Certo, se houvesse alguém mais divertidamente maluca que Jacklline, eu ainda estava para conhecer. Megan Fox? Inacreditável! Porém havia conseguido um carro mesmo que tivesse que ficar de vela até certo ponto onde havíamos nos livrado do dono do carro, ele tinha bom gosto, e dinheiro para ter um esportivo de luxo. Rindo alto, pulo para o banco da frente ao lado de Jacklline e a encaro. — Sabe, gosto de você garota. — proferi, realmente Jacklline havia conquistado minha confiança, ou pelo menos me havia feito gostar de seu estilo.

Enquanto seguíamos viagem escutando a música que Jacklline havia escolhido, pego o celular de última geração do homem que havíamos roubado e começo a analisar o que continha no celular. Sorrio quando coloco na câmera e estico o braço para tirar uma selfie com Jacklline. — Sorria. — murmurei enquanto tirava a nossa foto em um carro de luxo, mas resolvi excluir depois para evitar futuros cartazes de prisioneiras caso achassem o celular. Era uma situação divertida estar ali com Jacklline em um carro roubado indo em direção a costa leste dos Estados Unidos.

Riamos bastante durante a viagem, infelizmente ou felizmente, depois de algumas horas de viagem quando estávamos próximas a Las Vegas um alto som de sirenes policiais pode ser escutado um pouco atrás de nós. Sigo meu olhar até o som e sorrio, parece que alguém não fica feliz quando se é assaltado pela Megan Fox. — Acelera. — pedi a Jacklline. — Parece que nós estamos em uma perseguição policial. — disse enquanto mexia em algumas coisas nos banco de trás, tinha coisas bem interessantes por ali.

Havia colocado a música perfeita para viajar em uma autoestrada, e acompanhada da Kitty eu cantava a plenos pulmões. Batia com os dedos no volante ao som de uma das melhores músicas que a humanidade pode oferecer. Era momentos como esse, que me faziam pensar que tinha sorte por ser uma semideusa.

Por ter minha própria liberdade.

Lembro de como vivia presa as rédeas de minha família rica em Sacramento. Contudo, rédeas agora são apenas memorias distantes que deram lugar as minhas asas que batiam em direção ao pôr-do-sol.

Eu havia gostado da garota desde que havia visto ela pela primeira vez, algo raro, já que costumo detestar quase tudo e todo que conheço. Quando Kitty tenta tirar uma foto comigo, mostro a língua junto de um sorriso bobo.

--Faz tempo que não me divirto assim. Normalmente a vida dos semideuses não permite momentos como esse. Por isso sempre que tiver uma oportunidade de missão fora do acampamento, aceite.
Conversa com ela sobre como era ser um meio-sangue e como era a convivência no acampamento grego, o qual eu havia frequentado por dois anos.

Durante nossa conversa começo a ouvir a sirena dos policias. Penso em parar e penso em seguir. No entanto, Kitty havia me dito para continuar correndo. Eu podia não ser nenhuma filha de Mercúrio experiente em fugas, mas era uma garota livre que sabia curtir a vida com emoção.

Coloco o dedo do meio para fora do carro.

Acelero o carro esporte, iniciando a fuga. Durante a perseguição tento utilizar truques com a nevoa para colocar alguns obstáculos visuais falsos na frente do carro dos policias, tentando assim atrasa-los e tira-los de nossa cola.



Nível 3 - Controle da Névoa [Inicial]: Magia é não apenas a deusa da Magia, mas também aquela que coordena e mantém em dia as contas da Névoa. Seus filhos possuem, então, uma afinidade incomum com este véu mágico, podendo manipulá-los ao seu bel prazer. Neste nível são capazes de mudar a sua aparência e de pequenos objetos aos olhos de mortais e/ou semideuses menos atentos, ou estonteá-los por alguns instantes.

Graças a Jacklline que atendeu meu pedido, conseguimos despistar a policia por um tempo, porém quando chegamos a cidade tivemos que encarar o trânsito de Las Vegas e consequentemente, Jack foi obrigada a diminuir a velocidade. Para piorar ainda mais a situação me assusto com um enorme barulho vindo de um cassino próximo, de onde a porta foi literalmente arremessada no meio da pista, por sorte Jack conseguiu manter o controle da situação.

Notei que a criatura que havia jogado a porta era um minotauro, reconhecia isso não por causa de mitologia em geral mas é o tipo de criatura que utilizam bastante em series fictícias de televisão que via com minha mãe adotiva quando era menor. Conhecer a criatura não me dava muita vantagem em si mas já era alguma coisa. Seguindo o olhar da criatura até mim, pude notar que eu era o alvo e isso me soava como algo nada legal. — Merda! — murmuro em reprovação.

Vou para o banco de trás no compartimento mais atrás do carro onde se encontrava a caixa de isopor com gelo e o Uísque, seguro a garrafa da bebida alcoólica  com força e alerto Jacklline. — Tem um isqueiro aí? — perguntei enquanto lançava a garrafa na direção do minotauro desejando que acertasse grande parte de seu corpo para que Jacklline pudesse fazer o líquido inflamável ascender na pele da criatura. Pulo novamente para o banco da frente e tento encontrar um caminho para que pudêssemos passar e sair dali rapidamente.

Não sei o que havia dado em mim naquela situação, creio que de alguma forma havia me acostumado a sentir a adrenalina percorrer todo o meu corpo. Talvez a influencia de Jacklline e sua ousadia houvessem me ajudado nesse quesito, mas me sentia com mais coragem do que quando tivemos que enfrentar o gigante.

A adrenalina corria a mil nas minhas veias, acelerando meu corpo como uma bateria de carro. Socava o volante enquanto dirigia, dando gritos de empolgação ao deixar os policias para trás. Sabia que mais cedo ou mais tarde isso traria problemas na frente, mas eu conseguiria lidar com eles.

