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por Will Kross 15/08/20, 06:42 pm

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno


Missão II

Requisito: lvl10~15
Recompensa: 2500~4000 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
Dracmas: 1270~2000 (conforme o lvl e a qualidade da missão)

- Você deve dizer um pouco de você no primeiro parágrafo. No mesmo mostrar Quíron lhe chamando para uma nova expedição.
- Você irá até Manhattam (que lugar de Manhattam está a seu criterio) atrás de um monstro. Porém não sabe o que ele é ou o que ele faz, apenas sabe que está causando problemas.**
- Você deve relatar a luta com pelo menos um pouco de emoção.
- Assim que derrota-lo deve retornar até o acampamento e dar um relato de sua expedição a Quíron.**


OBS.:
* Este um monstro que esta causando problemas. Este monstro é uma sombra que traz as suas piores lembranças ou seus piores medos... Você deve conta-los e mostrar um jeito de vencer tal ilusão.
** Não venha com: Eu respirei fundo e aceitei aquilo. Seja mais CRIATIVO!

Ser um semideus nunca foi fácil. O simples fato de ter sangue divino correndo pelas suas veias é o suficiente para quase nunca se ter uma boa noite de sono. É o caso que Will experienciava nas últimas semanas. As marcas ao redor dos olhos do garoto eram notadas por todos que o fitavam naquela manhã. Apesar do seu estado preocupante, doses de café periódicas permitiram que ele não caísse da cadeira frente aos pretores. Os líderes do acampamento trocaram alguns olhares, como se estivessem se perguntando se ele conseguiria dar conta da tarefa estando daquele jeito. Era comum que isso acontecesse. Mesmo após ter sido aceito dentre os feiticeiros de Selene, o estigma de que Kross tinha apenas experiência, mas não habilidade permanecia. O menino se remexeu na cadeira, tentando ajeitar a postura e piscando os olhos para mantê-los abertos por mais tempo. Aquilo o incomodava. Sua impotência havia resultado na morte de Kjeel e na sua própria derrota no Caribe. Ter essa má fama só o deixava ainda mais pensativo. As vozes na sua cabeça prosseguiam, pedindo-o para incitar o caos tanto quanto um servo da discórdia, mas ele conseguiu ignorá-las o suficiente para compreender a missão que lhe foi dada.

- Problema em Manhattan, cabeça de peixe – Anunciou Saito, entregando um mapa nas mãos da prole de Netuno. O mapa mostrava a borough de Nova York com um círculo ao redor de um dos parques. - Há duas semanas um de nossos legionários estava em uma missão de campo e relatou que algo estava muito estranho no Bryant Park. Pedimos para ele averiguar e… bom, não apareceu mais. Precisamos que você vá lá, resolva e volte em vinte e quatro horas. Will assentiu, erguendo-se e caminhando para além da pretoria. Não disse nada. Achou melhor não fazê-lo. A voz do pretor não passava confiança. Talvez no fundo achassem que o meio-sangue se tornasse mais um a desaparecer. Abriu a mochila, tomando duas poções de energia[mítica] e se preparando para ir à Mess fazer um lanche.

[...]

O legionário desceu do táxi das irmãs cinzentas. Deu alguns passos para frente com as mãos a boca, se esforçando para não vomitar. As motoristas riram e Tormenta saltou para trás, puxando a porta e dando o comando para saírem logo dali. A presença de uma prole de Netuno nunca as deixava… contente. Nas palavras delas, era como carregar uma bomba no banco traseiro. O semideus apertou o seu grimório, observando-o com cautela. Ali haviam algumas escrituras. Três capítulos que demonstravam o seu potencial. Will olhou adiante, onde uma quantidade considerável de pessoas transitava de um lado ao outro. Virou o rosto para o lado, vendo a quantidade considerável de árvores à sua esquerda. Seguiu por lá, procurando a entrada do parque. Embora alerta às surpresas, a mente do rapaz não o ajudava a focar. Além da hiperatividade, o sono o fazia pensar em mil e umas coisas além da própria missão. Olhar o grimório não o ajudou. Lembrou-se do dia da iniciação. O dia em que o recebeu.

