Na cidade dourada dos divinos, enquanto alguns deuses ficavam conversando entre si por problemas fúteis, Juno também estava presa em seus pensamentos e em como o mundo celestial estava preso na mesmíssima rotina sem ter o que fazer e segurando o seu cálice dourado que foi recebido de algum tributo que receberia de algum crente que já havia esquecido o nome, só pensava em como fazer seu dia melhor.

-Criadas, chamem as fúrias, eu preciso de um favor das mensageiras da calamidade, alguém naquele acampamento esquecido precisa fazer meu dia melhorar, mesmo que ele não queira. -Sorria a rainha usando um pouco do poder que havia em sua coroa e esperava as três fúrias vindo a sua presença.

-Nos chamou, vossa majestade? -Perguntava as três mulheres em sua presença.

Suas roupas eram selvagens e cheios franjas, algumas partes até reveladoras, mas nada explicito, seu olhar era o sinal vivido da loucura e seus cabelos pretos e despenteados evidenciavam os tons de vermelho de suas roupas.

-sim sim, que bom que estão aí. -Respondia a rainha dos deuses com o mexer de sua mão, mas logo sorria e as encarava com uma ideia que chegava a ser cruel, mas era algo podia melhorar seu humor, de um jeito sórdido, mas era. -Existe uma filha de Plutao que queria que fizessem uma visita.

-Tudo que desejar... Mas queriamosperguntar por que deseja fazer algo do gênero? Dar sua importante atenção para os semideuses... Por favor desculpe nossa grande ignorância.

-Não é sobre importante, mas do que poderia fazer nesse momento de tédio, a não ser fazer algo interessante... -E sorrindo com a resposta, a semideusa fala suas ideias e as fúrias sorrian quando ouvia seus planos.

Na tarde do acampamento enquanto isso, a feiticeira filha de Plutao andava por ai sem muito o que fazer, seu pensamento livre era algo simples e muitos semideuses estavam a cumprimentando e desejando um bom dia, até que ouve uma voz familiar.

-Como suporta estar rodeada desses bando de sacos de carne? -Quando ela ouve a voz feminina atrás de uma outra menina, que pelos traços era uma filha de Ceris com seus cabelos castanhos e seus olhos esverdeados e quando a encara, vê ela como um próprio reflexo, a diferença que essa Kadie tinha um sorriso selvagem e seus olhos eram animalescos -É tão mais fácil limpar seu caminho com uma faca ou melhor, pelas suas garras... -Dizia sua outra eu e quando vc viu a mão da sua duplicata ficar na altura do pescoço, vc via quatro feridas abertas, as mãos delas ensanguentados e o sangue jorrando na sua direção, molhando seu rosto de vermelho.

Post seus itens que vai levar, poções e armas é claro, quando for usar as suas habilidades, principalmente as ativas, você PRECISA POSTAR para ser considerado, se não, não será aceito.

-Eu não faço diferença na sua vida? Você não se importa comigo? Nossa... Que... Que tristeza, não se importa mais com os meus sentimentos?! -Falava a sua duplicata chorando de forma desesperada como se sua atenção fosse a única coisa com que ela se importava e mormurar tais palavras ferissem seus sentimentos, mas como ela, tudo passava de uma ilusão. -HAHAHAHA GAROTA PARECE QUE É UMA LOUCA FALANDO SOZINHA!!
- Gargalhava e gritava em resposta, até que alguém toca em seu braço e quando vê, era outro romano que mostrava um pouco de solidariedade:

-Ta tudo bem? Quer que eu chame algum médico pra você??

você via que todos paravam de andar só pra ver se de fato era alguém que estava precisando de ajuda, quando seus olhos se encontram com o bom samaritano e depois voltavam a ver a filha da deusa da natureza, observava que seu pescoço, ainda tava inteiro, seu rosto estava limpo e que a única pessoa que estava estranha era ela mesma.

-É claro que estamos bem, por que faz perguntas idiotas? Meus deuses, ele tem uma cara de gente limitada, por que não matamos ele aqui? Vai ser um favor imenso, não é? Vai lá, apunhala de uma vez, a faca já tá até na sua mão.

