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por Selene 02/01/16, 05:33 pm

Selene

Selene
Deusa Menor
Deusa Menor
O acampamento vem recebendo cartas de semideuses de todo o canto de país. Tudo ocorria bem até que acontecimentos suspeitos envolvendo a cidade de Seatle intrigou a todos. Todos os semideuses e semideusas que enviam cartas da cidade de Seatle nunca são encontrados. Sátiros que são enviados até lá também não retornam. Sua missão será viajar até Seatle e lutar contra um demônio Black Annis que vive em uma caverna ao sul da cidade. O demônio tem um exercito de lestrigões como servos.

Black Annis é um ser maligno que perambula pela noite se alimentando de crianças em geral. Mas ultimamente o demonio adquiriu um apetite por crianças semidivinas. Quando consegue pegar um pequeno garoto ou garota, ela tinge sua pele e a usa em torno de sua cintura, formando uma espécie de cinto macabro. Sua residência é uma caverna que ela escavou usando suas garras de ferro.


Pontos Obrigatórios na Narrativa:
1) Narre você sendo chamado pelo pretor ou por Quíron. Ele lhe informa que terá que ir até a cidade de Seatle fazer uma investigação e resgatar um semideus sem teto que enviou carta ao acampamento;
2) Arranje seu modo de viagem até Seatle;
3) No meio do caminho, você deve ser obrigado a trocar de meio de transporte por causa de um ataque de Harpias selvagens ;
4) Quando está quase chegando nos limites da cidade, seu segundo meio de transporte quebra e você é obrigado a andar uma distancia de 1km a pé;
5) Um ogro lhe intercepta e lhe ataca. Lide com ele;
6) Assim que você chega na cidade percebe vestígios de lestrigões;
7) Você passa o resto do dia, até anoitecer seguindo-os para que ele os leve até a toca do demônio;
8) Assim que anoitece finalmente eles rumam para o sul da cidade e entram em uma gigantesca caverna;
9) Você é descuidado e derruba algo no chão que faz bastante barulho, isso revela sua posição e vários lestrigões começam a te atacar;
10) Em momento algum você terá paz até entrar na caverna. Seja criativo na luta e na maneira em que você invade o covil do monstro.
11) Entre na caverna, enfrente Black Annis, ao derrotar o demônio, você deve pegar o cinto da criatura e fazer uma oração a Hades para que ele guie a alma dos semideuses utilizados no cinto:
12)Encontre um jeito de quebrar a jaula que há no canto da caverna e libertar o semideus;
13)Encontre um novo meio de transporte para escoltar o semideus de volta ao acampamento.

Observações:
- Postar até o dia 08/01/16, às 18h;
- Não há limite máximo de pessoas (todos que postarem, avaliarei);
- A missão é atemporal (mesmo quem está em missão pode fazer);
- Me surpreenda. Não se atenha ao que é obrigatório, vá além;
- ATENÇÃO: Missões mal escritas ou incoerentes poderão acarretar em dias na enfermaria e, em casos extremos, até MORTE. Essa missão NÃO é para players fracos/nível baixo;
- Boa sorte!

#1

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por λ Charlie Milkovich 08/01/16, 07:55 pm

λ Charlie Milkovich

λ Charlie Milkovich
Filho(a) de Ares
Filho(a) de Ares

Acampamento Meio Sangue, Chalé de Ares, 02h:56min



Os sonhos e pesadelos fazem parte da vida de qualquer semideus. Normalmente são visões de alguma coisa que pode ou que está para acontecer num futuro próximo, uma espécie de alerta.

Era a quarta consecutiva que essa visão vinha em meus sonhos, e em todas, eu acordava com a pele formigando, banhado em suor. Não era comum um filho de Ares ter esse tipo de reação, mas lampejos sinistros que em nenhum momento se encaixavam vinham me perturbando. Um ônibus quebrado, uma sobra gigante em meio a uma estrada, sibilos incontáveis de alguma criatura, e finalmente estava eu ali, correndo em um lugar escuro que parecia ser uma caverna, ao som de duas vozes completamente diferentes. Uma era algo irreconhecível e sinistro. Transmitia perigo, a outra, era, de alguma forma, familiar, mas eu não era capaz de identificar.

Eram cerca de 3 horas da manhã quando eu levantei em um salto da parte alta de meu beliche. Uma ducha rápida para retirar o suor e relaxar um pouco antes de ir para o posto dos guardas. Não era meu turno, mas eu me ofereceria para trocar de lugar, pois dormir era uma coisa que eu não conseguiria mesmo. As harpias sentinelas já me conheciam e permitiam a minha passagem pelo fato de eu ser um membro da equipe de proteção do acampamento, mais precisamente, o líder da divisão de ataques dos guardas, a divisão Áquila.

Troco imediatamente de lugar com o semideus que estava fazendo um turno e ele me agradece antes de sair, algo desnecessário, já que não estou lhe fazendo nenhum favor. Eu precisava encontrar alguma ocupação para as horas seguintes, que seriam precedentes ao amanhecer no acampamento e, consequentemente, às atividades rotineiras. Haviam alguns espantalhos jogados em um depósito próximo e resolvo fazê-los de sacos de pancada para me livrar um pouco de minha agonia. Mesmo acordado, esses lampejos vinham em minha mente, e aquilo estava começando a se tornar irritante.



Acampamento Meio Sangue, Posto dos Guardas, 07h:13min


Eu não havia me cansado de bater nos bonecos, pelo contrário, estava começando a me animar quando me dei conta de que todos eles estavam em pedaços. Eu precisava limpar aquilo ou Argus certamente me daria uma represália monstruosa. Logo depois de acabar, um sátiro me aparece com uma lada de enchiladas nas mãos e com uma cara de quem quer dar um aviso mas não sabe como. Digo que ele pode falar, pois sou um filho de Ares, e não do cão chupando manga pra sair mordendo. Ele diz que Quíron quer falar comigo e eu deveria ir o quão antes possível.


