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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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[Missão One Post Livre] Dia de Sorte | Nina Crawford Empty [Missão One Post Livre] Dia de Sorte | Nina Crawford

por Nina Crawford 24/08/20, 04:42 pm

Nina Crawford

Nina Crawford
Filho(a) de Hécate
Filho(a) de Hécate


Nome da narração: Dia de Sorte
Objetivo da narração: Cessar ataques no Central park
Quantidade de desafios: 2 (luta e passar pelos policiais)
Quantidade de monstros:4
Espécie dos monstros: Fúria, cão infernal 2x, empousai


☽ ☾


Finalmente o inverno havia chegado ao acampamento. Eu particularmente adorava o clima frio para sentar-me á beira da lareira do chalé de Héstia e aproveitar o calor das chamas douradas que aqueciam o ambiente. Naquela manhã não estava muito diferente, havia trazido uma xícara de chá de hortelã do refeitório para apreciar as chamas da lareira com Darya ao meu lado.

Está frio, vamos passar o dia aqui!

A loba fala em minha mente. Havia passado um curto período de tempo desde o dia em que adotara a até então pequena lobinha dourada em uma missão de minha matrona, agora com a mudança de estações ela parecia maior e mais inteligente, conseguindo se comunicar melhor comigo. Sentia orgulho de ver aquela pura criatura crescer ao meu lado, ela era muito forte depois de perder seus pais para o pior uso de magia que eu já presenciara. Morgana... sim, ela quem causara esse sofrimento para Darya e muitos outros animais e seres humanos. Eu já tinha evoluído bastante desde o nosso último encontro, mas ainda não era suficiente, a feiticeira era poderosa e egoísta, cega pela ganância do poder. Viro meu rosto para Darya com um semblante carinhoso ao olhá-la, acariciando seus pelos dourados da cabeça até as costas.

Você sabe que precisamos treinar, minha pequenina. Mas se quiser ficar aqui, eu vou entender.

Ela me olha, seus olhos cor de âmbar refletindo as chamas da lareira e trazendo ainda mais familiaridade com a minha matrona. Ela parecia com preguiça demais para relutar, mas seu olhar dizia claramente que não me deixaria sozinha. Era como um pacto silencioso desde o dia em que eu a salvei, ela estaria ali por mim, onde quer que eu estivesse.

Vou sempre com você.

Sorrio largamente e o som de batidas apressadas na madeira da entrada ecoam pelo chalé, que já estava vazio pela manhã. Eu dirijo uma  expressão curiosa para aquilo e me levanto rapidamente, indo até lá. Quando abro a porta, vejo um sátiro aterrorizado, seu rosto pálido parecia brilhar em um suor frio e suas madeixas castanhas colavam em sua testa, enfaixada com uma bandagem ensanguentada.

- Nina! Céus, está tudo uma loucura! Quíron precisa de você. - Ele fala apressado e a angústia presente em sua voz, alarmando meus sentidos. Eu toco o seu ombro, fazendo um aceno de cabeça e repassando-lhe calma. Sinto seus ombros relaxarem um pouco e ele respirar, agradecendo com o olhar.

- Estou indo, vá descansar um pouco. Obrigada por me avisar. - Eu digo com o tom mais tranquilizador possível e vejo o sátiro se afastar. Darya dentro do chalé, se levanta do chão com as orelhas levantadas e atenta para o que estava acontecendo. Sabia que algo estava acontecendo, afinal o acampamento parecia um caos. Sátiros corriam pelo lugar, adentrando as pressas na enfermaria que parecia estar sobrecarregada com tamanha confusão. Então já me antecipo pegando meus principais equipamentos e saindo  com Darya até o escritório do centauro.

Equipamentos:

Quando chego no escritório, vejo que realmente havia algo fora do normal. O semblante do velho centauro se contorce em preocupação enquanto encara um grande mapa do Central Park acima de sua mesa de carvalho. O lugar era iluminado e aquecido pela lareira e aquilo me deixa a vontade, enquanto bato na porta avisando a minha chegada. Ele pede para que eu me aproxime, enquanto coçava a sua própria nuca em um gesto angustiado.