O salão era feito de mármore branco com alguns desenhos e escrituras espalhadas. Não havia telhado, talvez para que a luz da lua tocasse o chão em sua integridade. Igualmente espaçados em uma fila, haviam alguns outros aprendizes. Preparados para dedicar sua vida à busca pelo conhecimento na ilha. Nathan os fitava atrás de uma mesa junto à uma mulher de manto azul, a deusa da lua. A sua frente, livros flutuantes iam de encontro aos feiticeiros que se aproximava. Ao tocar a capa do que lhe aguardava, Kross o viu se modificar em um brilho roxo, como se seu próprio dedo o excitasse. A capa antes escura agora adquiria uma aparência verde escura, sua cor preferida, e a quantidade de páginas pareceu aumentar, dando-lhe a aparẽncia de um livro ainda mais robusto. O filho de Poseidon caminhou para o lado, dando espaço para que os demais fizessem o mesmo. Em sua mente um cenário se formou, como se ele estivesse em duas realidades ao mesmo tempo.

Eram dois caminhos em uma densa floresta. Por mais que não houvesse distinção física entre eles, o rapaz sabia que levavam à áreas distintas. Mais uma vez o binário se fazia presente. Sempre duas escolhas. Viver ou morrer, romano ou grego, herói ou vilão. As possibilidades que teria em cada um deles percorriam sua mente e ele entendia o que aquilo significava. Estava há alguns dias lendo e significado daquele ritual. Não era apenas paranoia. O próprio grimório pedia para que ele escolhesse: Místico ou elemental. O meio-sangue olhou para seu peito, como se pudesse ver além das vestes e enxergar a cicatriz no seu peito, Três ferimentos que nunca se curariam completamente. O local onde as lâminas do ciclope perfuraram e o levaram à morte. Lembrou-se de como era inexperiente e como seus elementos não surtiram o menor efeito no seu oponente. Pensou em como poderia ir além da sua ignorância e de sua aptidão natural, Tinha agora a chance de dominar magias que jamais sonhou em executar. Olhou para seus companheiros iniciandos, todos indecisos e pensativos. Por longos minutos, Will permaneceu inerte. Mesmo que nada falasse, ele já sabia a resposta. Sua imaginação já há muito vagava por um dos caminhos e ele mergulhava em suas próprias escrituras. Sussurrou algumas palavras em idioma antigo, aceitando seu destino. Após uma caminhada pelo prédio, aproximou-se de uma das estantes da biblioteca. Pegou alguns outros livros e pergaminhos, dedicado a começar a praticar. Acima da prateleira havia um dizer grande em letra cursiva: “Elementais”.


Caminho escolhido:
Caminho Elemental

[...]

O Bryant Park estava diferente. O menino já tinha o visitado outras vezes e não se lembrava de ser daquela forma. Guiado pelo sensor mágico, Will percebia algumas assinaturas nas árvores e no chão, como se alguém tivesse vomitado energia por todo o parque. Visívelmente, não havia nada. Havia uma pequena estrada de terra que se dividia a cada 10 metros em mais duas rotas. Haviam bancos em ambos os lados, onde famílias se reuniam e casais conversavam. A parte mais estranha era o semblante dos que estavam de saída. Tristeza e fúria resumia-os bem. Alguns choravam e outros esmurravam o ar. Era como se todos que retornassem do centro do parque puxassem briga com um rinoceronte e não aceitasse a surra que levaram. Se tivesse visto esse detalhe, o garoto seria levado diretamente ao núcleo da sua tarefa. Mas não foi o caso. A visão do rapaz se tornava turva a cada instante. Suas pernas se guiaram na direção do banco mais próximo e só houve tempo para deitar seu tronco e abraçar o grimório antes de cair em um sono tão pesado como se fosse induzido pelo próprio Somnus.

