Tinha participado do tour com aquele filho do Deus da Guerra. Estava mais interessado em saber onde era o Refeitório do que ouvir o que o dono da voz indicadora de anabolizantes falava sobre a Arena. Bocejei quando ouvi a parte do "batalha mortal". Uma alucinação pior que essa, talvez. Mas o local era realmente bonito.

Tanto que resolvi voltar ali umas horas depois, considerando que meu único companheiro de chalé ("Conselheiro") resolveu dar uma banda. Nada pra fazer, ia passar um tempo na Arena, ver qual seria a viagem de lá. Resolvi levar um pouco a sério o recado do rato de academia de mais cedo e peguei meus equipamentos, além de um dos cigarros que tinha. Sabia que teria que arranjar mais quando essa cartela acabasse.

Acendi o cigarro assim que sai do chalé, fumando. Cheguei na Arena, olhando em volta, vendo aqueles totens. Legal. Olhei para um com chifres. "Eis aí o totem de um chifrado pela espos...", o pensamento foi interrompido quando vi ele correndo na minha direção. Oh, legal. Um combate mortal.

Aquele cara era enorme. Era um touro meio humano. Provavelmente sua agilidade seria pior que de um cara como eu. Assim que ele chegou perto, me joguei para o lado direito, para desviar de seu ataque. Tentei acertar com a Espada Curta no movimento, mais por susto do que por realmente técnica, na perna, por causa da altura. Esperava que o efeito realmente fosse o de dar um "Olé" em um touro, ele continuaria indo para a frente, ficando desorientado. Talvez acertasse a parede, se eu tivesse sorte.

Equipamentos:

Poderes Relevantes:

Sorri ao perceber que consegui desviar dele. Ok, isso seria interessante, uma batalha. Viagem ou não, queria ganhar. Joguei o cigarro no chão, pisando nele para apagar. Ouvira quando meu "Conselheiro" dissera que tínhamos habilidades. E dissera as que eu provavelmente tinha. Controlar bem fraco as plantas, falar com elas e fazer aparecer orvalho. Interessante.

Tentei me mover de forma que, se eu conseguisse desviar novamente, ele acabaria acertando um dos totens no meio da Arena. Então gritei:

- Vem, monstro! Vem logo! Carne fresca de semideus! - Ri depois de falar isso, esperando ele vir. Tentei repetir a estratégia, me jogando para o lado esquerdo (talvez ele tentasse me pegar no lado direito, pois tinha me jogado para esse lado antes), mas dessa vez sem tentar acertar ele com a espada. Esperei que ele me errasse. Caso desse certo e ele chegasse perto ou acertasse um dos totens, tentaria controlar o musgo do totem em questão com |Controle de Plantas I| para ajudar o totem a rachar e desmoronar em cima do Minotauro. Me afasto dele, ficando perto da parede da Arena.

Poderes Relevantes:

Quase me pegou. E obviamente não deu certo, pois ele veio cedo demais, e estava longe demais do totem. Vejo ele esmurrando o chão e vindo na minha direção, estalando os dedos. Combate direto, é? Não me parecia uma boa ideia. Um cara enorme que, com um soco, me transformaria em pó. Quem tinha que se transformar em pó era ele. Será que um cigarrinho com o pó dele seria bom? Queria testar.

Percebi que tinha que me aproximar dos totens. Eles tinham musgo, e podia usar isso a meu favor. Já que o minotauro era visivelmente pouco ágil, começo a correr em uma trajetória elíptica, mantendo distância dele de modo que ele precisasse correr para tentar me pegar e indo na direção dos totens. Caso ele tentasse me interceptar correndo para o meu ponto futuro, correria rapidamente em um círculo e correndo diretamente para os totens, pois isso seria suficiente para ele não conseguir se frear a tempo de voltar e me pegar. Caso ele tentasse vir direto na minha direção, ele erraria, pois estou correndo em curva e ele apenas vai em linha reta. Precisava chegar nos totens. Caso, por algum santo motivo, ele conseguisse me interceptar (o que, pela minha estratégia, é praticamente impossível), tentaria me desviar do golpe dele e continuar correndo.

Sorrio por conseguir passar por ele. Me lembrava os momentos que eu corria na floresta lá de casa. Senti o totem nas minhas costas e logo vi ele, completamente irritado, vindo na minha direção. Era exatamente o que eu queria. Murmurei:

- Agora vamos esmagar um minotauro, musgo. - Pera, eu tinha falado com o Musgo? Pelo visto sim. E podia jurar que tinha ouvido uma confirmação de volta. Ok, tinha algo no meu cigarro, definitivamente. Esperei ele se aproximar e pulei para o lado direito (novamente alternando o lado), usando |Controle de Plantas I| no momento que ele atingisse o totem para, com ajuda do musgo, puxar o totem na direção dele, para que desmoronasse e esmagasse ele. Esperava que pelo menos ele caísse e ficasse imóvel por alguns instantes, para eu poder finalizar. Mas não sabia como estava minha sorte hoje.

Poderes Relevantes:

Vi ele cair e ri dele, vendo ele machucado. Ótimo, tinha dado certo! Até que ouvi um grito: "Desvia!". Mas que porra? Me joguei para o lado, sentindo a pedra me acertando na perna esquerda. Ok, isso doeu.

- Filho da puta! Bem atacar você, se você é macho!

Sabia que o segundo totem estava atrás de mim. Tentaria repetir a estratégia, me jogando para o lado esquerdo (pois, para me jogar para o lado esquerdo, a perna que dá impulso é a direita, que não está machucado), para ele desmoronar outro totem nele. Tentaria utilizar os segundos que ele ficaria desnorteado para me aproximar correndo e cravar minha espada em sua cabeça. Se, por acaso, percebesse que ele estava recobrando os sentidos, abortaria o ataque, recuando, ficando com as costas encostadas no terceiro totem. Queria acabar logo com aquilo, minha perna doía.

Poderes Relevantes: