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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
SERENIA, ORPHEUS E HELENA


Os três estavam sentados na grama do parque, apreciando a brisa marinha do inverno. Obviamente não dava pra entrar na água aquela hora, estaria congelando. Já passava das 17 horas, o sol já havia se posto atrás das marés calmas. As núvens se juntavam nos céus, trazendo uma coloração acinzentada ao final da tarde, aparentemente iria chover em algum momento.

Orpheus e Serenia, como sempre, estavam juntos e abraçados. O vento passa forte e traz o perfume de Serenia as narinas de Orpheus, que dá um inspirada longa. Seria uma cena até que romântica se Helena não estivesse ali do lado deles segurando vela. Eles já haviam enviado a carta para o Acampamento há muito tempo e até agora nenhuma resposta, a impaciência e o tédio atingiam eles como um trem. Talvez eles ainda tivessem um tempinho ali sem fazer nada até que alguém chegasse.

Como foram espertos, antes de saírem em busca de Nova Roma, pegaram alguns equipamentos na sede da Amazon, onde ambas as mães do casal trabalham. Elas cederam os equipamentos facilmente, afinal não gostariam que seus filhos saíssem em uma jornada tão perigosa indefesos. Foram disponibilizados três peitorais, três capacetes e três espadas, um kit pra cada.






STEPHEN


O filho de Hades estava em seu chalé, observando a fina camada de neve que passava pela barreira e inundava o Acampamento. O frio fazia com que todas as janelas permanecessem fechadas e a lareira a ficar acesa em tempo integral. Stephen se ajoelha e começa a rezar, segurando seu crucifixo com força entre as mãos. Eram tempos sombrios, onde a força do mal só crescia a cada dia.

O jovem é interrompido pelo bater incessante na porta do chalé. O filho de Hades, um pouco irritado por ter que parar no meio de sua oração, atende a porta, revelando um jovem sátiro. Apesar dos casacos, ele ainda tremia de frio. Com um bater do queixo, o mesmo profere:

- O moço, tem um cara te esperando na Casa Grande.

#1

Stephen Bloodwine

Stephen Bloodwine
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
-Deus lhe abençoe. -Falo ao Sátiro fazendo um sinal da cruz em sua frente assim que ele termina de falar. -Diga para tal homem que estarei indo ao seu encontro assim que terminar minhas orações, não me demoro muito.

Volto para minha posição, dessa vez ignorando a presença de qualquer figura e termino minha prece. Deus sempre fora misericordioso comigo, esperava que ele me mostrasse o caminho para ajudar esse mundo que anda tão corrompido ultimamente.

Quando termino de rezar eu vou até a minha cama e ponho meu elmo e visto o peitoral de couro, coloco minha adaga na cintura, o arco preso no ombro e a foice presa na mochila. Depois coloco meu manto por cima de tudo, por mais que eu gostasse do frio neve já era demais para mim. Pego o resto de meus equipamentos e sigo para a casa grande para falar com o sujeito.


equipamentos:

#2

Helena Simmons

Helena Simmons
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Estávamos esperando há vários dias sem nenhuma notícia do acampamento. Sentia medo por eles talvez não enviarem legionários tão longe. Os romanos odiavam o mar, e para nos buscar precisariam vir até o meio do oceano pacífico. Não sabia nem se algum legionário em serviço fizera aquela viagem antes.

Porém, não podíamos fazer nada. Os dois pombinhos mais velhos não tinham grandes habilidades com a espada. Para um, ela parecia muito pesada, para o outro muito leve. Eu mesmo não podia me vangloriar de nada. Com minha pouca idade, havia pego na espada poucas vezes e também a achava leve demais para meus braços. Imagino que seja porque sou neta de Timmor, logo devo ser forte demais para uma espada tão curta.

De qualquer forma, estávamos sentados mais uma vez na grama do parque. Já que eu os deixava acanhados em namorarem, resolvo conversar.


- Então suas mães são Amazona, hã? Elas são legais? De quem são filhas? Vocês conheceram o acampamento? Quando vieram pra cá? Gostam de morar aqui?

Eu era assim, uma metralhadora de palavras. Nunca entendi isso bem, já que era neta do deus do medo, mas eu definitivamente era uma pessoa alegre e otimista. Meu pai devia ser um homem bem interessante para que seu sangue mortal se sobrepujasse ao sangue divino de minha mãe.

Espero que eles respondam, para que possamos começar a nos conhecer, mas não deixo de olhar em volta, procurando qualquer vestígios dos monstros que atacaram minha mãe tantas semanas antes. Eu nunca mais os vira...



Última edição por Helena Simmons em 31/01/20, 07:55 am, editado 1 vez(es)

#3

Serenia Lyngvi Bouvier

Serenia Lyngvi Bouvier
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
I need you baby♪And if it's quite all right I need you baby♫
Era gostoso estar abraçada naquele frio com Orpheus, mais indiferente a isso, sentia mais tranquilidade por ter Helena conosco, afinal, ela parecia bem mais hábil em luta ou qualquer outra coisa do que nós dois. E principalmente Pheus que só sabia me apertar cada vez mais, estava constrangida pela mais nova... Afinal, ninguém é obrigado a ficar de vela. — Orpheus, você vai ter tempo para isso outra hora, faça o favor de ser educado. — Após respirar um pouco, olhei para Helena com as respostas em mente pensando sobre elas, queria dar as respostas mais sinceras e diretas possíveis.

— É, da para dizer que são amazonas, embora o disfarce seja... Um tanto quanto inusitado para dizer o minimo. Legais? Huum, bem, eu diria que são espetaculares, maravilhosas!!! Uh... Não não tenho ideia de quem seja ele... Nossas mães odeiam nossos pais, e se recusam a dizer o motivo. Mas não insisti pois parece uma grande mágoa, preferi respeitar os espaço delas. Mesmo que um certo Orpheus tenham sido invasivo né, Pheuzinho? — Perturba-lo realmente me divertia, mais aproveitei apenas tomar um fôlego e olhar a minha volta.

— Quem ''visitou'' foi Orpheus, apenas sei o que falaram a respeito. Basicamente nunca saímos da ilha para além de visitas ''rápidas'' no U.S.A. Desde que me entendo por gente, moro aqui. Nunca cheguei a perguntar nada por que nunca interessou, gosto daqui, é tropical, a natureza parece viva, as praias são lindas. Os moradores são hospitaleiros e alegres. Essa calma existente nas ilhas lhe preenche o vazio, a solidão, a tristeza... Mesmo que um pouco só. — Sorri brevemente olhando nos olhos da fofa Helena, enquanto os pensamentos de saudade que sentirei desta vida, tomavam contam do meu emocional.


+I'll never leave your side: You will never be alone, even when we go through changes even when we're old. Cause your love is all that I know♫♪
☾ FG RAVEN ☽


Equipamentos:

#4

Orpheus Alsorna

Orpheus Alsorna
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Eu não vou mentir, pelo menos não desta vez. Estava gostoso roubar calor de serenia enquanto a abraçava. Ela conseguia ser quentinha e o cheiro dela pelo vento apenas aquecia ainda mais meu coração. Naturalmente eu havia chegado perto demais da mesma, e assim que lembrei que havia uma mais nova com a gente a olhei de canto de olho. XÔ XÔ, vai embora, volta daqui a pouco - Pensei por um curto momento enquanto aproveitava o momento, nada pessoal.

Helena aparentava ser uma boa garota, apesar de ter sido arrastada para essa porcaria de mundo romano e mitológico, não era culpa dela. Pude soltar Serenia com muito custo, pois qualquer fonte de calor estava sendo bem agarrando ela novamente, na grama, céu nublado, chuva. Não parecia nada convidativo para um dia de viagem, mas não havia mais como voltar atrás. Ao ouvir as perguntas de Helena, cutuquei minha própria bochecha pensando em uma resposta que não a escandalizasse.

—  Se você nascer uma menina elas são como Serenia disse. Fora isso, era uma relação bem única entre mim e Shayene; agregado.  Aprendi desde cedo a ser responsável pelas minhas próprias finanças. —

Dei de ombros enquanto encarava Helena com um meio sorriso, não fazia diferença explicar mais sobre elas, nem valia a pena contar a história - ao menos no atual momento mas temendo piorar ainda mais a história de não revelar as coisas para Serenia contornou soltando mais informação do que necessário.