No sonho, Kross estava de volta na ilha. Estava em um pátio cercado por paredes azuis e com alguns desenhos estampados, runas de proteção. O piso tinha um tom de madeira lustrada e o local tinha espaço suficiente para que cada um dos feiticeiros pudesse treinar seus feitiços sem interferir um no outro. O grimório flutuava a frente do romano, guiado pela sua telecinese enquanto ele tentava ocupar suas mãos com o outro feitiço. Will proferia as palavras das páginas com exatidão, dizendo-as talvez pela milésima vez. Já estava há semanas tentando aquele encantamento, tentando explorar o novo capítulo do seu livro pouco a pouco. Por mais que fosse um excelente manipulador do elemento água, as técnicas mágicas tinham uma dificuldade a mais para serem executadas. Como filho de Netuno, a água que ele controlava era como parte de seu próprio corpo. Como feiticeiro, era apenas um aprendiz tentando entender as ramificações do seu potencial mágico. Visualizou a energia saindo de seu pulso e indo de encontro aos dedos, imaginou a água se formando e irrompendo o solo de maneira mais concentrada e guiada pela sua magia. Tocou o chão, chamando o líquido para fora. “Acqua erupto” Já não sabia mais quantas vezes havia falho nas suas tentativas, mas daquela vez Will sorriu quando percebeu que tudo ocorria bem. A água jorrou do chão como uma mangueira de quintal, arremessando água no rapaz e caindo ao chão sem sequer molhar suas vestes.

O rapaz tentou ignorar sua hidrocinese. Concentrou a energia da mesma forma que antes, direcionando-a a partir das mãos para a água que jorrava. O jato tremeu, como se algo o puxasse para cima. O menino continuou a tentar até um chicote pequeno feito do elemento planar próximo a seu braço. Suspirou de alivio, dando gargalhadas consigo mesmo e atraindo alguns olhares tortuosos dos demais feiticeiros no espaço de treinamento para feitiços. Não era nenhuma invocação de leviatã, mas para o garoto era o resultado de longas horas de estudo. Era a prova de que ele estava evoluindo.

Capítulo Adquirido: Capítulo Inicial, da Manipulação da Água

O sonho se modificou, como se as lembranças viajassem em um redemoinho e outra imagem se firmou. Era o mesmo local: o pátio de treinamentos na ilha de Selene. Estava iluminado por tochas e a luz leve do luar que invadia o teto aberto. Dessa vez só Kross estava lá. Uma brisa suave passava por ali enquanto o rapaz movimentava seus braços, mexendo-os como se fossem duas serpentes. De sua boca escapavam algumas palavras incompreensíveis por aqueles que não entendiam a complexidade da magia dos ventos. O garoto juntou as mãos e de seu pulso uma espiral se formou, partindo na direção da parede e se chocando como um soco desferido por um atleta. Sorrindo, o filho de Netuno correu pelo piso de madeira e saltou de um canto ao outro. Em meio ao ar, era como se a própria atmosfera quisesse auxiliá-lo, permitindo que fosse ainda mais alto e distante do que jamais havia conseguido. O caminho do vento. Parou frente a um alvo de madeira, ofegante. Lembrou-se das semanas de estudo que se antecederam e das pequenas demonstrações que havia se dado. Há algum tempo nem mesmo conseguiria causar uma leve ventania. Pouco a pouco, se via melhor naquilo.

Não usou seu controle de Magia para nada, concentrou-se nas instruções e relatos dos pergaminhos que se aprofundara. O tempo de leitura na ilha de Selene havia o feito entender a própria arte mágica de outra maneira. O caminho elemental era mais profundo e complicado do que ele imaginou que seria, mas sua determinação cresceu. Selene havia o aceito como seu seguidor e lhe dado a oportunidade de aprender. Restava a ele aproveitar. Will proferiu o encantamento mais uma vez, formando uma onda de ar que se chocou contra o corpo do alvo e o empurrou para trás. As semanas pareciam não passar, todas presas na mesma rotina. Acordava, comia, estudava, praticava, dormia. Todos os dias sempre os mesmos verbos. Ir para o acampamento devido ao chamado dos pretores o salvou. Viver isolado havia o permitido evoluir em um maior ritmo, mas havia o condenado com os pesadelos e a solidão.

