Há pouco tempo eu retornara ao acampamento e as coisas pareciam agitadas, ao menos para mim. Primeiro uma fênix automato na arena, agora o temido Gerion no Texas. Eu ouvira histórias sobre o vilão, sobre os semideuses que o derrotaram e, principalmente, sobre os semideuses que sucumbiram perante seu poder. Quando Quíron requisitou-me para matá-lo, uma dose de adrenalina entrou nas minhas veias, fazendo meu coração bater acelerado. Mil planos e táticas giravam na minha cabeça, meios de matá-lo e - talvez mais importante que isto - meios de sobreviver.

Quando chego ao topo da colina, me deparo com Enzo. Eu o vira pelo acampamento algumas vezes e pelo meu irmão, Aaron, ouvira que ele era um forte campeão de Hera. Eu estaria bem acompanhada se ele desempenhasse pelo menos metade do que eu ouvira que fosse capaz. Sorri-lhe cordialmente e estendi a mão.

- Será um prazer, Enzo.

Apesar da comum aversão aos homens que as demais caçadoras sentiam, eu sempre fora neutra. Eu não tinha motivos para odiá-los, exceto alguns poucos e não era por serem homens.

- Estamos por conta própria até o Texas, isto significa cruzar meio país. - comento, coçando o maxilar - Não possuímos nenhuma habilidade de furto dos garotos de Hermes ou de controle da prole de Afrodite. Minha manipulação é puramente lógica e dificilmente nos ajudará nisto. - dou de ombros, lembrando-me de como evitara a prisão de um campista há muito tempo apenas com argumentos lógicos – Podemos ir até Nova York com as Irmãs Cinzentas. A partir daí não sei como prosseguir ainda.

Isto poderia soar estranho para ele, uma filha de Atena que não sabia lidar com a situação. Bem, eu não era minha mãe, as coisas se ajeitariam conforme fossemos passando por ela.

Ouço o que Enzo tenha a dizer e se aceitar a ideia das irmãs, caminho com ele até a estrada e jogo o dracma para chamá-las.

Permaneceria atenta à minha volta, já estávamos fora do acampamento e éramos ambos semideuses razoavelmente fortes, os monstros chegariam logo.