Faziam poucos dias desde que Johan estava no acampamento. Neste meio tempo, ele já havia aprendido muito em relação ao dia em que havia chegado, desde sua ascendência divina por parte de Hefesto até alguns poderes, habilidades e conhecimentos básicos para se sobreviver no novo mundo em que ingressara.

Após uma aula de monstrologia em que ele havia estudado sobre a existencia de ogros e orcs, Johan caminhava rumo ao seu chalé quando ouviu algumas filhas de Afrodite cochichando sobre um novo monstro que havia aparecido na arena. Isto despertou de forma estranha e inconsciente a curiosidade do rapaz, como se aquelas palavras tivessem se cravado em sua mente e a vontade de ir até o local fosse algo que sempre existiu.

No caminho, ele vê um ou dois semideuses sendo levados em macas na saída da arena, mas ainda segue em frente com aquele sussuro em sua mente, como em um transe, e quando se dá conta, está no meio de uma arena circular de 30m de raio e chão de terra batida, e os portões atrás dele se fecham. Ele vê algumas arquibancadas quase vazias e as duas filhas de Afrodite dando uma risadinha maliciosa, até que um urro o traz de volta à realidade.

Um Orc, a criatura que ele havia visto nos livros da aula daquele dia, estava ali em carne, osso e porrete em mãos, vindo na direção dele como um mendigo avançando numa lata de lixo cheia de restos de comida.

Orc:

Estava me adaptando bem a rotina nova no acampamento, sempre tomando cuidado para não repetir o meu erro da última vez: explorar lugares desconhecidos completamente sozinho e despreparado. Algumas sessões de treinamento básico e exercícios tinha me ajudado a entrar em forma para os padrões requeridos do local.

Hoje o dia foi especialmente produtivo devido a uma aula de monstrologia, sequer sabia que isso poderia ser uma matéria. Mas aprendi muito nessa aula, em especial sobre ogros e orcs, criaturas brutamontes de pouca inteligência e muita força. Orc go bonk.

Havia me acostumado com a quantidade de semideuses presentes durante meu descolamento pelo acampamento, mas dessa vez ouvi no canto do ouvido duas garotas comentando sobre a aparição de um Orc na arena, que me despertou uma curiosidade sem explicações mas que me venceu sem maior esforço.

É a primeira vez que eu entrava na arena, um grande campo aberto de terra batida com enormes arquibancadas ao redor. Nessa ocasião um Orc estava ali. Sem entender o porquê, comecei a andar em direção ao Orc quando avistei as duas garotas com risos maliciosos na arquibancada, me pergunto por que estariam ali, daquela forma, tendo aquela reação. Mas logo sou trazido de volta a realidade com um urro grotesco da criatura. O portão atrás de mim havia se fechado, e agora eu sabia que só havia uma opção: derrotar a criatura.

Me colocando em instância de combate defensivo num primeiro momento, seguro com firmeza o meu martelo, mas sempre consciente de que a qualquer momento teria uma excelente lâmina a minha disposição.

Começo a me aproximar cautelosamente da criatura afim de ser reativo num primeiro momento. Sabia que eram uma coisa burra, mas precisava saber o quanto.

-Alguém deixou a aberração de circo escapar, está na hora de eu levar ela de volta. - provoco o orc em voz alta afim de instigá-lo a fazer o primeiro movimento.

Assim que termino a minha provocação, me preparo para aparar seu golpe e desferir um contra-ataque em uma de suas pernas, afim de comprometer sua movimentação e tentar de alguma forma criar alguma vantagem, além da inteligência, sobre a criatura.

Atributos:

Equipamentos:

Passivas:

Essa foi por pouco, muito pouco, mas pelo menos eu já sei que consigo reagir a seus movimentos. O orc vem se aproximando pronto para um novo golpe direto e dessa vez não fico parado: assim que a criatura desferir o seu golpe faço um rolamento diagonal para a minha esquerda enquanto desfiro um golpe certeiro em sua perna que dessa vez estaria claramente exposta se o movimento anterior se repetisse.

Mai q caraio. Nota mental: nunca fique parado após desferir um golpe no inimigo. Após me recompor vejo que apesar do dano visível que causei a criatura, ela não parece ligar muito e segue em minha direção.

Avanço com muita cautela em sua direção e quanto o orc levantar a maça para desferir um novo golpe, largo meu martelo no chão e dou uma rápida investida contra a criatura conjurando uma bola de fogo mirando em seus rosto, afim de prejudicar um pouco sua visão mesmo por um momento. Me movimentando rapidamente para o flanco direito da criatura, transmuto meu anel em uma espada e com um floreio faço um corte na fossa poplítea vulgo cu do joelho da criatura e rapidamente tomo distância da mesma.

Ativa:

Considerar:

Havia aprendido que orcs eram completamente desprovidos de inteligência, mas isso claramente não era aplicado a um orc completamente possesso de raiva e intenção assassina.

Apesar do terror que a criatura começou a exalar, eu havia cumprido o meu objetivo, eu havia obtido uma vantagem física sobre a criatura, seu centro de equilíbrio estava severamente comprometido após meu golpe, tanto que ele possivelmente não conseguiria manter a clava acima do seu corpo sem lhe custar a manter-se em pé.

Não posso no entanto me dar ao luxo de fazer um movimento ofensivo, o inimigo era, no mínimo, imprevisível demais nesse momento. Havia em minhas mãos uma excelente lâmina e faria o uso dela com sabedoria.

Fico aguardando o movimento da criatura, agora claramente fora de si, e foco completamente em meu contra-ataque. Pelo jeito que arrastava a perna e sua arma, o mais provável seria um ataque de baixo pra cima vindo de seu braço direito, ou um golpe pesado feito com seu punho esquerdo usando sua arma como apoio para não ir ao chão sem equilíbrio. Concentro-me especialmente nessas duas possibilidades e traço então meu plano:

Caso o golpe venha debaixo para cima a força necessária para desferir aquele golpe o faria tombar para aquele mesmo lado, que daria pra mim uma oportunidade de ouro: seu pescoço exposto. Correndo como previsto, faria um movimento sucinto para me esquivar do ataque, e logo faria meu contra-ataque com minha lâmina em seu pescoço a medida que ele caia em desequilíbrio. Logo após meu contra-ataque eu transmutaria a lâmina de volta em um anel e tomaria uma boa distância. Não queria dar sequer a chance de perder minha melhor arma no momento.

Caso o golpe viesse de seu punho esquerdo, desviaria de seu golpe direto e desferiria um floreiro certeiro em seu cotovelo e tomaria distância novamente sem maior cerimônia.

Para o caso de ser algo além do que eu havia previsto eu apenas recuo rapidamente, e observo os movimentos da criatura.

Seguindo então seu novo padrão e seus movimentos cada vez mais lentos devido a perda de sangue sigo a seguinte estrat

Sigo com cautela, em direção a criatura, assim que identificar seu novo padrão desvio do ataque me abaixando, e trasmutando o anel em espada novamente, tomo um impulso para desferir um golpe profundo em seu cotovelo. Logo em seguida tomo distância e vejo o desenrolar da batalha.