Missão I
Requisito: lvl5~10
Recompensa: 1000~3500 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
Dracmas: 500~1750 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
Um considerável número de sátiros, em uma manhã de inverno, chegaram ao Acampamento. Estavam feridos, e alarmados. Anunciaram que vinham do Central Park, as ninfas de lá corriam perigo. Um grupo de monstros estava atacando qualquer ser que se movesse naquele parque. Os próprios humanos não íam para lá, por o espaço ter sido interditado pela polícia, embora não soubessem o real motivo. Dê um jeito nessa situação!
Pontos Obrigatórios na Narrativa:
1) Quíron lhe chamando e explicando a situação, pedindo para você ir até o Central Park;
2) No Central Park, quando você já está procurando, duas ninfas passam correndo, chorando, machucadas. Ajude-as de alguma forma e obtenha informações delas;
3) São quatro monstros, a serem definidos por você, podendo ser iguais ou diferentes, mas que devem ser encontrados ao mesmo tempo;
3.1) Você deve sentir a dificuldade pela desvantagem numérica na batalha;
3.2) Uma das mortes deve envolver sorte;
3.3) O último monstro, obrigatoriamente humanoide, sobrevivente deve pegar uma ninfa e usar de refém. Lide com essa situação, a ninfa preferencialmente saindo viva;
4) Envie uma Mensagem de Íris ao Acampamento Meio-Sangue, informando que os monstros foram derrotados e que uma equipe precisaria ser enviada para ajudar os feridos.
- Desculpa, senhor Max. A culpa... foi minha - Disse ela enquanto o cheiro do seu sangue subia às minhas narinas. Apertei o ferimento, tentando estancar o sangue enquanto olhava ao redor procurando por ajuda. Gritei, até ficar rouco. Mas ninguém apareceu. Era revoltante. Max Kross, o semideus que quanto mais tentava correr atrás de poder e glória, mais se via banhado no sangue de inocentes. Sentado fiquei, segurando em meus braços o rosto desconhecido, sem nada em minha memória senão a culpa de não tê-lo salvado.
Acordei de supetão, sentindo uma mão puxar meu braço, resgatando-me daquele pesadelo. Respirei ofegante por alguns segundos, tentando assimilar que aquilo não tinha sido real. Limpei o suor da testa vendo meu pijama do thor encharcado diante de uma noite de nervosismo. Apesar disso, eu sabia que precisava levantar logo. Olhei para o lado, arregalando os olhos quando vi quem me fitava.
- Senhor Ahmar! - Saltei do beliche, equilibrando-me antes de cair de cara no chão, ainda sonolento, mas tentando soar como um legionário prestativo. O filho de Magia fez um gesto com os dedos, tentando me fazer falar mais baixo. Foi aí que notei que ainda era cedo. Os demais da coorte estavam dormindo e roncando, sinal de que ele havia me chamado ao menos uma hora antes. Havia acabado de acordar, mas, em menos de meia hora, já tinha de me preparar para partir em missão.
Foi depois do café da manhã que tive mais informações sobre o que precisava fazer. Segundo o pretor, alguns sátiros do acampamento meio-sangue estavam voltando feridos do central park e eles solicitaram nosso auxílio. Na verdade, eu sabia bem porque eles não tinham mandado semideuses gregos. Era mais do que comum fazermos tarefas que normalmente caberiam a eles e pedirmos ajuda deles. Não se limitava à uma mera impotência de um dos lados, era um gesto de companheirismo e estreitava os nossos laços ainda mais. De bom grado, decidi fazê-lo. Era uma maneira de mostrar meu avanço como atleta, pensei.
Havia sido aceito como um dos lutadores de Hércules não fazia muito tempo, mas já podia sentir nos treinamentos a diferença que era receber a benção do deus menor. A cada minuto que passava sabia ainda mais que eu jamais conseguiria vencer do líder romano no meu teste, mas isso não importava mais. Me sentia bem. Feliz com a minha decisão. Era tudo que importava. Guardei as soqueiras nos bolsos, a que forjei no bolso esquerdo e o meu presente no bolso direito, enquanto preparava os demais itens antes de sair da minha coorte, deixando a responsabilidade com um filho de Mercúrio que eu tinha confiança enquanto eu estivesse fora.
