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Missão One-Post Livre // The Knight Awakens... Empty Missão One-Post Livre // The Knight Awakens...

por Gean Williams 25/12/15, 06:55 pm

Gean Williams

Gean Williams
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Formulário:

Nome da narração: The Knight Awakens
Objetivo da narração: Conseguir aliados para libertar Kadie.
Quantidade de desafios: 1 no meio da narração.
Quantidade de monstros: 1
Espécie dos monstros: Semideus filho de Ares. 

Mais uma noite se passou comigo deitado acima do chalé de Hades. Estava inquieto. Tudo que eu vestia era preto, desde o sobretudo até a calça, camiseta e sapato. Colocava o braço sobre os olhos, cobrindo a luz da lua. Ou talvez, simplesmente cobrindo as lágrimas. Ainda não era forte o suficiente. Tinha que salvar Kadie daqueles romanos de qualquer forma, era meu dever como irmão. Ela estava envenenada pela loucura, e aqueles pretores tinham que pagar por isso. Eu iria fazê-los pagar.
 
Porém meu poder era praticamente nulo em comparação ao deles. Uma gota comparada à um lago. Suspirei e desci do telhado. Era hora de trabalhar, ficar parado me lamentando não é o suficiente pra trazer minha irmã de volta. Entrei no chalé de Hades. Uma casa negra e aveludada que mais parecia o castelo do Drácula. Em um baú em baixo da minha cama eu comecei a juntar meus equipamentos, em baixo da espada uma foto velha e desbotada de 5 anos atrás. Eu carregando minha irmã nas costas, seus olhos de esmeralda olhando com curiosidade para a janela. Minha mãe ria atrás, esbarrando na árvore de natal, que segundos depois dessa foto caiu no chão. Não lembro quem bateu a foto, apenas sabia que era a melhor lembrança que tinha. Guardei-a no bolso, com qualquer sentimento piedoso.
 
Fui até a floresta para me distanciar da barreira de Thalia. No escuro eu era invisível, e por isso nenhum monstro me atacaria durante a noite. Nem sequer me perceberiam. Girei meus anéis no dedo, e assoviei. Um som agudo e sombrio, como um grito de tortura se arrastou pelas entranhas da floresta. Escutei um rosnado atrás de mim e vi um cão infernal mediano vindo até mim. Ele era pequeno em comparação à outros de sua espécie, mas não tinha nada a ver com um cão em sua altura. Nas quatro patas ele chegava à altura de um cavalo, e seus olhos vermelhos brilhantes como fogo podiam ser o suficiente para botar os mais corajosos pra correr.
 
Coloquei a mão sobre seu focinho e acariciei, ele não parecia ser muito simpático, porém, se deitou em minha frente para que eu subisse em suas costas. Me respeitava, sentia o sangue correr por minhas veias e sabia de meu pai. Montei nas costas do cão. Ele sabia para onde eu queria ir, e imediatamente correu se jogando nas sombras.
 
Passamos por um enjoativo túnel negro, poucos que não eram filhos de Hades conseguiriam ver as almas vagando solitariamente nas paredes sombrias. A escuridão escondia coisas, que as pessoas não viam mas sentiam. Por isso tanta gente tem medo. Fechei os olhos e me deixei levar pela viagem. Não havia vento, não havia adrenalina. É como passar por dentro de um edredom quente, fedorento e escuro. Porém você sempre sai enjoado.
 
Saímos do outro lado, quase fui ofuscado pela escuridão viva que é o submundo. Respirei o ar pútrido de cadáveres e agonia. Ouvi os murmúrios das almas perdidas, o cheiro sujo de trigo envelhecido.
 
- Os campos Asfódelos - Falei em voz alta, como se dissesse isso para mim mesmo. Não sei como conhecia o lugar... Mas sabia seus caminhos como se fossem a rua em frente à minha casa. Bem, talvez realmente fossem.  
 
Figuras espectrais passavam por mim, algumas se perguntando quem eram. O rio Lete corria por esse lugar sugando as memórias das almas que não eram nem boas, nem ruins. Me perguntava se iria me perder com elas aqui. Pensar em me esquecer de Kadie me deixava sem chão. Da última vez, quando acreditava que ela estava morta, eu simplesmente vivia como essas almas, me perguntando a razão da minha existência. Não queria perder ela. Não de novo.
 
