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por λ James Fowl 30/11/11, 10:25 pm

λ James Fowl

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Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo
Capítulo 1 –
Pego carona com um grifo

Alguém aí já ganhou uma medalhe de ouro em arquearia aos 12 anos? Eu ganhei. Bem, é claro que existe um equilíbrio para tudo, uma semana depois de que eu ganhei a medalha, minha mãe foi internada no hospital em coma.

Morávamos em Long Beach, na Califórnia, em uma casa amarela com janelas brancas e constante cheiro de maresia. Lembro que a casa era bem clara, ao amanhecer e ao por do sol nossa sala ficava totalmente iluminada pelos raios de sol. Tinha um quintal grande, com gramado e um relógio de sol no centro. Eu gostava do relógio, sempre sabia dizer que horas eram nele.

Eu e minha mãe sempre caminhávamos pela praia, brincando na areia e indo ao mar. Eu sempre adorei água, e por mais estranho que parecesse, ficar ao sol era melhor ainda. Éramos felizes, com uma rotina calma, simples e agitada: eu acordava, ia para aula com minha mãe, e depois das aulas correria direto para as aulas de arco e flecha e por fim ao conservatório de música da cidade. Eu não só gostava de tocar todos os instrumentos possíveis, eu era bom nisso.

-É parte do seu pai, ele sempre teve talento para música – falava ela antes de rir e perder-se em lembranças.

Meu pai, ele nos abandonou quando eu tinha dois anos de idade. Eu me lembro pouco dele, apenas que ele era quente... Quente como um raio de sol. Bem, de qualquer forma, minha mãe não tinha ressentimentos. Ela falava pouco sobre ele, mas sempre que falava era um tom saudoso. Acho que eles foram felizes.

Minha mãe "morreu" em uma segunda-feira ensolarada. Eu havia tido um dia cheio na escola, estava cansado e resolvi faltar a minha prática de arco e flecha – afinal eu já era bom, poderia matar a aula uma vez ou outra. Fui para casa direto, tinha chave e mesmo que minha mãe não estivesse em casa eu poderia entrar. Cheguei, destranquei a porta e entre em casa. Percebi que algo estava errado quando percebi a luminosidade, ou melhor, a falta dela. A casa estava escura e as cortinas fechadas.

-Mãe? - perguntei, olhando ao redor preocupado. Eu estava com meu arco, então o tirei do estojo e coloquei uma flecha nele – Mãe, onde você 'tá?

Bem, eu pensava que iria encontrar um ladrão, um bando de macacos, na pior das hipóteses uma cobra rastejando pelo chão... Não dois cães de três metros que tinham encurralado minha mãe no canto da cozinha. Ela estava com uma espécie de adaga na mão, o mais impressionante era que a adaga estava pegando fogo! Ela me viu na porta, os olhos arregalados de medo.

-James... Corre! - gritou ela e o cão se virou para mim. Não tive duvidas, atirei.

Minha primeira flecha conseguiu acabar com um dos cães, atravessando o corpo dele de fora a fora. O mais estranho foi que ele se desfez em poeria dourada. Fiquei aterrorizado, lógico, eu estava lidando com coisas que nunca havia visto na minha vida! O outro cão avançou contra mim e minha mãe sai do seu canto que estava e jogou a adaga na pata do cão. Aquilo pareceu lembrá-lo que havia outra pessoa no comodo.

Eu estava preparando outra flecha e o cão se virou para a minha mãe. Ela estava desarmada, tentou correr para longe mas a pata do cão foi mais rápida. As garras dilaceram a carne da minha mãe, deixando que o sangue pingasse no chão e a mandou em direção a porta de vidro, coberta por uma cortina. O corpo da minha mãe chocou-se contra o vidro, quebrou a porta e levou a cortina embora.

O Sol entrou na cozinha e bateu nos olhos do cão. De repente eu não estava mais com medo, minhas mãos ficaram firmes e eu pude atirar com precisão. Minha flecha se cravou no lombo do animal, ele saiu correndo porta a fora. Minha mãe estava lá fora, senti a ira tomar conta de mim e corri mais rápido do que jamais o havia feito. O sol não me ofuscou, quando olhei para nosso quintal destruído vi dois animais brigando. Esfreguei os olhos para ter certeza, ok, eu estava tendo o dia mais louco da minha vida. Um cão infernal e um grifo estava batalhando no meio do meu quintal.

Ignorei a batalha e os gritos e procurei minha mãe. A cortina arrancada estava ali, mas nenhum sinal dela. Senti o calor do sol me abandonar, minha mãe não estava ali... Olhei novamente para a briga a tempo de ver o grifo matar o cão com uma patada na garganta. Fiz o lógico, peguei mais uma flecha e atirei no animal. Ele desviou e pareceu ficar irritado. Peguei mais duas flechas e tentei um tiro duplo, falhei e uma flecha cravou-se no nosso relógio de sol. O grifo levantou voo, desviando das flechas e sobrevoando o quintal. Continuei atirando até que minhas flechas acabaram. Corri para a adaga da minha mãe, ela estava no meio do quintal, havia sido arrastada pelo cão infernal.

O grifo pousou do meu lado e ,juro, fez uma cara de “Garoto, você não me acertou com as flechas, o que acha que vai fazer com isso aí?” Eu senti minhas pernas fraquejarem um pouco, eu estava cansado e não poderia continuar lutando. Bem, minha mãe estava morta, por que eu deveria continuar aqui afinal? Olhei para o grifo sem medo, e guardei a adaga no cinto.

“Sábia decisão” ele pareceu dizer com os olhos, então se virou deixando o lombo a mostra. Eu olhei sem entender nada e ele avançou para cima de mim, na mesma velocidade recuei. O monstro soltou um grasno de pura exasperação e virou de novo. “Você vai subir em mim, ou vou ter que te levar nas garras?” Não tinha nada a perder: subi no grifo.

Não sei se vocês já tiveram a experiência de voar em um monstro mitológico. Vou te contar: é legal. Os poderosos músculos deles estavam debaixo de mim, e as asas formavam um suave ritmo. Pelo cansaço, ou estresse, adormeci no lombo da criatura. Acordei apenas quando já estava escurecendo, ainda tonto de sono ouvi palavras serem ditas em uma língua estranha, um relinchar nervoso e voltei a dormir.

Sonhei que estava de volta à praia da minha casa. Ao meu lado estava um homem alto, loiro e atlético. Ele usava uma coroa de louros na cabeça, e um pingente de violão pendia de seu pescoço. Ele sorri, mostrando dentes brancos e simétricos.

-Boa sorte, vaga-lume. - falou ele, antes de eu acordar em um lugar totalmente diferente.

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