Capítulo Adquirido:Capítulo Inicial, dos Domínios dos Ventos

[...]

O feiticeiro abriu seus olhos, sentindo suas costas doerem devido à posição que dormira. Se sentou, vendo que não havia mais ninguém ali. Will se perguntou o horário, passando a mão pela sua nuca e percebendo que o cochilo, apesar de estar longe do que ele precisava, havia o suprido por enquanto. Tapeou a mochila, retirando uma sacola amassada. De dentro sacou o sanduíche surrado que se preocupara em pegar na Mess antes de sair. Graças à sua experiência em outras missões, o garoto sabia que sair sem dinheiro poderia significar passar fome, por mais que fosse uma tarefa rápida em um local próximo do acampamento aliado. Em alguns instantes a comida já havia sido devorada. Cortando o silêncio, pôde-se ouvir… uma música?



Por mais que procurasse a fonte do ruído, nada encontrou. A melodia se propagava como se oriunda do próprio céu. Will ficou confuso. Pensou estar começando a alucinar, afinal, era uma música que ele conhecia bem. Era a preferida da sua mãe. Lilian Kross a tocava no carro em todos os passeios que faziam até Manhattan. Algumas vezes, só ouvi-la cantarolar acalmava o semideus e lhe trazia um pouco de paz. Era tudo que ele precisava nesse momento: Um momento de paz. Deixou-se levar pelo som, relaxando os ombros e lembrando-se de quando caminhava por aquela estrada com ela, tomando sorvete e cantando sem qualquer preocupação com o amanhã. O filho de Netuno sentia falta dela, sentia falta da sua vida antes de descobrir os deuses. Sentia falta de ser normal. Viver em Nova Roma não era o mesmo que viver ali. Adorava a legião, mas sabia que nunca daria certo. Sua mãe nunca se adaptaria. Erriçando seus pelos e fazendo-o arregalar os olhos, uma voz familiar o chamou.

- Filho? - Há alguns metros, uma mulher o encarava com um sobretudo marrom, se aproximando a passos calmos. Seus olhos eram tão azuis quanto o mar em uma tarde de verão e se sorriso radiante e acolhedor. De imediato Willsoube que era ela. A voz, o rosto, o caminhar. romano desabou em lágrimas, abandonando a mochila e correndo ao seu encontro. A pessoa que ele mais precisava ver naquele momento estava ali. Cada feitiço aprendido e cada livro finalizado não mudavam a forma como ele se sentia. Se prendendo a si mesmo, evitando qualquer outra companhia senão às das vozes em sua cabeça. Sozinho. Ver sua mãe apagou da sua mente todas as preocupações. Fez com que ele não precisasse mais disfarçar a dor que sentia.

Antes de conseguir alcançá-la tudo mudou. O peito de Lilian se abriu, revelando três lâminas douradas manchadas em sangue. Sua expressão porém não mudou. Continuou feliz por ver seu filho. Caiu ao chão, frente ao assassino de armadura. Kross parou encarando a cena sem acreditar. Raiva e confusão lhe percorreram. Por alguns instantes, tentou entender a cena. Metros adiante estava um reflexo seu, equipado para batalha e com sua arma suja pela morte de sua própria mãe. O legionário quis persegui-lo quando ele se pôs a correr, mas não conseguia. Não podia abandonar sua mãe ali. Abraçou-a, passou a mão pelo seu rosto, chamando seu nome e pedindo que o respondesse. Olhou para sua bolsa, onde não havia nada mais do que poções que ela jamais conseguiria beber. O ar escapou e sentiu como se estivesse sendo sufocado. Buscou respirar, mas não conseguiu. Em meio as lágrimas ele se levantou, sem controlar a si mesmo. Quando pairou alguns centímetros do solo, percebeu que não era o desespero falando. Estava sendo puxado pela sua familiar.