- Olá Nina, bom dia! Sei que esse ano ando pedindo muitos favores á você, mas agora realmente não tenho muita opção. Você deve ter notado que a enfermaria anda mais cheia de sátiros que o normal... -  Ele lança um olhar para a janela, que estava fechada apenas por uma pequena brecha, como se conseguisse ver muito além. Depois de pigarrear, ele prossegue vendo a minha preocupação estampada em minha face. - Então, a líder dos guardiões de pã, Aurora, não está presente no acampamento por estar cuidando de assuntos importantes lá fora. Mas agora, estamos sabendo de ataques constantes contra qualquer um que se mova no parque em Nova York, até os mortais estão evitando o local por estar bloqueado pela polícia. Preciso que você vá investigar o que está acontecendo, você pode fazer isso?


- Claro Quíron, pode contar comigo. - Eu falo, assentindo com a cabeça e escuto um uivo de protesto de Darya. Olho para baixo vendo-a com a cabeça inclinada para o lado esquerdo com o focinho franzido, eu rapidamente entendo sua reclamação e completo. Eu e Darya.

- Certo, contamos com vocês. Pode ir agora. - Ele fala e eu concordo, saindo do escritório juntamente com Darya. Juntas, rumamos até a colina para pegarmos a carruagem da danação.



☽ ☾


Saio um pouco enjoada do táxi das irmãs cinzentas, e Darya também não parecia muito confortável com a viagem. Levanto o olhar para o Central Park, que estava totalmente diferente do que costumava ser. Carros policiais estavam estacionados barrando as entradas e nenhum mortal realmente estava andando por lá, o que certamente me daria algum trabalho. De longe, era possível escutar gritos e barulhos altos que deveriam vir do centro do parque. Respiro fundo, pedindo para Darya se aproximar mais de mim e começando a manipular a névoa ao nosso redor com minha varinha da lua nova, nos transformando em dois agentes do FBI, com distintivo em mãos. Então me aproximo com ela, mostrando o distintivo para três oficiais que pareciam confusos.

- Boa tarde senhores, viemos cuidar da situação. - Eu digo enquanto eles parecem avaliar a veracidade de minha carteira e logo, um deles abre espaço, concordando de má vontade.

- A coisa está feia lá dentro, espero que consigam resolver, oficial Crawford. -  Ele diz olhando diretamente para mim e, por muita confiança em minha própria magia, eu não vacilo. Concordo e adentro com Darya, sentindo meus ombros descansarem em alívio por termos passado. Olho para trás e vejo que eles voltam a sua formação, parecendo conversar com certa preocupação. Então, alguns metros á minha frente, vejo duas ninfas correndo aparentemente aterrorizadas.

Darya, vamos até elas.

É pra já!

Então começamos a correr e  logo elas notam a nossa presença, parando e deixando que nós nos aproximássemos. Uma cai no chão, aparentemente ferida, um líquido verde musgo parecia escorrer de seu braço direito com um corte que certamente afetara uma de suas "arterias" principais e ambas pareciam ter chorado e sua expressão de exaustão era explícita em cada rosto. Quando nos aproximamos, me ajoelho perto da ninfa caída a qual estava mais pálida que o normal, tocando em sua testa tentando captar sua energia vital, que era mágica, e percebo que estava fraca.

- O que aconteceu? Eu posso ajudar.- Eu falo, tirando de minha mochila um punhado de alecrim e pegando uma folha, amassando-a em minhas mãos e canalizando minha magia em minhas mãos enquanto a própria erva parecia soltar sua seiva esverdeada com um cheiro característico. Então a outra Ninfa se senta ao nosso lado, com as lágrimas descendo em seus olhos.