[…]
Levei a mão à boca, tentando conter o mal estar de ter pego o táxi das irmãs cinzentas. A carona que os conselheiros haviam me dito para pegar era eficiente, mas se pagava um preço alto para tê-lo, o risco de perder a sanidade. As muitas curvas que elas davam eram turbulentas até para mim que tinha certo costume em voar. Apoiei a mão esquerda numa árvore, apreciando a visão do central park outra vez, estando ali há pelo menos meia hora na busca pelos culpados dos atos contra os nativos. Já havia ido ali algumas vezes apoiar as criaturas do lugar. Era um parque próximo ao acampamento grego, o que facilitava o apoio às dificuldades que vez ou outra ali surgiam. Mesmo que eu compreendesse a importância da minha tarefa ali, no fundo, eu ansiava por um bom combate. Sabia que algo estava machucando as criaturas e eu queria dar o troco por ferir inocentes daquela maneira. Faunos e dríades da floresta, todos pacíficos e almejando viver em paz. Precisava ser muito sem noção para querer tirá-las do seu lugar à força. Prometi a mim mesmo que encheria quem quer que fosse de porrada e, talvez escutando meus pensamentos, os deuses materializaram duas ninfas no horizonte, dando-me o primeiro indício de um ataque.
Eram mulheres lindas, usando roupas de tecido esverdeado e com olhos brilhantes voltados na minha direção. Suas orelhas eram pontiagudas e saltavam para fora dos cabelos, mas, embora tivessem uma beleza estonteante, o que mais me chamava atenção eram seus ferimentos e sua feição de terror, como se fugissem da morte. Corri ao seu encontro, sustentando-as antes que caíssem ao solo e encostando suas costas no tronco mais próximo, arranquei um pedaço da minha calça, tentando pressionar o ferimento para estancar o sangramento. Mas não podia me enganar. Eu não era médico nem mesmo sabia o que poderia fazer em um momento como aquele. Tudo que podia fazer era pedir ajuda.
– Eles estão vindo – Disse a de machucados mais superficiais enquanto eu fazia uma ligação de Arcus para o acampamento. Meus instintos vibraram e eu levei a mão até um de meus bolsos, tentado a equipar o par de soqueiras elétricas e fitando a região que elas haviam vindo, tentando ao máximo ser paciente. Quem quer que tenha feito aquilo com elas estava ali em algum lugar e não demoraria para chegar. Passei a examinar as feridas, tentando entender do que se tratava. Eram arranhões, mas não eram uniformes. A carne havia sido dilacerada de um modo que uma espada jamais faria num corte limpo.
– São… homens-tigre. Vão matar você. Se salve – Disse me puxando para perto com o olhar triste. Agora de perto pude notar a tristeza que eles carregavam, as lágrimas desejando saltar de seus olhos, mas contidas pelo medo. Apertei a arma com força, com a raiva pulsando em minhas veias. Era imperdoável. Completamente imperdoável. Levei a mão à seu ombro, tentando tranquilizá-la.
- Vai ficar tudo bem. - Prometi, avisando-as que havia pedido ajuda ao acampamento e em breve eles viriam. Mas até lá, já teremos sido todos mortos se eu não fizesse alguma coisa. A passos firmes e sem me importar com o perigo que me aguardava, caminhei adiante. As imagens do meu sonho eram frequentes em minha cabeça, como se tivesse sido um mal presságio, infelizmente algo comum aos semideuses. Precisava evitar que aquilo acontecesse à todo custo. No fundo, eu entendia que teria uma chance melhor se tentasse pegá-los de surpresa escondido em alguma moita. Mas, quer saber? Não me importava. Eu estava |Castellan|. Estava transbordando de raiva a ponto de explodir um poste só de chegar perto dele. Eu não ligava se seriam dez, vinte ou quarenta. Eu iria socar todos eles até virar pó pelo pecado que cometeram e foi com esse pensamento que eu parti para cima quando enfim os achei. Eram todos homens tigres com o mesmo tipo de roupa e arma, olhando para os arbustos e passando as patas por dentro deles como se procurassem por alguma coisa. Saber que talvez fossem as ninfas só me motivou mais ainda pro que estava prestes a fazer. Saquei meu soco inglês e os analisei.
