A grama estalava, gélida e seca, a cada passo que legit dava. A geada cobria os campos do Acampamento com um tom quase perfeitamente branco, deixando-o com um tom triste e vazio, mas ao mesmo tempo dotado de grande charme e beleza.
Eram férias de inverno e a pouca quantidade de campistas remanescentes apenas aumentava o clima de solidão. Encarando de longe o lago parcialmente congelado, Legit se perguntava se deveria seguir o exemplo dos colegas e viajar ao mundo mortal. Até mesmo Shouto estava fora há alguns dias. Havia saído com um chapéu de orelhinhas de rato na cabeça afirmando que iria para a Disney - certamente, de forma ilegal. Será que ele deveria ir explorar o mundo, também?
As dúvidas foram varridas quando uma presença se aproximou. Legit virou-se para dar de cara com um sátiro, que lhe trazia um chamado da Casa Grande. O semideus não conseguiu conter o sorriso de satisfação e logo rumou ao encontro de Quíron mas, para sua surpresa, quem o recepcionou foi ninguém menos que Dionísio.
- Ah, olá. Sente-se aí, Leví. Ou fique em pé, eu não ligo. - Diz ele em tom despreocupado enquanto saboreia uma coca diet.
"Vamos direto ao assunto, sim? Eu sou um deus e você sabe, nós somos pobres criaturinhas escravizadas por nossos trabalhos...", começa o deus em tom pesaroso.
"Eu soube que você e seus coleguinhas fundaram um clubinho novo. Como era o nome mesmo? Urubús? Carniceiros? Não, corvos? É, isso aí. E soube que vocês são umas almas desalmadas que gostam de espetar os outros com suas facas, não é? Então, você deve ser apropriado para esta missão."
O deus pousa o copo de coca sobre a mesa diante do guri e Legit sente seu olhar ser atraído para o líquido negro e esoumante. Diante de seus olhos as espumas se tornaram ondas em um mar revolto e tomaram aos poucos a forma de três embarcações grande se velhas. O garoto nota de imediato que pareciam navios pirata fantasmas; as velas negras rasgadas, o assoalho velho e com buracos. Dentro o garoto podia ver figuras humanas se movendo e, mesmo em uma visão concedida pelo deus, Legit sentiu um leve aroma de morte exalando das embarcações e seus tripulantes.
"Estes carinhas eram problemáticos alguns mil anos atrás. E, sabe-se deus lá como, estão de volta. Quero que você - bom- dê um jeito nisso. Sei lá, corte as gargantas deles, jogue-os no mar..."
Um raio estourou no céu ao longe e o deus interrompeu sua fala. Depois de revirar os olhos, Dionísio continua;
"Quer dizer, eu dizia, peçá-lhes e-du-ca-da-men-te que voltem ao submundo e fiquem mortos, desta vez de verdade. Sim?"
O deus dá um sorriso amarelo para Legit, mas o guri nota que seu olhar estava voltato para o teto.
Eram férias de inverno e a pouca quantidade de campistas remanescentes apenas aumentava o clima de solidão. Encarando de longe o lago parcialmente congelado, Legit se perguntava se deveria seguir o exemplo dos colegas e viajar ao mundo mortal. Até mesmo Shouto estava fora há alguns dias. Havia saído com um chapéu de orelhinhas de rato na cabeça afirmando que iria para a Disney - certamente, de forma ilegal. Será que ele deveria ir explorar o mundo, também?
As dúvidas foram varridas quando uma presença se aproximou. Legit virou-se para dar de cara com um sátiro, que lhe trazia um chamado da Casa Grande. O semideus não conseguiu conter o sorriso de satisfação e logo rumou ao encontro de Quíron mas, para sua surpresa, quem o recepcionou foi ninguém menos que Dionísio.
- Ah, olá. Sente-se aí, Leví. Ou fique em pé, eu não ligo. - Diz ele em tom despreocupado enquanto saboreia uma coca diet.
"Vamos direto ao assunto, sim? Eu sou um deus e você sabe, nós somos pobres criaturinhas escravizadas por nossos trabalhos...", começa o deus em tom pesaroso.
"Eu soube que você e seus coleguinhas fundaram um clubinho novo. Como era o nome mesmo? Urubús? Carniceiros? Não, corvos? É, isso aí. E soube que vocês são umas almas desalmadas que gostam de espetar os outros com suas facas, não é? Então, você deve ser apropriado para esta missão."
O deus pousa o copo de coca sobre a mesa diante do guri e Legit sente seu olhar ser atraído para o líquido negro e esoumante. Diante de seus olhos as espumas se tornaram ondas em um mar revolto e tomaram aos poucos a forma de três embarcações grande se velhas. O garoto nota de imediato que pareciam navios pirata fantasmas; as velas negras rasgadas, o assoalho velho e com buracos. Dentro o garoto podia ver figuras humanas se movendo e, mesmo em uma visão concedida pelo deus, Legit sentiu um leve aroma de morte exalando das embarcações e seus tripulantes.
"Estes carinhas eram problemáticos alguns mil anos atrás. E, sabe-se deus lá como, estão de volta. Quero que você - bom- dê um jeito nisso. Sei lá, corte as gargantas deles, jogue-os no mar..."
Um raio estourou no céu ao longe e o deus interrompeu sua fala. Depois de revirar os olhos, Dionísio continua;
"Quer dizer, eu dizia, peçá-lhes e-du-ca-da-men-te que voltem ao submundo e fiquem mortos, desta vez de verdade. Sim?"
O deus dá um sorriso amarelo para Legit, mas o guri nota que seu olhar estava voltato para o teto.
Última edição por Hades em 02/10/23, 07:25 pm, editado 2 vez(es)