- Por que, William? -
Disse, antes de jogá-lo alguns metros para trás. O filho de Netuno rolou na estrada, gemendo e olhando suas mãos… limpas. Alguns segundos atrás estavam manchadas de sangue. Questionou-se como isso era possível e olhou para o lado, vendo sua mãe caminhar na sua direção. Se desculpou, tentou explicar, mas foi recebido por socos e chutes. Diferente do que era comum, não revidou. Como poderia? Estava diante de sua própria mãe que foi morta por um clone seu. A mente do feiticeiro era tomada pela culpa, sem forças ou intenção nenhuma de ferir sua familiar. No parque, rostos conhecidos começaram a aparecer. Outros legionários se aproximavam, formando um círculo ao redor do rapaz e da cena de sua mãe o espancando. Todos sussurravam palavras diferentes, mas com a mesma intenção: ressaltar a mediocridade do rapaz. Pretores, centuriões, senadores, campistas, todos comentando o mau agouro do filho de Netuno e como ele só teria trazido desgraça sobre a Legião Fulminata. Kross cuspiu sangue no chão, sentindo as feridas em seu rosto e braços se abrirem. Os socos de Lillian eram como finas lâminas, rasgando sua carne a cada investida e fazendo-o gritar. Ele não compreendia. Não havia como ser real. Disse a sim mesmo que era uma ilusão, mas de sua boca só saía uma única sentença

- Me desculpem – Pensou ser o fim. Desabou no chão, tocando o grimório e tentando folheá-lo mentalmente. Parou no último capítulo. Não havia mais de alguns dias que havia o dominado. Sua mente viajou, talvez um último vislumbre do passado antes de sucumbir.
[...]

Da mão do feiticeiro saía uma fumaça branca, dançando entre seus dedos e indo até o pulso. O ar ao seu redor se moldava, cristalizando-se até formar um fino espelho de gelo. O rapaz tentou erguer, mas não teve forças. Folheou o livro mais uma vez, tentando repetir o encantamento. Olhou ao seu redor, mas não havia mais ninguém ali. Caminhou até a biblioteca, puxando algumas escrituras de magos mais experientes. James Corden – Relatos sobre um Inverno Mágico era o último deles. Falava sobre um filho de Nêmesis cujo domínio elemental o permitira expulsar o gelo em um jato concentrado. O encantamento que lá estava era complicado e exigia muito mais prática, mas talvez o garoto pudesse mesclar os conhecimentos e executar um jato mais básico.

Caminhou até o pátio novamente, marchando com a mente distante e tentando se lembrar de tudo que havia aprendido até ali. Meses praticando magia de água e ar. Até mesmo alguns feitiços de gelo já estavam prontos em seu arsenal. A rotina de estudo estava desgastante e agora mesmo, ele tivera que se segurar para não desabar de sono em meio ao piso de mármore. Concentrou energia em sua mão direita, mas dessa vez a conteve. Não houve fumaça nem sequer uma resposta. Começou a proferir o encantamento, contendo o poder o máximo que conseguira. Quando disse a última palavra, liberou-a, direcionando-a fisicamente. Da sua palma saiu um jato congelante, partindo na direção da parede e formando uma camada de gelo mais concreta do que ele jamais havia conseguido antes. Pela forma que estava disposta, Kross entendia que seria facilmente derretida ou destruída, mas no fundo do ego do feiticeiro ele se sentia realizado. Se sentia pronto.

Capítulo Adquirido:Capítulo Inicial, dos Domínios do Gelo

[…]

Lilian se aproximou, com um sorriso maquiavélico no rosto. Sangue escorria de seus dedos, descendo a partir de unhas tão grandes quanto garras. O círculo de legionários agora ria do rapaz, tirando sarro do fato dele acreditar ser capaz de completar uma missão sozinho. Will tentou se levantar, sem sucesso. Suas pernas não conseguiam sustentá-lo e sua força de vontade parecia não ser suficiente diante de tantos ferimentos. Sua mochila estava distante demais para que pegasse alguma poção. Se ao menos pudesse se defender… Todas as vezes que levava a mão ao seu bracelete, a mãe puxava sua atenção de novo, com palavras tão mágicas quanto a de um filho de Afrodite. O filho de Netuno gemeu, reunindo energia em desespero. Continuou a proferir as palavras, tentando se lembrar dos treinamentos. Fechou os olhos, lutando contra o som da zombaria. Liberou a magia, ouvindo o som da cristalização e do disparo. Lilian gritou e em menos de um segundo a voz feminina se transformou em um som múltiplo e grave. Quando abriu os olhos, o feiticeiro viu que aquilo estava longe de ser sua mãe.