Eram quatro monstros, todos de porte médio e com pouco mais que a minha altura. Naqueles instantes, não houve vontade de diálogo ou qualquer sinalização, foi apenas o silêncio reinando enquanto nos fitávamos, cada um sem muito entender o que o outro ali fazia ou o que faria a seguir. Foi aí que o primeiro deles me tirou do sério.
- Onde elas estão? - Elas? Me aproximei, empurrando o chão com toda a força que tinha e com os olhos ardendo. Invoquei o escudo da minha tatuagem instintivamente, aparando o golpe do primeiro deles e girando minha cintura, estendendo o ombro direito para fazer seu rosto se chocar contra meu braço. A soqueira colidiu com sua bochecha, fazendo o mais próximo deles cuspir sangue e recuar. Aquele foi o primeiro acerto e o único em muitos minutos. Meu corpo passou a se mover sozinho em uma dança. Estava ficando com uma afinidade tão grande com eletricidade a ponto de sentir a movimentação deles, facilitando minhas esquivas mesmo quando não os encarava diretamente. Unido ao meu instinto de batalha, defender com Aegis não era tão dificultoso. O problema era rranjar brecha para um contra-ataque.
Todos eram habilidosos e a harmonia diante da superioridade numérica fez com que eu me sentisse pequeno. A luta que eu havia puxado pouco a pouco se voltava contra mim. O lado esquerdo do meu corpo já começava a ficar rígido de tantos golpes que sofria e eu soube que precisava pensar em algo rápido. Minha melhor estratégia, no entanto, foi um tanto arriscada, mas foi o que pensei no momento. Dei um salto para trás, de costas para um deles, olhando de canto e vendo-o sem nada compreender por um segundo. Esse um segundo foi o bastante para agir. Rolei para a lateral, vendo um homem tigre acertar o outro com sua lâmina e fazê-lo virar pó dourado.
- São tão medíocres que nem vocês se suportam - Tentava soar superior, afinal, não deixaria meu orgulho ser abalado mesmo em desvantagem. Contudo, era evidente que aquilo não tinha passado de um golpe de sorte. Se eu tivesse calculado errado, teria pulado no momento do ataque, só me tornando um alvo com a guarda aberta. Com três tudo ficou mais fácil. Conseguia me posicionar de modo que a região sul ficasse sem nenhum atacante, o que sempre me dava uma direção para esquivar e me impulsionar de volta. Cada soco era satisfatório, pois sentia minha raiva sendo descarregada naqueles movimentos. Vez ou outra abriam-se talhos em meus braços e pernas os quais não conseguia evitar, mas logo os contra-ataques funcionavam e era como se Hércules fechasse as minhas feridas, devolvendo-me o sangue que eu tirava dos meus inimigos. Três logo se tornaram dois e dois se tornaram… parei, respirando ofegante e procurando onde estava o último deles. Olhei na última direção onde o havia sentido. A princípio achava que ele estava tentando me pegar de surpresa, mas, agora entendendo para onde ele havia fugido, sabia que estava em problemas. Corri, como se uma vida dependesse disso, e, de fato, dependia.
Praguejei em latim, sentindo-me o semideus mais idiota do mundo por ter deixado aquilo acontecer e quando enfim cheguei na região, lá estava a criatura, segurando uma das ninfas contra seu corpo com a espada apontada para a garganta. A cada piscar de olhos minhas memórias invadiam o subconsciente mais uma vez. “Desculpa, senhor Max” foram palavras da vítima em meu pesadelo.
- Me chamo Max. Podemos conversar. Não a machuque. O que você quer? - Perguntei, tentando interromper meus impulsos de partir ali outra vez. Estávamos a uma distância de nove metros, o limite que ele havia imposto para que eu não ficasse chegado demais.
- Sangue de ninfa. É bom para os negócios - Respondeu de maneira repugnante, quase fazendo-me vomitar de nojo. A vida de alguém tinha valor monetário para ele? Talvez fosse pior do que as feras que enfrentava na arena, motivadas por mero instinto animal. Teria de negociar com ele se quisesse a manter viva.