Acampamento Meio – Sangue, Casa Grande, 07h:40min


O velho centauro estava como o de costume, com aquela expressão severa de quando vai dar alguma ordem de busca. Não era diferente. Ele me mostra uma carta dizendo que veio de um semideus de Seattle que estava sem teto e precisava de ajuda. Fico espantado quando vejo que se trata de minha cidade natal.

Contudo, antes de aceitar a missão de escolta, conto de meus pesadelos para Quíron. Falar disso não era algo agradável, mas ele era alguém de confiança e que poderia me dar alguma dica do que poderia ser. Os sonhos de semideuses são prelúdios de acontecimentos reais, e eu estava prestes a sair do acampamento, juntando as peças, as coisas não seriam fáceis e eu precisaria estar o mais preparado possível.

O Centauro então me pede alguns minutos de licença e me deixa em seu escritório. Alguns minutos depois volta com uma figura feminina encapuzada que eu já imaginava quem era: Rachel Elizabeth Dare, o corpo que hospedava o oráculo.

A garota parecia normal, mas de um momento para o outro começou a ter a coloração de seus olhos modificadas para um tom esverdeado, e começou a falar com uma voz ecoante:



No espaço escuro vive um ser
Que com grande crueldade aumenta seu poder
As almas dos condenados não descansarão
Até o dia em que o guerreiro nato lhes liberte de sua prisão

Ao senhor do submundo deve ser ofertado
O maior símbolo de poder que puder ser encontrado
Um jovem prisioneiro deve então se libertar
E o deus da guerra por fim irá se manifestar.


Após esses versos percebo que minha imaginação estava certa. Eu precisaria partir de imediato e ajudar aquele garoto. O simples fato de saber que algo maior está se escondendo torna as coisas mais interessantes e eu anuncio que irei de imediato, pairando apenas para organizar meus equipamentos. Aproveito que estou na casa grande e peço uma quantia razoável de dinheiro mortal para ajudar em despesas de transporte, alimentação e moradia



Equipamentos levados:



Acampamento Meio-Sangue, Limites do Acampamento 09h:12min

Tudo estava pronto e organizado. Argus me daria uma carona até o  termial  de Long Island e de lá eu traçaria minha rota para Seattle de ônibus ou trem. Como se trata de minha terra natal, eu a conheço razoavelmente bem, e poderia chegar lá sem ter que me preocupar em estar perdido em algum lugar.

Durante o percurso na Van de Argos, algo inesperado acontece: Um grupo de 3 harpias começa a rodear o veículo e se prepara para atacar. Aquilo era perigoso, pois se elas conseguissem provocar um acidente, nós teríamos grandes chances de morrer, fosse pelo próprio acidente ou pelos ataques dos monstros caso conseguíssemos sobreviver. Peço então para que ele pise no freio. Precisaríamos dar cabo dessas feras aladas de imediato. Argus era meu tutor e sabia que eu me referia a destruir os monstros com alguns ataques que ele mesmo me ensinou.

Quando o veículo finalmente freia, abro a porta e saio com um salto, imediatamente fitando as 3 monstrengas. Elas pareciam não se intimidar com a presença de um filho do deus da guerra, mas eu cuidaria para que aquilo mudasse. Ativo meu [Olhar Aterrorizante] para causar pânico nos três monstros, a fim de ter alguma chance de derrubá-las. Porém, o efeito saiu um pouco fora do esperado. No lugar de ficarem com medo e caírem, as três começam a voar para longe, fugindo. Aquilo foi decepcionante, mas não era de todo mal, pois poderíamos continuar a viagem em paz, ou era isso o que eu pensava.

Me aproximando de Argos, percebo que o meio de transporte havia sido danificado. A freada foi brusca a ponto de desgastar os pneus do automóvel a ponto de inutilizá-los. Ele, que não pode falar, escreve um bilhete dizendo que eu poderia seguir viagem e ele se resolveria. No fim das contas, as harpias atacaram por sentirem o meu cheiro, não o dele. Apesar de estar um pouco relutante quanto a isso, acabo sendo obrigado a aceitar. Eram ordens superiores e eu tinha uma missão importante a cumprir. Abro minha mochila e retiro 1 de ouro, jogando-o ao chão e invocando o taxi das irmãs cinzentas.



Status no Momento
HP: 252/252
MP: 90/175
Itens a Retirar: 1 Dracma

Terminal Rodoviário de Long Island, 11h:24min


A viagem com o taxi foi um tanto conturbada, porém tranqüila. Aquelas três loucas continuavam dirigindo feito barbeiras, conversando bobagens e claro, brigando pelo olho e dente que vinha sendo disputado desde sabe se lá quando. Tento recolher alguma informação com elas, mas não recebo nenhuma resposta, estavam ocupadas demais com sua disputa interna, exceto pela confirmação de que alguma coisa poderosa estava nos arredores de Seattle.

Depois de sair do taxi e entrar na rodoviária, me apresso em procurar pelas passagens de ônibus que me levariam até a cidade. A distância era enorme. 46 horas de viagem de carro e 72 de ônibus. Seriam 3 dias longos, A vantagem é que as paradas seriam bem curtas e os ônibus eram confortáveis, então eu teria tempo para descansar de sobra, ou pelo menos é o que eu suponho. Eu poderia ter cogitado a possibilidade de pegar um pégaso, mas Zeus não gosta que fiquem viajando pelo seu território, ainda mais um filho de Ares, que é um deus não muito querido no olimpo, principalmente depois do caso de roubo do raio mestre que ocorrera há algumas década e que é muito contada no acampamento.

De acordo com as passagens, eu trocaria de ônibus 6 vezes, o que daria em média, 12 horas de viagem por condução. Paciência é uma coisa que eu gostaria mesmo de ter. Não havia outra escolha, o primeiro ônibus estava perto de sair e sua trajetória era a mais longe. 16 horas de viagem com pequenas paradas a cada 4 horas em pontos específicos para a compra de alimentos e sanar algumas necessidades fisiológicas. Adentro o ônibus e resolvo tirar um breve cochilo, pois acordei de madrugada e não havia descansado até então.