Avisava em sua sombra e quando olhava pra sua mão livre, via uma adaga ensanguentada e quando virava de volta para o semideus, via que segurava a cabeça dele cortada enquanto tava com o corpo decapitado estirado no chão.

-Boa garota, foi até mais longe que eu pensei, agora só precisa fazer seu trabalho. -Respondia e logo quando ela piscava, ela via o bom semideus te olhando e agora um pouco afastado e a sua outra mão felizmente livre de sangue, mas via que a adaga era de fato real.

Seu susto era justificado, do nada ela voltava para seu lar e ainda sim, colocava em risco a vida de alguém sem nem mesmo conhecer seu nome, ohh... Kadie, coitada dela.

Quando ela toma a decisão de soltar a adaga, ela vê que foi uma materialização da névoa e que logo some quando a solta e fica andando de volta para a sua corte, se arrumando para viajar e ficar de volta para a sua normalidade, quando ela passa pela porta do seu prédio, ela passou de uma realidade para outra, uma sala negra estava em sua vista e uma mulher estava em sua frente, ela tinha um pano que parecia cobrir seu cabelo e escondia os olhos de seu rosto, mas uma tiara de prata circular ficava na testa prendendo seu tecido, na mesa, uma bola de cristal estava posto e um conjunto de tarot estava sendo jogado enquanto esperava a sua visita.

-seus dias de loucura estão bem complicado hoje não é? -Falava a vidente quando terminava de colocar a última das três cartas. -Luna me veio com uma mensagem, primeiro de tudo, ela pede desculpas, por não poder falar com vc diretamente e por esse espaço nada confortável, mas ela disse que seria o único jeito de falar com você sem chamar atenção de seus espectadores, mas você ainda é uma filha adotada por Luna e ela não vai abandonar quem está sofrendo nas mãos dos deuses e ignorar sua dor.

-Mata, mata... MATAAAAA!! -Gritava a sua duplicada no seu ouvido como se ela odiasse estar naquele local, até odiava de estar perto daquela jovem vidente.

-Nossa, parece que ela não gostou de estar aqui. -Dizia a senhorita sentada enquanto parecia que te encarava. -Meu nome é Matilda, uma seguidora de Luna, alguns no coven, me consideram de madrinha da deusa, sempre me procuram pra ver se ela manda alguma dica e ela tem uma pra você, se senta, temos uma mensagem para ser dita.

Dando permissão para sentar, ela começa a mexer nas cartas e a primeira ela mostra um manto negro.

-vejo que seus problemas vivem em torno de segredos e mentiras, dos homens e dos deuses, mas infelizmente eu não posso dizer quais são, porque não é o meu trabalho dizer isso, é seu descobrir que segredos e mentiras são, mas não é isso que temos que resolver. -Avisa a Matilda com o indicador mostrando seu aviso, quando ela vira a segunda carta, ele mostrava uma menina encarando um espelho e seu reflexo chorava desesperada com lagrimas de sangue. -Obviamente seu novo infortúnio é algo como um agouro que tormenta sua mente e sua razão, pode ser inofensiva até certo ponto, mas seu controle com a névoa faz essas ilusões serem reais e isso pode ser um problema, porque seu pior inimigo para essa jornada é vc mesma.

Girando sua última carta, ela te mostra um cálice dourado que virava um líquido avermelhado. -Para conseguir recuperar um pouco do seu controle, Luna mandou procurar o cálice da Condessa Motia, ela era uma feiticeira que sofria de uma doença mental e para resolver esse problema ela criou esse item, é claro, isso não é uma cura ou um livramento da sua maldição, só é uma forma de recuperar uma parte de seu controle, mas não se esqueça, ele só pode ser enchido pelo poço que tem como fonte o rio estige, se achar o cálice, achará o poço e aqui está sua primeira dica. -Diz mostrando um Denário de cor de prata e que quando ela lança para cima, ela fica piscando e percebe que estava de volta na sua corte, ouvindo o som da porta se abria e da moeda se chocando no chão.