!

Arfei por uns momentos tentando recuperar o fôlego enquanto olhava de uma para a outra.

-- Zoe... Quem são essa... Espere, o que você está fazendo!?!

Enquanto eu tentava lhe perguntar o que estava rolando ali, zoe caminhou até as chamas, como se nada temesse, e nelas desapareceu. Eu já havia há muito lidado com a dor da perda. Mas vê-la desaparecer diante de meus olhos me causou um aperto no peito. Um aperto no peito e uma onda de raiva. Deusas. Filhas da puta, desgraçadas e malditas deusas. Sempre fazendo o que bem entendem, sempre pregando peças em semideuses, sempre pisando em nossos sentimentos.

-- Beleza. Anda logo!; O que vocês querem de nós? -- Pergunto sem educação olhando de uma para a outra, demorando ainda mais meu olhar irritado sobre a autointitulada deusa da vitória. Niké. Parecia tão cabeça oca e competitiva quanto os filhos idiotas dela. Graças aos deuses não haviam muitos no acampamento.

Meus dedos tremeram no ar quando tentei alcançar o punho da espada. Nem mesmo isso eu tinha, minha bendita espada. Não que fosse fazer diferença quando as deusas decidissem me fritar, mas eu me sentiria mais segura se as tivesse. Apesar disso, eu estava longe de estar indefesa. Estava armada com meu [Escudo Aegis] oculto em minha tatuagem, e com minha nova [Lança Olimpiana], guardada nos céus. E claro; munida de muita raiva.

Olho de relance para Dalhia, tentando avaliar suas feições, desvendar seus sentimentos, descobrir se era uma aliada, uma inimiga, ou nenhum dos dois. Meu corpo todo tremia com o nervosismo, e isso me deixava mais irritada ainda, demonstrar fraqueza. Respiro fundo, tentando manter a calma, tentando recuperar o autocontrole, pensar com clareza. Concentro-me no som dos trovões, no ruído da chuva, na minha própria respiração em busca de clareza. E escuto o que as vadias divinas têm a dizer, e me mantenho atenta especialmente à tal Nike, pronta para saltar para trás diante de qualquer movimento agressivo da suposta deusa.


- Tatuagem Grega - Costas da Mão Esquerda {Escudo Aegis}
- Lança Olimpiana |2| - |2| Lança Olimpiana: Uma Lança Longa [Elétrica] de ouro, que poderá ser "guardada" no céu. Desde que tenha um caminho livre entre a mão do campista e o céu, este poderá convocar a arma para que está apareça em sua mão, descendo como um raio. Após três rodadas que a lança não estiver em contato com seu dono original, está poderá ser invocada novamente por ele, a arma subirá para os céus da mesma forma que desce.

Habilidades a serem consideradas:

#2

Dalhia Rendall

Dalhia Rendall
Filho(a) de Deméter
Filho(a) de Deméter
Depois de alguns dias, eu retornei ao meu acampamento como nova guardiã de Pã e isso deixou meu chalé muito animado, todos meus irmãos e irmãs vieram ao meu encontro e me abraçaram como se eu tivesse ganhado um prêmio e claro que eu festejei junto, afinal, eu também estava feliz, mas sempre tinha aquela tristeza de eu não poder falar com minha tia sobre minha vida nova, uma vida que ela me deu, por isso simplesmente festejei e esperei a noite chegar junto com a chuva.

Quando a chuva caia, eu me encontrava no mais belo sonho em ver minha mãe Deméter e do lado dela minha tia querida que me protegeu, sentindo o sentido e a emoção de ser amada, mas esse sonho é logo interrompido por uma voz que conhecia muito bem.

-Oh, meu amor, há quanto tempo!!! Está tão linda!!! ~ E daquela voz, eu acordo e vejo minha tia alegre e saltitante, como se me visse no dia que me pegou no aeroporto.

-Mas co-co-mo? ~Pergunto extramente surpresa para saber o que aconteceu, será que ela foi resgata por algum grupo de semideuses e ela veio ao meu encontro??

-Não tenho tempo, venha, temos que nos encontrar com elas. ~ Theodora levantou e correu em direção a porta, abriu e correu no meio da chuva, fazendo eu olhar para aquela situação e pensar que ela estava louca, então pego meu anel que ganhei como guardiã para poder aquece-lá quando chegasse perto dela e corro em sua direção 

No caminho em que seguíamos, ela estranhamente estava mais rápida que eu, eu uma guardiã de Pã, estava perdendo a corrida para uma mortal??  Eu não podia estar mais perdida, mas eu não podia parar de correr, porque tinha que chegar perto dela e nessa brincadeira chego a uma colina junto com uma outra garota que eu não conhecia direito, só que ela era filha de Zeus.

Eu estava perdida, como aquilo poderia estar acontecendo? 

Quem eram as duas?? 

Por que minha tia tava agindo daquela forma?? 