- Você sabe que quando extrair esse sangue eu vou te matar, não é? Você não vai sair daqui com ele. Então por que não se entrega logo? - Ele piscou os olhos, encarando o chão incrédulo, como se fosse uma possibilidade a qual ele não estivesse esperando. Provavelmente seu raciocínio não era dos melhores e seu olhar desviado foi o bastante para que eu corresse. Cada passo era angustiante, o vento tocando meu rosto violentamente enquanto as folhas ao redor se tornavam borrões. Foram os três segundos mais angustiantes do meu dia. A única coisa que importava era chegar do outro lado a tempo. Quando faltava um segundo ele me notou, mas aí já era tarde. Tentou puxar a lâmina contra a garganta da mulher e um fio de sangue desceu de seu pescoço quando eu atingi o meu adversário.
O animal humanoide rodopiou no ar, recebendo toda a carga da corrida somado a minha força. Todo o ódio e paranoia liberados em um só soco. O impulso foi o bastante para deslocar sua mandíbula e o fazer ter boas dores agonizando antes que eu agachasse e socasse seu peito até não haver mais nada ali. Limpei os restos de pó do meu item e o guardei ao bolso, chegando próximo às ninfas outra vez. A que havia sido pega de refém me abraçou, chorando feito uma criança e eu a abracei de volta. A outra mulher estava desmaiada na árvore, mas pelo barulho que fazia roncando sabia que estava dormindo. Respirei fundo enquanto consolava a moça, levando meu escudo de volta à tatuagem após enfim ter eliminado os responsáveis pelo furdúncio no central park. A vida de semideus era complicada e, mais uma vez, havia enfrentado a morte e adiado minha ida ao submundo. Mas aquilo que vinha depois dos desafios, aquela sensação gratificante, valia cada gota de suor e sangue.
Enviei então uma mensagem para o acampamento grego, informando a situação e aguardando uma hora, tempo o bastante para que alguns filhos de Febo chegassem e realizassem os primeiros socorros nas moças. Aparentemente, ter estancado o sangue não era tudo que precisava fazer, mas certamente aquilo tinha evitado que a situação delas piorasse. Anotei isso mentalmente mais uma vez, pronto para usar esses conceitos quando fosse oportuno. Me despedi de Zendaya e Jade, como eram chamadas as mulheres da floresta, partindo para o acampamento júpiter com mais uma missão concluída.
Acordei de supetão, sentindo uma mão puxar meu braço, resgatando-me daquele pesadelo. Respirei ofegante por alguns segundos, tentando assimilar que aquilo não tinha sido real. Limpei o suor da testa vendo meu pijama do thor encharcado diante de uma noite de nervosismo. Apesar disso, eu sabia que precisava levantar logo. Olhei para o lado, arregalando os olhos quando vi quem me fitava.
- Senhor Ahmar! - Saltei do beliche, equilibrando-me antes de cair de cara no chão, ainda sonolento, mas tentando soar como um legionário prestativo. O filho de Magia fez um gesto com os dedos, tentando me fazer falar mais baixo. Foi aí que notei que ainda era cedo. Os demais da coorte estavam dormindo e roncando, sinal de que ele havia me chamado ao menos uma hora antes. Havia acabado de acordar, mas, em menos de meia hora, já tinha de me preparar para partir em missão.
Foi depois do café da manhã que tive mais informações sobre o que precisava fazer. Segundo o pretor, alguns sátiros do acampamento meio-sangue estavam voltando feridos do central park e eles solicitaram nosso auxílio. Na verdade, eu sabia bem porque eles não tinham mandado semideuses gregos. Era mais do que comum fazermos tarefas que normalmente caberiam a eles e pedirmos ajuda deles. Não se limitava à uma mera impotência de um dos lados, era um gesto de companheirismo e estreitava os nossos laços ainda mais. De bom grado, decidi fazê-lo. Era uma maneira de mostrar meu avanço como atleta, pensei.
