Chego no Acampamento e inspiro profundamente. Semideuses, morangos, mar, árvores, espíritos da natureza, fumaça da fogueira, comida do refeitório... Dezenas de cheiros conhecidos chegam até mim, trazendo uma nostalgia esmagadora. Dou um sorriso, lembrando-me de todas as aventuras, brigas, encontros e desencontros acontecidos ali. Dezenas de memórias já haviam se perdido com o tempo, mas outras permaneciam tão vívidas que poderiam ter acontecido há uma semana, e não um século.
Caminho colina abaixo, interessada em uma música que vinha do Lago de Canoagem. Somente um dos meus irmãos poderia tocar uma melodia tão bela, certamente. À medida que me aproximava do Lago de Canoagem o volume aumentava, e eu começava a ouvir o murmurinho de algumas vozes... Conhecidas?
Paro, com as obrancelhas erguidas ao ver Lhokita. Lhokita... A última pessoa que eu esperava encontrar ali. E a única que eu poderia querer. Repiro fundo, de repente sentindo que as batidas do meu coração estavam altas o suficiente para abafar o som da música. Há tanto tempo não a via... Seu cheiro chegava até mim como um pedaço do passado diluído no ar. Lembro-me de meu primeiro dia na caçada. Lembro-me de nossas aventuras juntas, e de tudo o que havia me ensinado; basicamente, a base de tudo o que eu sabia. Por muito tempo, tentei ser um espelho de minha irmã, e cada passo dado em direção a ela era considerado uma vitória. Lembrava-me de como me divertia chamando-a de Nee-san e desafiando-a para duelos condenados.
Mas hoje... Éramos tão diferentes. Eu era tão diferente. O que ela diria ao me ver? Como me olharia? Uma memória dolorosa cruza minha mente; o olhar de escárnio de Ártemis na ilusão da última missão. A decepção e o nojo me perfuravam como lâminas. Balanço a cabeça, tirando o trabalho do filho de Phobos da mente. Lhokita jamais me olharia assim. Aperto o punho e aproximo-me, caminhando decidida.
Ignoro todos no grupo em um primeiro momento e olho apenas para a Lhokita.
- Nee- Lhokita. Eu... - Paro um momento sem saber como ou o que dizer. Então decido pelo básico - Eu voltei. Me deixe caçar ao seu lado de novo... Por favor.
Com as mãos trêmulas fechadas, eu faço uma leve reverência para minha Tenente. Eu esperava que ainda fosse minha tenente. Fito a grama no chão, vendo-a tremer ao vento alheia aos meus sentimentos. E sem saber o que mais fazer, aguardo.
Caminho colina abaixo, interessada em uma música que vinha do Lago de Canoagem. Somente um dos meus irmãos poderia tocar uma melodia tão bela, certamente. À medida que me aproximava do Lago de Canoagem o volume aumentava, e eu começava a ouvir o murmurinho de algumas vozes... Conhecidas?
Paro, com as obrancelhas erguidas ao ver Lhokita. Lhokita... A última pessoa que eu esperava encontrar ali. E a única que eu poderia querer. Repiro fundo, de repente sentindo que as batidas do meu coração estavam altas o suficiente para abafar o som da música. Há tanto tempo não a via... Seu cheiro chegava até mim como um pedaço do passado diluído no ar. Lembro-me de meu primeiro dia na caçada. Lembro-me de nossas aventuras juntas, e de tudo o que havia me ensinado; basicamente, a base de tudo o que eu sabia. Por muito tempo, tentei ser um espelho de minha irmã, e cada passo dado em direção a ela era considerado uma vitória. Lembrava-me de como me divertia chamando-a de Nee-san e desafiando-a para duelos condenados.
Mas hoje... Éramos tão diferentes. Eu era tão diferente. O que ela diria ao me ver? Como me olharia? Uma memória dolorosa cruza minha mente; o olhar de escárnio de Ártemis na ilusão da última missão. A decepção e o nojo me perfuravam como lâminas. Balanço a cabeça, tirando o trabalho do filho de Phobos da mente. Lhokita jamais me olharia assim. Aperto o punho e aproximo-me, caminhando decidida.
Ignoro todos no grupo em um primeiro momento e olho apenas para a Lhokita.
- Nee- Lhokita. Eu... - Paro um momento sem saber como ou o que dizer. Então decido pelo básico - Eu voltei. Me deixe caçar ao seu lado de novo... Por favor.
Com as mãos trêmulas fechadas, eu faço uma leve reverência para minha Tenente. Eu esperava que ainda fosse minha tenente. Fito a grama no chão, vendo-a tremer ao vento alheia aos meus sentimentos. E sem saber o que mais fazer, aguardo.