Eu não sabia de mais nada, só sabia que as duas iriam falar algo:

_Eu, a deusa da justiça distributiva declaro empate. ~ Disse a estranha me deixando confusa, era uma corrida??

_Não!!! ~ Nike deu um grito de fúria. _Sou eu, a deusa da vitória que tenho poder para decretar!!! Empate é para os fracos!!! Que façamos uma nova corrida ou que ambas morram por terem sido fracas. Só pode haver um vencedor!!!

Quando a mesma gritou, eu percebi algo diferente, uma força divina no local, eram deusas sendo deusas, saco!

Mas no meio da confusão, vejo minha tia ir para o fogo e isso me desesperou, meus olhos ficaram esbugalhados e tentei correr até o fogo.

-NÃOOOO! -Grito alto e tento correr atrás dela, mas logo vejo que ambas começarem a sumir e percebo que eram espíritos e o pior que todo esse tempo, todo meu momento em que eu estava me divertindo, que eu estava treinando para salvar ela, ela se encontrava morta todo esse tempo. -TIAAAAA!!!!!!! -E no momento que eu vejo essa cena, eu me ajoelho e começo meu choro de luto e as plantas ao meu redor, como a grama e os galhos ficam mais acinzentados, como se mostrassem meu luto (Sentimentos Botânico).

-Por que.... por que fizeram isso com a gente?? O que querem de nós...? -Pergunto de maneira chorosa, pois conter minhas lagrimas a triste notícia que minha tia estava morta, era um choque muito forte.

passivas :

#3

Circe

Circe
Deusa Menor
Deusa Menor
_Zoe... Quem são essa... Espere, o que você está fazendo!?! ~ Arya gritou, as deusas ignoraram a semideusa e mantiveram um olhar mortal uma para a outra afim, se as semideusas tivessem percebido isso, poderiam ter tentado apaziguar a situação.

_ A vitória nem sempre é justa. ~ Nemesis falou entre os dentes.

_ Para alcançar a vitória vale tudo. Sua justiça falha com os verdadeiros campeões. ~ Nike disse a ponto de iniciar uma batalha entre elas ali mesmo.

_ Por que.... por que fizeram isso com a gente?? O que querem de nós...? ~ Disse a filha de Demeter.

Ao ouvir as lágrimas, por um instante, as deusas pararam aquele circo todo e olharam para a garota que estava ajoelhada.

_ A que você escolheu é fraca. ~ Disse Nike. _ Olha como ela se apresenta para nós!

_ Ela tem sentimentos, sua tola. ~ Nemesis ponderou entre as duas. _ Já a sua mais parece uma bomba prestes a explodir.

Um silêncio tomou conta do local. Um raio partiu o céu e fez um clarão que iluminou todo o pico. As deusas rolaram os olhos quase ao mesmo tempo.

_ Precisamos de vocês duas. ~ Nike disse e se virou para a filha de Zeus. _ Você por ser filha de seu pai.

_ E você ... ~ Nemesis deu um sorriso estranhamente acolhedor. _ Por ser guardiã de Pã.

Ambas as deusas se entreolharam e as garotas podiam sentir um pouco de preocupação percorrer pelas faces divinas, mas logo desapareceu.

_ Bom, no Texas, mais especificamente no parque Nacional de Big Bend um grupo de minotauros estão matando muitos seres da natureza, míticos ou não, e isso está causando uma desordem e um desequilíbrio. ~ Nemesis deu uma pausa e olhou para o horizonte. _ A forma como eles estão fazendo isso é desleal, é injusta. E isso me aborrece muito.

_ Eles também estão fazendo jogos mortais naquele lugar. E isso chamou minha atenção. ~ Nike interrompeu a outra deusa. _ Porém os jogos não são nada dignos e os adversários são fracos demais, aquelas dríades morrem muito fácil. ~ Nike fez um sinal negativo com a cabeça. _ Esse tipo de competição mancha a honra de todos os verdadeiros campeões.

_ Não podemos interferir, como vocês já sabem, mas acreditamos ser um assunto da conta de vocês duas. ~ Nemesis olhou para guardiã de Pã. _ Venha garota, siga-me.

_ Digo o mesmo. ~ Disse Nike para Arya. E caminhou para o lado oposto. Assim nenhuma das duas ouviria a outra.

==//==

[[Lado esquerdo]]

_ Não chore por sua tia. ~ Nemesis encarou a semideusa. _ Não por agora. Ainda não tem motivo. Por mais que o motivo possa vir mais breve do que possa imaginar. ~ A deusa abriu a mão próximo a face da garota e um biscoito da sorte materializou-se. _ Esse biscoito vai te ajudar na hora de tomar uma decisão muito importante, mas, como toda decisão importante, haverá consequências tão importantes quanto. Assim é a vida, minha querida, uma eterna balança. Se pender demais para um lado, o outro sofrerá injustamente. Na hora certa você o usará ~a deusa fez uma pausa dramatica e sorriu. _ Ou não. Sugiro que não fale disso pois poderá colocar em risco o destino de todos. As vezes segredos são necessários.

