Já fazia algum tempo que minha vida tinha se reduzido ao acampamento, não fiz muitas amizades, como de costume, apesar das pessoas parecerem tão gentis de inicio, algumas, não todas, acabavam por não se fazer muito gentis. Um exemplo desse tipo de gente seria o que aconteceu comigo hoje cedo, estava na hora do café e eu estava na cama dormindo, mal tive tempo de me arrumar para o café quando percebi que dormi demais, infelizmente quando cheguei à comida estava acabando e os pãezinhos não estavam mais lá, fiquei meio chateado, mas logo me animei quando um dos lares que passava por lá, reclamando de alguns Azeres que ele tentava se livrar, me olhou e me perguntou por que eu estava triste, reclamei que não tinham mais pãezinhos e ele me disse que havia mais em algum lugar perto da principia.
Quando cheguei, por algum motivo, não havia nenhuma mesa de café da manha ou qualquer coisa do tipo, nada, nem uma cestinha com pãezinhos, fiquei chateado novamente, mas logo isso passou quando eu vi dois Azeres, não sei bem o que estavam fazendo mas logo eu ia descobrir, assim que eles me viram eles andaram em minha direção, eu não tinha nenhuma arma comigo além da minha espada curta que havia ganhada alguns dias atrás, eu não tenho experiência lutando tanto corpo a corpo quanto com espada, com sorte eu não precisei lutar de inicio, eles não estavam com raiva de mim nem irritados por eu os ter interrompido, de maneira alguma. Eu estava parado, com medo, eles chegaram perto de mim e me perguntaram o que eu estava fazendo lá, eu os disse que vim pelos pãezinhos, eles se desculparam e disseram que não havia nenhum pãozinho com eles, que o que eles estavam comendo poderia não me agradar, não perguntei o que era, tinha um pressentimento de que eu não iria querer saber.
Eles me convidaram para acompanhá-los na mesa, que era o chão. Foi gentil da parte deles, eu sabia que o motivo pelo qual eles estariam sendo gentis e não agressivos comigo era porque eu sou filho de Vênus, é uma hora dessas que agradeço minha mãe. Sentei-me e esperei que acabassem as suas refeições, graças aos meus estudos sobre criaturas míticas na escola eu sabia bastante sobre os Azeres, o bastante pra saber como sair de uma situação como aquelas onde eu era um "prisioneiro agradável", percebi também que eles mostravam alguma simpatia a mais comigo, novamente ‘obrigado Vênus’, então presumi que na presença de um terceiro eles normalmente ficariam com ciúmes, então assim que nos levantamos peguei uma pedra do chão e esperei o momento perfeito para minha ação, eu a joguei num arbusto a minha direita, como presumi os Azeres ouviram e se aproximaram do arbusto, assim que ambos se aproximaram do arbusto puxei minha espada e ataquei o Azer mais musculoso, logicamente o que seria mais difícil de enfrentar caso revidasse, que se transformou em poeira ao retirar da minha espada de suas costas, logo o outro se virou e, ao perceber o que fiz, me atacou com raiva, eu não o percebi e fui atingido na panturrilha por um chute e cai no chão, seu golpe não foi efetivo o suficiente para me tirar de cena porem ele conseguira me derrubar, assim que ele veio pra cima de mim eu gritei para que parasse, ele hesitou mas logo deu continuidade para o ataque, o seu momento de hesitação deu tempo suficiente para que rolasse para a esquerda e me levantasse, seu golpe atingiu o chão, eu estava de pé e minha espada estava apontada na direção de seu peito, ele me olhava com raiva, eu o ameacei, disse que se se aproximasse mais eu o cortaria em pedacinhos, ele pareceu acreditar por alguns poucos segundos, depois eu disse que eu havia chamado reforços e que se desistisse talvez eu o deixaria vivo, novamente ele hesitou porém me atacou assim mesmo, me esquivei e pedi novamente para que parasse mas mesmo assim ele me atacou novamente, com sorte eu me esquivei e o ataquei cortando seu braço por completo, pedi desculpas enquanto o pobre homenzinho gritava de dor, me senti mal mas precisava fazer a coisa certa, ele se levantou com raiva e lágrimas nos olhos mas não me atacou, estava pronto pra dar o golpe final quando o homenzinho se desfez totalmente em poeira, não havia percebido que o golpe que efetuara teria tido tanto efeito.
Senti-me mal pelos homenzinhos, com raiva por ter sido enganado pelo lar, chateado por não ter tomado café e muitas outras coisas, mas eu tinha que manter a pose como minha mãe faria, voltei ao lar que me aganou e o cumprimentei, ele fez o mesmo porém boquiaberto, e então me retirei.
- Equipamento:
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- Peitoral de Couro
- Espada Curta
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