Ohio, Parada de ônibus, 04h:12min

Foi nesse momento em que acordei quase que com um salto. Aparentemente essa era a última parada do primeiro ônibus e eu havia quase que literalmente hibernado. Aparentemente meu corpo realmente necessitava de um descanso, e eu, graças aos deuses, havia conseguido dormir sem pesadelos ou ataques de monstros. Me sentia novo em folha, apesar de estar varado em fome.

Desço junto com o restante dos passageiros no posto de parada e vou ao banheiro. Em seguida, passo na loja de conveniências que possui uma pequena lanchonete e compro algumas coisas para comer em viagem e dois exemplares maravilhosos de X-bacon com ovos, além de duas latas de Pepsi para o momento.

Enquanto como, percebo que estou sendo observado por um homem na mesa do canto direito. Desde que entrei ele não havia tirado os olhos de mim, o que me faz ter suspeitas acerca de sua identidade. Eu ainda não havia aprendido truques relacionados à névoa ou magias muito poderosas, o dano físico e meus sentidos de guerreiro eram quem me davam alertas, que apesar de serem em sua maioria verdadeiros, não me davam a garantia de estar lhe dando com monstros ou apenas mortais mal intencionados. Independente do caso, eu só teria que lhe dar com ele caso ele tentasse se colocar em meu caminho. Deixo esse pensamento de lado enquanto devoro meu jantar improvisado e volto para o posto, onde o segundo ônibus estaria esperando.


Montana,  dois dias depois, 16h:40min

Passei dois dias relativamente calmos, porém, horríveis. A falta de uma cama e alimentação decente estavam perto de me levar ao estresse. A viagem feita durante quando os filhos de Apolo me escoltaram foi tão longa? Se eu considerar que pegamos carona com pégasos estrategicamente posicionados, sim, foi.

Eu estava achando estranho o fato de não ser atacado por ninguém até o momento. É verdade que filhos de Ares são um tanto quanto temíveis, mas os monstros não deveriam se intimidar tanto. Uma coisa que eu observei é que em cada posto havia algum mortal diferente me observando, mas eles não eram passageiros dos ônibus, que sempre estavam mudando por conta de seus destinos serem diferentes dos meus, então, por que essa sensação estranha?
Faltava menos de um dia para eu chegar a Seattle e isso me deixava ao mesmo tempo que nervoso, ansioso. Eu poderia fazer uma visita surpresa á minha mãe e ficar em casa enquanto investigava  o que Quíron pediu. Não era uma idéia ruim.

Ellensburg, 22:00

Mais de 80% da grande viagem estava concluída e só haveriam mais duas paradas para que eu finalmente entrasse em Seattle. Eu havia acabado de acordar com um grande frio na espinha. Eu estava novamente sendo observado, só que de muito perto. O perigo era algo que eu podia sentir dentro daquele local. Dessa vez desço muito mais atento do que nunca, com meus respectivos equipamentos, pois algo estava para ocorrer.

Não poderia dar em outra.

Vejo que no ponto de espera para subida no ônibus, todos aqueles que me observaram nas paradas anteriores, eram 6 no total, estavam reunidos. Uma delas, a penúltima que vi, olha para mim de forma diabólica: Eu sabia, eram todos monstros.

Não acredito que eles mantiveram comunicação durante todo esse tempo e armaram essa emboscada. As criaturas que habitam o mundo dos humanos são realmente muito mais inteligentes e imprevisíveis que as do mundo mortal, isso era um fato. Eu sabia que um confronto seria inevitável, então, não tenho escolha a não ser procurar imediatamente por um local em que eu pudesse lutar livremente. Mesmo que a névoa escondesse tudo na visão dos humanos, os danos eram reais e eu não gostava da idéia de atingir pessoas aleatórias.

Com a mochila e todos os meus pertences, corro do local até entrar em uma espécie de estacionamento subterrâneo. Eu sabia que estava sendo seguido, e isso era bom. Eu poderia escolher o local da luta.

Estávamos no terceiro andar subterrâneo quando abri a porta e corri para o meio do grande pátio que estava vazio. Não demorou muito para que o grupo de 4 homens e duas mulheres me localizasse. O cheiro dos semideuses eram um atrativo e tanto, aparentemente. Era hora do Show. Através de meu pingente, faço um [Chamado do Javali], trazendo Jeva para o campo de batalha para me auxiliar, tomando uma poção de [Energia Mítica] e outra [Heróica] a fim de me recompor e me preparar para a batalha. Peço para as criaturas pararem de teatro e se manifestarem em sua verdadeira forma. Para minha surpresa, meu pedido é aceito:


Charlie Milkovich
Status no Momento
HP: 252/252
MP: 170/175

Jeva, o Javali
HP: 150/150

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x1), Poção de Energia[Heróica](x1)


Dracaenae 1 – 100%
Dracaenae 2 – 100%
Elfo 1 – 100%
Elfo 2 – 100%
Rakshasa – 100%
Lestrigão – 100%


Subterrâneo de Ellensburg, 22h:20min

O combate se inicia quando o oponente mais forte, e também mais veloz, o Rakshasa, avança de forma frenética em minha direção. Eu já conhecia o poder de praticamente todos os monstros que ali estavam por já ter experiência de combate com os mesmos, mas todos eles juntos poderiam representar ameaças. Deixo meu escudo do vigia pronto em meu braço esquerdo, ao passo que transmuto minha arma através de meu anel, a Espada de Esparta [Bronze Celestial&Flamejante][H][Heróico]. Ordeno que Jeva cuide dos elfos com suas poderosas presas inteiramente de bronze, me deixando com os outros 4 monstros. A luta contra um grupo de inimigos era algo que me beneficiava, pois meu poder se maximizava nessas condições, meu [Instinto de Guerra] se mantinha em mode on.