Caminhei para o palácio de Hades. Passando pelo Jardim de Perséfone, a plantação de romãs parecia sibilar para mim como serpentes me expulsando. Ignorei os truques do submundo e entrei na casa de meu pai. Meu cão infernal passeava do meu lado, o enjoo já passando. Encontrei Cérbero que me vigiava atenciosamente com uma de suas três cabeças enquanto eu furava a fila de almas. Até que lá dentro do palácio, as portas da sala do trono se abriram sozinhas em minha frente, e o homem de cabelo desajeitado, do tamanho de um ser humano normal sentava-se ao trono. Perséfone de pé ao seu lado, me encarando com escárnio. Fiquei no meio do recinto escurecido. Nos encaramos em silêncio. Até que sua voz sarcástica quebrou o clima.
 
- Pensei que você viria... - Ele inclinou o corpo para frente, colocando os cotovelos sobre as pernas. A roupa negra e rasgada era bem diferente da minha. Me sentia um emo encarando um metaleiro.
 
- Você sabe o que eu quero. Vamos pular as formalidades. - Os fantasmas do palácio rosnavam com olhos de vidro fosco para mim. Talvez achassem meu comportamento diante do rei muito hostil. Devo ter herdado isso do próprio Hades.
 
- Um exército? Sabe que não posso te dar isso. Deuses não interferem na vida de seus filhos. - Ele se ajeitou no trono. - Porém. Você é um príncipe. - A Deusa da primavera parecia me amaldiçoar com o olhar. Não era sábio carregar a maldição de um Deus. Mas ela não levantaria a voz, Hades estava sério como nunca. Talvez por Kadie. Talvez por sentir afinidade com o ódio dentro de mim. Talvez por orgulho.
 
- O que você quer dizer?
 
- Você está em casa, no seu mundo. Semideuses normais morreriam rápido ao chegarem aqui, mas você tem o meu sangue. E tem... A motivação de sua mãe.
 
- Marido. Você me disse qu...
 
- Vá, e conquiste seus próprios servos. - Disse ele, ignorando Perséfone. - Monte seu exército. Mostre que é um filho de Hades. Você tem armas, determinação e poder. É hora de começar a agir por si próprio.
 
Ele se levantou devagar. Seu manto rasgado raspando no chão e soltando brasas. Passou por mim, tocou em meu ombro e foi embora. Por um tempo, fiquei ali sozinho encarando os guardas de meu pai. Fantasmas armados. Talvez fosse apenas uma das frescuras de minha Madrasta, pois Hades era mais do que capaz de se virar sozinho.
 
Botei a mão em meu pingente de caveira, aquele que encontrei no ‘corpo’ de Kadie quando vim para o Acampamento. Ele era negro, mas não era ferro estígio, embora se pareça muito. O cão infernal que invoquei rosnou. Já não estava cansado. Saí do palácio. Não estava com raiva, mas admito que um pouco frustrado. Mas ele estava certo e eu sabia disso. Respirei fundo, larguei o pingente junto com qualquer nervosismo. E esperei. Me encostei no chão e apoiei no muro do lar de Hades, observando as almas em fila para serem julgadas. Os campos Elísios, e de olhos fechados esperei para me aproveitar de qualquer semente de caos.
 
Passaram-se horas, ou dias. Não havia como dizer. Até que minhas têmporas começaram a tremer. Sentia o caos surgindo, no campo dos Heróis. Me levantei e abri os olhos para ver ao longe dois homens brigando nas praias calmas do Hades. Caminhei até lá, passei pelos guardas que impediam qualquer um de entrar ou sair. Eles não me impediram, afinal eu não era qualquer um.
 
Alguns daqueles que morreram heroicamente olhavam em suas cadeiras de praia, com cerveja nas mãos e descansando como se estivessem de férias. Outros olhavam as brigas, que um soldado de aspecto cadavérico tentava inutilmente separar. Fui até lá com as espadas na cintura. E consegui pegar a briga no meio da conversa.
 
- ... por que se não fosse por você, eu ainda estaria vivo. - Falava um cara grande e robusto, de cabelos castanhos e um olhar de fogo. Filho de Ares talvez?  
 
- Cala a boca, você que não sabe seguir ordens, quer sempre estar por cima. - O outro era loiro, com olhos azulados. Magrelo e alto. Não saberia dizer se era filho de algum Deus. Mas ambos pareciam se conhecer.
 