— O que sei estava em latim e por algum motivo comecei a ler como em inglês, foi bizarro. Tipo uma expansão do google tradutor sendo desbloqueada. Enfim, existe esse lugar, Nova Roma que é protegida pela décima segunda legião fulminata. —

Ergueu a mão tocando no ombro de serenia, pegando apoio para tentar ficar em pé, ignorou reclamações de protestos então concluiu.

— Eu não gosto particularmente, mas devido a dificuldade de.... Monstros virem até aqui, não é de todo ruim. E bem, é uma puta falta de sorte ser atacada no Hawaii. Espero que com a gente sua sorte melhore. —

#5

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
SERENIA, ORPHEUS E HELENA


Apesar de não possuirem muita intimidade, os três começam a conversar. Helena dispara uma chuva de perguntas e com as respostas percebe que a vida de uma garota era bem diferente da dos garotos que cresceram com as Amazonas. Havia uma separação muito clara de tarefas, na qual Orpheus sempre ficava com as piores e mais chatas. Porém, eles gostavam do lugar, afinal quem não gostaria de morar no Havaí ?

Orpheus esparava que sua sorte virassaria com a chegada de Helena, porém o que eles não sabiam é que estavam prestes a adentrar o olho do furacão. Um rosnado alto seguido de um grito estridente corta a conversa, fazendo com que o coração dos jovens disparasse. Eles se aproximam devagar e, de trás de um arbusto, conseguem ver a cena:

O que parecia ser um cachorro, comia uma mulher de uns 40 anos, enfiando seu "bico" dentro da barriga da mortal e puxando suas tripas, engolindo-as logo depois. Testemunhar tal acontecimento faz instântaneamente o enjoo do vômito subir em sas gargantas, tendo que engolir aquilo para realmente não vomitarem. Por algum motivo, Helena e Serenia sabiam que aquela criatura não pertencia a superficie e sim ao oceano.

- HAHAHAHAHAHAHAHA!!! Isso, se alimente dos mortais, totó. - Gargalha um homem que se aproxima do cachorro marinho. Era alto e possuía os musculos bem definidos, porém, assim que ele se aproxima da luz do parque e vira levemente seu rosto, percebem que onde deveria estar sua cabeça, havia uma cabeça de tubarão. - A brisa trouxe um cheiro muito forte de semideuses nessa direção, só que agora perdi o rastro. E EU ESTOU COM TANTA FOME QUE DEVORARIA ELA INTEIRA COM UMA MORDIDA.

Ps: Eles estão a uns 15 metros de vocês, em um clareira no parque. No centro de tal clareira há uma fonte que se encontra ligada e que está posicionada entre os monstros e vocês. Eles ainda não vos acharam, porém logo vão. O homem está armado com uma pequena âncora presa nas costas. Podem lutar, ou podem correr.

Homem-Tubarão:

Cachorro Marinho:






STEPHEN E ALICE


Stephen agradeçe ao pequeno sátiro, que vai desaparecendo na neve com uma cara confusa. O filho de Hades retorna as suas orações, pedindo por proteção e agradecendo, por tudo. Depois de vestir seus equipamentos apropriadamente e jogar seu manto por cima para proteger do frio, o garoto segue seu rumo até a construção de três andares.

Ele atravessa a prota e encontra dois semideuses sentados nas poltronas aguardando: Alice, filha de Baco, e Louis, o Conselheiro do 12. La dentro estava quentinho, a lareira se encontrava acesa e compartilhava seu calor com todo o recinto. As paredes ainda estavam enfeitadas para o natal e uma máquina de chocolate quente produzia a bebida sem parar.

- Yo, agora que estão os dois aqui, finalmente posso explicar a situação. - O grego da seu lugar para Stephen e se prepara, como se fosse dar uma palestra. - Então, como sabem o Acampamento Romano ta uma bagunça desde o desaparecimento de um dos Pretores. Então, todas as cartas e pedidos de escoltas estão sendo mandadas para nós avaliarmos.

Ele faz uma pausa para pegar uma carta no bolso e entrega aos semideuses. Link da carta: https://pjheroisdoolimporpg.forumeiros.com/t905p30-escritorio

- Normalmente eu iria até Roma para falar com vocês, porém desta vez... tem alguem... ou algo... querendo falar com você no sótão, Stephen. O safado ficou gritando seu nome quando abri a carta. Acho melhor você subir.

