O filho de Apolo viu a flecha passar a frente dos seus olhos, centímetros que distanciaram ele da foice de Thânatos. Zuriel recuou para atrás da árvore, sentindo seu coração martelar no peito. Ao seu redor haviam várias plantas de diversos tipos e arbustos de tamanhos variados. Alguns animais pulavam de galho em galho e era quase certo que se procurasse bem, conseguiria ver um ou outro monstro escondido ao longe, descansando. O treinamento de hoje havia sido diferente. O semideus tinha de lidar com uma situação real de combate e para isso tinha sido convocado à floresta. O campista se esgueirou pelo tronco da árvore, vendo a densa floresta que se sucedia. Há cerca de 30 metros dele, um homem preparava em seu arco duas flechas pontiagudas, pronto para arremessá-las no rapaz. Zuriel recuou, a tempo de vê-las passar próximo a ele mais uma vez. Apesar dele ter se preparado para um combate sério, certamente aquilo não seria tão fácil quanto imaginava.

Elfo:

- Postar itens e spoilers e as habilidades que quer que eu considere.
- Se divirta

Fácil definitivamente era um termo que não resumia minha vida nesse acampamento. De todas as tarefas loucas que me propus a fazer, dentre mais algumas que aceitei certas vezes, essa foi uma das que cogitei me arrepender. O ponto é: não tinha como voltar atrás e, por mais que desejasse em algum momento do qual não me recordo agora, talvez a opção deveria ser descartada logo no início - como bem fiz. Para me tornar mais forte e ser capaz de lutar igual via diversas vezes meus irmãos mais experientes batalharem, precisaria me esforçar ao máximo. Forçar meus limites até o ponto em que não houvesse mais nenhum.

Detrás daquela árvore meu coração batia acelerado, lembrando-me da adrenalina que percorria minhas veias despertando meus sentidos durante esse momento. Flechas zuniam próximas ao meu corpo toda vez que o elfo disparava contra mim. Particularmente, pensava em elfos como uma imitação barata de nós, filhos de Apolo, mas mereciam o crédito pela boa mira. Um, dois, três, quatro... Um par de flechas zunia ao lado. Cinco, seis, sete, oito...  Mais uma vez perdi o marcatto.

Tentava contar o tempo que ele levava para sacar e disparar as flechas, aproveitando do intervalo para disparar um projétil de bronze e me esconder na próxima árvore dificultando sua mira. Na medida do possível, tentaria me manter oculto na vegetação (as árvores) com os fachos de luz da manhã permeando a floresta e afastado no máximo sem perdê-lo de vista.

Passivas:

Arsenal:

O filho de Apolo prefere contar os intervalos entre os disparos ao invés de somente sair atacando, o que foi inteligente. Ele percebeu que os disparos ocorriam a cada 5 segundos, mas sempre que o garoto se mexia ou fazia sinal de que se moveria, uma flecha era disparada após 1 segundo. Se aproveitando disso, o garoto vai para outra árvore, mantendo a distância entre eles a mesma. Agora ele tinha um padrão, mas só isso não era o suficiente para ganhar. O arqueiro se movia enquanto atirava e em pouco tempo estava agora 5 metros mais próximo (Distância=25m) e se aproximando em linha reta.

Agora que conhecia melhor acerca da velocidade de meu oponente poderia trabalhar numa estratégia com base em informações concretas na tentativa de uma investida de maior chance sucesso na próxima vez que fosse atacar. Tiraria uma flecha de bronze do pulso e logo em seguida apontaria para ele acreditando que logo seria retalhado, mas primeiro tentaria desviar da flecha disparada pelo elfo e atiraria no segundo depois.

Procuraria estar atento aos galhos, troncos, raízes e qualquer coisa no caminho para não tropeçar e cair ou me atrapalhar no meio do processo. Se visse que não seria capaz de atirar do ângulo desejado, tentaria de um local melhor sem que minha guarda ficasse muito exposta. Ele estava se aproximando rápido, logo eu precisaria ser mais cuidadoso a cada movimento.

Passivas:

Arsenal:

Zuriel retira uma flecha de sua tatuagem, preparando-se para atirá-la no instante em que conseguisse desviar do rapaz. Mas para sua surpresa. O oponente era igualmente rápido. O filho de Apolo atira e no instante em que se esgueira novamente para atrás da árvore sente um projétil passar pela sua coxa, abrindo um corte no membro do semideus (-25). O ferimento ardia, mas era incerto se havia qualquer veneno ou se a flecha tinha algum elemento especial. Ele pôde ouvir um grunhido e ao fitar novamente seu adversário, o elfo tinha sido acertado no seu peitoral. Talvez o ferimento não tivera sido fatal devido à peça de couro que revestia à região, mas aquilo havia o dado uma noção de que não poderia vacilar diante do campista.

- Seu IMUNDO! - Gritou o arqueiro. O menino pôde ouvir o som de folhas se mexendo, como se ele estivesse correndo na direção do rapaz.

Um corte na perna provocado por uma flecha seria apenas uma distração se eu me permitisse esmorecer com a suspeita de existir algo misturado ao projétil, um feitiço ou veneno? Não sei. Sabia que tinha um alvo a enfrentar e precisava ser mais esperto que ele.

- SEU IMUNDO. - o ouvi gritar e mordi o canto do lábio interior para não replicar a ofensa com uma praga. Por mais que quisesse "descer do trono" e retrucar ao mesmo nível, não o faria porque revelaria minha localização -inda que ele tivesse visto qual árvore eu havia me esgueirado. Com a velocidade que eu escutava ele balançar as folhas das árvores, imaginei que estivesse com o arco abaixado. Seria arriscado, mas precisaria tentar uma ideia que me ocorrera.