- O que está acontecendo aqui? - Perguntei para o soldado que tentava separá-los.
 
- Milorde! - Ele se espantou, me reconhecendo como filho do Rei do Submundo - Não esperava você aqui. Estes dois vivem brigando e... Argh. - Ele empurrou o magrelo com a mão para impedir ele de avançar contra o filho de Ares.
 
Ele estava numa situação difícil, e por isso assoviei para meu cão infernal. Que rosnou fazendo os três, até mesmo o soldado recuarem e prestarem atenção em mim. O soldado correu. Ele era um esqueleto de armadura com uma pele podre ainda no corpo sem carne. Parou ao meu lado, agradecendo. Parecia um palhaço, desastrado. A armadura de ferro fazia barulho. Ele me agradeceu, e o brutamontes ergueu a voz estrondosa.
 
- Quem é você?
 
- Meu nome é Gean Williams - Falei. Quem sabe podia conquista-lo para meu exército. Ele parecia ser forte, e morreu heroicamente para estar aqui. Embora não parecesse merecedor. - Sou filho de Hades, príncipe do subm... - “Puff” ele socou minha cara até eu ir parar 6 metros longe. Meu cão rosnou, mas correu até mim. E o soldado ficou de boca aberta, ou mandíbula. Difícil dizer.
 
- Filho de Hades é meu pau. Não se mete em assunto que não é seu. - Ele disse pegando a espada da cintura do soldado cadavérico e chutando ele para o lado. Os outros guardas dos Campos Elísios se colocaram em posição de batalha. Abri a palma para eles, em sinal de ‘parem’ e eles obedeceram. Talvez nem queriam me ajudar realmente, afinal eu era só mais um dos filhos de Hades. Nem forte eu era.
 
- Vai ser assim? - Ele andou devagar e despreocupado em minha direção com a espada em mãos. Fiquei de pé, sentindo o gosto de sangue na boca. Alguns dentes estavam moles e doloridos, sentia-os se mexendo ao toque da língua. Saquei as duas espadas de ferro estígio da cintura.
 
Corri até ele, com todos assistindo. Levantei uma espada para perfurá-lo no peito. Ele desviou ela com a sua espada, e bateu com o cabo na minha testa. Cai de bunda no chão, o mundo girando na minha frente. E antes mesmo de me colocar de pé eu recebi um chute no queixo que me fez voar meio metro de altura e cair novamente com um baque no chão.
 
Me apoiei nos cotovelos apenas para ver ele rindo da minha cara. Me levantei mais umas duas vezes, e fui derrubado novamente, por cotoveladas e socos. Ele nem sequer usou a espada pra me vencer. E na frente dos soldados de meu pai eu apenas passava vergonha. Podia simplesmente mandar meu cão infernal resolver isso mas, não seria eu a vencer a luta.
 
Então. Com a cara inchada, sangue escorrendo pelo nariz e a boca. Me coloquei de pé. Dolorido, o mundo girando e a visão avermelhada. Não iria conseguir enfrentar ele dessa forma, ele era forte demais. E apesar de não ser muito inteligente, um filho de Ares é muito resistente à persuasão e por isso minhas habilidades de Éris seriam inúteis e apenas deixariam ele mais enfurecido e forte.
 
A única coisa que eu podia fazer, era usar meus poderes do submundo. Eu odiava usa-los, me deixavam mais perto daquilo que sempre evitei. Era como estar na frente de um abismo gigante e escuro. Ele me chamava, gritava pelo meu nome na voz de mil espíritos em agonia. E novamente, me joguei no abismo. E todos viram isso tomar a forma de uma grande e forte gargalhada. Meus pulmões simplesmente trabalhavam sozinhos, fazendo eu erguer o rosto cheio de sangue para o ‘céu’ do submundo e rir tão alto que até as almas na fila do julgamento pararam para me observar. Quem sabe, o próprio Hades observava. Encarei o filho de marte com um sorriso sádico, e mergulhei nas sombras. Meu corpo se tornou escuridão, e vaguei pelo chão do submundo invisível, enquanto todos olhavam perdidos.
 
Surgi atrás dele, e rápido o suficiente para impedi-lo de reagir eu toquei sua nuca concentrando energia na palma da mão. Fazendo um toque gélido inibir seus movimentos. Vi ele reagindo, com o corpo dolorido. Ele correu, e se virou com raiva nos olhos, porém notavelmente com os movimentos debilitados.
 