[[Lado direito]]

_Seu pai esta em dívida com os seres da natureza. As vitórias que estão sendo conquistadas tem um peso de culpa dele. E isso o esta aborrecendo. Acredito que você não quer que isso continue, não é mesmo? ~ Nike olhou para Arya buscando algum esboço em seu seu rosto raivoso. _ Bom, de qualquer forma, isso tem mais a ver com você do que você pensa. Saia vitoriosa e vingue-a.  A vitória será o caminho. Você precisa vencer. Mas uma vitória justa, se alguém entregar será o fim de todos. Fui clara, pirralha?

==//==

_ Bom, é melhor vocês partirem o quanto antes. Quanto mais tempo demorarem, mais natureza será destruída. Vão!!! ~ Nike disse como quem da a largada a uma corrida importante.

Ambas as deusas desaparecem e a fogueira se apaga deixando o local muito escuro, exceto pelos clarões repentino dos raios/trovões.

IMPORTANTE:

#4

Ary Salvatore

Ary Salvatore
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Tudo naquela mulher me irritava. Sua voz. Seu tom. A forma como me olhava. Todo meu juízo foi necessário para manter-me quieta enquanto a acompanhava para longe das outras duas. Não pude deixar de olhar para trás, lançando um olhar para Dalhia, perguntando se ela estaria bem. Aparentemente, ambas tínhamos sido atraídas até ali pelo espírito de entes queridos mortos. E seria aquela a verdadeira Zoe? Ou apenas uma reprodução falsa criada pela deusa?

Espantei esses pensamentos da cabeça enquanto olhava para a mulher à minha frente. Uma corrida, ela havia proposto. Eu certamente ganharia em uma corrida contra a filha de Deméter, mas qual o sentido disso? Toda aquela explicação idiota sobre os minotauros, nada daquilo justificava a forma como a maldita deusa havia me levado até ali.

-- Seu pai esta em dívida com os seres da natureza. As vitórias que estão sendo conquistadas tem um peso de culpa dele. E isso o esta aborrecendo. Acredito que você não quer que isso continue, não é mesmo?

-- Eu não dou a mínima. Vocês deveriam aprender a resolver os próprios problemas -- Respondo a ela, com a voz trêmula, nem sei do quê. Talvez de raiva, talvez de medo inconsciente de entrar em combustão espontânea com um olhar da deusa. Mas meu olhar selvagem sobre o dela jamais fraquejaria. Isso meu orgulho não permitiria.

-- Bom, de qualquer forma -- ela continuou, e de alguma forma eu só fiquei mais irada por ela não ter me matado -- isso tem mais a ver com você do que você pensa. Saia vitoriosa e vingue-a.  A vitória será o caminho. Você precisa vencer. Mas uma vitória justa, se alguém entregar será o fim de todos. Fui clara, pirralha?

Enquanto ouvia suas palavras, dou um sorriso cruel. Naquele momento, uma piada de mau gosto e morte - minha morte - se passou em minha cabeça.

-- Ah, minha cara -- falo, ainda sorriso -- eu a vencerei. Tenha certeza disso.

Mal ouvi as ultimas palavras pronunciadas pela deusa para nós duas. Em minha mente, só se passava as possibilidades, considerações, um jogo de palavras e interpretações que faziam meu cérebro girar demais para compreender as palavras de Niké. Vencer. tudo o que importava era vencer, segundo ela, e naquele momento, para mim também. Mas ela era a única que eu queria derrotar, e para derrotar a deusa que quer que eu vença, então eu ironicamente teria de...

Olho para a minha "colega" de missão. Os braços não eram musculosos, apesar de serem definidos, provavelmente por seu trabalho na terra. Não parecia ser uma lutadora, mas os filhos de Deméter nunca parecem. No entanto, ela estava viva, o que quer dizer que não podia ser uma inútil. E, melhor: estava viva a mais tempo que eu, o que significava que devia ter mais experiência. Perigosos, penso. Filhos de Deméter, Hipnos, Afrodite... São os mais perigosos, porque parecem ser os mais indefesos.

Solto um suspiro, respiro fundo, e caminho na direção da garota.

-- Você está bem? -- Pergunto, erguendo a voz o suficiente apenas para sobrepor o barulho da chuva e dos trovões à distância -- Nunca vou me acostumar com isso. Com a arrogância dos deuses, quero dizer.

Enquanto falava com ela não podia deixar de pensar se seria capaz de vencê-la. Ela não carregava armas, mas sabia que não precisava delas mais do que eu. Para ela, até a grama sob nossos pés era uma arma. Mas bem. O céu sob nossas cabeças também era o meu maior trunfo. Seria uma competição justa, acho.