- N-Nós estávamos nas árvores... f-fazendo nosso trabalho! Então eles apareceram, e começaram a atacar a todos nós, até mesmo os mortais... - Ela fala relutante, enquanto soluçava em seu choro sentido. Lutando para continuar, ela prossegue. - E-Então Aery foi atingida pela fúria e... e...



- Ei, tudo bem. Como é seu nome? - Eu pergunto, com um olhar tranquilizador. Escuto-a fungar e sussurar. Luce Continuo com um tom tranquilizador e sereno. - Eu vou cuidar de Aery, okay? Espere e já cuido de você também.


Vejo ela assentir e volto minha atenção a ninfa. Seus cabelos com flores e folhas verdes também pareciam sem brilho. Então, cubro o corte com minhas mãos, fechando os meus olhos e começando a recitar algumas palavras em grego antigo para que pudesse efetuar a minha [Cura Sagrada]. Darya se senta observando a situação, parecendo tão aflita com a dor da ninfa quanto eu.


" Ó sagrada magia da terra,
cubra-a com a aura esverdeada,
permite que o alecrim cicatrize esse corte
e não deixe sua alma ser ceifada
bonifique sua pele,
reivindique-lhe a vida
agracie sua seiva
lhe dando a energia.
"



Sinto um calor terno aquecer as minhas mãos em uma aura dourada não muito reluzente, envolvendo a enfermidade. Observando a ninfa, conseguia ver a cor voltar ao seu rosto e seu corpo parecer florescer novamente. Ela respira fundo e calmamente, como se a vida realmente tivesse lhe dando mais uma chance. Ela fecha seus olhos parecendo descansar. Por baixo de minhas mãos, eu sinto a seiva estancar e o ferimento começar a cicatrizar com velocidade. Sua aura mágica estabilizando e me dando mais alívio. Então, termino o meu feitiço e observo-a se sentar, parecendo novamente em forma e me olhando com gratidão.

- Obrigada, criança bondosa. - Luce fala com lágrimas de felicidade nos olhos, pegando em minhas mãos. A erva antes amassada agora estava carimbada no braço da ninfa que volta a falar. - Eu realmente achei que fosse minha hora e não sei o que seria sem você.

- Não precisa agradecer, mas me diga, o que aconteceu? - Eu pergunto curiosa enquanto vejo Aery chorar de alegria, abraçando a amiga. Aquilo aquece meu peito, amizade era uma coisa pura e bela. Luce sorri para Aery, e continua a falar, entendendo a minha pequena pressa para lidar com a situação.

- Eram quatro, num total, não sei por que estão aqui... Uma fúria, dois cães infernais e uma empousa. Ela parece ser mais forte, e também a mais sanguinária... por favor nina, estão atacando o nosso lar, nas árvores mais intensas do parque. O coração de nossa pequena vila, você verá, as árvores vão guiá-la minha jovem feiticeira.

- Obrigada pela informação! Eu estou indo agora. - Falo, tocando o ombro das duas e transmitindo minha aura de paz. Elas concordam enquanto eu saio, olhando para Darya que entende e sai correndo em disparada a ala mais esverdeada da do parque. Enquanto corro ao seu lado, percebo que as árvores pareciam acenar com os galhos a cada curva que eu deveria seguir, nos guiando até o caminho exato até o meio das árvores. Chegando lá, vejo o caos que se sucedia, várias ninfas corriam de um lado para o outro, sendo perseguidas por dois enormes cães negros, com dentes afiados que pareciam se divertir com a situação. Voando acima delas, uma Fúria parecia atacar em um intervalo de segundos alguns sátiros feridos, que tentavam se defender com cajados de carvalho. Alguns metros á frente, sentada em um tronco de árvore antigo com os pés sobre as costas de um corpo sem vida, estava uma Empousai, com uma lança prateada em sua mão esquerda e olhos ameaçadores para mim. Sinto meu peito acelerar e apertar com todo aquele caos e sofrimento que exalava da situação, eu percebia que aquele tipo de aura maléfica não seria resolvida com conversa, mas não custava tentar. No momento que dou alguns passos adentrando no local, todos os outros três parecem notar minha presença, e Darya parece se armar de forma ofensiva, rosnando.

