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Lorenzo - Sangue de Barata Empty Lorenzo - Sangue de Barata

por Hera 05/04/21, 10:28 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
O campo de batalha tem um cheiro único. É úmido, parece ferrugem e é tomado por um falso calor. Os filmes não contam isso, mas, uma guerra com mais de 200 homens em cada um dos exércitos não termina em duas horas... Não, na verdade, demora pelo menos três dias até a vantagem numérica surgir em um dos lados e uma nação sobrepujar a outra.
Até lá, você consegue perceber as características que só existem em um lugar com pessoas batalhando. Num primeiro momento você percebe o porquê das pessoas descobrirem que existe ferro no sangue antes mesmo de terem noção de que aquilo é um elemento, afinal, o cheiro e o sabor são identicos. 
O calor é a principal das mentiras. A não ser que a guerra seja travada dentro de um corredor apertado - nada másculo, diga-se de passagem - sangue quente perde rapidamente a sua temperatura com o vento, e se você parar de se movimentar, o metal da armadura absorve todo o calor do seu corpo e te lembra do casulo gélido que te cobre.
Não é um lugar bom, ninguém quer estar ali. Basta estar no meio de um campo de batalha para perceber que as histórias de homens que adoravam estar ali, eram uma mentira deslavada contada pelos vencedores. O próprio Perseu certamente deve ter mijado nas calças umas duas vezes, e Aquiles já pensou em largar o escudo e deixar a lança por um fim à incerteza daquelas lutas.
E Lorenzo sabia disso. Não que tivesse passado por muitos campos de batalha, não, ele era um adolescente filho do Deus da Guerra, mas, tirando esse detalhe a única guerra que viu de verdade, sem homens lançando poderzinhos e sem roupinhas coloridas, foi quando viu um filme aleatório sobre a idade média. Mas, as memórias dos seus antepassados romanos ferviam no seu sangue. Numa guerra, algumas pessoas morrem, outras sobrevivem, mas nenhuma delas queria estar ali. 
E, assim como os guerreiros nunca querem estar num festival de cadáveres quentes, ele não queria estar ali naquele momento, com Marte pisoteando a sala dos pretores, andando de um lado para o outro sem falar nada.
Normalmente o Deus da Guerra parece um motoqueiro que visita bares no meio da estrada, mas, naquele dia parecia um jovem romano de 40 anos com uma armadura imperial completa, vestindo até mesmo o chamativo elmo com plumas. A figura de Marte era assustadora, havia algo vermelho e com garras dentro dele, que gritava aos instintos de Lorenzo para fugir. Mas não importa para onde fosse correr, não poderia escapar daquele olhar.
O Deus parou de andar, fitou o pretor e disse: - Decidi. Você se tornará um soldado de verdade. - Era estranho ouvir isso, afinal, Lorenzo é considerado um dos maiores guerreiros de Roma. - Você precisa aprender a se virar num campo de batalha. É sua puberdade, afinal. - Tentou encontrar ironia nas palavras de seu pai, mas a busca foi em vão. - Olha, tem um aprendiz meu que pode te ensinar algumas coisas. Mas, antes, você precisa ir encontrar com ele. - Marte se aproximou de Lorenzo e tocou seu ombro. - Você precisa se tornar um homem de verdade, filho.

Não havia deboche em sua voz, apesar da situação parecer bem ridícula, o Deus da Guerra realmente parecia orgulhoso falando aquilo. E, depois de algumas palavras motivacionais que mais pareciam ofender ao seu filho, Marte falou: - Síria. Procure o Major Donald. - Sem detalhes, o Deus virou as costas e desapareceu.
Parece que o pretor tinha uma missão inesperada.

#1

Lorenzo - Sangue de Barata Empty Re: Lorenzo - Sangue de Barata

por Ж Lorenzo Muller 06/04/21, 10:41 am

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
Não precisava ser nenhum gênio para entender que a visão romantizada de vários poetas clássicos sobre o campo de batalha era proveniente de uma mente com sérios traços de psicopatia ou apenas a de um soldado que buscava trazer sentido a morte irrefutável de seus irmãos. E quando eram travadas apenas por mortais, sem intervenção divina, era especialmente abominante pois não existia a chance de uma salvação também divina, tudo que havia era apenas a dor e a morte. Mesmo os documentários romantizavam a situação, exceto um filme no qual não lembrava o nome havia despertado minha descendencia romana quando vi as paredes de escudos se chocarem e o sangue espirrar.