Olho para os restos da fogueira onde estavam as deusas e viro-me, aguardando a garota para que comecemos a descer a colina, de volta em direção aos chalés.

#5

Dalhia Rendall

Dalhia Rendall
Filho(a) de Deméter
Filho(a) de Deméter
Nunca me senti tão perdida... nunca me senti tão abalada em saber que minha tia estava morta, meus deuses por que permitiram tal atrocidade com uma mulher tão boa ???


No meio dos meus pensamentos eu me deparo com a Nemeses em minha frente e ouço dela suas palavras.


_ Não chore por sua tia. ~ Nemesis encarou a semideusa. _ Não por agora. Ainda não tem motivo. Por mais que o motivo possa vir mais breve do que possa imaginar. 


No momento em que ela disse isso, meus olhos fixaram em sua imagem e quase me levanto para perguntar se minha tia estava viva, mas antes de eu poder dizer qualquer coisa, antes de poder dizer o quanto queria ouvir se minha tia estava viva ou não, q deusa abriu a mão próximo no meu rosto e um biscoito da sorte materializou-se em minha frente e ela o me deu como um presente.


 _ Esse biscoito vai te ajudar na hora de tomar uma decisão muito importante, mas, como toda decisão importante, haverá consequências tão importantes quanto. Assim é a vida, minha querida, uma eterna balança. Se pender demais para um lado, o outro sofrerá injustamente. Na hora certa você o usará ~a deusa fez uma pausa dramática e sorriu. _ Ou não. Sugiro que não fale disso pois poderá colocar em risco o destino de todos. As vezes segredos são necessários.


Eu não conseguia dizer nada, eu só pude ouvir suas ideias e suas opiniões, mas eu precisava me focar pelo trabalho que tinha que fazer, tinha que focar no meu desejo de vencer mais esse desafio que foi me dado, pois esse seria a chance de salvar minha tia e com certeza, meu desejo de cumprir minhas obrigações como semideusa e lutar contra os minotauros que mancham o sangue das criaturas da natureza, isso pra mim era imperdoável.


No caminho de volta, o barulho da chuva era escondido pelos sons dos trovões e as gotas de chuvas escondiam as minhas lagrimas que agora pouco chorava pela possível perda da minha tia, mas o que me incomodava era a forma que a semideusa me olhava, era como se ela tentasse medir minha força, como se quisesse saber como sairia numa luta, bem eu tinha quase certeza que era isso, ela tinha aquele ar de que quer lutar a todo custo.


-Você está bem? -Perguntou a jovem filha de Zeus, erguendo a voz o suficiente apenas para sobrepor o barulho da chuva e dos trovões à distância -Nunca vou me acostumar com isso. Com a arrogância dos deuses, quero dizer.

-Pois se acostume, eles podem fazer pior... -Comento e volto a andar pro nosso acampamento. No meio do caminho decido ver como ele pensa em ir pro Texas, se eu precisava trabalhar com ela, precisava ouvir suas ideias -Pensa em ir como para o Texas? Eu estou pensando em pegar um atalho, se quiser tentar vir comigo, fique a vontade, eu vou pegar minhas coisas e você pegue as suas, quando chegar na clareira novamente, eu vou pedir ajuda a algumas pessoas que podem estar interessadas em acabar com os esquemas dos minotauros.


Depois disso, eu simplesmente vou pra direção do meu acampamento e me preparo para a missão dada.

equipamentos:

#6

Ary Salvatore

Ary Salvatore
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
Enquanto descíamos, ouço as palavras da garota. Quase sorrio quando percebo que apesar de ela estar chorando momentos antes, sua voz estava mais forme do que eu esperava. É, penso satisfeita. Ela é forte. Mais do que antes a guerreira dentro de mim se agitava sob a perspectiva de uma luta acirrada.

Mas meu foco voltou à nossa missão quando ela falou sobre a sua ideia de "atalho".

-- ... eu vou pedir ajuda a algumas pessoas que podem estar interessadas em acabar com os esquemas dos minotauros -- terminou ela, partindo decidida em direção ao seu chalé. Enquanto eu a observava pude notar mais uma vez uma coia que havia percebido de relance lá em cima; por onde ela andava a grama parecia tremular, como se cada folha da vegetação tentasse alcançá-la. Mesmo entre os outros filhos de deméter, não era comum uma reação tão grande das plantas, o que me faz pensar que ela talvez fosse mais forte do que deixava transparecer. Ergui uma sobrancelha quando percebi que nem havia respondido sobre como pensava em chegar lá.