- Ora ora, o que temos aqui? - A voz que ecoa pelo ambiente parece amedrontar ainda mais as ninfas, que aproveitando da pausa dos ataques sucessivos correm pelas árvores, deixando-me agora sozinha com os quatro. A empousai abre um sorriso carregado de maldade, continuando.  - Você acha que é digna do sangue de sua mãe?

- Vocês deveriam se envergonhar. Se retirem agora, não venho em busca de conflito. - Eu falo, com toda a minha aura tranquilizadora. Percebo que os cães por um momento parecem recuar, e a Fúria pousa confusa. A empousai se levanta, batendo a lança no chão e falando com um tom alto de raiva, que parece redefinir a postura dos três.

- NÃO LHE DEEM OUVIDOS! Aqui você não tem poder, garotinha. Lute ou morra! Escolha! Ataquem. - Ela exclama enraivecida e vejo os três começarem a correr em minha direção, a Fúria voando á toda velocidade. Eu engulo em seco e Darya se mantém ao meu lado. Pego meu chicote, vendo o dourado do oricalco cintilar a luz do Sol. Os cães estavam a dez metros, correndo, e a Fúria á três. Realmente, eu não teria opção senão lutar... mas os três de uma vez era um problema e eu não queria que Darya se machucasse.

Não tendo muito tempo para pensar ou invocar nada, eu pulo para o lado desviando das garras afiadas daFúria. Ela voa dando a volta e eu estalo o chicote, pegando em sua lateral esquerda, ouvindo seu berro de raiva e dor, as lâminas de oricalco efetuam um pequeno corte em sua penugem. Então, os cães saltam acima de mim, eu sou obrigada a rolar para o lado, mas recebendo um corte em meu ombro esquerdo, pelas garras do segundo cão. Eu grito de dor, a Empousai sorri longe da minha visão. Ao me levantar novamente, percebo que agora os dois cães pareciam me cercar, um de cada lado, rosnando ferozmente, e a Fúria coando alguns metros acima de minha cabeça. Darya ainda a postos, rosna também, trocando seu olhar para cada monstro. Sem me dar tempo para pensar ou me comunicar com minha loba, a Fúria ataca em um voo diagonal com suas garras, em direção ao meu rosto. Antes que ela chegue, Darya morde uma de suas asas com toda a força, fazendo com que a monstra se atrapalhe e role pelo chão, começando a se preparar novamente para atacar, ainda mais irritada mas com certa dificuldade.

Estamos com problemas...

Respiro fundo, segurando minha varinha com a mão esquerda e o chicote com a direta. De longe, era possível ouvir a risada da réptil humanoide. Agora os três pareciam se aproximar lentamente. Precisava fazer alguma coisa, com um leve movimento no ar com a minha varinha, eu invoco uma proteção de chamas douradas em Darya, que cobre todo o seu corpo sem machucá-la ou causar nenhum desconforto.

Eu fico com esse bobalhão

E eu com os outros dois. Vamos!

Então Darya salta, indo de encontro com o cão infernal que estava a nossa esquerda, que se surpreende com as chamas e urra ao sentir a mordida flamejante de Darya, se afastando e pensando como lutar. O outro cão vem correndo, alguns poucos metros até mim, juntamente com a Fúria. Concentro-me e disparo uma rajada de energia na direção da monstra alada, que é atingida mas consegue desviar de boa parte da energia. Entretanto, fora o suficiente para faze-la recuar novamente. Eu rolo para o lado esquerdo quando o segundo cão pula com suas garras cravando no chão, urrando de raiva. Estalo meu chicote em suas costas, vendo as micro lâminas de oricalco se abrirem e cortar a sua pele em um corte lateral largo. Eu aproveito a brecha para respirar enquanto vejo Darya atacando o cão incansavelmente, uma vez que estava em chamas. A empousai agora se demonstrava tensa e levanta, enraivecida por eu ainda não estar morta.

