Chego correndo de um lado ao outro, procurando por meu prêmio com um sorriso no rosto. Vez ou outra dava uma piscadela para as filhas de Afrodite do acampamento meio-sangue, tão belas quanto as proles de Vênus da legião. Melhor, andavam todas juntas, bem mais unidas graças à essa ideia maravilhosa de divisão em chalés. Agradeci à minha centuriã Aurora por estar envolvida com aquilo de alguma maneira e me pus a procurar pelo meu ovo, torcendo para ser algo interessante e que impressionasse as ladys. Assim que o encontro, checo seu conteúdo e vou dar uma volta, procurando alguém para conversar.

Faço uma cara de quando vejo o pessoal nos arredores encontrando seus brindes e nada do meu.

Eis que um garoto que parece ser romano acha o brinde dele perto de uma árvore e eu reparo que não procurei naquele canto

Na mosca, estava perto do dele. Pego o ovo de páscoa que tinha meu nome cravado e vejo o que o acampamento preparou de surpresa pra mim.

Me aproximo com um sorriso no rosto, vendo todos correrem rumo aos ovos e não posso de deixar de dar risadas abafadas com alguns desapontados com seus prêmios. Tentei, no entanto, fazê-lo baixinho, para evitar briga com aqueles gregos turbulentos. Após uma longa caminhada, enfim consegui achar o meu ovo. Era um item escuro e sem muita decoração. Provavelmente quem o havia preparado sabia dos meus gostos. O coloquei no bolso e me permiti apreciar o pessoal se lastimando com os ovos.

Chego, apressado para concluir algumas forjas e busco pelo meu ovo o mais rápido que pude. Pedi ajuda ao meu autômato e assim que o encontramos, corri de volta ao acampamento, torcendo para que fosse algo útil nesse sentido.

Durante aquela noite, onde eu enxergaria melhor, fui para a floresta caçar ovos de páscaoa. A ideia era tão ridicula que eu acabava por rir sozinho no escuro vez ou outra... Semideuses brincando de caça aos ovos? pelos deuses, isso era uma piada.

Mas eu não iria reclamar. Quem não gostava de chocolate, afinal? Se é que esses ovos tinham chocolate mesmo... Tanto faz. De graça, até injeção na testa.

Depois de encontrar um ovo, a busca valeu à pena. Voltei pro acampamento feliz para comê-lo com uma xícara de café.

Eu teria ficado feliz em continuar no meu chalé, mas né... quem não se estica não petisca. Ou algo assim.

E desta forma ali estava eu pelas matas caçando um ovo. Quando finalmente achei um ovinho atrás de uma pedra, deitei-me na grama feliz para apreciá-lo... Era um ovinho coberto por um papel azu. Azul como o céu. E o céu estva tãaao azul e tranquilo que fiquei ali observando...

E dormi.

Passo correndo como uma gazela pela mata, buscando pelos ovos maravilhosos que eu sabia que me esperavam. Tentei ignorar uma menina dormindo no meio das moitas e seguir reto até onde sentisse o inebriante cheiro de chocolate intocado.

encontrando meu ovo num ninho de pássaros eu o pego e volto saltitando pro chalé de ártemis

Chego ainda me sentindo um pouco estranho da transição. Havia me transformado... bom, sido amaldiçoado não havia muito tempo. Estava ainda me acostumando com aquilo. Estendi o braço, vendo o ovo com os dizeres "Max" e o guardei no bolso, tentando sair dali logo antes que alguém venha tirar sarro de mim de novo.