Correu em minha direção, eu na dele. E trocamos golpes com as espadas. O ferro estígio esfumaçando no calor dançava deixando rastros de seu corte. Apesar de ter os movimentos enfraquecidos ele ainda era melhor que eu. Porém eu agora era mais ágil. Dançava ao seu redor fazendo cortes em suas pernas, braços. Mas também acabei ferido. Recebendo alguns ferimentos no ombro esquerdo e no peito. Sendo salvo pela minha armadura. A luta demorou exatos 30 segundos, através de golpes refletidos, espadas se chocando e soltando um barulho semelhante ao das forjas do chalé de Hefesto.
 
Até que, ele fraquejou tentando me pegar pelo pescoço. Girei desviando e indo parar atrás dele, fazendo horizontalmente um corte com uma das minhas espadas atrás de sua perna. Ele caiu de joelhos com um rosnado. E nisso, finquei a minha espada Devoradora de Almas em suas costas, empurrei-a até sair pelo seu peito e ouvir o típico som de uma garganta se afogando e soltando sangue pela boca. Mas não era o suficiente. Larguei a outra espada, e toquei com a palma livre em suas costas, fazendo seu corpo queimar em fogo negro. Tirei minha espada quando seus gritos começaram, o crepitar das chamas gélidas afastou todos os outros guardas e guardei minhas espadas em suas respectivas bainhas. Sugando a alma do ‘herói’ para meu diamante. Silêncio. Todos me encarando espantados.
 
- Mais alguém? - Falei com a voz elevada e séria, ainda ofegando por causa da luta. A maioria dos heróis que me olhava, virou os olhos para seus sucos, suas piscinas, como se ainda curtissem as férias eternas. Mas ninguém se pronunciou. Olhei para o guarda cadavérico, que ainda estava no chão assustado. Chamei por ele, e desajeitadamente ele se colocou de pé. - Você foi corajoso. Diferente desses bostas que supostamente mantém a ordem. - Os guardas olharam estranho para mim. Mas não ousariam erguer a voz. - Venha comigo.

 
Meu cão infernal, e o soldado me seguiram. Fomos para os campos asfódelos e eu comecei a falar com o esqueleto. Perguntei seu nome e ele respondeu que não tinha mais nenhum, seu nome fora esquecido há muito tempo assim como as almas que vagavam ao nosso redor.
 
- Você agora vai se chamar “George”. E vai ser meu soldado.
 
- M-Mas... Soldado? Milorde? - Ele arregalou os olhos, se é que já não eram arregalados pela pele pútrida esticada. – Para que você precisa de um soldado?

 
Virei as costas para George, com o cão infernal ao meu lado. Montei em suas costas, o sobretudo rasgado pela batalha. Parecido com o de meu pai. Balançando ao meu redor com as primeiras marcas daquilo que seria o caminho para trazer minha irmã de volta.
 

- Ora, é obvio! Uma guerra... - Ele parecia assustado, mas disposto ao mesmo tempo. - Espalhe a notícia. Diga, que o Cavaleiro Negro, está se erguendo. - Ele bateu continência com um pouco de hesitação. Eu e o cão mergulhamos nas sombras. 

Coisas para adicionar na Obs, se for aceita:

Servos Infernais [Inicial]: 100/1000

Gean está montando um exército para salvar Kadie. Ele cresce como se fosse a perícia, e apenas durante One-Posts ou missões próprias para isso. O exército é variado, e o número de soldados que tem é baseado na experiência da perícia dividida por 100. Ou seja... A cada 100 de exp, 1 soldado.


Item:

Sobretudo Negro: Semelhante às roupas de seu pai. Um sobretudo que fica acima de sua armadura acumulando marcas da batalha, como cortes, sujeiras. E que dá ao filho de Hades respeito entre criaturas do submundo. 

Título: Cavaleiro Negro

Ativas utilizadas (Em ordem):

Equips:

#1

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Daora essa one-post. Apenas alguns errinhos de pontuação e o caralho, mas demorou.

Recompensas: Sim, você tem um exército agora, krai.

Experiência: 2500
Dracmas: 1 (Tu ganhou um exército, não fode).

Título: Dark Knight Cavaleiro Negro.

#2

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