Spoiler:

A sombra latiu, como se fosse um cão infernal sem forma, balançando o braço coberto por gelo. Sua aparência tremeluzia, hora conhecidos do rapaz, hora apenas um monstro de olhos pulsantes. Kross sabia que não conseguiria se erguer, estava assustado demais para isso. Quando o monstro atacou dessa vez, ele conseguiu transmutar o tridente. O bracelete cresceu e se esticou, se transformando em um tridente claro e grande. Uma das pontas raspou no ombro da criatura, liberando faíscas de eletricidade e fazendo ele latir mais uma vez, recuando e tremendo a região. Não havia sido paralisado, mas olhava o ferimento como se a região estivesse dormente. Will respirou fundo. Todos os que estavam ao redor tinham ido embora. A ilusão não mais funcionaria. O herói voltou a si, enxugando as lágrimas com as costas da mão. Chamou o escudo de sua tatuagem, fazendo com que a peça se materializa-se em sua mão livre.

- Normalmente eu me controlo nesses assuntos -
Começou. De suas costas um amontoado de água se juntou e a tatuagem de pégaso brilhou. Em um piscar de olhos, uma armadura espartana cobria seu corpo. - Mas você... - A água se multiplicou ainda mais, formando uma sequência de adagas feitas de água e apontadas para o monstro. O cachorro as encarava maliciosamente, sem qualquer receio de ser atingido.
– Você merece tudo que tenho - BUM O solo ao lado do monstro irrompeu em um jato de água, jogando pedras para os lados e se elevando até atingir uma altura elevada. Confuso, o monstro saltou para o lado, a tempo de esquivar de uma saraivada de adagas vindas da direção do rapaz. O confronto permaneceu em um massivo empate. Will continha as ofensivas com o escudo enquanto contra-atacava com água. O garoto parecia não se cansar com facilidade, construindo lâminas de água e as lançando como se fosse tão natural quanto respirar. Na sua mente as vozes o incentivavam, gritando por sangue. Mais ansiosos do que a própria Nêmesis por vingança. A criatura recuou, cautelosa e falando em uma língua antiga. De imediato, Kross conseguiu entender, como se fosse um idioma que ele tivesse bastante familiaridade, mesmo nunca tendo o estudado: Latim.
- Eu vi sua mente. Eu sei como te tratam. Não te valorizam. Nenhum deles –
Não havia mais charme na voz e nenhum tipo de magia. Era apenas um monstro percebendo que não havia como fugir. Do outro lado, o garoto estava se esforçando para não desmaiar. Por mais que estivesse em condições de continuar manipulando água, seus ferimentos não estavam nem um pouco melhores e estava perdendo muito sangue. O garoto tentou dialogar, mas já era tarde. Já havia se entregado à sua doença. O rapaz fora contra todas as indicações dos psicólogos de roma e havia se entregue à bipolaridade e raiva compulsiva. As palavras do monstro passavam pela sua cabeça, sem significado.  A sombra não teve como reagir. Saindo do próprio solo, como se oriundas da terra, correntes brilhosas imergiram, enrolando-se em seu braço e puxando-o para baixo. Will sentiu sua visão ficar turva e sua voz falhar. Proferiu o encantamento pela última vez, disparando um jato gélido no rosto do monstro e o impedindo de respirar. A última coisa que viu antes de cair ao chão foi uma explosão roxa ao seu redor, engolindo o parque inteiro.

