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Mensagem [Página 1 de 3]
Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
- Musiquinha da Lira:
O meu lugar de descanso era o lago de canoagem. Em horários como esse, o de almoço, costumo vir aqui para tirar um tempo pra mim. Além das atividades de treinamento comuns do acampamento, a correria do chalé de Apolo e a enfermaria fazem com que eu dedique muito tempo aos outros semideuses.
Diferente da maioria dos meus irmãos, que pelo estereótipo de filhos de Apolo são sociáveis e cantarolam muito, gosto de ficar na minha e valorizo esse tempo quando tenho a oportunidade.
Subo no galho de uma árvore que deixa à vista do lago cristalino, que a essa hora parece vazio.
Pego minha lira e começo a tocar por ali, para mim mesmo e para os animais ao redor enquanto devaneio sobre a vida.
#2
λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Eu havia tido um dia agradável com Alice, depois de comermos ela me ajudou em algumas músicas e me contou algumas outras histórias constrangedoras sobre ela e seu irmão. Era bom ter uma companhia feminina e Alice tinha um sendo de humor e tanto. Havia escutado sobre a volta de Enzo mas como era de padrão dele ele provavelmente não iria para uma área cheia de pessoas, nunca tinha visto um filho de Apolo tão quieto, mas acho que essa era uma de suas melhores qualidades. Caminho pelo lago de canoagem, sabendo que ele vez ou outra ia parar por ali quando ouço o som de uma Lira (Alice me deu uma aula sobre sons) e me aproximo lentamente da tal árvore, fico debaixo do galho e olho para cima, me inclinando meio de lado.
- Será que ainda tem espaço pro seu show, meu senhor? - Digo dando um sorrisinho de lado.
- Será que ainda tem espaço pro seu show, meu senhor? - Digo dando um sorrisinho de lado.
Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
A vida.
Era nisso que eu pensava a cada nota que eu fazia ecoar pelo espaço vazio. Já se passaram 6 anos desde que cheguei ao acampamento, e a ficha de que eu já estava passando a expectativa de vida comum de um semideus estava finalmente caindo. Lembro de alguns de meus irmãos que conheci e que simplesmente sumiram ou não deram mais notícias, ou mesmo das aventuras que, a cada saída que eu dava no acampamento, ficavam cada vez mais arriscadas.
Era só lembrar da última presepada. Uma viagem ao Egito em nome de Apolo, para eliminar um ser que se alimentava do sol e que dizimou gerações dos meus irmãos. Lembro como se estivesse ali, vendo os fantasmas alegres por me verem dando um ponto final àquela fatídica história.
Mergulho tanto em devaneios e lembranças que não ouço que alguém havia se aproximado.
- Será que ainda tem espaço pro seu show, meu senhor?
Dite estava ali. Será que chegou faz tempo? Paro de tocar por um instante enquanto olho para aquela figura que conseguia deixar o ambiente ainda mais pacífico apenas com sua presença. Acho que olho inclusive por tempo demais sem dizer uma palavra, até que meus neurônios voltam a funcionar e eu instantaneamente sorrio e respondo:
- Isso é um problema, minha senhora. Sabe... Os ingressos estão praticamente esgotados e o preço deles é... Bem... não se pode comprar com dinheiro.
Por um momento, percebo que fico constrangido. Não pela música em si mas pelo contexto. O pessoal ouvir minhas melodias era algo corriqueiro no acampamento. Me pegar desprevenido é que não estava no meu script de atividades diárias.
Pulo da árvore e observo a reação de Dite.
Era nisso que eu pensava a cada nota que eu fazia ecoar pelo espaço vazio. Já se passaram 6 anos desde que cheguei ao acampamento, e a ficha de que eu já estava passando a expectativa de vida comum de um semideus estava finalmente caindo. Lembro de alguns de meus irmãos que conheci e que simplesmente sumiram ou não deram mais notícias, ou mesmo das aventuras que, a cada saída que eu dava no acampamento, ficavam cada vez mais arriscadas.
Era só lembrar da última presepada. Uma viagem ao Egito em nome de Apolo, para eliminar um ser que se alimentava do sol e que dizimou gerações dos meus irmãos. Lembro como se estivesse ali, vendo os fantasmas alegres por me verem dando um ponto final àquela fatídica história.
Mergulho tanto em devaneios e lembranças que não ouço que alguém havia se aproximado.
- Será que ainda tem espaço pro seu show, meu senhor?
Dite estava ali. Será que chegou faz tempo? Paro de tocar por um instante enquanto olho para aquela figura que conseguia deixar o ambiente ainda mais pacífico apenas com sua presença. Acho que olho inclusive por tempo demais sem dizer uma palavra, até que meus neurônios voltam a funcionar e eu instantaneamente sorrio e respondo:
- Isso é um problema, minha senhora. Sabe... Os ingressos estão praticamente esgotados e o preço deles é... Bem... não se pode comprar com dinheiro.