Dou de ombros e sigo para meu chalé. Solitária como - quase - sempre, eu atravessei a porta, que continuava escancarada como eu havia deixado ao sair apressada, e peguei meu lençol no chão. Não me importei de molhar tudo, nem com o olhare de reprovação que Kyle - meu irmão mais velho e líder do chalé - lançou sobre mim de sua cama. Minha cabeça estava ocupada demais pensando em minha conversa com a deusa, e em como eu faria para contrariá-la. nos riscos que estava assumindo e nas consequências que aquilo poderia levar. Meu maxilar doía de tanto forçá-lo, e foi só ao perceber isso que notei o quanto estava tensa. Fui até o banheiro, onde me troquei e pus uma roupa digna, lavei os pés sujos de lama antes de enfiá-los nos coturnos e na saída me muni de todos os equipamentos que tinha. em meu interior, eu sentia que estava me preparando para uma guerra. Para que estou me preparando, mesmo?, pensei. Eu estava tão nervosa na presença das deusas que mal havia pensado em nossa real missão. A competição idiota de Niké havia desviado completamente o meu foco.

Minotauros matando dríades. A ideia era, de fato, repugnante. Os espíritos da natureza sempre foram companheiros leais do acampamento. Eu até mesmo conversava com algumas na beira dos bosques às vezes, e vez ou outra fiz garoar para alegrá-las com a chuva leve. A ideia de estarem sendo massacradas a troco de nada só em deixou mais irritada. Cheguei a pensar que a filha de Deméter devia estar ainda mais irada que eu com isso, é claro, e fiquei satisfeita que teria a oportunidade de vê-la lutando com vontade. Isso me agradava.

Após conferir todos os meus equipamentos, mostrei meu dedo do meio para Kyle quando ele apontou pro chão molhado, e saí rapidamente antes que ele pudesse quebrá-lo ou me dar um sermão. Novamente sob a chuva eu encaixei meu gorro an cabeça e não pude deixar de admirar novamente as nuvens, desta vez com mais calma. É, parece que Niké estava certa. Zeus não está nada feliz.

Subo a colina a passos largos em direção à fogueira apagada onde nos vimos antes. Estava curiosa sobre os métodos de viagem da filha de Deméter, e já tinha um plano B para o caso de não dar certo. Enquanto subo a colina, olho em direção aos estábulos. Os pégasos conseguiam cobrir grandes distâncias em pouco tempo e eu - graças a Zeus, obrigada - adorava cavalgá-los. Não me sentia bem fazendo-os voar naquela tempestade, mas... Talvez eu pudesse tentar abrir o céu em nosso caminho, se o bendito Zeus permitisse.

De qualquer forma, apenas caminho até nosso ponto de encontro, onde aguardo a garota caso não tenha chegado, ou aceno para ela caso já esteja lá.

Equipamentos levados:

#7

Dalhia Rendall

Dalhia Rendall
Filho(a) de Deméter
Filho(a) de Deméter
No momento em que eu chego no meu chalé, eu corro para pegar as minhas coisas e minhas armas, do jeito que eu estava, do jeito que eu estava nervosa pelo fato dos minotauros ousarem machucar uma dríade, um espirito tão puro e tão protetor como ela, olha, me faz querer mais que matar eles, não tem como perdoa esse tipo de atitude.

-Conselheiro... o qu está acontecendo... ? -Pergunta um dos meus irmãos quando me vê arrumando as coisas, bem, ele era novato, ele não sabia o que estava acontecendo.

-Volte a dormir, é só uma missão, vai ficar tudo bem. -Falo sorridente, mas meu sorriso era falso, eu não tinha nada dentro de mim naquele momento, somente a dor de um possível luto, uma dor que só poderia ser resolvida depois dessa missão, depois de achar minha tia. 

Depois de me trocar e de me arrumar para essa missão, eu vou em direção a clareira que eu combinei com a filha de Zeus que iria, estava na hora de eu ir arranjar nossas caronas. No caminho eu tinha visto que a menina tinha chegado primeiro que eu, bem não tinha problema quem chega e quem não chega, só precisamos ir pro Texas e para isso, eu conversaria com pessoas que iam adorar ter essa conversa.

Quando chego perto de Ary, peço que ela fique atrás de mim, pois qualquer coisa poderia vir atrás de nós e queria que ela me cobrisse para eu poder ter uma conversa.

-Ninfas... sou eu, Dalhia. -Digo olhando pra floresta esperando um sinal. -Eu sei que é tarde, mas preciso da ajuda de vocês, muitas ninfas e outros seres mágicos da floresta estão sendo mortos no Texas por minotauros, eu sei que não querem se envolver, mas por favor, ouçam meu pedido, nos levem para o Texas ou o mais próximo que puderem, por favor, Nos ajude a trazer justiça a sua espécie e vingança para aquelas que partiram, elas precisam de vocês. (EMPATIA DA NATUREZA).


Eu sei que possivelmente as dríades talvez não quisessem participar disso, afinal, eu estava pedindo que elas se arriscassem, mas esse era um momento em que toda a sua espécie precisava ficar unida para passar por esse problema, elas precisavam ser fortes, mas elas também tinham que saber que não estavam sozinhas, mas que o acampamento ficaria do lado delas e eu faria de tudo para ajudar elas.


Caso e infelizmente nenhuma dríade aparecesse ao meu pedido, eu precisaria que forçar a aparição de uma e com isso, eu uso meu apito que me permite invocar um espirito da natureza, mas havia a possibilidade de não ser uma dríade também, mas mesmo que não fosse, não seria problema, pois pediria a ele que me levasse aonde os espíritos da floresta que eu estava chamando estariam, mesmo não gostando de forçar ninguém a ajudar, era uma situação de emergência.

passivas:

item usado:

#8

Circe

Circe
Deusa Menor
Deusa Menor
[Chalé de Zeus]

Após se vestir a semideusa caminha em direção ao seus equipamentos e algo mágico aconteceu. Sua visão estava um pouco com névoa e ao olhar para suas armas e demais itens todos tomaram uma coloração dourada, exatamente como a coroa de louros que a deusa Nike segurava na colina.

[Em sua mente ecoa a voz da deusa da vitória] Você vai lutar como um verdadeiro atleta olimpico: com apenas uma arma! Escolha aquela que te levará a vitória, minha campeã.

A semideusa observou todos os seus equipamentos, até mesmo as partes da armadura estavam tingidas por aquela coloração dourada.

(No próximo post você vai colocar em spoiler qual foi sua escolha e isso já bastará.)


Kyle foi implicar com a irmã mas observou por um segundo uma aura dourada ao redor da semideusa. Antes que pudesse falar algo, sua irmã saiu no meio da chuva às pressas. Ao voltar a colina Ary percebe que a outra garota não estava lá e isso deu uma certa satisfação a ela -  tinha chegado primeiro.

[Chalé de Deméter]

Enquanto corria para suas coisas a filha de foi surpreendida por um de seus irmãos mais novos.

-Conselheiro... o qu está acontecendo... ?

-Volte a dormir, é só uma missão, vai ficar tudo bem. ~ O garoto concordou sem pestanejar, parte porque recebera a ordem se sua conselheira e parte porque a mesma estava envolta por uma aura de coloração roxa que o assustava.

Agora sozinha para terminar de arrumar suas coisas algo aconteceu a sua visão e todos os seus equipamentos tomaram uma coloração arroxeada, da cor do vestido que a deusa da vingança estava usando.

[Em sua mente a voz de Nemesis ecoa] A vingança precisa ser justa, para que a balança não desequilibre: um herói e apenas uma arma.

(No próximo post você vai colocar em spoiler qual foi sua escolha e isso já bastará.)


[Na colina]

Dalhia avista a filha de Zeus  e vai ao seu encontro, pedindo para que ela ficasse na retarguada enquanto pedia ajuda as ninfas.

-Ninfas... sou eu, Dalhia. Eu sei que é tarde, mas preciso da ajuda de vocês, muitas ninfas e outros seres mágicos da floresta estão sendo mortos no Texas por minotauros, eu sei que não querem se envolver, mas por favor, ouçam meu pedido, nos levem para o Texas ou o mais próximo que puderem, por favor, Nos ajude a trazer justiça a sua espécie e vingança para aquelas que partiram, elas precisam de vocês.

A filha de Deméter sentiu um gosto amargo na boca ao dizer tais palavras. Sabia que se ela falhasse nessa missão, também falharia como guardiã de Pã  e com todas aquelas vidas inocentes. Uma voz delicada soou por entre as árvores, uma garota, que aparentava ter 17 anos, descalça, num vestido branco acenou para ela. Ambas as semideusas se aproximaram.

_ Guardiã, eu sei do que você está falando, mas não podemos ajuda-la. Enviamos alguns sátiros há alguns dias/semenas, não sei, o tempo é diferente para nós. ~ A garota sorriu sem graça mostrando seus dentes esverdeados e pontiagudos. _ Mas nenhum voltou. O máximo que conseguimos foi a informação que aquele lugar esta com uma proteção mágica contra os seres da natureza vizinhos. Estamos impossibilitados de ajudar nossas irmãs e os animais não mágicos. Desculpe.

As garotas se sentiram frustradas ao ouviram a ninfa e então Ary sugeriu que fossem aos estábulos. Ao chegar lá, perceberam que todos os pegasus estavam muito agitados com a forte tempestade. E aquela quantidade de raios não era normal. Ary poderia ser imune a eletrecidade, Dalhia e os pegasus não.

A semideusa tentou parar a tempestade para que pudesse acalmar os cavalos alados, porém, ao tentar, sentiu todos os pelos de sua nuca arrepiarem.

_Essa tempestade é mágica. ~ Disse para a guardiã.  _ Meu pai não está muito bem hoje.~ Disse sem graça.

Um som de uma flauta fez-se ouvir de longe, chamando a atenção das garotas, que o seguiu. Ao chegar, perceberam o responsável por ele: um sátiro.