Espero o Rakshasa efetuar seu ataque. Analizo seu padrão de movimento com minha capacidade de [Guerreiro Nato], combinado com meu escudo do vigia, que me mantinha ainda mais atento. Ele tenta me acertar com seu par de adagas simultaneamente, mas minha [Defesa Absoluta] cuidou de bloquear completamente seu golpe físico, enquanto aplico um poderoso [Contra-Ataque Intermediário] com a espada flamejante, cortando a criatura em dois automaticamente. Aquela era sem dúvidas a arma mais poderosa que eu possuía, um presente direto de Ryan, o conselheiro do chalé de Ares, que foi evoluída e aperfeiçoada com bastante treino e dedicação.

Eu ainda estava longe de poder comemorar, pois Jeva estava tendo um pouco de desvantagem contra os elfos, que tinham a vantagem numérica e estavam abusando disso para confundir e acertar minha invocação. Eu ainda não poderia ajudá-lo, pois o lestrigão e as duas Dracaenaes estavam vindo em minha direção simultaneamente.

Fim do Primeiro Turno. Status:
Charlie Milkovich
Status no Momento
HP: 252/252
MP: 125/175

Jeva, o Javali
HP: 120/150

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x1), Poção de Energia[Heróica](x1)


Dracaenae 1 – 100%
Dracaenae 2 – 100%
Elfo 1 – 100%
Elfo 2 – 100%
Rakshasa – Morto
Lestrigão – 100%

Com três inimigos vindo simultaneamente, as coisas ficariam feias. Eu precisava reagir rápido, e resolvo abrir mão do instinto de guerra, aumentando o número de aliados. Ativando a habilidade [Filho de Esparta], invoco um grupo de soldados para me ajudarem na defesa. Ordeno uma formação de tartaruga para que me protejam das espadas e garras que viriam em minha direção, e empurrassem com uma pressão esmagadora logo em seguida.

Abusando de minha [Potência], [Aprimoramento de Corpo] e [Aprimoramento – Ataque], salto entre meus soldados com a espada levantada, pronto para partir o Lestrigão em 2. Abuso de meu poder de [Ataque Múltiplo] para pressionar as Dracaenaes logo em seguida, tentando arrebentá-las com a espada, usando no máximo, 5 golpes extras.

As monstrengas também portavam espadas e escudos, e bloquearam os ataques, mas pelo menos, a defesa delas estava completamente aberta agora, pois minha arma flamejante acabara por inutilizar seus escudos. Eu poderia planejar um ataque ainda melhor e mais eficaz no movimento seguinte.

Ainda atento ao campo de batalha, vejo Jeva acertando uma investida em um dos elfos, o que era muito bom, mas ele estava ficando machucado com os sucessivos ataques de espada daquelas criaturas. Como ele só podia focar um inimigo por vez, o outro aproveitava a brecha para atacá-lo. Ordeno que ele foque seu ataque apenas no elfo que acabou de acertar, até que consiga eliminá-lo por completo.

Fim do Segundo Turno.  Status:
Charlie Milkovich
Status no Momento
HP: 252/252
MP: 50/175

Jeva, o Javali
HP: 90/150

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x1), Poção de Energia[Heróica](x1)


Dracaenae 1 – 100% - Sem Escudo
Dracaenae 2 – 100% - Sem Escudo
Elfo 1 – 100%
Elfo 2 – 60%
Rakshasa – Morto
Lestrigão – Morto


Utilizar a invocação dos soldados espartanos me previniu de tomar danos físicos, mas eu estava começando a ficar cansado. Magia era mesmo minha maior fraqueza.Eu não podia usar tanta de uma vez, pois isso me cansava. Eu havia tomado duas poções recentemente, então teria de esperar para poder usar a próxima, pois esse tipo de medicamento em excesso pode trazer conseqüências desagradáveis.

Meu exército ainda estava ali disponível esperando por ordens. Peço que eles se prontifiquem em ajudar e defender Jeva e deixem que ele cuide apenas de atacar, pois  o animal estava com problemas apesar de ter acertado uma segunda vez o elfo. Feito isso, me concentro nas dracaenaes.

Sem seus escudos, os monstros ficaram cautelosos. Eles já tinham visto que minha espada tinha um poder destrutivo relevante e não viriam para cima como duas loucas. Era perceptível seu receio em atacar. Transmuto a espada de volta ao anel e crio uma armadilha para as mesmas.

Finjo começar a cambalear de cansaço por ter usado muito poder mágico para atraí-las ao seu final definitivo. Elas achariam que se sairiam vitoriosas e cairiam como patinhos diretamente sobre o poder de minha [Tatuagem de Chamas], que materializaria qualquer arma com a qual eu possua perícia. Faço surgir um escudo de fogo e saco minha lança quase que simultaneamente, jogando o escudo de fogo na direção de uma dracaenae enquanto a lança elétrica atingiria o peito da outra. Considerando que possuo perícia com as duas armas em questão e também com arremessos, isso seria possível.

A Dracaenae que fora perfurada pela lança morreu instantaneamente, mas a outra, que deveria ser carbonizada sobrevive e avança em minha direção com muita ira e consegue me atingir com sua espada. Um corte na lateral de meu braço, num espaço que a armadura não protegia. Era uma dor intensa, mas eu sabia que aquele tinha sido o último esforço do monstro, numa tentativa de me levar junto consigo ao tártaro.

A dracaenae se desfaz em pó por não resistir aos ferimentos das chamas, e eu fico de joelho, cansado e com uma quantidade razoável de sangue escorrendo do braço. Rasgo um pedaço da camisa e o amarro com força para estancar a ferida, enquanto observo o grupo de espartanos e Jeva darem cabo nos dois elfos.