Por um momento, percebo que fico constrangido. Não pela música em si mas pelo contexto. O pessoal ouvir minhas melodias era algo corriqueiro no acampamento. Me pegar desprevenido é que não estava no meu script de atividades diárias.
Pulo da árvore e observo a reação de Dite.
#4
λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Eu não esperava pegá-lo de surpresa, bom, não muito pelo menos. Percebo que ele estava me olhando por tempo demais sem falar nada mas não reclamo disso. Fazia um bom tempo desde a última vez em que nos vimos e eu aproveito a oportunidade para também o observar de volta, a forma como o cabelo estava ainda mais claro, seus olhos que nunca eram da mesma cor e aquilo eram tatuagens? Bem discretas, assim como ele. Dou um passo para trás quando vejo sua intenção de pular e contenho a vontade de abraçá-lo naquele instante.
- Bom... Um artista de renome como você sempre deve ter uma carta na manga, diga-me suas condições nobre senhor, que eu pagarei. - Deixo uma breve risada escapar diante daquelas palavras.
- Bom... Um artista de renome como você sempre deve ter uma carta na manga, diga-me suas condições nobre senhor, que eu pagarei. - Deixo uma breve risada escapar diante daquelas palavras.
Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Bom... Um artista de renome como você sempre deve ter uma carta na manga, diga-me suas condições nobre senhor, que eu pagarei.
Ok, achei o motivo do meu constrangimento. A forma de tratamento. Sim, uma besteira e uma brincadeira boba são capazes de me deixar um tanto desconsertado. Tomo um pouco de fôlego e respiro fundo.
- São duas condições, nobre senhorita. A primeira é saber se meu sanduíche de manteiga de amendoim passou no teste de degustação. É mais trabalhoso fazer um desses do que parece
Faço uma pausa e espero ela começar a responder, mas enquanto ela ainda estiver falando, concluo:
- E a segunda é isso.
Me aproximo de Dite, envolvo-a em meus braços e dou-lhe um beijo.
- Eu senti sua falta.
Ok, achei o motivo do meu constrangimento. A forma de tratamento. Sim, uma besteira e uma brincadeira boba são capazes de me deixar um tanto desconsertado. Tomo um pouco de fôlego e respiro fundo.
- São duas condições, nobre senhorita. A primeira é saber se meu sanduíche de manteiga de amendoim passou no teste de degustação. É mais trabalhoso fazer um desses do que parece
Faço uma pausa e espero ela começar a responder, mas enquanto ela ainda estiver falando, concluo:
- E a segunda é isso.
Me aproximo de Dite, envolvo-a em meus braços e dou-lhe um beijo.
- Eu senti sua falta.
#6
λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Dou uma gargalhada quando escuto sobre o sanduíche, eu havia ficado surpresa quando Kelly havia me entregado o item e não podia deixar de pensar que era um tanto quanto fofo ele mesmo ter feito e não só simplesmente pedido no refeitório.
- Bom, eu estava com... - Antes que possa completar minha frase sinto seus braços me puxando e não resisto por nem mesmo um segundo. O abraço com força e retribuo seu beijo na mesma intensidade. Não haviam palavras, gestos ou até mesmo músicas no mundo que pudessem descrever o sentimento que me atravessava naquele momento, ele eraliteralmente a luz na escuridão, tudo ficava bem só de estar em sua presença.
- Também senti saudades, mais do que poderia descrever. - Dou uma risada de pura alegria e permaneço em seus braços. - Espero que esse seja um tratamento especial e exclusivo, aliás.
- Bom, eu estava com... - Antes que possa completar minha frase sinto seus braços me puxando e não resisto por nem mesmo um segundo. O abraço com força e retribuo seu beijo na mesma intensidade. Não haviam palavras, gestos ou até mesmo músicas no mundo que pudessem descrever o sentimento que me atravessava naquele momento, ele era
- Também senti saudades, mais do que poderia descrever. - Dou uma risada de pura alegria e permaneço em seus braços. - Espero que esse seja um tratamento especial e exclusivo, aliás.
Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
- Desculpa. – Digo me afastando e dando um suspiro. Realmente, foi uma decisão tomada impulsivamente da minha parte, e mesmo que tenha sido correspondido na mesma intensidade, não sei se foi o certo. Bom, já estava feito e aquilo me alegrava muito e... por que meu coração está acelerando?
Espero que esse seja um tratamento especial e exclusivo, aliás.
Dou um sorriso sem graça e respondo:
- Bom, digamos que como um dos seguidores da deusa do matrimônio, galinhar não é uma opção. Além de não ser... você sabe... do meu feitio.