(espacinho pra interpretar aqui se quiser)

O ceifeiro sobe as escadas que levavam ao sótão, enquanto Alice e Louis esperavam sua volta no primeiro andar. O garoto abre a portinhola e o cheiro de podre invade suas narinas, talvez fosse todos aqueles troféus de semideuses se putrefando durante décadas naquele lugar sem ventilação, ou talvez fosse pelo verdadeiro cadáver se decompondo em um banquinho ali do lado. Sem muita relutância, o ceifeiro se aproxima. Já estava acostumado com a morte, e aquele era mais um corpo, certo ?

Errado. Após alguns segundos depois de se sentar no outro banco em frente ao cadáver, uma névoa verde começa a envolver a área ao seu redor. Em um instante, a alma retorna ao corpo do cadáver, e em um pulo o corpo antes inanimado se levanta. Stephen percebe que aquela não era uma alma comum, e sim muito antiga e poderosa. A voz do ser era como se mil facas fossem afiadas ao mesmo tempo, e então ele começa a entoar:


Contra uma rebelião de monstros vocês vão lutar,
Para três semideuses salvar,
O que vocês todos claramente não sabem,
É que vão os cinco, juntinhos, pro fundo do mar.


A névoa verde que envolvia o ambiento começa a tomar forma. Ele consegue enxergar o rosto dos três semideuses escondidos em um arbusto em um parque. A névoa muda novamente, e mostra o interior de um palácio que cintilava, porém as pessoas presentes corriam pra lá e pra cá feito loucas. O cenário muda novamente e ele começa a ver centenas de monstros lutando entre si, um cada vez mais forte que o outro.


Preste antenção no que sua mão encostar,
Pois a furia dos deuses, ninguem, jamais, pôde controlar.


Stephen acorda com Alice dando tapinhas leves em seu rosto, com Louis atrás. Ele se encontrava na escada do sótão, com a portinhola fechada.

- E aí ? - Pergunta a garota.

#6

Helena Simmons

Helena Simmons
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Ao ver o que o monstro estava fazendo eu deveria ficar assustada, mas não estava. Os ataques que eu e minha mãe sofremos já havia sido suficiente para anestesiar minha sensibilidade. Além disso, eu era neta de Timmor e aquilo definitivamente não iria me abalar.

Eu sabia que fugir não era uma opção, pois a ilha não era tão grande e eles nos encontrariam mais cedo ou mais tarde. Como não sabíamos quanto tempo o acampamento iria demorar para chegar, era melhor resolver aquilo naquele momento. Ou os matávamos, ou morríamos.

Espero que eles estejam de acordo comigo e dou instruções:


- Vocês dois: cada um vai para um lado com o EXTREMO cuidado para não serem vistos. Eu vou distrair as feras e vocês dão a volta e surgem por trás, de supresa. Ao menos um dos dois tem que acertar o tubarão.

Em seguida, espero eles se afastarem um pouco e assim que eu perceber que o monstro começava a desconfiar que estávamos ali, pulo para cima gritando:

- ESTOU AQUI! BANDO DE ESTRUME MARINHO!

Em seguida recuaria, atraindo ele na minha direção e o impedindo de ver meus amigos. Eu não sabia a velocidade dos monstros, mas estaria atenta nos seus movimentos para saltar para o lado, mergulhando fora do seu alcance no momento certo, e se possível, aterrissando com um rolamento. Em todos os momentos continuaria ofendendo o tubarão com os xingamentos mais horríveis para um ser do mar, para que toda a sua concentração ficasse em mim, principalmente no momento que eu visse os dois semideuses se preparando para atacá-lo.

- VEM ME PEGAR, SEU CARA CHATA HORROROSO! OU VOCÊ NÃO É MACHO SUFICIENTE NA TERRA FIRME?



Última edição por Helena Simmons em 31/01/20, 07:55 am, editado 1 vez(es)

#7

Stephen Bloodwine

Stephen Bloodwine
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Pego a carta que Louis havia mostrado, a leio rapidamente e guardo no bolso pequeno de minha mochila. Olho então para a garota que estava na sala comigo, Alice, uma filha de Baco. Me desagradava muito sair em missão com uma filha do "deus" da Luxúria, porem, Jesus Cristo havia nos mostrado para ser misericordioso para com os pecadores, então por Jesus eu iria tentar ser com filha de tal pessoa.