- Vocês são INUTEIS! - Ela grita, preparando-se para lançar sua arma. Ao mesmo tempo, a Fúria vinha novamente em minha direção, a lança voando para o ponto onde eu estava. Eu vejo tudo passando em camera lenta, por conta da adrenalina de ser uma meio sangue, e vejo que se não fizesse nada, iria morrer  por uma das duas. Me concentro, focando minha telecinese para desviar o percurso da lança até a Fúria com intenção de assusta-la e parar seu movimento, mas aparentemente a sorte estava ao meu favor. A fúria não se assusta com a arma, por estar focada demais em mim e acaba entrando diretamente no percurso da afiada lança, que atinge-a em cheio e a mesma cai na minha frente, suas asas batendo em meus ombros sem força e sem vida. - MALDITA!!!!!!!!!!!!

A empousai grita e eu pulo para trás, vendo Fúria se contorcer. A lança estava cravada em seu estômago, e o fio de vida que ainda a conectava com esse mundo já estava se esvaindo. A olho com piedade, decidindo acabar com sua dor. Com um movimento rápido, efetuo um golpe em seu peito com o chicote, e vejo-a virar pó em minha frente. Nesse meio tempo, o cachorro recuperara a postura e agora estava próximo o suficiente para tentar me devorar. Ouço um uivo de agonia, reconhecendo ser de Darya e por um momento olho para o lado, movida pela a preocupação e me distraindo. Do outro lado da luta, Darya recebera uma mordida em uma de suas patas traseiras, o cão já gravemente queimado, parecia lutar para realizar as ordens da empousa. Enquanto eu me distraio, o cão salta em cima de mim, me jogando contra  o chão e fazendo um corte mediano em meu outro braço. Agora eu estava caída, com ele acima de mim, seu rosto canino e monstruoso alguns centímetros de distância. O meu coração acelerado parecia querer explodir, e realmente acreditar que eu poderia morrer agora. Mas eu não iria fazer isso, não aqui, não para essa empousai... Juntamente com o sentimento de pressa para ajudar Darya e pura sobrevivência, eu forço meu braço machucado levantar a varinha alguns poucos centímetros, encostando na garganta do bicho, e efetuo um disparo mágico com o máximo de magia que conseguisse.


Tudo fica extremamente claro e meus ouvidos se ensurdecem por alguns segundos, enquanto uma chuva de pó dourada cai sobre mim. Eu me sinto exausta, caída no chão com o sangue escorrendo pelos meus braços. Agora, a Empousai á 5 metros, vinha andando com menos pressa, rindo de minha situação.

D-Darya... está bem?

Nina??

Eu penso, forçando meu rosto a olhar na direção da loba. ela se vira e nossos olhos se encontram. Suas orelhas estavam abaixadas, assustada por me ver caída. O cão com quem antes lutava, jazia caído ao seu ladom ainda vivo mas gravemente ferido. Ela manca, correndo até mim com um choro baixinho de tristeza e preocupação, marchando com um pouco de dificuldade. Seu sangue avermelhado manchava sua pelagem dourada na parte da coxa esquerda, mas ela parecia bem. Eu me sentia sem energias, minha cabeça girando como se fosse desmaiar.

Na bolsa... a poção....

Ela parece entender, a Empousa assistia a cena, enquanto ria. Agora a três metros. Darya enfia a cabeça na mochila, cheirando e buscando algo. Por um momento eu  sinto minhas pernas tremerem, eu confiava em minha loba e havia treinado-a para que identificasse as minhas poções. Ela volta com uma poção de energia e eu pego, ainda muito fraca, tomando-a com sede. Então, como um milagre, a magia parece retornar com toda a força em minhas veias. Os machucados ainda latejavam, mas agora conseguia sentir a vibração em meu âmago. Eu me levanto, encarando a empousai que parecia surpresa e incrédula com a cena.