Havia sido aceito como um dos lutadores de Hércules não fazia muito tempo, mas já podia sentir nos treinamentos a diferença que era receber a benção do deus menor. A cada minuto que passava sabia ainda mais que eu jamais conseguiria vencer do líder romano no meu teste, mas isso não importava mais. Me sentia bem. Feliz com a minha decisão. Era tudo que importava. Guardei as soqueiras nos bolsos, a que forjei no bolso esquerdo e o meu presente no bolso direito, enquanto preparava os demais itens antes de sair da minha coorte, deixando a responsabilidade com um filho de Mercúrio que eu tinha confiança enquanto eu estivesse fora.
- ”Inventário”:
Equipamento:
[8] Soco Inglês
[7] Par "Limpa Bundinhas"[Punhal Curvo com Soqueira][Ouro Imperial][Elétrico][H+]
- Kit de Couro revestido com ouro
- Escudo Aegis [Tatuagem:Medusa/Ombro Esquerdo]
- Faca de Arremesso "Lightning"[Elétrica][BronzeCelestial][x2]+[x2 s/Elemento][Tatuagem:Nuvem/Antebraço direito]
__________________
Acessórios:
[1] Gorro do Aviador
[2] Colar das águias
[3] Medalhão do Retorno
[4] Anel do Trovão
[5] Anel da Vontade
[3] Falcata "Thunder"[Elétrica][BronzeCelestial][Transmutação:Anel]
__________________
Mochila Rumos e Trilhas:
- Cantil de Cura [Mítico][3 goles]
- Cantil de Energia [Mítico][4 goles]
__________________
[1] Gorro do Aviador: Toca de couro sintético idêntica às usadas pelos aviadores antigos e clássicos. Permite que, uma vez por narração, o semideus expanda a passiva "antigravidade" ao seu nível máximo, podendo fazer os movimentos que ele bem entender por uma única rodada.
[2] Um colar que permite ao semideus utilizar a habilidade Águia sagrada sem custo de MP. Para aqueles que não possuem a habilidade, ela fica disponível.
[3] Faz com que a última arma do semideus se materialize em suas mãos instantaneamente. Só pode ser usado 1 vez por batalha.
[4] O anel oferece o raio que o filho de Zeus precisar para efetuar suas habilidades ativas, mas não o regenerará em momento algum. Além disso, anel concede a um nível a mais da passiva "Antigravidade" que o semideus tiver (ou seja se ele tiver a inicial, com esse anel concederá a intermediária). O raio demora quatro rodadas para poder ser invocado novamente.
[5] O filho de Marte não cairá nos poderes mentais - seja qual for -, com tantas facilidade quanto de costume. Caso tentem usar tais poderes e o mesmo se safe, ele entrará em estado de fúria automaticamente, aumentando seu poder de dano (+5). (+10 VONT)
[6] Tatuagem escrita "Vai Upar Porra" que fica no ombro da semideusa até ela chegar no Lv 10 quando então se tornará uma tatuagem comum de uma águia
[7] https://www.ecocacaepesca.com.br/imagens/produtos/-faca-tipo-soqueira-oxidado-com-cordinha-e-bainha-1556156560_128002_g.jpg
[8] Aumenta a força dos socos dos usuários em 10%.
[…]
Levei a mão à boca, tentando conter o mal estar de ter pego o táxi das irmãs cinzentas. A carona que os conselheiros haviam me dito para pegar era eficiente, mas se pagava um preço alto para tê-lo, o risco de perder a sanidade. As muitas curvas que elas davam eram turbulentas até para mim que tinha certo costume em voar. Apoiei a mão esquerda numa árvore, apreciando a visão do central park outra vez, estando ali há pelo menos meia hora na busca pelos culpados dos atos contra os nativos. Já havia ido ali algumas vezes apoiar as criaturas do lugar. Era um parque próximo ao acampamento grego, o que facilitava o apoio às dificuldades que vez ou outra ali surgiam. Mesmo que eu compreendesse a importância da minha tarefa ali, no fundo, eu ansiava por um bom combate. Sabia que algo estava machucando as criaturas e eu queria dar o troco por ferir inocentes daquela maneira. Faunos e dríades da floresta, todos pacíficos e almejando viver em paz. Precisava ser muito sem noção para querer tirá-las do seu lugar à força. Prometi a mim mesmo que encheria quem quer que fosse de porrada e, talvez escutando meus pensamentos, os deuses materializaram duas ninfas no horizonte, dando-me o primeiro indício de um ataque.