_ Semideusas, a minha esposa disse que vocês a procuraram e pediram ajuda. ~ Ele fez uma pausa. _ Talvez eu possa ajuda-las, mas....é perigoso. ~ O sátiro olhou para cada uma delas com um olhar severo. _ Dentro da floresta tem uma caverna que da acesso ao labirinto de Dédalo. Já o usei algumas vezes para transitar de uma reserva a outra. Talvez eu consiga leva-las até lá. Mas não tenho certeza, é um risco devido a proteção mágica dela, não sabemos se ele, o labirinto também foi afetado.

Sem ter outras escolhas já que o TEMPO não era aliado das semideusas, ambas aceitaram e seguiram o sátiro.

[Labirinto de Dédalo]

_ O tempo aqui embaixo é diferente da superfície para quem se perde. Já ouvi histórias de semideuses que se perderam por 5 minutos e enlouqueceram dizendo que ficaram presos mais de 20 anos. De alguma forma, ele não afeta tanto a nós, seres da natureza. ~ O sátiro conversava enquanto segurava uma lamparina para iluminar o local.

O chão era todo de terra e as paredes ainda pareciam as de uma caverna, porém aquele lugar dava calafrio nas meninas. Algo maligno emanava dali, era como se o labirinto tivesse vivo, e não as quisesse ali dentro. Vez ou outra objetos do acampamento eram encontrados: espadas, escudos, cestos de morangos. As semideusas já tinham perdido a noção do tempo lá dentro, quantas horas tinham andado? Talvez 10 min? Ou talvez 10 horas? Não tinha como saber. O chão tinha mudado, agora era de areia fina e fofa, como de uma praia. Cruzaram uma porta e entraram num quarto estranho, o chão continuava o mesmo, semelhante a praia, seus pés afundavam nele, dificultando a passada, as paredes eram ásperas, como corais.  

_Estou sentindo um cheiro estranho aqui. ~ Disse o sátiro.

Antes que pudesse dizer algo mais duas dracnaes armadas, uma com lança e rede e outra com espada e escudo apareceram na porta oposta a que elas estavam, cerca de 50m.

_Semideusesssssssssssss jusssssstamente quando estavamos famintasssssss. ~ Elas sibilaram. E foram para cima das garotas  abrindo espaço entre si pela diagonal.
Importante:

Dracaenae:

#9

Ary Salvatore

Ary Salvatore
Filho(a) de Zeus
Filho(a) de Zeus
-- Ha... Hahahaha... HAHAHAHAHA!

Levei uma mão à cabeça, fechando os dedos sobre os cabelos e puxando-os por um momento enquanto o riso de nervoso ameaçava se transformar em um choro de desespero.

-- EU JURO! -- Gritei para o céu tempestuoso do teto do chalé de Zeus -- EU VOU MATÁ-LA, SUA VADIA FILHA DE UMA PUTA!

Aquilo já era de mais. Aos meus pés, meus equipamentos brilhavam em uma aura dourada idiota. Em minha mão livre, minha lâmina de oricalco agora refletia o ouro idiota da deusa da vitória. Ela me acordou no meio da noite com a lembrança de minha melhor amiga - morta -, me fez correr como uma louca desvairada em meio à chuva até o topo da colina, apenas para me humilhar e dar ordens como se eu fosse uma empregada. Me passa a estupida tarefa de resolver uma briga que não tinha nada a ver comigo, apenas para satisfazer seu ego de má-perdedora. E ainda tinha a audácia, a petulância, a pachorra, o desrespeito de inferiorizar meus equipamentos. Em minhas mãos, a linda lâmina de oricalco agora não passava de ouro. Minha melhor arma e meu maior bem. E ainda me obrigava a abandonar meus equipamentos, enquanto me mandava para lutar até a morte.

A lágrima de raiva que escorreu por meu rosto só fez aumentar ainda mais minha frustração. Dei uma fungada indigna e levantei-me do chão, ignorando os olhares de meus irmãos, e espumando de raiva fui para o ponto de encontro, com a espada em mãos como se fosse usá-la na primeira coisa que visse na frente. Mais do que nunca, em meu peito o ódio e o rancor dos deuses borbulhava como um veneno sendo fervido. Eu odiava sentir-me descontrolada. Fora dos eixos. Mas tudo naquela noite parecia milimetricamente programado para me desestabilizar e me deixar frustrada. Parecia que aquela deusa tinha tirado o dia e decidido selecionar um semideus a dedo para levar à loucura - e estava conseguindo. Olhei para os céus quando um relâmpago iluminou as nuvens. Quando a deusa aparecesse em minha frente de novo, eu morreria. Morreria descendo toda a ira dos céus sobre sua cabeça. E morreria feliz.