[…]

- Obrigado – Agradeceu a prole de Netuno, ajeitando-se no banco e terminando de tomar sua poção. A sua frente, diversas pessoas andavam rumo à saída do parque. Ao redor do seu corpo haviam diversas marcas de arranhões e sua própria pele estava pálida, como se sua circulação falhasse. A sua frente, estava um menino de camisa roxa. Jaden era o filho de Febo que pedira ajuda. De acordo com a explicação do rapaz, quando o monstro foi derrotado, eles conseguiram sair de onde quer que estivessem e vieram parar ali. A sombra os mantinha preso para se alimentar do seu medo. Era o que tornava ele forte. Will olhou para seu corpo, onde alguns curativos tinham sido improvisados com folhas de árvores. Respirou fundo, percebendo que mais uma vez tinha perdido o controle da sua bipolaridade. Por mais que tivesse resistido bem desde que começara seus estudos em Selene, aquilo tinha sido demais para ele. Sentir-se impotente, esse talvez fosse seu maior problema. Após algum tempo, a poção fez efeito e o garoto teve forças o suficiente para acompanhar Jaden até o táxi, onde retornariam para o acampamento em segurança. A missão havia sido cumprida. Mesmo que com dificuldade, Will havia vencido o medo e resolvido o problema em Manhattan.


Ativas:
Nível 1 - Hidrocinese: O herói é capaz de manipular a água e controlar quantidades do mesmo de acordo com a sua WIS vezes 1,5, desde pequenas agulhas de água até ondas gigantescas. O uso desta habilidade requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.

Selene:

Nível 2 – Controle da Água [Inicial]: O mago consegue controlar a água para movimentos experimentais, podendo formar pequenos chicotes d’água ou ondinhas. Consegue erguer mais ou menos um galão de água – esta quantia já com dificuldades. Consome entre 15 e 25 de Energia.

Nivel 3 - Feitiço de Restrição - Corrente Lunar:
O feiticeiro profere seu feitiço conjurando uma corrente que surge do chão para enrolar-se em um alvo. A corrente é feita de energia lunar, causando dano em criatura das trevas ou invocadas. Possuem força inicial e aprisionam por duas rodadas. Consome 50 de energia durante o dia e 40 à noite. Entra em espera por 5 rodadas.

Nível 4 – Acqua Erupto: O semideus consegue, encostando sua mão ou arma no chão e canalizando sua energia para o mesmo, fazer uma quantia de água irromper do solo, jorrando água como uma mangueira – de quintal - forte por duas rodadas. Consome 50 de energia.

Nível 3 – Golpe de Ar [Intermediário]: Você concentra sua energia e usa-a para disparar um golpe de ar, como uma onda focada de impacto, que atinge o oponente como um soco, podendo empurrar inimigos pequenos. Consome 25 de Energia e tem alcance igual a 5 + Nível em metros.

Nível 5 – Caminho do Vento I:
Você consegue manobrar as correntes de vento ao seu redor para que se torçam e acompanhem seus movimentos, permitindo-o fazer curvas no ar e saltar longas distâncias, movendo-se mais rapidamente empurrado pelos ventos. Consome 15 de Energia por rodada de uso.

Nível 6 – Disparo Gélido I:
O feiticeiro concentra energia gélida em sua mão ou canalizador e a dispara como um feixe capaz de congelar as superfícies que tocar, causando danos iniciais de gelo. Consome 20 de energia e alcança [8+Nível] metros.



”Passivas”:

”Itens”:

Observações:
Gostaria de pedir o treinamento de perícias. Fica a critério do avaliador, mas acredito ter me empenhado nas seguintes: Perícia com Escudos(Para o Inicial).

#1

Héstia

Héstia
Deus Menor
Deus Menor
Eu quero te colocar num potinho e guarda Uiu :moe:

Adorei a narrativa, além de explorar bem seu próprio personagem em busca de si mesmo, explorou bastante as emoções relacionadas ao medo (que é o que a missão pedia). Me senti como se estivesse na sua pele, parabéns.


Avaliada
Exp Base: 3.000
Interpretação: 2
Exp a receber: 6.000
Dracmas: 2.000

#2

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