Fim do Primeiro Turno. Status:
Charlie Milkovich
Status no Momento
HP: 212/252
MP: 60/175

Jeva, o Javali
HP: 70/150

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x1), Poção de Energia[Heróica](x1)


Dracaenae 1 – Morta
Dracaenae 2 – Morta
Elfo 1 Morto
Elfo 2 – Morto
Rakshasa – Morto
Lestrigão – Morto


Subterrâneo de Ellensburg, 22h:50min

Eu estava encrencado. No subsolo de um estacionamento com um ferimento que deveria ser tratado o mais rápido possível. Sem a possibilidade de voltar para o posto, pois o ônibus final certamente havia partido sem mim. Droga! Se eu tivesse seguido meus instintos desde o princípio, teria exterminado os monstros um por um e não precisaria passar por isso.

Faço com que Jeva e os espartanos desapareçam e me deixem só no estacionamento. Eu tinha de sair dali e pensar em um novo modo de seguir viagem. Seattle tão perto e tão longe ao mesmo tempo que era difícil acreditar que aquilo tinha acontecido.

Foi aí que eu vi um rapaz com seus dois filhos descendo ao estacionamento e indo em direção a um carro. A idéia era meio babaca, mas eu precisava me arriscar. Carisma nunca foi o meu forte, mas eu precisaria fazer uma encenação para conseguir sair em segurança e com rapidez.

Começo a gritar por ajuda para o homem, com a mão por cima do curativo improvisado de meu braço ferido. Assim que ele olhasse para mim, me colocaria de joelhos ao chão, como se não estivesse suportando a dor, que apesar de incomoda era sim suportável.

Como eu esperava, ele colocou as crianças para dentro do automóvel e veio em meu socorro quase que de imediato. Inventei que havia sido vítima de um seqüestro relâmpago e fui trazido ao estacionamento, mas reagi quando este tentou tomar meus pertences. Disse que fui ferido no braço com uma faca e o indivíduo fugiu após ouvir a sua aproximação. Testemunhas para um crime eram, no fim das contas, algo que bandidos temiam.

Digo ainda que estava em Ellensburg com meu pai, que é separado de minha mãe e fui vítima do ataque quando estava prestes a pegar o ônibus em direção a casa dela. Observo a reação do homem que estava disposto a me levar para um hospital, mas peço que ele apenas ligue para minha velha, dizendo que ela poderia vir me buscar de carro. Se não fosse abusar de sua gentileza, para agilizar o processo, ele poderia me levar para o próximo terminal rodoviário e eu me encontraria com ela lá.

Graças aos deuses, meu pedido foi atendido e o homem gentilmente me levou até o terminal rodoviário.  Ele ainda se disponibilizou em ficar por perto até que minha velha chegasse, e eu não poderia negar esse pedido. Observo então suas duas crianças, de 6 e 8 anos respectivamente. De início, pareciam ter medo de mim, por eu ser um estranho, mas logo começaram a me encher de perguntas sobre minhas coisas. A névoa mudava a forma de meus equipamentos, fazendo-os parecerem um monte de bagagem, e eu apenas disse que eram roupas. O mais velho, chamado Rick, ficou olhando para o ferimento em meu braço e perguntou em alguns momentos se estava dolorido. Eu dava risada e dizia que estava melhor, apenas para não preocupar os moleques e o pai deles.


Terminal de SeaTac  23h:20min

Depois de alguns minutos parado no terminal, minha mãe me aparece com um kit de primeiros socorros e dá um jeito no meu braço. Anti-inflamatórios, alguns remédios, algodão e álcool para não infeccionar nada e claro, um curativo bem feito. Era bom poder revê-la. Fazia poucos meses que eu não a visitava, mas aquilo parecia mais com anos. Ela era uma agente do exército, especializada em cuidar de feridos. No último verão me contou que conheceu meu pai durante a guerra no Iraque, ele havia sido atingido com uma bala na perna e outra no braço. Cuidou dos ferimentos dele e o resto é o de se esperar, usou seu charme divino para encantar a minha velha e hoje estou aqui, descrevendo isso.

Depois de todos os preparativos prontos, seguimos no carro de minha mãe e vamos até a entrada se Seattle, me despeço do homem agradecendo muito sua ajuda.

Arredores de Seattle01h:32min

Quando estamos  a cerca de 1km da cidade de Seattle, o carro quebra. Estava, de fato, tudo bom demais para ser verdade. Ela disse que a seguradora mandaria um guincho para pegar o veículo, e eu sugiro a ela que sigamos o trajeto até a cidade a pé, pois mesmo em movimento eu atraía monstros, parado então, nem se fala.

No meio do nosso trajeto, surge nas margens da pista um exemplar de ogro. Aquelas criaturas eram demasiadamente burras, nojentas e com o passar do tempo, se tornaram fracas. Mas eu precisava ser cuidadoso. Minha mãe estava perto, e eu não poderia coloca-la em risco e muito menos deixá-la ver algo que remetesse à carnificina. Não que ela não fosse acostumada a ver pessoas mortas ou extremamente feridas, era mais uma daquelas preocupações bobas de filhos para com as mães.

Tomo uma nova Poção de Energia [Mítica] e me livro do ogro usando [O Chamado da Guerra], ainda de longe, fazendo uma lança cair diretamente sobre sua cabeça. Sugiro a minha mãe que caminhemos pelo outro lado da estrada, para não passar pelo cadáver da criatura.

Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 212/252
MP: 120/175

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x2), Poção de Energia[Heróica](x1)


Cidade de Seattle, 01h: 50min

Era madrugada quando chegamos na entrada da cidade, mas esta se mantinha como eu me lembrava. Iluminada mesmo à noite. Haviam vários estabelecimentos que não paravam suas atividades e permitiam a movimentação noturna pelo local, o que era nostálgico e reconfortante. Minha mãe aponta para o ponto de taxi e diz para irmos para casa de imediato. Sem questionamento, obedeço suas ordens e vamos ao local, mas eu havia notado uma coisa estranha: Uma calçada estava com cimento recentemente colocado e havia pegadas nele. Pegadas de lestrigão. Isso demonstrava que a cidade estava mesmo habitada por monstros e havia um semideus correndo perigo.

