Bjorn caminhava pelo chalé, piscando os olhos demorada e preguiçosamente. Seu corpo estava leve e pesado ao mesmo tempo, e sentia-se como um bêbado, tonto e descoordenado. Mas... Era normal, não? Assim que era.
Andou até a porta e saiu para o dia claro lá fora. Os campos de morango cresciam em frente aos chalés - sempre foram ali? - e a floresta erguia-se onde sempre estivera, embora parecesse mais distante do que nunca. Olhou ao redor, vendo as nuvens brancas como algodão deslizando pelo céu. Tudo corria bem, quando sentiu seu pé preso em alguma coisa. Olhou lentamente para baixo, sem conseguir enxergar o que era, por mais que tentasse. Como assim, não consigo ver meu pé?, pensou, mas um som o distraiu. Quando olhou para cima, viu as nuvens mais próximas do que nunca. Flutuavam sobre os chalés, espiralando sob o sol que brilhava diretamente sobre a cabeça de Bjorn. O garoto observa confuso as nuvens espiralando em volta de um chalé, sem conseguir ver qual era, e o som de um raio faz seu corpo estremecer. Sentou correr do furacão que se formava na sua frente, mas por mais força que fizesse, mais lentamente se movia em direção às portas do chalé de Atena. Quanto mais corria, mais longe ele ficava, e a cada segundo o tornado atrás o puxava com mais força para sí, até o momento que o som de um relinchar alto e estrondoso chegou aos seus ouvidos, assustando-o e naquele momento foi içado no ar, girando em direção ao tornado e-
BAM!
-- Ai! -- exclama Bjorn, levando a mão à cabeça, confuso. O garoto estava no chão de seu chalé, e em sua cabeça sentia um galo crescendo sob seus dedos. O garoto já estava se convencendo de que não fora mais que um sonho, quando os gemidos de seus irmãos chegaram aos seus ouvidos. Os filhos de Atena se remexiam na cama, inquietos, como se todos compartilhassem de um pesadelo coletivo. Talvez Bjorn tivesse se disposto a acordá-los, mas o som absurdamente alto de um casco pisando o chamou a atenção. Quíron? foi a primeira coisa que o veio à mente, mas aquele som era diferente. Pairava no ar, silvando com tensão. Ems eguida, o mesmo relinchar que o havia assustado no sonho encheu o ar, como uma risada macabra, e todos os dormintes se inquietaram ainda mais, alguns chegando a choramingar ou dar gritinhos em suas camas.
Bjorn irrompeu pela porta do chalé de Atena. Lá fora, a noite estava escura como nunca, e os ventos silvavam com selvageria. Um borrão no ar chamou a atenção de Bjorn que, quando se virou, viu uma cena magnifica e aterradora.
A criatura bate o casco mais uma vez sobre o telhado do chalé de Hipnos, e em um salto pula para o próximo, e para o seguinte, pairando no ar por longos segundos, seus cascos fazendo um som descomunal ao se chocar contra os telhados, fazendo o coração de Bjorn falhar uma batida a cada pisada. O monstro salta mais uma vez pisando no telhado florido de deméter, que em segundos se torna enegrecido, como os cipós de uma floresta velha e decrépita. Dentro dele os gemidos dos filhos de Deméter se erguem enquanto dormem, assustados em seus Pesadelos. Sua crina e cauda farfalham como fogo ou fumaça, difícil dizer, tremulando no ar à sua passagem.
O Pesadelo saltou para os campos de morango, que logo criaram espinhos e murcharam, e deu a volta, relinchando mais uma vez, e Bjorn ouviu os gemidos virem também dos outros chalés. Por mais que olhasse ao redor, o garoto não conseguia ver mais ninguém ali além do belo monstro e de si mesmo.
Andou até a porta e saiu para o dia claro lá fora. Os campos de morango cresciam em frente aos chalés - sempre foram ali? - e a floresta erguia-se onde sempre estivera, embora parecesse mais distante do que nunca. Olhou ao redor, vendo as nuvens brancas como algodão deslizando pelo céu. Tudo corria bem, quando sentiu seu pé preso em alguma coisa. Olhou lentamente para baixo, sem conseguir enxergar o que era, por mais que tentasse. Como assim, não consigo ver meu pé?, pensou, mas um som o distraiu. Quando olhou para cima, viu as nuvens mais próximas do que nunca. Flutuavam sobre os chalés, espiralando sob o sol que brilhava diretamente sobre a cabeça de Bjorn. O garoto observa confuso as nuvens espiralando em volta de um chalé, sem conseguir ver qual era, e o som de um raio faz seu corpo estremecer. Sentou correr do furacão que se formava na sua frente, mas por mais força que fizesse, mais lentamente se movia em direção às portas do chalé de Atena. Quanto mais corria, mais longe ele ficava, e a cada segundo o tornado atrás o puxava com mais força para sí, até o momento que o som de um relinchar alto e estrondoso chegou aos seus ouvidos, assustando-o e naquele momento foi içado no ar, girando em direção ao tornado e-
BAM!
-- Ai! -- exclama Bjorn, levando a mão à cabeça, confuso. O garoto estava no chão de seu chalé, e em sua cabeça sentia um galo crescendo sob seus dedos. O garoto já estava se convencendo de que não fora mais que um sonho, quando os gemidos de seus irmãos chegaram aos seus ouvidos. Os filhos de Atena se remexiam na cama, inquietos, como se todos compartilhassem de um pesadelo coletivo. Talvez Bjorn tivesse se disposto a acordá-los, mas o som absurdamente alto de um casco pisando o chamou a atenção. Quíron? foi a primeira coisa que o veio à mente, mas aquele som era diferente. Pairava no ar, silvando com tensão. Ems eguida, o mesmo relinchar que o havia assustado no sonho encheu o ar, como uma risada macabra, e todos os dormintes se inquietaram ainda mais, alguns chegando a choramingar ou dar gritinhos em suas camas.
Bjorn irrompeu pela porta do chalé de Atena. Lá fora, a noite estava escura como nunca, e os ventos silvavam com selvageria. Um borrão no ar chamou a atenção de Bjorn que, quando se virou, viu uma cena magnifica e aterradora.
- Spoiler:
A criatura bate o casco mais uma vez sobre o telhado do chalé de Hipnos, e em um salto pula para o próximo, e para o seguinte, pairando no ar por longos segundos, seus cascos fazendo um som descomunal ao se chocar contra os telhados, fazendo o coração de Bjorn falhar uma batida a cada pisada. O monstro salta mais uma vez pisando no telhado florido de deméter, que em segundos se torna enegrecido, como os cipós de uma floresta velha e decrépita. Dentro dele os gemidos dos filhos de Deméter se erguem enquanto dormem, assustados em seus Pesadelos. Sua crina e cauda farfalham como fogo ou fumaça, difícil dizer, tremulando no ar à sua passagem.
O Pesadelo saltou para os campos de morango, que logo criaram espinhos e murcharam, e deu a volta, relinchando mais uma vez, e Bjorn ouviu os gemidos virem também dos outros chalés. Por mais que olhasse ao redor, o garoto não conseguia ver mais ninguém ali além do belo monstro e de si mesmo.