Escuto Louis terminar de falar em silêncio, ele fala sobre alguém gritando o meu nome e isso me deixa um tanto quanto confuso, eu realmente não sabia de quem ele estava falando mas resolvo subir até o sótão para falar com tal pessoa. Qualquer um que chame pelo meu nome terá a benevolência de uma benção feita por um quase padre.

Quando chego lá em cima me deparo com uma névoa verde, tento proteger o rosto de tal substância mas pelo visto já era tarde. A criatura começa a falar com deveras estridência em seu timbre, o que fez de meus tímpanos frangalhos. Começo a enxergar coisas e a escutar o que aquela criatura do demônio e estava falando. Hordas e mais hordas de demônios estavam lutando, aquilo seria uma anunciação do Apocalipse?

Sinto impactos fracos no meu rosto e quando abro os olhos Alice estava tentando me acordar, de súbito me afasto e pega meu crucifixo. Demônios, adivinhações e uma garota nascida da Luxúria, parecia que aquela missão queria me desvirtuar do caminho do senhor.

-Levíticos 19:31: Não recorram aos médiuns nem busquem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. -Falo em voz alta e me levanto tentando ter uma postura firme. -Isso que acabou de acontecer foi de uma heresia tamanha, vamos embora e não recorreremos a tal método charlatânico.

Desço para fora da Casa Grande rapidamente, estava um pouco desconcertado e agarro novamente o meu crucifixo enquanto espero Alice. Assim que ela chegar começo a andar para o acampamento Romano, se não me engano, esse tal de Hawaii ficava mais perto de lá.

#8

Alice van der Garde

Alice van der Garde
Filho(a) de Baco
Filho(a) de Baco
Eu ainda sonhava com a ovelha.

Depois de dias no acampamento grego, ainda não haviam me deixado ir embora e os sonhos não paravam. Era com se parte dela vivesse em mim desde o momento em que peguei aquela máscara. Não esquecia os olhos azuis do lobo, a sensação de estar em outra dimensão, o pedido cortante de alguém querendo matar sua outra metade.

Eu ainda olhava a máscara, passando a mão sobre a sua divisória. Não sabia o que ela fazia, pois ainda não tivera coragem de vesti-la, mas ficava me perguntando se aquilo não representava uma divisão dentro de mim mesma. Será que eu também era meio loba e meio ovelha? Deixo esses pensamentos de lado. Eu não era sentimental. Não me importava com o que as pessoas passavam e aquilo estava me deixando louca. Tudo era pior ao estar naquele acampamento. Ter que conviver com irmãos, participar de cantorias na fogueira à noite... Tudo era um suplício terrível e eu ansiava por ver a minha coorte de novo.

Justamente quando não aguentava mais aquela prisão de pessoas sentimentalistas e alegres e estava me preparando, com todos os meus equipamento, para fugir de vez daquele lugar, sou convocada por um fauno a ir à casa grande. Definitivamente, era a última coisa que eu queria na vida. Se estivessem achando que iriam me impedir de ir embora, estavam muito enganados.

Quando chego lá e vejo meu irmão, "conselheiro" do chalé, embora ele não fosse nem um pouco impressionante. Para minha alegria, ele não fala nada e sou obrigada a ficar sentada esperando algo que não sabia o que era. Depois de mais um fauno sair correndo e voltar e esperarmos vários minutos, outro semideus, aparentemente bem atrasado, apareceu. Logo percebi que a situação não era boa, pois o assunto não era só comigo, mas com um campista junto.

Primeiro, fico na defensiva, já imaginando que tipo de semideus era aquele. Esperava que não fosse um insuportável filho de Apolo ou Ares, pois se fosse, eu cairia fora naquele momento. Mas logo percebi que era um semideus estranho. Seu rosto morbidamente branco, rosto sério e aura escura me indicavam um filho de Hades bem peculiar. Fico aliviada. Quem sabe assim não precisasse conversar com ele.

