As coisas no Acampamento Júpiter estavam se acertando desde a morte de Lupa na guerra contra os deuses egípcios. Os legionários haviam assumido todas as responsabilidades da falecida loba e estavam organizando ainda uma estrutura de poder para enviar semideuses em missões importantes que não paravam de borbulhar pelo mundo. Os deuses continuavam surdos aos contatos dos semideuses deixando uma lacuna tão grande que estava se tornando um abismo, cada vez mais campistas chegaram e ficavam como indefinidos vagando pelas Coortes e campos de treinamento sei ao menos saberem quem eram seus progenitores divinos.
Daniel era um desses campistas, ele já havia chegado no Acampamento a algumas semanas, mas não havia recebido nenhum sinal de seu progenitor divino e nem esperava ser reclamado tão cedo. Por causa disso ele vagava entre os treinamentos de cada Coorte tentando ser encaixado em alguma dela, mas novamente a estrutura de poder estava ocupada de mais tentando organizar o envio dos legionários em missões junto aos gregos que também haviam perdido o coordenador do acampamento deles.
O outono já estava avançado na costa oeste e os ventos frios vindos do Norte se tornavam cada dia mais frios e agressivos. As folhas das árvores formavam um tapete fofo e de um tom alaranjado acobreado sobre o chão e isso aumentava ainda mais a preocupação de todos, pois era no inverno que as missões se tornavam mais complicadas dada as dificuldades de deslocamento dos campistas e até mesmo a de sobrevivência fora do acampamento. Contudo o ritmo do lugar nunca parava, espadas cantavam durante o dia, as casas de banho se enchiam no entardecer e ao anoitecer atrações sempre apareciam na cidade para fazer algum espetáculo novo para entreter os legionários.
A noite já caia pesada quando Daniel resolveu que iria para a cidade atrás de alguma diversão, ele soube que filhos de Dionísio estariam apresentando uma peça teatral extremamente obscena e regada a vinha por apenas 2 denários em uma taverna. Entretanto, mal sabia o campista, mas uma nova jornada iria começa para ele, uma jornada que podia mudar a sua vida para sempre.
Daniel estava no meio do caminho, caminhando com as mãos no bolso e todo encolhido por causa do frio que se fazia, uma fina camada de gelo começou a se formar no chão. Foi então que um raio cortou os céus tão violentamente que o clarão deixou Daniel cego por um instante, o trovão que se seguiu parecia chacoalhar o mundo. Ao recuperar a visão uma grande águia estava parada em frente ao garoto, seu bico era feito de puro ouro e suas asas eram tão longas que se fossem abertas poderiam ter facilmente 30 metros de ponta a ponta. Aquele era um animal maravilhoso e que dificilmente seria encontrado em qualquer lugar no mundo mortal. Seus olhos eram de um tom azul celeste que Daniel chamais havia visto antes. Ele deu um passo em direção ao animal, que abriu suas longas asas e bico, assustando o campista que pulou para trás. O som que se seguiu o deixou ainda mais boquiaberto.
“O meu senhor disse que eu podia encontrar um de seus filhos nesse local, mas não consigo reconhecer nada dele em você. Lhe falta coragem e você é fraco, não tem o que é necessário para receber tamanha glória em sangue.”
O animal podia falar, mas sua voz não parecia vir de um modo normal, parecia vir do ar a sua volta.
Daniel era um desses campistas, ele já havia chegado no Acampamento a algumas semanas, mas não havia recebido nenhum sinal de seu progenitor divino e nem esperava ser reclamado tão cedo. Por causa disso ele vagava entre os treinamentos de cada Coorte tentando ser encaixado em alguma dela, mas novamente a estrutura de poder estava ocupada de mais tentando organizar o envio dos legionários em missões junto aos gregos que também haviam perdido o coordenador do acampamento deles.
O outono já estava avançado na costa oeste e os ventos frios vindos do Norte se tornavam cada dia mais frios e agressivos. As folhas das árvores formavam um tapete fofo e de um tom alaranjado acobreado sobre o chão e isso aumentava ainda mais a preocupação de todos, pois era no inverno que as missões se tornavam mais complicadas dada as dificuldades de deslocamento dos campistas e até mesmo a de sobrevivência fora do acampamento. Contudo o ritmo do lugar nunca parava, espadas cantavam durante o dia, as casas de banho se enchiam no entardecer e ao anoitecer atrações sempre apareciam na cidade para fazer algum espetáculo novo para entreter os legionários.
A noite já caia pesada quando Daniel resolveu que iria para a cidade atrás de alguma diversão, ele soube que filhos de Dionísio estariam apresentando uma peça teatral extremamente obscena e regada a vinha por apenas 2 denários em uma taverna. Entretanto, mal sabia o campista, mas uma nova jornada iria começa para ele, uma jornada que podia mudar a sua vida para sempre.
Daniel estava no meio do caminho, caminhando com as mãos no bolso e todo encolhido por causa do frio que se fazia, uma fina camada de gelo começou a se formar no chão. Foi então que um raio cortou os céus tão violentamente que o clarão deixou Daniel cego por um instante, o trovão que se seguiu parecia chacoalhar o mundo. Ao recuperar a visão uma grande águia estava parada em frente ao garoto, seu bico era feito de puro ouro e suas asas eram tão longas que se fossem abertas poderiam ter facilmente 30 metros de ponta a ponta. Aquele era um animal maravilhoso e que dificilmente seria encontrado em qualquer lugar no mundo mortal. Seus olhos eram de um tom azul celeste que Daniel chamais havia visto antes. Ele deu um passo em direção ao animal, que abriu suas longas asas e bico, assustando o campista que pulou para trás. O som que se seguiu o deixou ainda mais boquiaberto.
“O meu senhor disse que eu podia encontrar um de seus filhos nesse local, mas não consigo reconhecer nada dele em você. Lhe falta coragem e você é fraco, não tem o que é necessário para receber tamanha glória em sangue.”
O animal podia falar, mas sua voz não parecia vir de um modo normal, parecia vir do ar a sua volta.