Obrigada, Darya. Eu penso, olhando a loba com gratidão, que parece se alegrar com a frase.

- Não pode ser! - Ela exclama, armando seu chicote, estava sem a lança e agora parecia amedrontada. Sentia a minha aura mágica em seu ápice envolver meu corpo.

- Acabou, empousai. Você já machucou muita gente - Eu falo, com uma expressão séria. Ela se afasta e Darya rosna, querendo ataca-la. Eu proibo-a mentalmente e peço que fique atrás, para não se machucar mais. Rostos curiosos de ninfas e sátiros observavam a cena entre as árvores. Á dois metros de distância, havia uma pequena ninfa, aparentemente criança, observando dentro de um arbusto, com a cabeça para fora.

- Não! EU NÃO VOU ME RENDER! - Ela grita, estrondosa e com ódio. Eu suspiro. Então tudo acontece muito rápido. Ela arma seu chicote e eu me preparo para me defender, mas não era em mim que ela mirava. A corda de sua arma voa no arbusto, elançando-se nos pés da pequena ninfa que é puxada com brutalidade de seu pequeno esconderijo. A empousai a segura pelos ombros, com as garras de sua outra mão rente ao pescoço da pequena ninfa, que agora chorava em desespero, imóvel. Sinto meu peito apertar com a cena e minha garganta travar, era uma situação delicada que eu deveria resolver com calma. Respiro fundo, olhando-a no fundo de seus olhos de cobra.

- Solte-a, é apenas uma criança. - Eu falo, com um tom calmo e controlado, me mantendo parada, para que não resultasse em um movimento brusco da monstra. Ela  nega, aparentemente cega pelo próprio orgulho.

- Pensa que sou estúpida? Não dê um passo ou eu mato a criancinha! - Ela diz num tom realmente ameaçador e eu sinto meu peito disparar, ela realmente falava sério. Eu calmamente me abaixo, deixando meu chicote no chão e levantando as mãos vazias, agora também sem a varinha. Ela olha com os olhos cerrados, medindo cada movimento meu.

- Escute, não precisa derramar mais sangue... por favor, me diga por que está fazendo isso. Hécate não aprovaria essa situação, empousai. - Eu falo com cautela, utilizando um tom sincero junto com a persuasão de Héstia para diálogos e diplomacia. Agora ela parecia menos inquieta, ouvindo-me com atenção.

- Eu sei que não... mas não é a ela que eu sirvo. Minha mestra pediu que viesse até aqui, com ordens explícitas de ferir tudo e todos. - Ela fala com a voz embargada e confusa, e pela primeira vez eu percebo uma presença mágica quase imperceptível em sua mente... seus olhos brilham por um momento numa cor púrpura, logo voltando ao normal. - Eu não queria... Eu não queria servir a  uma semideusa amarga... mas ela... ela é forte demais, criança.

Ela parece começar a vacilar e percebo pelo tom de voz que estava tão aterrorizada quanto a pequena ninfa. Só havia uma feiticeira que poderia converter a lealdade daquela criatura contra sua criadora. Morgana. Se aquilo fosse realmente obra dela.

- Essa mestra... Morgana, é esse o seu nome? - Eu pergunto em um tom suave e seus olhos se arregalam, como se fosse aterrorizante só de se pronunciar. Ela acena com a cabeça, confirmando. Suas garras agora pareciam menos próximas a criança, que chorava em silêncio e tremia levemente. Eu prossigo, com o mesmo tom calmante. - Eu entendo a sua dor, empousai... mas estou aqui para acabar com isso. Não precisará mais servi-la, se confiar em mim e soltar a ninfa.

- M-mas ela vai me torturar! Me transformar numa galinha! - Ela exclama amedrontada. Mas parecia acreditar em minhas palavras.

- Não vai. Eu vou fazer de tudo para derrotá-la... e você deverá ser julgada pela sua verdadeira mestra, Hécate. Solte a ninfa, não há mais por que prolongar isso. Você foi enfeitiçada e agora como castigo, devera voltar ao tártaro, solte-a...