Eram mulheres lindas, usando roupas de tecido esverdeado e com olhos brilhantes voltados na minha direção. Suas orelhas eram pontiagudas e saltavam para fora dos cabelos, mas, embora tivessem uma beleza estonteante, o que mais me chamava atenção eram seus ferimentos e sua feição de terror, como se fugissem da morte. Corri ao seu encontro, sustentando-as antes que caíssem ao solo e encostando suas costas no tronco mais próximo, arranquei um pedaço da minha calça, tentando pressionar o ferimento para estancar o sangramento. Mas não podia me enganar. Eu não era médico nem mesmo sabia o que poderia fazer em um momento como aquele. Tudo que podia fazer era pedir ajuda.
– Eles estão vindo – Disse a de machucados mais superficiais enquanto eu fazia uma ligação de Arcus para o acampamento. Meus instintos vibraram e eu levei a mão até um de meus bolsos, tentado a equipar o par de soqueiras elétricas e fitando a região que elas haviam vindo, tentando ao máximo ser paciente. Quem quer que tenha feito aquilo com elas estava ali em algum lugar e não demoraria para chegar. Passei a examinar as feridas, tentando entender do que se tratava. Eram arranhões, mas não eram uniformes. A carne havia sido dilacerada de um modo que uma espada jamais faria num corte limpo.
– São… homens-tigre. Vão matar você. Se salve – Disse me puxando para perto com o olhar triste. Agora de perto pude notar a tristeza que eles carregavam, as lágrimas desejando saltar de seus olhos, mas contidas pelo medo. Apertei a arma com força, com a raiva pulsando em minhas veias. Era imperdoável. Completamente imperdoável. Levei a mão à seu ombro, tentando tranquilizá-la.
- Vai ficar tudo bem. - Prometi, avisando-as que havia pedido ajuda ao acampamento e em breve eles viriam. Mas até lá, já teremos sido todos mortos se eu não fizesse alguma coisa. A passos firmes e sem me importar com o perigo que me aguardava, caminhei adiante. As imagens do meu sonho eram frequentes em minha cabeça, como se tivesse sido um mal presságio, infelizmente algo comum aos semideuses. Precisava evitar que aquilo acontecesse à todo custo. No fundo, eu entendia que teria uma chance melhor se tentasse pegá-los de surpresa escondido em alguma moita. Mas, quer saber? Não me importava. Eu estava |Castellan|. Estava transbordando de raiva a ponto de explodir um poste só de chegar perto dele. Eu não ligava se seriam dez, vinte ou quarenta. Eu iria socar todos eles até virar pó pelo pecado que cometeram e foi com esse pensamento que eu parti para cima quando enfim os achei. Eram todos homens tigres com o mesmo tipo de roupa e arma, olhando para os arbustos e passando as patas por dentro deles como se procurassem por alguma coisa. Saber que talvez fossem as ninfas só me motivou mais ainda pro que estava prestes a fazer. Saquei meu soco inglês e os analisei.
- Spoiler:
Eram quatro monstros, todos de porte médio e com pouco mais que a minha altura. Naqueles instantes, não houve vontade de diálogo ou qualquer sinalização, foi apenas o silêncio reinando enquanto nos fitávamos, cada um sem muito entender o que o outro ali fazia ou o que faria a seguir. Foi aí que o primeiro deles me tirou do sério.
- Onde elas estão? - Elas? Me aproximei, empurrando o chão com toda a força que tinha e com os olhos ardendo. Invoquei o escudo da minha tatuagem instintivamente, aparando o golpe do primeiro deles e girando minha cintura, estendendo o ombro direito para fazer seu rosto se chocar contra meu braço. A soqueira colidiu com sua bochecha, fazendo o mais próximo deles cuspir sangue e recuar. Aquele foi o primeiro acerto e o único em muitos minutos. Meu corpo passou a se mover sozinho em uma dança. Estava ficando com uma afinidade tão grande com eletricidade a ponto de sentir a movimentação deles, facilitando minhas esquivas mesmo quando não os encarava diretamente. Unido ao meu instinto de batalha, defender com Aegis não era tão dificultoso. O problema era rranjar brecha para um contra-ataque.