Passo os dedos da mão direita sobre o antebraço esquerdo, onde deveria estar meu braço havia apenas uma série de circuitos elétricos cobertos por uma placa metálica, mais um dos "efeitos colaterais" de se viver uma vida escrita em sangue. Relembro que quando entrei para a Legião fazia de tudo para estar bem no olho da tempestade e agora estava no topo da cadeia militar de Roma, um posto que jamais sequer cojitara ocupar, fazia o possível para resolver os conflitos pacificamente. Entretanto se tivesse a chance de mexer apenas alguns pauzinhos no meu passado teria mandado os lobos que me buscaram que tomassem no cu. Talvez assim agora estivesse apenas podando os galhos altos de uma macieira em um lugar distante, sem precisar escutar as botas do Deus da Guerra em pessoa andando de um lado para o outro no meu escritório.

Meu pai estava trajado para a guerra o que era raro pois, apesar de parecer incoerente, as histórias contadas pelos legionários eram de que nunca andava armado assim. Apenas a sua presença enchia o ar com uma tensão peculiar, como se tivesse uma bomba no seu colo prestes a explodir. Mesmo que quisesse abandonar minha honra e correr, para onde iria ? Seus olhos me perseguiriam e me assombrariam pelo resto da minha vida não importava o buraco que me escondesse..

Foi então que pareceu concluir seu raciocínio, me atingindo com quatro facadas no peito logo em seguida. O que caralhos... Talvez ele não se lembrasse de tudo que havia sacrificado, que havia entregado meu corpo e alma durante todo esse tempo para orgulha-lo ou não se importava e apenas queria mais, cada vez mais. Como se não bastasse, agora queria me dar um treinamento especial para me tornar "um homem de verdade" e não tinha a decência de faze-lo pessoalmente, então repassara a tarefa para outro. E então assim, sem nenhuma explicação prática, ele simplesmente desaparece.

Síria. Major Donald. Quem caralhos é esse Major Donald ? Pelo título e pelo nome, certamente deveria ser americano. Tentei revisar em minha memória qualquer menção ao tal oficial, mas não havia nem mesmo uma remota familiaridade com seu nome. Além disso, a Síria. O local onde o exército americano e diversos grupos extremistas colidem entre si em uma verdadeira canificina moderna, um lugar onde nenhum soldado jamais gostaria de estar presente. E Marte queria que eu fosse diretamente para lá.

Reclino na minha cadeira e suspiro. Onde havia me metido ?






Olhei por cima do ombro e vi Gungnir repousar a cabeça em mim, havia acabado de acorda-la de seu cochilo e ela parecia ainda não estar totalmente desperta. Tudo bem, a deixaria cochilar me usando como sofá por enquanto. Já havia assinado o pedido e a permissão para sair em missão, e me dei a regalia de disponibilizar 3000 dólares para realiza-la, afinal era eu quem distribuía os recursos mesmo. Confiro novamente meus equipamentos e dou o sinal para que os guardas abram o portão.

Equipamentos:

Atravesso o túnel e sigo a estrada para São Francisco pensando em como faria para me locomover até o meu objetivo. Não sabia como estava a situação do espaço aério e da permissão para a entrada na Síria, porém talvez pegar um avião e seguir os meios legais não fosse uma má ideia. Senão, ir até o porto de carga principal da cidade e molhar - ou esmagar - as mãos certas resolveria parcialmente a questão.

#2

Lorenzo - Sangue de Barata Empty Re: Lorenzo - Sangue de Barata

por Hera 08/04/21, 01:28 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Para um Pretor, deixar Nova Roma, mesmo que por alguns dias, é uma dor de cabeça que fazem questão de evitar. Os Pretores eram juízes que, vez ou outra, atuavam como governantes na antiga Roma, mas, naquela eles cumpriam o mesmo papel quase sempre, vez que não havia mais império para facilitar seu trabalho. 




Isso significava, por vezes, ter que discutir matérias que nada tinham a ver com seu espírito de guerreiro, e que tomavam mais tempo que o ideal para sua saúde mental. Os problemas iam da instituição da cobrança de tributos até a convocação dos senadores para a elaboração de normas e tomada de decisões importantes. 



Verdade seja dita, o trabalho seria duas vezes menor se os filhos de Febo não insistissem em abrir tantos processos e falar tanto nas assembleias. Mas, essas preocupações morreram depois de quatro longas horas delegando atividades para amigos e ao outro membro da Pretoria. 



Com míseros U$ 3.000,00 o Pretor saiu para sua tarefa. Talvez, com o fim desta missão ele percebesse que viagens internacionais sem planejamento - como a maioria das que acontecem nas missões em Nova Roma - nunca saem baratas, e as reinvindicações dos romanos para aumento nas taxas de viagem fossem atendidas quando ele retornasse. 



