O filho de Hades, depois de ser salvo de uma vida eterna petrificado, entra na arena pela primeira vez. O sol da tarde incomodava sua pele pálida e seus olhos, mas ele tinha sede por morte e a teria aquela tarde.

A arena circular estava como ele se lembrava, de terra batida, com arquibancadas e sem cobertura. Do outro lado da arena, havia um leão grande e forte. Ao ver o campista, o belo animal se levantou e rugiu, mostrando as presas que brilharam como Oricalco no sol. Ele esticou o corpo, preparando para saltar, e as garras das patas dianteiras cresceram, chegando à 10 cm, reluzindo ao sol como as presas. O rabo dele chicoteou no ar, trazendo aos ouvidos de Blake o som de chamas, já que a ponta dele estava queimando, assim como a juba.

O animal ruge novamente e salta, iniciando uma corrida veloz em direção ao garoto.

O filho de Hades saca sua foice e logo cria sua cópia idêntica. Eles começam a correr contra o leão, que vinha em sua direção. Devido à velocidade de corrida do animal, eles só tem tempo de trocar de direção duas vezes. A teoria de Blake torna-se verdade quando a criatura ataca sua cópia, fazendo-a desaparecer com o impacto. O campista termina seu rolamento e gira sua foice, pegando na pata do leão enquanto ele ainda caía. Com o movimento do próprio animal, a pata é cortada fora. O efeito gélido da lâmina faz tudo o que sobrou paralisar, causando uma incrível dor ao animal.

O leão cai e rola alguns metros, afastando-se. Ele rugi de dor e ergue um pouco o corpo, virando-se para o campista. As chamas intensificam-se, o que parecia ser nada bom.

Os soldados se erguem e, junto dos lanceiros, avançam. O leão lança fogo contra os inimigos, matando os soldados. Os lanceiros conseguiram desviar, pulando até suas lanças, recuperando-as. O animal parece entrar um pouco em pânico ao não ver o filho de Hades à sua frente. Os lanceiros conseguem atingi-lo, cravando suas lanças em seu corpo.

Enquanto isso, Blake já havia se movido e corria contra o leão. Ele faz seu rolamento e crava a foice nas costas dele, tocando-lhe com o uso de sua habilidade.

O leão ruge de dor e começa a tremer, sua juba estrando cada vez mais forte. Um frio passa pela espinha do garoto ele sente o submundo mundo mais próximo dele. Ele então se afasta, retirando sua foice. No segundo seguinte, as chamas tomaram todo o corpo do leão, alto e forte. As lanças são destruídas e os lanceiros mortos. O fogo abaixa e o leão se vira para Blake, arrastando-se. Ele ruge, dolorido, a ferida em seu dorso sangrando.

O garoto começa a correr na direção do leão, desviando de labaredas e discos. Ele consegue ficar ao lado do leão, conseguindo assim uma abertura considerável na guarda do animal, que tentava se virar para ele. Nesse meio tempo, o filho de Hades cria chamas negras em sua mão e, com um salto sobre o dorso do leão, lança-as sobre sua carne já ferida.

O leão ruge de desespero, mas logo as chamas se apagam devido ao sol. O animal, porém, não tinha mais forças e desaba no chão. A juba brilhava ainda forte, como uma última defesa.