Todos eram habilidosos e a harmonia diante da superioridade numérica fez com que eu me sentisse pequeno. A luta que eu havia puxado pouco a pouco se voltava contra mim. O lado esquerdo do meu corpo já começava a ficar rígido de tantos golpes que sofria e eu soube que precisava pensar em algo rápido. Minha melhor estratégia, no entanto, foi um tanto arriscada, mas foi o que pensei no momento. Dei um salto para trás, de costas para um deles, olhando de canto e vendo-o sem nada compreender por um segundo. Esse um segundo foi o bastante para agir. Rolei para a lateral, vendo um homem tigre acertar o outro com sua lâmina e fazê-lo virar pó dourado.
- São tão medíocres que nem vocês se suportam - Tentava soar superior, afinal, não deixaria meu orgulho ser abalado mesmo em desvantagem. Contudo, era evidente que aquilo não tinha passado de um golpe de sorte. Se eu tivesse calculado errado, teria pulado no momento do ataque, só me tornando um alvo com a guarda aberta. Com três tudo ficou mais fácil. Conseguia me posicionar de modo que a região sul ficasse sem nenhum atacante, o que sempre me dava uma direção para esquivar e me impulsionar de volta. Cada soco era satisfatório, pois sentia minha raiva sendo descarregada naqueles movimentos. Vez ou outra abriam-se talhos em meus braços e pernas os quais não conseguia evitar, mas logo os contra-ataques funcionavam e era como se Hércules fechasse as minhas feridas, devolvendo-me o sangue que eu tirava dos meus inimigos. Três logo se tornaram dois e dois se tornaram… parei, respirando ofegante e procurando onde estava o último deles. Olhei na última direção onde o havia sentido. A princípio achava que ele estava tentando me pegar de surpresa, mas, agora entendendo para onde ele havia fugido, sabia que estava em problemas. Corri, como se uma vida dependesse disso, e, de fato, dependia.
Praguejei em latim, sentindo-me o semideus mais idiota do mundo por ter deixado aquilo acontecer e quando enfim cheguei na região, lá estava a criatura, segurando uma das ninfas contra seu corpo com a espada apontada para a garganta. A cada piscar de olhos minhas memórias invadiam o subconsciente mais uma vez. “Desculpa, senhor Max” foram palavras da vítima em meu pesadelo.
- Me chamo Max. Podemos conversar. Não a machuque. O que você quer? - Perguntei, tentando interromper meus impulsos de partir ali outra vez. Estávamos a uma distância de nove metros, o limite que ele havia imposto para que eu não ficasse chegado demais.
- Sangue de ninfa. É bom para os negócios - Respondeu de maneira repugnante, quase fazendo-me vomitar de nojo. A vida de alguém tinha valor monetário para ele? Talvez fosse pior do que as feras que enfrentava na arena, motivadas por mero instinto animal. Teria de negociar com ele se quisesse a manter viva.
- Você sabe que quando extrair esse sangue eu vou te matar, não é? Você não vai sair daqui com ele. Então por que não se entrega logo? - Ele piscou os olhos, encarando o chão incrédulo, como se fosse uma possibilidade a qual ele não estivesse esperando. Provavelmente seu raciocínio não era dos melhores e seu olhar desviado foi o bastante para que eu corresse. Cada passo era angustiante, o vento tocando meu rosto violentamente enquanto as folhas ao redor se tornavam borrões. Foram os três segundos mais angustiantes do meu dia. A única coisa que importava era chegar do outro lado a tempo. Quando faltava um segundo ele me notou, mas aí já era tarde. Tentou puxar a lâmina contra a garganta da mulher e um fio de sangue desceu de seu pescoço quando eu atingi o meu adversário.