Infelizmente para minha mãe, eu não estava interessado em ficar lá para passar uns dias. Eu agradeço a ela pela ajuda, mas digo que tenho trabalho a cumprir. Um garoto indefeso precisa ser escoltado ao acampamento, assim como eu fui alguns anos atrás. Organizo meus equipamentos e vou até o local indicado na carta de Quíron de imediato. Ainda com a profecia do oráculo em mente:

"No espaço escuro vive um ser
Que com grande crueldade aumenta seu poder
As almas dos condenados não descansarão
Até o dia em que o guerreiro nato lhes liberte de sua prisão

Ao senhor do submundo deve ser ofertado
O maior símbolo de poder que puder ser encontrado
Um jovem prisioneiro deve então se libertar
E o deus da guerra por fim irá se manifestar."


Quando finalmente chego ao local indicado na carta, percebo uma coisa não tão surpreendente. O semideus não estava mais lá. A viagem por terra demorou demasiadamente, e isso foi realmente irritante. Contudo, eu não estava desanimado, pois a profecia dizia que eu deveria comparecer a um espaço repleto de escuridão.

Passo alguns instantes observando melhor o espaço e percebo que haviam coisas que foram recentemente derrubadas. Eram sinais de brusca movimentação. Latas de lixo reviradas como se alguém as tivesse atropelado, objetos jogados e uma tremenda bagunça. Novamente, vejo pegadas de lestrigão e vejo através da iluminação pública que duas sombras se movimentam por perto.

Apresso-me em entrar em um dos becos que preenchiam o local e tento observar alguma coisa que possa ser uma pista, e vejo uma coisa bizarra. Eram de fato dois lestrigões. Um estava carregando uma menina mal trapida, que provavelmente era moradora de rua, e nos ombros do outro, amarrado e amordaçado, um garoto de no máximo 12 anos se debatia inutilmente a fim de se soltar.

Eles seguiam para o leste da cidade, que não estava muito distante, considerando a viagem de minha casa até o local onde estou agora. Resolvo então seguir de uma distância razoável os monstros, esperando que eles não me rastreiem pelo cheiro, apesar de achar isso pouco provável.

Estávamos em meio a um matagal esquisito quando vejo que o lestrigão perde a paciência e acerta um soco com força considerável na cabeça do moleque, que desmaia automaticamente. Aquilo me deixa realmente irado, e por conta disso, deixo a minha lança descuidadamente cair, revelando minha posição. Droga! Os dois monstros se viram e começam a gritar e correr, ao passo que um bando de lestrigões, aproximadamente 12 começa a surgir por vários cantos.

FUDEU! – digo enquanto corro na direção de uma espécie de caverna que estava a 1km, saltando por inúmeras pedras e obstáculos que haviam em meu caminho. Os monstros eram desajeitados e acabavam por tropeçar e cair diversas vezes, mas isso não significava que eu estaria em paz, pois volta e meia um outro monstro aparecia do nada e saltava em cima de mim, me obrigando a aumentar a velocidade e correr.

Eu finalmente paro em frente a tal caverna escura, onde vi os dois monstros que carregavam as crianças entrarem, e observando os arredores, me deparo com nada menos que 15 lestrigões, que estavam por todos os lados. A entrada da caverna era estreita  e não permitia a passagem de mais de um corpo por vez, e isso me dá a idéia de que posso aniquilar todos os monstros de uma única vez.

Abro um sorriso ao passo que adentro a caverna, provocando os monstros a me seguirem. Eles teriam de entrar numa fila pelo pequeno túnel e só poderiam se dividir no momento em que este acabasse, dando espaço a um local aberto. Era disso que eu precisava. O túnel era estreito e longo, e eu poderia matar aquelas pragas ao mesmo tempo.

Pego minha lança média elétrica e bebo mais uma poção de energia [Mítica], preparando a arma para um arremesso mortal. Jogaria a arma combinando a habilidade [Impacto do Aríete] + minha habilidade única, o [Ataque Potente]. O Impacto do Aríete era o suficiente para dividir uma fênix autômato por si só, se eu combinasse esses dois poderes devastadores, a morte dos oponentes seria quase certa.

Não deu outra. O arremesso foi tão poderoso, que perfurou todas as criaturas uma atrás da outra, variando em alguns pontos, mas todos abrindo buracos no peito de cada um dos nojentões,fazendo com que eu estivesse livre de todos de uma vez. Essa foi pra sentir a força herdada do próprio Ares, que dizimava exércitos de forma parecida. Pouco depois de atirar a lança, gritos muito fortes ecoaram pela caverna, eram gritos femininos, como os de uma criança.

Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 212/252
MP: 80/175

Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x3), Poção de Energia[Heróica](x1)

Foi aí que eu continuei meu trajeto e cheguei ao local mais sinistro que eu havia visitado. Algumas tochas improvisadas iluminavam o local, e do canto do olho, vi a coisa mais horrível de toda minha vida.

A menina que eu vi sendo carregada estava morta e pendurada em algumas correntes, com seu corpo totalmente tingido em sangue. Quase toda sua pele fora arrancada de forma assombrosamente macabra e seu corpo ainda pingava muito sangue.

Atrás desse corpo, dentro de uma espécie de jaula, estava o outro garoto, ainda inconsciente. Ele continuava amarrado com cordas e amordaçado, apoiado numa pedra. Eu esperava sinceramente que ele estivesse inconsciente pela pancada, e não tivesse desmaiado ao ver a execução da pobre garota.

Quando saio do meu local a fim de me aproximar da jaula e observar melhor o cadáver, vejo que este estava marcado por garras. A carne havia sido cortada em diversos pontos, para que a pele fosse retirada sem muitos rasgos. Aquilo era cruel. Mas que tipo de criatura atacaria dessa maneira?