Faço uma pausa, tento manter a calma, mas sinto minhas pernas dormentes. Tento mudar de assunto para não estragar as coisas mais do que eu já achava que havia feito. Minha cabeça parecia um diabinho me atormentando. No fim, a única coisa que consigo pensar e dizer é:
- Há quanto tempo você estava aí?
Espero que esse seja um tratamento especial e exclusivo, aliás.
Dou um sorriso sem graça e respondo:
- Bom, digamos que como um dos seguidores da deusa do matrimônio, galinhar não é uma opção. Além de não ser... você sabe... do meu feitio.
Faço uma pausa, tento manter a calma, mas sinto minhas pernas dormentes. Tento mudar de assunto para não estragar as coisas mais do que eu já achava que havia feito. Minha cabeça parecia um diabinho me atormentando. No fim, a única coisa que consigo pensar e dizer é:
- Há quanto tempo você estava aí?
#8
λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Ver Enzo sem graça fazia meu dia ficar melhor em 1000%, tiro uma mecha do cabelo dele que na verdade não estava atrapalhando em nada, eu só queria um desculpa para manter o contato.
- Bom saber disso, senhor Stark. - Digo dando uma piscadinha para ele, tentando indicar que era uma brincadeira. - Admito que fiquei escutando um pouquinho escondida, mas não mais que dois ou três minutos. - Me sento na beira da árvore e estico a mão na intenção de puxá-lo e o fazer sentar do meu lado.
- Está tudo bem com você?
- Bom saber disso, senhor Stark. - Digo dando uma piscadinha para ele, tentando indicar que era uma brincadeira. - Admito que fiquei escutando um pouquinho escondida, mas não mais que dois ou três minutos. - Me sento na beira da árvore e estico a mão na intenção de puxá-lo e o fazer sentar do meu lado.
- Está tudo bem com você?
Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Acompanho Dite para sentarmos debaixo da árvore. Será que ela percebeu que se eu continuasse em pé por mais tempo, o tremilique na minha perna provavelmente me faria cair? Bom, é melhor não pensar nisso.
- Acho que está tudo... Normal. Treinos, escoltas, separar meus irmãos brigando por instrumentos no chalé, missões envolvendo os deuses, separar meus irmãos de novo por instrumentos no chalé... Acontece.– digo dando de ombros.
Não queria ficar falando de feitos e missões porque além de não serem todas as lembranças agradáveis, eu não sou de ficar me gabando por fazer isso ou aquilo. Apenas faço o que me pedem dentro das minhas possibilidades, mesmo que muitas vezes não gostando ou simplesmente desejando ser um mortal com uma vidinha simples, apesar de saber que isso nunca vai acontecer.
Recosto-me sobre a árvore para me sentir um pouco mais confortável e volto a fitar a paisagem que definitivamente me tranquilizava. Sim, era esquisito vir para meu ponto de refúgio e ser encontrado. Normalmente eu daria uma saída com estilo para não expressar meu descontentamento, e vida que segue. Mas estar acompanhado pela Dite não era ruim. Era estranho, mas não ruim.
Percebo que estou dando muitas pausas e dando muitos devaneios. Será que ela estava me achando um lerdo? Ou pior, que eu estava sendo mal educado em não falar muito? Ok, vou tentar perguntar algo, decido.
- E você, o que andou fazendo esse tempo todo? - Pego uma pedrinha e arremesso no lago fazendo um efeito saltitante na mesma.
- Acho que está tudo... Normal. Treinos, escoltas, separar meus irmãos brigando por instrumentos no chalé, missões envolvendo os deuses, separar meus irmãos de novo por instrumentos no chalé... Acontece.– digo dando de ombros.
Não queria ficar falando de feitos e missões porque além de não serem todas as lembranças agradáveis, eu não sou de ficar me gabando por fazer isso ou aquilo. Apenas faço o que me pedem dentro das minhas possibilidades, mesmo que muitas vezes não gostando ou simplesmente desejando ser um mortal com uma vidinha simples, apesar de saber que isso nunca vai acontecer.
Recosto-me sobre a árvore para me sentir um pouco mais confortável e volto a fitar a paisagem que definitivamente me tranquilizava. Sim, era esquisito vir para meu ponto de refúgio e ser encontrado. Normalmente eu daria uma saída com estilo para não expressar meu descontentamento, e vida que segue. Mas estar acompanhado pela Dite não era ruim. Era estranho, mas não ruim.
Percebo que estou dando muitas pausas e dando muitos devaneios. Será que ela estava me achando um lerdo? Ou pior, que eu estava sendo mal educado em não falar muito? Ok, vou tentar perguntar algo, decido.
- E você, o que andou fazendo esse tempo todo? - Pego uma pedrinha e arremesso no lago fazendo um efeito saltitante na mesma.
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