Meu irmão começa a tagarelar sobre uma carta e coisas que não me importavam em nada e então manda o esquisito subir ao sótão. Fico esperando, sem paciência para falar com Louis. Eu era uma pessoa simpática, mas quando queria ser. Odiava ser obrigada a fazer algo e aquilo definitivamente era algo que eu não queria.

Quando Stephen reaparece desacordado, fico levemente assustada. Qualquer coisa que fosse capaz de chocar um filho de Hades devia ser considerada perigosa. Não sei que tipo de acampamento manda seus campistas à um sótão velho e fedido para traumatizá-los, mas não podia me preocupar com isso no momento, pois de repente o semideus começa a recitar versos que deduzi serem da bíblia. É, ele realmente era muito estranho. Quem sabe se tivesse tido um treinamento com Lupa não fosse tão suscetível à problemas psicológicos dessa ordem, mas eu entendia que nem todos tinha essa sorte, portanto lamentei por ele.

Como o garoto saiu sem falar nada, imaginei que seguiríamos para o Acampamento Júpiter para então começarmos a viagem para o Havaí. Era melhor assim. Quanto menos palavras melhor.

Eu já estava com meus equipamentos. Carregava os dois sabres em suas bainhas, uma de cada lado da cintura, o bastão enroscado nas costas, com a mochila, a adaga ficava numa bainha na minha coxa e a máscara amarrada na cintura. Caminho até o portal e o cruzo quando o filho de Hades chega. Eu não queria trocar nenhuma palavra com ele, mas aparentemente seria obrigada a tal.


- Alguma ideia em como cruzar o oceano pacífico? Podemos pedir ajuda aos centuriões, embora a viagem seja suicídio sem um filho de Netuno junto...

#9

Orpheus Alsorna

Orpheus Alsorna
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Assim que começamos a manter algum diálogo um rosnado alto seguido de um grito estridente. Eu queria acreditar que fosse apenas uma briga comum de casal, mas quando nos aproximamos acabamos de  presenciar a pior cena possível... Bem eu queria vomitar, realmente de verdade. Estava pronto para perder meu almoço mas de alguma forma conseguir manter o foco e cerrar os dentes, pelo menos na frente das garotas iria manter a compostura.

Olhei para Serenia que parecia bem enojada, enquanto Helena parecia insensível a aquilo e para minha surpresa era bom, pois era um sinal que ao menos alguém tinha estômago para essa nova vida.

Dos arbustos observei aqueles seres dando a melhor descrição possível; monstros. E queria argumentar que aquilo não era nem fudendo um cachorro ou totó, mas Helena parecia ter algum plano e correr não parecia uma opção viável para ela.

Ao ouvir com atenção acabei concordando, mas havia algo errado, não era certo ela se fazer de isca sem ter uma boa garantia de sua própria segurança.

— Serenia, vá com ela. O tubarão já parece saber que há mais de um semideus pela área. Então Deixe comigo o ataque furtivo. —

Na realidade eu estava apenas sendo protetor com as garotas e detestava a ideia de deixar a mais jovem ter de tomar a frente naquela situação sem nenhuma garantia.

Respirei fundo e usei os arbusto agachado, xingando bem baixinho a falta de sorte do grupo. A ideia de enfrentar as criaturas me trazia medo, não algo que me faria ficar paralisado, mas já podia sentir certa dificuldade em dar o meu melhor e correr sempre era uma opção válida. Segui pela esquerda agachado buscando usar a cobertura da fonte como falha de visão; A ideia de aproximação era caminhar de forma curta e rápida em direção da fonte enquanto esperava as meninas distraiam o monstros, uma vez que a oportunidade surgisse iria me aproximar pelas costas do mesmo retiraria a pesada espada que havia adquirido e a usaria. Eu detestava a forma como aquilo era pesado, estupidamente pesado para uma espada tão comum mas a empunhei mesmo detestando. Cerrando os dentes e da melhor forma silenciosa possível, ataquei. Não um ataque limpo como nos filmes, algo bem desleal que se daria em perfurar uma das coxas da criatura, pelo menos eu o via como um grande cara musculoso que havia faltado em todas os dias de treino de perna e aleijar um adversário era sempre mais eficaz do que prolongar a luta de forma irresponsável.

#10

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