Minhas palavras parecem acender algo nela, talvez a obediência ao meu sangue, ou talvez uma quebra de feitiço. Ela solta a pequena ninfa, que sai correndo em minha direção, escondendo-se atrás de mim e abraçando minhas pernas. A Empousai ajoelha, com lágrimas de confusão, raiva e tristeza. Ela parecia ter sido atormentada por uma forte magia mental... e mesmo sendo uma criatura perigosa, era difícil ver qualquer um sendo controlado por Morgana.

- Eu farei-a pagar... por tudo. - Eu faço, mas ela não parecia mais escutar. Estava rendida. Eu não poderia deixá-la sair dali, sabendo que Morgana poderia usá-la novamente para fazer  o mal. Então em silêncio, solto-me da garotinha com suavidade, tocando em sua cabeça e acalmando-a de sua angustia. Ela se acalma, correndo para uma ninfa maior que parecia aflita com a cena, as duas se abraçam. Eu ando até a Empousai, retirando minha adaga do fogo perpétuo de minha cinta e fecho os olhos, antes de crava-la em sua nuca, no ponto vital do local, onde sua magia existencial pulsava. Eu abro os olhos, vendo a poeira dourada ser levada pelo vendo, juntamente com uma energia roxa encardida e com o cão infernal que Darya lutara. Então, vendo que não havia mais perigo, corro até minha loba, que estava deitada, com bastante dor... as ninfas começam a sair das árvores, muitas estavam feridas e alguns sátiros ainda estavam desmaiados pelo local.

- Darya... aguente firme....

Meus braços ainda latejavam pelos cortes, mas as lágrimas insistiam em cair, quentes, pelo meu rosto. Eu toco o pelo ensopado de sangue da loba, tentando achar o ferimento e a melhor forma de lidar com aquilo. Mas antes, vejo que ao redor, muitos feridos também precisavam de ajuda e eu não conseguiria ajudar a todos. Olho a loba preocupada, mas ela parece entender, estava fraca mas não tanto para realmente ser urgente.

Vá. Reforços.

Eu concordo, então me afasto com um dracma, derramando um pouco de água de minha garrafinha e efetuando uma mensagem de Íris para Quíron, que atende com uma mescla de surpresa e alívio por me ver ali.

- Quíron... eram monstros... eu consegui derrota-los mas preciso de reforços... muitas ninfas feridas.

- Estou mandando reforços imediatamente, se acalme... logo estarão aí... - Ele fala, e eu confirmo, já pronta para ir cuidar de Darya e então ele me chama mais uma vez com um tom orgulhoso. - Bom trabalho.

Eu sorrio fracamente, e aceno com o rosto, me despedindo. Minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Me sento ao lado da loba, pegando minhas ervas novamente para o ritual. Eu faço tudo, mas agora com Sálvia. Enquanto isso, meus pensamentos pareciam me levar a outro lugar.

Morgana... ela está passando dos limites... isso não poderá ficar assim.


Nível 4 – Bênção do Pai [Inicial]: Nas historias antigas Zeus prometeu a Vesta uma parte de todo e qualquer sacrifício feito em nome dos Olimpianos. A deusa, generosa, divide com seus seguidores os luxos extravagantes que recebe. Garante-os um pequeno bônus de 5% a mais de Dracmas ao fim de cada narração.



Passivas:


Ativas:

Cura Sagrada:

#1

Vulcano

Vulcano
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
|One-Post Avaliada |
Xp recebido: 3000*2,5=7500
Dracmas:3750
Att
Observações:
- Desafios enfrentados de maneira coerente para uma personagem do seu nível e objetivo da missão alcançado
- Interpretação muito boa, como sempre 
- Gostei da forma como você usou as habilidades da héstia, tanto com a sua loba, quanto pra lidar com os adversários. E loba do FBI tb foi show Aww Yeah!
- Parabéns, up merecido :)

#2

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