O canto dos pássaros ficava cada vez mais alto à medida que a menina saía da floresta. Curiosamente, o som vinha próximo à estrada. Naquela noite, só a lua iluminava o caminho de Ariel. O que não era um problema para a caçadora. Haviam montado o acampamento ali próximo e a maioria das meninas havia saído coordenadas por Ártemis. A missão da menina era simples, patrulhar e evitar que qualquer monstro ou pessoa se aproximasse. Após alguns minutos checando o perímetro, a menina se deu por satisfeita e iria retornar para checar a tenda. Não fosse o som dos galhos se quebrando ela teria partido.

A semideusa olhou para trás, saltando para o lado a tempo de desviar de um emaranhado de galhos arremessados na sua direção, pontiagudos como agulhas. De prontidão, Ariel analisou de onde o ataque tinha vindo, se deparando com uma figura alada pairando 15m a frente.

Spoiler:

A filha do Mar notava que o som dos pássaros era oriundo do rosto daquele indivíduo, talvez uma tática para atrair pessoas. Infelizmente, sua presa havia sido a própria caçadora.

Ariel invoca seu tridente e lança um tífon na criatura, dando início ao confronto que tanto ansiava. A criatura usa alguns galhos para tentar diminuir o efeito dos ventos, puxando assim mesmo para cima, mas sem resultado. O ataque faz com que ele rodopie feito um peão e somente após algum tempo consiga ser puxado pelas plantas. A garota se decepciona ao ver que não conseguiria desequilibrá-lo com água, tampouco tê-lo ao alcance do seu tridente. A criatura estava acima de uma árvore, a 3m do solo. Apesar de ter girado bastante, ela estava balançando o rosto, talvez tentando voltar a ter noções de equilíbrio. Está atordoado lá de cima e, apesar de ainda estar em condições de se defender, não tentará atacar a caçadora por enquanto.

Ariel retorna seu tridente e prepara seu arco para disparar algumas flechas, preenchendo-as com energia lunar, deixando-as tão brilhantes que fez com que a criatura desviasse seus olhos para o outro lado, abraçando os galhos da árvore a qual estava se segurando. A árvore respondeu, fazendo com que seus galhos e folhas se enrolassem mais a frente, formando um escudo de madeira. Por ter sido feito rapidamente e sem muita concentração, as flechas da caçadora atravessaram o escudo, fincando-se no ombro e tronco da criatura.

O monstro soltou um grito e puxou o escudo, fazendo-o se moldar em um tridente de madeira, flutuando em meio ao ar como se ele o controlasse com a mente. A criatura estava na mesma altura, ferido e |Castellan| da vida.

Ariel não aguarda o ataque do monstro. A filha de Poseidon forma uma meia-lua, aproveitando a cegueira da criatura para sair do seu campo de ataque. A filha de Poseidon usa a água ao chão para formar algumas adagas, lançando-as para o alto com afinco. Tomando um susto e sentindo as lâminas em seu corpo, a criatura perde o controle de seus braços, despencando da árvore e indo de encontro ao chão. O impacto jogou farpas e pedaços de madeira para todos os lados, principalmente oriundas das pernas da criatura, que agora observava tudo do chão sem ter como se movimentar. Ariel recuou alguns passos, sentindo um pedaço pontiagudo se projetar em sua perna e iniciar um leve sangramento.Curiosamente, dessa vez o monstro não emitiu som algum de dor. Apenas apontou o braço para a menina, ameaçando lançar talvez outra rajada de galhos ou algo do tipo. Ele está a 5m da menina. Ariel, apesar de ferida, consegue se locomover, por não ser tão profundo.

Ariel aproveita para mostrar do quê uma filha de Poseidon é capaz. A caçadora faz o solo irromper em um jato de alta pressão, arremessando a criatura para ainda mais alto e fazendo-a cair ao solo, ainda mais destruída do que anteriormente. Após alguns segundos se debatendo, já não restava mais do que um mero punhado de galhos e plantas. Vitoriosa, a menina se afasta, retornando ao acampamento para cuidar do seu ferimento.

ATT