Quando chegamos a Las Vegas tive de reduzir, pois os transito começou a aparecer e como dito eu não era uma motorista experiente para cortar entre carros em alta velocidade. Aproveito que estava reduzindo a velocidade para apreciar a paisagem de Vegas, com suas luzes fortes e cassinos grandiosos.

Sabia que ali redizia o Hotel e Cassino Lotus, o qual deveríamos evitar com todas as nossas forças.

Durante o caminho quase perco o controle do carro, tendo de desviar de uma gigantesca porta de cassino que é atirada na nossa direção. Faço uma curva com o carro e aperto o freio bruscamente, o que resultaria e um acidente se não estivéssemos usando cinto. Já saio do carro com varinha em mãos e procurando por meu inimigo.

UM GIGANTESCO MINOTAURO.

Aquele era o maior de todos que eu já tinha visto na vida, e naturalmente daria um trabalho tão grande quanto seu tamanho. A escoltada ao meu lado decide arremessar algo mais uma vez, o que me faz pensar que talvez seu parente divino possa ter alguma coisa a ver com isso. Apolo, Hermes ou quem sabe a deusa Atena?

--Se eu tenho um isqueiro? Garota, eu sou o próprio fogo! – Digo com orgulho.

Estampo um sorriso no rosto no momento em que invoco minha Barreira Elemental de fogo, tornando-me envolvida por chamas. Essa barreira seria maximizada pelo meu anel da serpente e pela minha aura mágica do mago, tornando-se ainda maior e mais poderosa. Toco com a varinha na barreira, ativando forças[inicial] maximizado pela varinha e pela aura.

Disparo a maior quantidade possível de fogo na forma de uma grande gigantesca labareda de chamas. Espero que isso cause um efeito agradável junto com a bebida que a garota havia arremessado, causando algum tipo de explosão que aumentasse o efeito do fogo.

--É uma pena, eu queria beber esse Whisky – Brinco.

Apesar de tudo, fico atenta para esquivar de qualquer ataque a qualquer momento e proteger a indefinida caso necessário.

Ao final de tudo tomo uma poção de energia[mítica].

Nível 1 - Forças [Inicial]: O filho de Magia manipula um dos quatro elementos em pequenos feitos, mas ainda não é capaz de invocar. Por exemplo: uma bola de fogo do tamanho de uma bola de vôlei. Custa 20 de energia, a habilidade entrará em espera por um turno.


Nível 2 - Barreira Elemental [Inicial]: Invoca uma barreira elemental que segue os movimentos do personagem por dois turnos. Custa 40 de energia, a habilidade entrará em espera durante três turnos.

Nível 12 – Aura Mágica do Mago: O filho de Magia desprende uma aura mágica* mediana. (Auras mágicas são referente a quantidade de magia envolvida no monstro ou artefato).(+17 WIS)

Nível 2 - Febre: Quando o filho de Vulcano luta em lugares quentes ou abafados, assim como nas forjas, sua força e suas habilidades são ampliadas. (+10 FOR E +10 DEF nessas condições)

*Considerar sempre que recupero 10 de energia e 5 de vida toda rodada.

Me digam que vocês não fizeram um molotov.

Juntando mais uma ideia genial de Kitty, e um poder de fogo impressionante de Jacklline, as duas garotas fizeram o improvável. O Uísque podia ser algo mortal, mas o fogo produzido por Jack era divino, cheio de magia, e aquela combinação provocou uma explosão que chacoalhou o carro das garotas.

Provavelmente toda a cidade de Las Vegas havia ouvido aquilo, o que significava que elas tinham poucos minutos para sumir dali, e arranjar um jeito de se camuflar, pois depois disso, a polícia não pouparia esforços para encontrá-las.

Certo, aquilo havia tido mais força do que eu havia imaginado. O carro em que estávamos balançou, e por instinto segurei na borda do carro  imóvel. Suspirei de alivio ao notar que o carro não havia virado, porém o som da explosão ainda estava em minha mente, balancei  a cabeça durante alguns segundos atordoada até direcionar meu olhar a Jacklline. Provavelmente aquela explosão teria causado muito escanda-lo e logo a policia estaria ali para saber o que ocorreu.

Sem pensar muito apenas repito algumas vezes para que Jacklline acelerasse para sairmos dali. Notei que ainda estávamos com o celular e o peguei, porém ser querer o deixei cair para fora do carro e agora não daria tempo para pegar, virei-me para Jacklline enquanto ela dirigia e olhei ao redor já escutando alguns sons de sirenes ao longe. — Jack, consegue mudar a aparência do carro? — perguntei a morena, se o carro em si não fosse o que eles estavam procurando, talvez, não reparassem na gente até conseguirmos estar próximas a saída da cidade.

Respiro fundo sentindo o calor e o sabor das chamas arderem meu rosto. Eu era quente como o fogo, assim como minha alma era vermelha como suas chamas. Queimar tudo até o pó era sempre meu plano final, independente de com o que eu estava lidando.

Seja com monstros.
Seja com minha vida.
Eu sempre acabo queimando tudo até o chão.

Deixo minha visão comtemplar as chamas por algum tempo. No entanto, sabia que não podíamos continuar ali por meio tempo depois de toda a confusão que estávamos fazendo. Entro dentro do carro e acelero a toda, alternando a música para uma de minhas bandas favoritas.



--Não vou nós disfarçar, que eles venham atrás de nós! – Gritei.

Acelerei ainda mais, desafiando as autoridades a me acharem se puderem. Eu sempre fui uma garota inconsequente e sempre vou ser assim, independente dos meus poderes ou de minhas capacidades.
Se desse merda, eu resolveria depois.