Utilizaria mais uma flecha, desta vez de ouro para melhorar o efeito, e atiraria rapidamente mirando no ombro dele. Assim que soltasse a corda do arco, imediatamente atiraria a segunda flecha dourada aquecendo-a com o Calor Solar proveniente de meu corpo. Queria que ele explodisse, mas ainda não tinha força suficiente para isso. A menos que ele carregasse alguma pólvora consigo por debaixo do peitoral.

Nível 3 - Perícia com Arco e Flechas [Inicial]: O herói possui uma mira quase impecável, a melhor dentre todos os semideuses. Tem efeito da habilidade ativa Flecha Certeira [Inicial]. Permite que o herói treine suas demais perícias até o nível [Inicial].

Nível 2 - Calor Solar: O filho de Apolo usa esta habilidade para aquecer algum objeto que ele tocar. Porém, eles também se tornam levemente luminosos, causando dificuldade de esconder-se no escuro. O uso da habilidade requer 30 pontos de energia.

Zuriel prepara uma flecha de ouro e a atira no ombro do seu oponente. O homem esquiva para a lateral, tomado pela confiança e se aproxima do rapaz a ponto de arremessar sua adaga. Contudo, ele não esperava a segunda flecha. Antes de ser atingido no braço esquerdo, Zuriel acerta uma flecha no outro ombo do elfo, fazendo com que ele dê alguns passos para trás e deixe o arco cair ao chão. Ele começa a praguejar xingamentos em uma linguagem não compreendida pelo rapaz e pelo que tudo indica ele pretende se abaixar para pegar seu item. A adaga arremessada passou rasgando o antebraço do menino, fazendo-lhe um corte que apesar de não ser profundo, lhe prejudicaria nos próximos disparos (-25).

Ser cortado mesmo que não profundamente era algo desagradável e fiz uma careta de desgosto ao sentir mais uma ferida se abrir em meu corpo. Ahh, como gostaria de estar de volta em minha cama compondo músicas sobre aventuras que não vivi enquanto recebia meu banho de sol diário. Mas enquanto não voltava para esta parte de minha rotina, seguiria o baile.

- Hááá!! Quem é o imundo agora, paspalho?! - gritaria ao elfo enquanto corria em sua direção e chutando o seu peito com a velocidade que alcançaria + a força que possuo = tendo maior impacto. Além disso, esperava que o grito súbito o surpreendesse, mesmo que de leve, para dar tempo de um segundo - suficiente para fazer o que eu precisava. Como a nossa distância era curta rapidamente o alcançaria, tendo o cuidado de desviar de mais alguma coisa que possivelmente estivesse oculta. Se ele tivesse tempo de me atacar, me defenderia com o arco em sua cabeça.

Caso surgisse algum contra-tempo buscaria chutar o arco dele e/ou me esquivar com saltos, rolamentos (quando possíveis) e o que mais desse na telha que funcionasse para a lateral, circundando-o para sair de seu campo de vista.

Zuriel dá um grito de empolgação, devolvendo o xingamento que no começo não pudera. O semideus avança e tenta aplicar um chute no arqueiro, mas o elfo era implacável. A criatura segura seu arco e bate lateralmente na perna do semideus, o fazendo perder o equilíbrio e cair ao chão. A pancada o deixara um pouco lento, mas não atordoado o suficiente para segurar as mãos do elfo. O adversário do campista estendia suas mãos na direção do rapaz, tentando estrangulá-lo. Zuriel segurava as mãos dele, tentando conter a força do monstro. Ele sabia que não conseguiria fazer isso por muito tempo. O arco do elfo está caído logo ao seu lado e vocês estão deitados ao chão, com ele logo acima de você.

- Se sujando neste solo fedido? És um IMUNDO, humano! - Repetiu, com um sorriso maldoso.

Eu não estava na posição mais favorável ou a melhor que já estive em qualquer momento em minha vida, e para piorar sofria a tentativa de um estrangulamento por uma criatura ambivalente, pois se tratava de luminosidade malévola. Se continuasse nesse impasse, perderia. Se deixasse me pegar, morreria. Então o jeito era enfrentar no mano a mano. Como ele estava por cima, a vantagem era minha.

Enquanto ele estava mais ocupado prestando atenção na minha garganta, eu usaria minhas pernas para prender seu pescoço e apertá-lo por entre as panturrilhas negando o direito à folga. Enquanto isso, aqueceria todo o meu corpo como um luzeiro, queimando o corpo do desgraçado ao passo que mantivéssemos o contato..

- Pelo menos eu sei me limpar, seu estrume de lâmpada.

Se eu conseguisse uma abertura da parte dele, como a tentativa de afrouxar o aperto de minhas pernas em seu pescoço levando as mãos para o local dito, puxaria a adaga guardada em meu bolso e o esfaquearia nas costelas girando o cabo para melhor perfuração e mais sangramento.

Entretanto, se nenhuma das alternativas fosse válida tentaria agarrar a o arco e bater repetidamente em sua cabeça até que ele saísse de cima de mim. Porém, se não conseguisse, procuraria apertar os glóbulos de seus olhos para distraí-lo enquanto tentaria sair debaixo.

Nível 2 - Calor Solar: O filho de Apolo usa esta habilidade para aquecer algum objeto que ele tocar. Porém, eles também se tornam levemente luminosos, causando dificuldade de esconder-se no escuro. O uso da habilidade requer 30 pontos de energia.