O animal humanoide rodopiou no ar, recebendo toda a carga da corrida somado a minha força. Todo o ódio e paranoia liberados em um só soco. O impulso foi o bastante para deslocar sua mandíbula e o fazer ter boas dores agonizando antes que eu agachasse e socasse seu peito até não haver mais nada ali. Limpei os restos de pó do meu item e o guardei ao bolso, chegando próximo às ninfas outra vez. A que havia sido pega de refém me abraçou, chorando feito uma criança e eu a abracei de volta. A outra mulher estava desmaiada na árvore, mas pelo barulho que fazia roncando sabia que estava dormindo. Respirei fundo enquanto consolava a moça, levando meu escudo de volta à tatuagem após enfim ter eliminado os responsáveis pelo furdúncio no central park. A vida de semideus era complicada e, mais uma vez, havia enfrentado a morte e adiado minha ida ao submundo. Mas aquilo que vinha depois dos desafios, aquela sensação gratificante, valia cada gota de suor e sangue.
Enviei então uma mensagem para o acampamento grego, informando a situação e aguardando uma hora, tempo o bastante para que alguns filhos de Febo chegassem e realizassem os primeiros socorros nas moças. Aparentemente, ter estancado o sangue não era tudo que precisava fazer, mas certamente aquilo tinha evitado que a situação delas piorasse. Anotei isso mentalmente mais uma vez, pronto para usar esses conceitos quando fosse oportuno. Me despedi de Zendaya e Jade, como eram chamadas as mulheres da floresta, partindo para o acampamento júpiter com mais uma missão concluída.
Gostaria de pedir avaliação de perícia com escudo (Sem perícia →Inicial, Max: 20 pontos).
- Passivas:
Nível 1 - Regeneração Brutal: Atletas de Herácles/Hércules curam 20% do dano causado por socos como vida.
Nível 2 - Coragem: atletas de Herácles/Hércules tem mais coragem que o filho de qualquer outro deus.
Nível 3 - Perícia Corporal [Inicial]: Confere nível de perícia [Inicial] para Perícia Corporal. Permite que o herói treine suas outras perícias até o nível [Inicial].
Nível 4 - Brutalidade: mesmo sendo heróis, os atletas de Herácles/Hércules são bastante brutos, assim, mesmo sem machucar ninguém, eles conseguem quebrar fácil as coisas.
Nível 5 - Corrida: Os atletas malham seu corpo por inteiro, não sendo forte somente da cintura pra cima como muitos imaginam. Eles consegue correr em linha reta uma velocidade maior do que a maioria, porem são muito ruins de curva. A velocidade de sua corrida é equivalente a 5% da sua força em k/h.
Nível 7 - Resistência: O corpo de um atletas de Herácles/Hércules é mais resistente a cansaço.
Nível 8 – Força Extraordinária: Agora você tem uma musculatura muito bem definida. Pode fazer coisas que requer grande preparo físico como grandes saltos e corridas longas.
Nível 1 – Imponência de líder: De longe, são notáveis. De perto, são respeitáveis. Os filhos de Júpiter são muito imponentes e sua presença de espírito emana muita segurança, isso faz com que suas palavras sejam ouvidas e consideradas com frequência. A força dessa habilidade é equivalente ao CHA do personagem.
Nível 6 - Perícia Elétrica [Inicial]: Você luta melhor com itens elétricos ou eletrizados e com condutores de energia. Confere a perícia [Inicial] com armas com o descritor Elétrico.
Nível 8 – Sensibilidade Aérea: O filho de Júpiter consegue sentir a movimentação do ar ao seu redor, conseguindo desta forma identificar movimentos mesmo sem estar olhando, assim raramente é surpreendido. Esta habilidade tem um raio igual a 1/2 WIS do semideus, em metros.
Nível 1 - Ambidestria: O herói controla armas com as duas mãos com total habilidade.
Nível 4 - Flexibilidade com Armadura: O filho de Marte, poderá se locomover bem em batalhas, de forma que a armadura não lhe causa algum problema, desconforto ou atrapalhe.
Nível 6 - Instinto de Batalha: O filho de Marte consegue perceber a batalha por um ângulo completo, ciente mesmo dos golpes vindos por suas costas, dando-lhe chance de esquivar-se, defender-se ou mesmo de revidar.