- Vi, Vi, acorda! - disse a voz no fundo do meu subconsciente - Olhe aquilo? O que é? - perguntou mesmo sabendo que eu ainda nem havia aberto os olhos.

Levantei no "susto" quando alguém me sacodiu com mais força, olhando entorpecido o meu redor, tudo parecia girar simultaneamente com a voz que me indagava curiosa a respeito de algo que não fazia ideia. Olhei para a voz do meu lado que se chamava Will Marcus. Ele apontava para um canto escuro da parede onde tinha um par de olhos vidrados em nós.

Levantei da cama num pulo só. Estando de pé pude ver com mais clareza a criatura escondida nas sombras do teto escuro. Não pude de soltar um sorriso torto ao ver que a criatura parecia gostar da situação cômica, em que, certamente num estalar dos meus dedos pude perceber que ela estava ali para pregar peças. Escontei a mão no peito de Will dizendo para tomar conta do chalé enquanto eu fosse ver o que estava acontecendo.

Do lado de fora uma filha de Atena me disse que os filhos de Hermes estavam envolvidos nisso... Me veio a mente a imagem de um dos filhos de Hermes qualquer, porque eu jamais cheguei a conhecer outro a não ser meu próprio irmão.

Retornei ao chalé. Meus irmãos alvoraçados tentavam acertar travesseiros no diabrete. Mas no primeiro sinal de liberdade, o monstrinho deu um razente passando por entre meus irmãos e roubando um touca azul da cabeça de Lara. Não pude deixar de gargalhar, assim como ela mesma fez. Olhei para fora da porta onde o monstrinho havia saído e o vi seguindo para o leste.

- Eu tomo conta desse. - disse a Lara em um sorriso torto.

Ela tampou o rosto com a mão de vergonha, era uma brincadeira e todos sabíamos, mas ela vacilou o suficiente para isso acontecer. Peguei rápido minhas poucos coisas e sai do quarto. Do lado de fora o clima fresco me atingiu retirando minha ansiedade, mas ao mesmo tempo me deixou mais empolgado. Olhei lara o leste novamente e pude avistar o pontinho azul - quase preto - que era o monstrinho. Então o segui.

- Então tenho de pegar um de gorro azul. - disse comigo mesmo enquanto seguia o ponto.

O lugar em que cheguei não foi nada menos que o coliseu. Passei entrei a porta correndo alguns passos a frente observando a grande área circular a minha frente, que à propósito estava vazia, a não ser por duas criaturas no centro dela, que rodopiavam e brincavam entre si.

Já tinha percebido uma certa familiriadade com o monstro carregando consigo uma touca azul, certamente foi o mesmo que esteve no meu chalé poucos minutos atrás. O fitei achando-o engraçado.

Dei mais alguns passo para me aproximar e não pude deixar de perceber a zona que estava a arena, com o chão cheio de latas de refrigerante e sacos de pipoca... Fiquei me perguntando por que estava uma bagunça, e se esses monstrinhos tinham alguma coisa a ver com isso.

Chegando a próximos 10 metros visto minha máscara horrenda, que seria capaz de amedrantar meus inimigos. Na verdade não tinha certeza do efeito dessa máscara nessas criaturas, mas pelo menos imagino que surta, mesmo que pouco, algo significativo.

Minha garra estava na minha mão esquerda, e segurava com a mão direita minha espada curta. Dou um sorriso maléfico por trás da máscara, também estava me divertindo, afinal, eu sempre me divirto quando estou caçando alguém e prester a fazê-lo temer de medo.

Me deparo com eles ansioso e esperto para colocar minhas garras para defesa caso eles se aproxiamassem, assim, se minhas garras encostassem neles seu poder seria ativado e eles ficariam realmente com muito medo e paralisados. Mas então, faço um ilusão em que os DOIS diabretes estivessem cercados por várias agulhas com pontas de fogo, formando uma espécie de jaula em formato de bolha, uma jaula em cada.

Deixo a bolha do monstro com gorro vermelho parada, e a bolha do monstro com gorro azul eu a movimento, induzindo-o a se aproximar de mim por obrigação, a não ser que ele queira encostar nas agulhas com pontas de fogo, o que talvez fosse difícil pois ele acreditaria que eram verdadeiras. Fazendo-o se aproximar de mim por obrigação eu empunho minha espada e faço um corte na posição certa para que pudesse pelo menos ser um golpe fatal.

De qualquer forma fico ali a espera se algum ataque, pronto para defender com minhas próprias garras, ou no mais improvável, tentar me esquivar para sair ileso na medida do possível.

Estava quase funcionando como eu havia esperado mas para minha surpresa, um dos diabretes era mais esperto. Convenhamos que ele foi bem esperto, e um pouco sortudo também. Me senti traída, mas não vacilei quando eles avançaram.

Consegui acertar a garra nos dois como um ato de defesa, mesmo que tenha acertado bem pouco um deles, o outro havia ficado paralisado. Que perfeito, pensei indeferente quando percebi minha garra funcionando pela primeira vez. Eu não sou tão de ficar feliz, mas confessei a mim mesmo que comecei a amar essa garra a partir de hoje.

O diabinho do gorro vermelho recuou segundos após eu tê-lo acertado mas logo veio a cair no chão. Olhei de relance e o vi paralisado, essa era minha chance. Ando devagar olhando para o outro monstrinho ainda voando, ficando atenta a ele e caso ele se aproximasse tentaria me defender usando minhas garras. Assim que chegasse no que estava no chão, sem dó a sangue frio afundo minha espada em seu peito, tentando acabar com sua vida trapaceira. Dessa vez voc não conseguirá trapacear a morte, pensei comigo mesma.

Fico atenta ao outro que sobrara para esquivar dos ataques dele, mas acho que ele não atacaria pois sabia o que aconteceria com ele, se ele encostasse nas garras novamente. Se de algum jeito ele tentasse descobrir uma maneira para que pudesse me atacar desviando das minhas garras, tento usat a espada para me defender, ou girar para o lado.

O corte em minha bochecha doía, e ardei. Não era um simples ardido, mas não era nada extremo, mas era incomum. "Estou envenenada?", pensei. Parei e o olhei, observando melhor o diabrete que agora realmente parecia um monstro, parecia ter ficado mais forte.

Ele estava furioso, eu conseguia perceber em seus olhos e em sua respiração, como estava ofegante. Fiz uma uma bola de luz flutuar em cima da minha mão, do tamanho de uma bola de vôlei. Vou andando lentamente enquanto fazia a forte luz se projetar até meu oponente, penetrando seus olhos fazendo o possível para deixá-lo cego.

Assim que percebesse que ele tinha ficado aflita com a visão bastante prejudicada, avanço rapidamente mas com toda a cautela e faço um leve pulo girando minha espada num arco decrescente tentando cortá-lo ao meio, ou no mínimo cortando uma de suas asas ou um de seus braços.

Conseguindo ou não, continuaria super atenta nos ataques dele, e principalmente agora que sabia que ele estava muito maia rápido. Tento me adaptar a mudança do inimigo, e tento esquivar de algum ataque que ele possa fazer do mesmo jeito que fez o ataque anterior. Se possível dou um contra ataque com a espada, e também se não conseguisse tempo para esquivar tento me defender com a espada, ou com a própria esfera de luz, não sei o que ele poderia pensar mas ele é um diabo, monstro do submundo, e certamente pensei que a luz seria o ponto fraco dele.

MvP Finalizada
Participantes: Ω Violet Harmon
Exp: 550
Dracmas:360