O espaço aéreo sírio, constantemente sobrevoado por caças, não era bloqueado para turistas. Pelo contrário, o Aeroporto internacional de Damasco recebia voos quase que semanalmente. Entretanto, ao chegar no lotado aeroporto de São Francisco, o filho de Marte recebeu da atendente a notícia de que o único voo disponível para aquele aeroporto seria dentro de uma hora, o valor do único assento disponível, entretanto, era de U$ 2.796,45. 



Facilitaria a viagem, sem sombra de dúvidas, mas lhe tomaria a maior parte do seu dinheiro. Enquanto, uma viagem dentro de quatro horas para o aeroporto de Israel iria lhe custar somente U$ 1.874,36. Porém, embora o país fosse vizinho, lá o pretor teria que arrumar meios de locomoção para o território sírio. 



Independente de escolha, teria que dispender tempo para procurar o major americano citado por seu pai, comprar mantimentos, vez que se esqueceu de levar comida, e ainda, sobreviver lá por sabe-se quanto tempo. 



Era hora de escolher. 

#3

Lorenzo - Sangue de Barata Empty Re: Lorenzo - Sangue de Barata

por Ж Lorenzo Muller 08/04/21, 03:06 pm

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
O aeroporto estava completamente lotado e pelo visto a Névoa estava fazendo o seu trabalho, pois ninguém perguntou o por que de ter uma fênix cochilando no ombro. Meu queixo simplesmente caiu quando ouvi o valor da passagem saindo da boca hipnotizante da linda e simpática atendende, já havia feito viajens para outros estados e estava confortável com o preço, mas nunca tinha saído do país e não esperava que fosse ser tão salgado. Cogitei usar a Névoa para criar dinheiro falso, mas uma coisa era pagar a conta do restaurante com algumas folhas secas e sair logo depois, agora uma passagem de avião poderia gerar inúmeros problemas com os mortais caso fosse descoberto. Cocei o lado do pescoço com uma cara de gol contra e por fim dei de ombros, precisava fazer uma escolha e era hora de sermos estratégicos.

Por um lado, daqui a uma hora estaria indo diretamente até o meu objetivo mas ficaria com menos de 300 dólares, o que certamente não seria o suficiente para a volta, nem para as refeições e nem pra nada. Por outro, se escolhesse esperar as quatros horas - uma opção que claramente me daria uma crise de hiperatividade - e desembarcar em Israrel, onde havia uma presença americana maior, ainda teria pouco mais de mil doláres que teriam que ser suficientes para me manter e além disso já tinha uma vaga idéia de como resolveria a locomoção até a Síria.

"Podia ter sido cuzão e ter pego pelo menos mais uns 7.000 dólares, né ?" Puxo o ar lentamente e suspiro.

- Então, vou querer a passagem para Israel, por favor. - Digo sorrindo e já tirando o dinheiro da carteira. - Se quiser anotar o seu número de celular atrás do recibo também seria ótimo.

Espero calmamente ela fazer o seu trabalho e guardo os documentos no bolso da calça, onde estariam seguros. Agora apenas me restaria esperar quatro horas para o embarque, tempo este que certamente não gastaria parado e sim comendo. Nem olharia para as lanchonetes dentro do aeroporto pois todos sabíamos que ali eles cobrariam um rim por um simples pão de queijo e eu não tinha dinheiro para ficar gastando assim. Íria para algum lugar fora do aeroporto, um restaurante próximo onde poderia me deslocar com rapidez e comer com calma, sem ficar contando os minutos. Quando comia não gostava de ser interrompido ou de pensar em outras coisas, me concentrava apenas em comer.

Saio pela porta automatica e observo a rua, a quantidade exorbitante de informações afetava meu olfato. Desde que tomei aquele liquido vermelho no castelo negro para me salvar de uma morte certa, havia herdado a maldição de Lycáon e me transformado em algo repugnante. O pior era a dor excruciante que sentia e também provocava nas noites de lua cheia, onde me transformava por completo contra a minha vontade, mas não iria negar que também tinha seus benefícios. Meu olfato e minha audição eram pelo menos 10 vezes melhores que antigamente, o que me ajudava a procurar exatamente pela refeição ideal na maioria das vezes, mas quando alguém na academia dos atletas peidava era uma puta de uma tortura. Balanço a cabeça tentando me livrar da memória do aroma da morte que saía da bunda do Laxus e, sem mais delongas, farejo o ar em busca do traço de odor de carne vermelha na brasa ou até mesmo grelhada. Se não fosse suficiente, apenas perguntaria a algum mortal passando na rua que me indicasse a direção de algum restaurante.

Passivas Importantes:

#4

Lorenzo - Sangue de Barata Empty Re: Lorenzo - Sangue de Barata

por Ares 15/04/21, 06:03 pm

Ares

Ares
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Missão Pausada a pedido do Player

#5

Lorenzo - Sangue de Barata Empty Re: Lorenzo - Sangue de Barata

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#6

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