Toda a minha satisfação em chegar primeiro na colina virou raiva quando percebi que estava apenas fazendo o que niké queria. Respirei fundo, adicionando aquilo à minha Lista de Motivos para Virar uma Assassina de Deuses. Tudo o que eu conseguia pensar era em uma forma de burlar a injusta diferença de poder entre nós e nossos pais divinos. uma forma secreta de ferí-los, uma manha, um segredo ou trapaça.

Tento ignorar meu rosto corando de vergonha quando percebo a calma da filha de Deméter, que se mantinha impassível diante daquela situação ultrajante. Observei atenta, de trás, enquanto ela falava com as árvores, e uma esperança surgiu em meu peito quando uma ninfa surgiu em meio às árvores - apenas para definhar em seguida quando a mesma disse que não poderia nos ajudar. Chamou-me a atenção quando a ninfa se referiu a Dalhia como Guardiã. Guardiã... do que?  Dei de ombros e segui para os estábulos com ela, apenas para frustrar-me mais ainda com o estado em que os pégasos se encontravam.

-- Calma, garotos -- Falei, acariciando o pescoço de dois deles, com tristeza no olhar -- Eu sei. eu sei. É assustador, não é? Mas não se preocupem, os raios não vão chegar até vocês, estão seguros aqui, eu prometo.

Balancei a cabeça negativamente para Dalhia, sinalizando que não fui mais bem-sucedida do que ela em conseguir-nos uma carona. Olhei para cima, desconfortável. Eu nunca havia sentido tamanha pressão vindo dos céus... Tamanha ira. De alguma forma, consegui sorrir com escárnio, satisfeita de saber que Zeus estava tento uma noite tão alegre quanto a minha, e este pensamento aliviou um pouco minha tensão. De alguma forma, saber que ele estava irado deixava-me satisfeita.

-- Acho que teremos de ir do jeito antigo -- comecei a falar com Dalhia, quando a música chegou até nós. Como não podíamos ignorar aquele sinal em meio à tempestade, seguimos o som até encontrar seu responsável; um sátiro. que apesar de parecer nervoso, nos oferece prontamente sua corajosa ajuda.

Fiquei surpresa com a proposta do carinha. Primeiro pelo meio sugerido, segundo pela sua astucia. Não é todo sátiro que tem tanta disponibilidade, ainda mais tratando-se de arriscar a própria vida em uma viagem ao labirinto seguindo direto para um grupo de minotauros brutamontes.

-- Muito obrigada... Hã... como devo chamá-lo? Eu sou Ary. É um prazer conhecê-lo, ~fulano~

E então, seguimos o nosso novo companheiro de viagem bosque adentro em busca do labirinto, que já fora túmulo de centenas de semideuses antes de nós. A ideia de andar em um local fechado, onde eu ficaria sabe-se lá quanto tempo - literalmente, sei lá quanto tempo! - sem ver o céu ou respirar ar fresco... A ideia me enchia de pavor, mas tentei ao máximo não demonstrar. Eu acreditava que Dalhia ainda poderia usar as raízes e tudo o mais lá em baixo em uma situação de emergência e, bem, eu ainda tinha minha espada, a qual poderia usar para cortar tudo e qualquer coisa.

Não poderia, não, lembro-me, erguendo e olhando enquanto caminho para a espada embainhada em minhas mãos. Respiro fundo, agora mais triste do que frustrada. Se depois que aquilo acabasse aquela deusa não fizesse minha arma voltar à magnitude do que era, eu a enfiaria em seu ...

Não pude completar meu pensamento porque nosso tranquilo passeio no labirinto-vivo-comedor-de-semideuses foi interrompido por uma dupla desagradável de jararacas. Enquanto elas sibilavam eu já caminhava sorrindo em sua direção, aumentando o ritmo de meus passos, puxando a espada da bainha e deliciando-me com o silvo da lâmina sobre a bainha, a qual mantive segura na mão esquerda enquanto testava o equilíbrio da arma com a direita, conferindo se seu peso continuava o mesmo de sempre.

Enquanto caminho na direção da monstra da direita eu avalio sua postura; a forma como segura sua arma, a posição do escudo, sua velocidade, o comprimento de sua(s) cauda(s), e busco por referências que pudesse usar em nosso combate. Fico atenta durante minha aproximação para a possibilidade daquela lança ser arremessada contra mim... Inclusive, usando minha visão periférica e minha ]Sensibilidade Aérea], fico atenta pro caso de sua aliada fazer qualquer movimento brusco e, em ambos os casos, tento evitar um ataque me jogando e rolando pelo chão, usando os braços para amortecer a queda como aprendido nos treinamentos, cuidando para não me cortar em minha própria lâmina, e apenas encurto a distância entre nós. No mais, só busco manter-me inteira e o sangue dentro de minhas veias, evitando qualquer investida e atenta para não ser pega por uma cauda nojenta de cobra.

Considerar por gentileza:

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