- Respire fundo. Pense em um lugar seguro.

Ela tinha que tentar entender o que estava acontecendo com sua cabeça. Pesadelos eram comuns para semideuses, mas faziam tantos dias que ela não dormia, que algumas olheiras começavam a surgir no seu rosto perfeito. Não que alguém reparasse nisso, além dela, mas já era motivo pra procurar um filho de Hypnos.

- Agora, me diga... O que você vê?

Em sua mente, havia um vasto espaço branco. Ela estava plenamente equipada e pronta para a batalha, e na sua frente uma mancha de tinta negra se contorcia em uma criatura disforme. Dite sentia, que havia algo vermelho e com garras dentro daquilo que gritava em seu âmago. "Ataque".

Eu não era eu mesma já haviam dias. Parecia que uma mancha negra tinha se infiltrado em mim aos poucos e ia consumindo tudo que eu sentia, os pequenos detalhes foram aparecendo aos poucos, uma olheira aqui, uma dormida na hora indevida, uma irritação que nunca tinha sentido antes e no dia anterior eu quase havia gritado com alguém, e foi ali que percebi que bastava. Assim que me encontrei com o filho de Hipnos tentei conjurar aquele lugar... Um lugar que eu poucas vezes ousava pensar, por medo. Mas invés de encontrar o mesmo, me vi diante de uma área branca, uma mancha disforme com um comando tão anti natural para mim que faziam meus músculos doerem com uma tensão gigantesca.

- Não faça nada pelo qual vá se arrepender. - Digo o mais calmamente para seja lá o que fosse aquela coisa, minhas mãos se fechando em punhos por antecipação. - Truques não vão ajudar em nada, apenas saia. - Um comando primitivo invadindo minha voz nessa última palavra, fico atenta tanto para os arredores quanto para aquela coisa a minha frente, caso algo viesse em minha direção tentaria desviar o mais rápido possível e invocar meu chicote flamejante.

Passivas:

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Meu coração batia cada vez mais forte, parecia que o mesmo queria sair para fora de mim a medida da noção de que meu adversário ali não era algo comum, um monstro simples que eu pudesse executar e me resguardar depois. Tento manter a mente limpa enquanto vejo aquela mancha de escuridão, aquela criatura que parecia não ser uma coisa só enquanto respondia ao filho de Hypnos.

- Eu estou em um campo. Ele é branco mas... parece estar ficando fosco a cada segundo, é como se a luz estivesse se apagando enquanto uma mancha... Uma mancha cinza ou preta, não sei dizer cresce cada vez mas e... Eu estou com medo do que tem ali dentro.

Enviado pelo Topic'it

Vamos lá Maniel, você não é mais uma criança.

A voz do filho de Hypnos que veio me ajudar se tornava distante cada vez mais, eu só conseguia encarar aquela coisa a minha frente. Acho que o pior de tudo não era o medo que parecia me invadir a cada segundo, o pior era que existia uma parte de mim que hesitava em atacar por querer ajudar.

Seu coração mole ainda vai te matar um dia.

A voz volta a minha mente e sinto o baque assim que meus joelhos tocam o chão e um líquido começa a escorrer de meu nariz, toco no mesmo e quando ergo a mão vejo o sangue, ok, você não vai ajudar ninguém se morrer também.

- Eu não quero machucar a coisa. E ela parece saber disso. - Assim que termino de falar me concentro em todo meu corpo e lanço as chamas douradas ao redor dele, tanto para ver como a criatura reagia à luz quanto para poder me recompor o suficiente para me levantar e invocar meu chicote, o enrolando em minha mão.

Habilidade: