Aquela casa era mal assombrada.
Todos os moradores de Nova Roma sabiam. Entretanto, ninguém podia ao certo a origem dessa crendice. Alguns contam histórias genéricas, como de ter sido construída em cima de um cemitério, ou um assassinato acontecera ali. Outras eram mais interessantes. Contavam histórias sobre um semideus que tentou usar seus poderes para se tornar um com sua casa e acabou preso no alicerce da construção. Ou que uma filha de Vênus viveu ali com o seu marido e eles não conseguiam engravidar porque ela, em depressão e louca pelo amor que o marido dava para os seus futuros filhos, abortava e enterrava seus herdeiros natimortos no quintal.
Seja qual fosse a história verdadeira, ninguém mais chegava perto daquele lugar.
Isaac, entretanto, estava parado ali.
O jardim marrom fedia a sonhos quebrados, e a neve ajudava a os enterrar. O lugar estava em relativo bom estado, exceto pelas janelas quebradas por pedras arremessadas por engraçadinhos. A porta não estaria trancada, sabia. Nunca trancavam as portas da frente em Nova Roma. Era quase como o Canadá.
Seja pelos seus instintos, chamado divino, ou só por um desafio feito pelos seus colegas legionários, Isaac estava parado ali. Encarando aquela velha construção que parecia a memória antiga de um lar. E a memória estava desvanecendo.
Entraria ou ficaria do lado de fora, amedrontado pelas lendas urbanas?
Todos os moradores de Nova Roma sabiam. Entretanto, ninguém podia ao certo a origem dessa crendice. Alguns contam histórias genéricas, como de ter sido construída em cima de um cemitério, ou um assassinato acontecera ali. Outras eram mais interessantes. Contavam histórias sobre um semideus que tentou usar seus poderes para se tornar um com sua casa e acabou preso no alicerce da construção. Ou que uma filha de Vênus viveu ali com o seu marido e eles não conseguiam engravidar porque ela, em depressão e louca pelo amor que o marido dava para os seus futuros filhos, abortava e enterrava seus herdeiros natimortos no quintal.
Seja qual fosse a história verdadeira, ninguém mais chegava perto daquele lugar.
Isaac, entretanto, estava parado ali.
O jardim marrom fedia a sonhos quebrados, e a neve ajudava a os enterrar. O lugar estava em relativo bom estado, exceto pelas janelas quebradas por pedras arremessadas por engraçadinhos. A porta não estaria trancada, sabia. Nunca trancavam as portas da frente em Nova Roma. Era quase como o Canadá.
Seja pelos seus instintos, chamado divino, ou só por um desafio feito pelos seus colegas legionários, Isaac estava parado ali. Encarando aquela velha construção que parecia a memória antiga de um lar. E a memória estava desvanecendo.
Entraria ou ficaria do lado de fora, amedrontado pelas lendas urbanas?