A resposta veio antes do que eu esperava, garras metálicas só não me atingiram pelas costas de surpresa por conta de meus instintos de batalha. O monstro aparece com um sorriso maquiavélico, rindo louca e sadicamente, dizendo que não esperava outra presa tão cedo. A criatura se apresenta como Black Annis e pergunta o que eu achei de seu mais novo troféu, apontando para o corpo da menina e em seguida para sua cintura, que continha não apenas a pele daquela garota, mas várias outras de diferentes tons, algumas até apodrecendo e alguns dentes e crânios de bebês.

Essa foi a primeira vez em minha vida como semideus em que senti medo. Aquela coisa matava crianças de forma deliberada, e não era apenas isso. Fazia de seus próprios corpos uma espécie de troféu, usando como uma marca de seu... poder?

As coisas finalmente giraram e se encaixaram. O local sombrio habitado por uma criatura poderosa e o símbolo de maior poder  estavam à minha frente. Eu precisava matar aquela criatura. Custasse o que custasse.

Black Annis – 100%

A criatura avança de modo frenético em minha direção e o espaço para esquivas era pequeno. Para minha sorte, eu estava em posse do meu escudo do vigia, que me permitiu bloquear com sucesso muitos de seus ataques com as garras. Se fosse um escudo comum e não mágico, ele teria sido perfurado no primeiro ataque e eu estaria no quinto dos infernos automaticamente.

Para minha infelicidade, O monstro era forte, ágil e conhecia muito bem o local da luta. Não demorou para que eu fosse encurralado e receber um novo corte por cima do que eu recebi anteriormente, no estacionamento. A ferida abriu e sangue começou a escorrer, alem de uma dor insuportável.
Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 170/252
MP: 120/175

Aquilo certamente havia me desestabilizado. Apesar de ser ambidestro e poder lutar com a outra mão sem perder a perícia, a dor se tornava um agravante imenso. Além disso, o monstro não parava de desferir ataques incessantes, me obrigando a ficar na defensiva enquanto meu sangramento continuava e a dor tomava conta. Ele queria me vencer pelo cansaço.

Eu precisava dar um jeito de tirar a concentração desse monstro, mesmo que momentaneamente, para tentar ter alguma chance. Enquanto defendo os ataques incessantes de suas garras, concentro-me no [Grito de Guerra] dos Aquilas, que era capaz de espantar oponentes relativamente fracos e fazer os mais fortes ou inteligentes ao menos, abrirem uma brecha.

Logo em seguida, largo o escudo no chão e transmuto de meu anel a Espada de Esparta [Bronze Celestial&Flamejante][H][Heróico], desferindo sem perda de tempo um [Corte Triplo] que viria na horizontal, diagonal e vertical, respectivamente.

O momento de descontração do monstro fez com que eu o atingisse, mas apenas uma vez, pois ele recuou nas duas investidas seguintes com um salto para trás. Pelo menos, o golpe flamejante em sua cintura fez um sangramento relativamente semelhante ao meu começar a escorrer.

Minha energia estava se esvaindo aos poucos. Para minha sorte, a coroa das estações estava cuidado de me regenerar periodicamente, o que salvava minha vida nas mais diversas ocasiões. Aproveito que a criatura está avaliando seus ferimentos e tomo uma poção de energia [Heróica]


Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 165/252
MP: 100/175


Black Annis
85%

O demônio percebe que eu estou com a guarda aberta e volta a me atacar. Foi um grave erro de minha parte ter subestimado sua resistência, e agora, eu estava sem meu escudo. Restava-me confiar no poder de minha espada, que também serviria para defesa. Para minha sorte, o treinamento na divisão Áquila me fez aprender a não depender de escudos, tendo um [Aprimoramento – Defesa] mais sofisticado.
Tento parar as garras metálicas com a espada de fogo, mas acabo sendo incapaz de bloquear com perfeição um ataque daquele nível com apenas um braço. A criatura havia percebido minha fraqueza e focava meu ferimento cada vez mais, e me atinge de novo naquele braço, mas um pouco abaixo o corte, criando uma segunda ferida um pouco menor, mas não menos agravante.

Ativo meu [Contra-Ataque Intermediário] para não deixar isso barato e uso a ponta da espada para estocar seu braço, criando um buraco e deixando-o chamuscado e inutilizado. Vamos ficar em condições iguais, maldita.

Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 140/252 (-10 por rodada)
MP: 75/175
Itens a Retirar:
1 Dracma, Poção de Energia[Mítica](x3), Poção de Energia[Heróica](x2)



Black Annis
60% (-5 por rodada)

O monstro urra e novamente recua, me dando um pouco de tempo para respirar. O sangramento estava agravante e eu não ia ser capaz de durar por muito tempo. Nesse momento, o moleque atrás de mim começa a se mexer, indicando que ele estava perto de acordar. Droga! Ele ficar se debatendo vai tirar ainda mais minha concentração, além de ele assistir de camarote um show de carnificina, é claro.

Black Annis olha para sua mão e vê que as divisas entre suas garras estão chamuscadas. O contato com minha espada heróica estava começando a causar esse efeito. Todavia, ela também estava ficando um pouco pesada, em virtude de meu cansaço físico, mental e os ferimentos.
Decido que o próximo golpe precisa ser o último. Eu não ia agüentar muito tempo e precisava pelo menos garantir que o monstro não iria machucar mais nenhuma criança. Nesse momento lembro dos dois moleques, filhos do homem que me deu carona na viagem. Se eu não parasse aquela criatura ali, elas poderiam se tornar vítimas do monstro, e imaginar o que aconteceu com o cadáver da menina que jazia pregado à parede ao meu lado, era algo que eu não poderia permitir.

