Com uma respiração tão forte que até parte do mato onde estava deitado entrou em suas narinas, Fiuk acordou. Sua cabeça doía, ele fedia a vômito e parte da sua roupa estava queimada. Passando a mão em seu cabelo, o garoto viu sangue. Não sabia o que havia acontecido, mas baseando-se no posicionamento do sol naquela manhã, ele não se lembrava do que havia acontecido nos últimos dois dias.
Com dificuldades, o legionário colocou-se de pé. Seus músculos doíam. Aquilo parecia uma baita ressaca. Quando passou as mãos ao redor do seu corpo para verificar os machucados e seus itens, percebeu que tinha apenas um arco improvisado com madeira e vinhas, e 11 flechas de madeira. Não estava com seus itens, e também não fazia a mínima ideia de onde estava. Mesmo sua visão perfeita demorou um pouco para se adaptar à luz depois de acordar, e ele viu que estava no meio de uma selva. Olhou para o caminho de onde provavelmente deveria ter vindo, e viu um rastro escuro de brasa, mesmo aquele lugar aparentando ser extremamente úmido. Também viu algumas pegadas de cavalo, misturadas com pegadas descalças de uma pessoa. Sua cabeça girava. E ele precisava de água.