Abri os olhos, não os da face mas os da raiva. As entranhas mortas herdadas de Hades moveram-se em meu corpo questionando a existência de vida dentro de mim. Fechei-me ao alento de meu interior e busquei razão para estar ali enfrentando minunciosamente uma criatura com tamanha discrepância e desrespeito perante mim, o Cavaleiro Negro. Lembrei-me que lutava para que o espírito e a carne me tornassem verdadeiramente forte, para que o sangue do Submundo igualasse-se ao do Olimpo. Para que eu rasgasse o véu romano e queimasse aquela cidade imunda em escuridão.
Olhei para a fênix autômato, ora, maldita criatura. Sua mera existência transpassava aquilo que eu considerava inabalável, meu ódio. Aos poucos sentia pena dela, não por eu ser mais forte, mas por não encontrar resquício o suficiente de vida para que me parecesse uma criatura digna da foice dos ceifadores.
Encarei minha alma no interior, e soquei-a no meio do rosto. Como pude fraquejar? O que meus servos pensariam de mim? Rapidamente mudei minha posição corporal ao ver que o golpe da criatura falhara. Não deixei-me tomar pela dor, não era nada comparado ao que já passei, e minha |
Aura Gélida| seria mais que o suficiente para acabar com o ardor em pouco tempo.
Acentuei minha Herança do Rei por baixo da armadura, senti-me parecendo cada vez mais pálido e cadavérico. Rosnei por fome de luta, de guerra. Sempre tive dificuldades em orgulhar meu pai, mas em contrapartida meu primo, Ares nunca teve a chance de desgostar de mim, respeitando-me outrora.
Enquanto as chamas estavam fracas eu corri, os passos mais rígidos, duros, como se batesse rocha contra o chão. Senti imediatamente meu sangue correr mais gelado ao imaginar que Kadie poderia fazer tudo aquilo tremer e cair. Aproximei-me da criatura, sempre odiei brilho, mas aquelas chamas eram verdadeiramente respeitáveis e elegantes, quem dera outrora uma criatura dessas me servisse. Mas afastei essas ideias malucas da mente, ora, esta era minha inimiga afinal.
Tinhas as duas espadas de Ferro estígio na mão, e enquanto me aproximava fiz com que aquela feita a partir do metal em sua magnífica pureza recebesse lembranças de seu antigo lar. Minha |
Lâmina do Estige| tornara-se tão fria quanto o mar negro que rasga o Tártaro e o Submundo.
Ao me aproximar, corto-a com as duas espadas de maneira Horizontal e continuo correndo pela sua lateral, esperando que aquilo fosse o suficiente para abri-la ao meio, e dar-lhe uma única vez o beijo do próprio Rys Styx.
Ao fim de tudo, me distancio.
Ativa Utilizada:
Nível 2 – Lâmina do Estige: O filho de Hades move parte de sua energia para lâmina, o que a deixará tão gelada quanto as águas do rio Styx. Ao atingir qualquer parte do corpo do alvo, o mesmo terá sua ligação com a alma cortada, ficando inerte por uma rodada (APENAS O MEMBRO ATINGIDO). O usuário pode utilizar esta habilidade também com o toque, paralisando todo o corpo do alvo enquanto o contato físico continuar. Funciona apenas com alvos mais fracos que o usuário. O uso dessa habilidade consome 30 pontos de energia, e entra em espera por 2 rodadas. A habilidade ficará ativa durante 1 rodada.
Passivas mais Importantes:
Nível 9 – Herança do Rei [Intermediário]: Agora as caraterísticas divina no sangue dos filhos de Hades se acentua. Sua pele pálida desencoraja aproximações e seus olhos, de um negro profundo, enxergam ainda melhor no escuro do que na luz.
Nível 10 – Aura Gélida: Os filhos de Hades carregam consigo uma aura de sombras que causa frio e medo nos que se aproximarem, podendo intimidar alguns sujeitos; inimigos ou não. Os mais fracos podem debandar ou tremer, e os que dormem verão a morte em seus sonhos.