Transmuto a espada de volta a forma de anel e pego minha foice dupla. A arma era um pouco mais leve e me daria a mobilidade que eu precisava para executar mais um ataque. Dessa vez, avanço contra o demônio ao mesmo tempo que ele avança contra mim, e salto com a maior potência possível e tento desferir um golpe diagonal com a lâmina da arma.

Black Annis fora atingida, mas eu não escapei ileso. Em uma brecha na cintura da armadura, suas cinco garras da mão direita me perfuram, fazendo com que nós dois venhamos abaixo simultaneamente. Eu não era mais capaz de me mover direito. Poderia morrer a qualquer instante quando vejo a criatura começar a se desfazer em poeira.

Ainda no chão, caído, começo a pensar nos meus irmãos do chalé de Ares, em meu pai, que havia me reclamado e me anunciado como um garoto prodígio e nos poucos amigos que possuo no acampamento. Charlie Milkovich havia caído.

Eu estava praticamente perdendo a consciência quando uma voz extremamente severa invadiu minha mente. Ela me mandava levantar  e terminar o que eu havia começado, como um honrado e orgulhoso semideus. Muitas palavras motivacionais com alguns xingamentos fizeram as coisas inconfundíveis. Meu pai, Ares, estava me apoiando.

Meus olhos se abrem e eu continuo no mesmo estado, ferido, sangrando, porém, consciente. Era possível ouvir os gemidos do moleque tentando se libertar atrás de mim. Não, eu ainda não havia acabado. Aos poucos, tento me levantar, mas consigo, com muito esforço, apenas me apoiar numa das pedras da caverna. Pego uma poção de vida Heróica de minha mochila e tomo a metade, jogando o restante na ferida de minha cintura rezando para que houvesse algum efeito analgésico. Espero alguns instantes com a respiração ofegante e tento me mover.

No local em que Black Annis se desfez, havia apenas seu cinto de pele macabro, e eu entendo o que deve ser feito. Com o máximo de esforço, me arrasto até aquele local e com as chamas de minha espada, incinero o horrendo objeto, rezando para o Imperador do Submundo, Hades, guiar as pobres almas que foram separadas de seu corpo de forma tão violenta. Elas mereciam um pouco de paz.

Ainda muito fraco, olho para o moleque com uma cara de paisagem, pois meus sentidos estavam voltando a se perder. Foi nesse momento que um tremor de terra e vários gritos começaram a ecoar na caverna. Não havia mais ninguém ali além de nós dois. Aquilo deveria ser um sinal de Hades, aceitando a oferenda e guiando os espíritos ao submundo. Fico aliviado.

De repente, uma fumaça avermelhada aparece diante de mim e se materializa na forma de um guerreiro da idade média, só enorme, musculoso e claramente reconhecível. Era Ares, meu pai.

- Foi mal, velho. Acho que não consegui fazer o que devia – Digo dando um sorriso sarcástico.

Ares me encara com um olhar que misturava alegria e desprezo. De fato, olhar para um guerreiro que mesmo tendo vencido a batalha, estava em um estado deplorável como o meu não era um motivo de orgulho. Ele então estala os dedos e a imagem de uma lança avermelhada surge na cabeça do moleque amarrado. Ele era meu irmão?

Como num passe de mágica, ele se liberta das cordas e Ares olha para mim com cara de “você decide o que fazer agora” e some.

Transmuto minha espada em anel e o jogo para dentro da Jaula, dizendo que o garoto devia se libertar e nos tirar dali, porque eu não agüentava mais. Ele acaba por conseguir manejar minha arma com certa maestria, se libertando e colocando o anel da espada de volta em meu dedo. Me apoio nele, que estava bem mais forte do que aparentava, e saímos da caverna.

Estava prestes a amanhecer e utilizando mais um dracma de ouro, envio uma mensagem de Íris a Quíron, pedindo que mande uma equipe nos buscar, pois a volta seria complicada. O centauro parecia ter sido alertado, pois não se surpreendeu com meu estado. Ele me revela de o próprio Ares lhe ordenou a mandar uma equipe de imediato, e não demora para que alguns filhos de Hades apareçam e nos levem ao acampamento muito rapidamente, através de viagens nas sombras.

Aquilo foi o suficiente para me fazer desmaiar, pois essas viagens causam náusea em qualquer um que não seja filho do submundo. Acordo na enfermaria sendo tratado pelos filhos de Apolo. Eu estava inteiro e vivo. Os rapazes disseram que eu havia dormido por 3 dias seguidos e eu quase não acredito no que ouço. Pergunto sobre meu mais novo irmão e ele surge no local, com equipamentos básicos de um campista normal, me agradecendo pela ajuda e dizendo que quer se tornar um guarda. Dou uma risada e digo que ele vai precisar comer muito arroz com feijão antes de tentar entrar na divisão que eu comando. Em seguida, volto a dormir. A missão estava cumprida, e o mundo, livre de mais um desses demônios sinistros.




Habilidades Passivas:

Poderes Ativados Durante a Missão:

Descrições e Efeitos de Itens Mágicos:
[/quote]


Status Finais

Status Atuais
Charlie Milkovich
HP: 70/252
MP: 35/175
Itens a Retirar:
2 Dracmas, Poção de Energia[Mítica](x3), Poção de Energia[Heróica](x2), Poção de Vida[Heróica](x1)

#2

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por Selene 21/01/16, 09:54 pm

Selene

Selene
Deusa Menor
Deusa Menor
Adorei o conteúdo. Amei a interpretação. Li tudo e amei a maneira com que você interpretou o período da narração, fazendo referencias com pontos de localização e o casando com coerência. Não vejo fatores negativos que devam ser comentados, realmente impecável, me agradou.

Recompensas a receber
Exp: 7000
Dracmas:3500
Item especial por ser o único participante - Poção de essência de Black Annis: Uma poção que tem a quantidade para apenas um gole, que permite que o filho de ares entre em estado de fúria instantâneo APENAS se estiver em uma situação de vida ou morte.

#3

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#4

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