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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Melina Cesari

Melina Cesari
Filho(a) de Plutão
Filho(a) de Plutão
Sinto o gelo percorrer minha coluna, um sinal claro e óbvio de que a vida de alguém precisava ser guiada por um ceifador. Coloco a mão em meu pescoço e estralo as costas a medida que me levanto, pegando minha foice e arrumando meu manto sobre minha cabeça. Respiro fundo e deixo a visão me levar até onde eu deveria seguir, entrando em uma espécie de transe enquanto espero para descobrir o que me esperava.

Era uma cabana, um pouco afastada de uma cidade ao longe. Ao observar bem, podia ver a estátua da liberdade no local, ao me aproximar da cabana sinto uma espécie de familiaridade, um cheiro de torta que eu não sentia a anos, me lembrava... minha mãe.

Era impossível, afinal, ela havia morrido anos atrás na minha frente. Certo? Me aproximo da janela e de lá consigo ver alguns porta retratos, mas graças a luz só consigo reconhecer o reflexo de um deles: Kross, um antigo centurião que tinha saído de nova Roma recentemente. Tento me aproximar mais porém sinto a visão ficar borrada e logo volto até minha beliche no acampamento.

Sinto um amargor na boca, alguma coisa estava errada e eu certamente iria descobrir. Saio da coorte e dou uma volta no acampamento, tentando encontrar o velho filho de Netuno.

#1

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Estava com sede. Sentei-me na Mess, pedindo um suco e comendo meu prato de waffles enquanto lia meu grimório. Estava tentando aprender a lançar magias com ainda mais rapidez, então precisava dominar o fluxo e liberação da energia. Olhei para o lado, não vendo Lorenzo, Mia ou qualquer um dos outros que havia conhecido anteriormente. Ordenei o livro que se fechasse e o fiz flutuar até minha mochila. Havia encontrado minha irmã Ariel há pouco tempo e tinha ficado contente por vê-la de novo. Ficar sozinho na ilha por tanto tempo estudando não só tinha me feito virar um mago de gelo mais experiente, mas também me feito valorizar ainda mais as pessoas ao meu redor. Ao longe, vi uma menina adentrar no local, sentindo um calafrio de imediato só em olhar para ela. Tinha alguma lembrança vaga de seu rosto, talvez da época em que fora centurião e tinhamos de colocar a legião em forma para as reuniões. Quando notei que seu olhar tinha se focado em mim, pensei ter feito alguma coisa de errado. Bom... de novo. As vozes começaram a bombardear minha mente e tentei não deixar isso me consumir. "Ela vai te atacar, mata. GEISER" disse a primeira, incitando o caos. "Se afaste, vai machucá-la como faz com todos os outros. Vai fazê-la sofrer" . Permaneci sentado, tentando não parecer um maluco. "Calem a boca" supliquei. Percebendo que elas não parariam até eu tomar uma decisão, me levantei, colocando a mochila com as poções às costas e me dirigindo até ela com o prato de waffles em mãos.

- Oi - Cumprimentei sinalizando para o prato em minha mão - Waffles? -

#2

Melina Cesari

Melina Cesari
Filho(a) de Plutão
Filho(a) de Plutão
Ao encontrar o garoto no acampamento romano tenho uma espécie de alívio e tristeza, eu sempre buscava avisar as pessoas sobre seu tempo com entes queridos, mas isso normalmente não terminava bem. Alguns outros colegas ceifadores achavam desnecessário e apenas faziam o trabalho e saiam, mas eu ainda tinha compaixão dentro de mim e quando me lembro da morte de minha mãe, eu certamente gostaria de ter dito adeus. Vejo ele me oferecendo Waffles e apenas o encaro de lado, avaliando-o por alguns momentos.

- Não, obrigado. Se tiver estômago fraco, eu sugiro que você se sente para ouvir o que eu vou dizer. - Espero por alguns segundos para ver a reação do garoto e logo em seguida continuo com meu propósito ali. - Você tem algum parente que viva em uma cabana? Perto de Manhattan?

#3

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Observo as palavras da menina e deixo os waffles na mesa próxima. Só de estar perto dela senti um calafrio, como... como sentia com o Black. Eu não era um semideus novato e conhecia um dos seus devido ao meu convício com meu meio-irmão grego. Era uma ceifadora? Engoli em seco, afinal, encontrar com um desses normalmente não implicava em boa coisa. Pensei em Manhattan. A única pessoa que eu sabia que morava em um lugar como aquele...
- Minha mãe - Falei, sentindo minhas pernas querendo ceder. Cerrei os punhos, me encostando na cadeira mais próxima e sentindo as vozes me arrepiarem com os gritos. Neguei, talvez fosse bobagem minha, talvez fosse só um calafrio idiota e ela fosse só alguma filha de Timmor. Respirei fundo, tentando me controlar, tentando pedir pra minha mente parar só por alguns instantes, só por uma conversa.

- Quem é você? Por que está me perguntando isso? - Disse, com medo da resposta. Orei a Netuno, Selene, todos os deuses os quais eu tinha algum tipo de ligação. Que eu estivesse errado. Que aquilo fosse imaginação minha.

#4

Melina Cesari

Melina Cesari
Filho(a) de Plutão
Filho(a) de Plutão
Ouço sua resposta e sinto a dor do garoto, queria poder encostar em seu ombro ou tentar dar algum conforto para ele, mas eu não era assim, o conforto que eu daria a ele seria o último momento com a mãe. Me senti na frente dele e suspiro.

- Eu sinto muito, Kross. Sua mãe... Ela deve partir em breve. Estou indo pra lá agora, você pode vir comigo e enfim... Você sabe.

Vejo que ele não me reconhece da época da legião, teria eu mudado tanto assim? Estico a lateral do rosto, no que eu achava ser um meio sorriso.

- Meu nome é Melina Cesari, já fui centuriã aqui, assim como você.

#5

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Escuto o que ela tinha a me dizer e meus ombros desabam quando percebo que era verdade. Lembrei-me do monstro do medo e da morte dela na praça. Minha mão tremeu, como se estivesse de volta ali. Me senti culpado, senti como se eu a tivesse a apunhalado. Neguei, não poderia deixar isso acontecer. Me aprofundei nos olhos de Melina, vendo seu sorriso estranho direcionado à mim. Não esperava isso dela. Se fosse Black, provavelmente ele a levaria ao Hades e deixaria por isso mesmo. Quis agradecê-la, mas não conseguia falar nada. Meus lábios tremeram, mas não saiu voz alguma. Assenti com a cabeça, aguardei por uns instantes, para saber se ela tinha mais alguma coisa a se falar e então me levantei.

Nem eu nem ela precisávamos de permissão para sair dali, mas caminhava como se algo não estivesse certo, como se faltasse algo. Não chorei, não disse nada, apenas caminhei, inerte. Mate-a e fuja com sua mãe sugeriu uma das vozes. Balancei a cabeça em negação. Não conseguiria fazer aquilo. Sentia empatia pela ruiva. Seguia uma causa que não beneficiava a si mesmo, abandonara seu lar e vivia sozinha pelo mundo. Viver isso e ainda me dar a oportunidade de ver minha mãe, bom, era louvável. Minha mente viajava, com mil possibilidades à mente. Tentei focar, ignorar meu déficit de atenção.

- Não há uma maneira de salvá-la? -
Perguntei

#6

Melina Cesari

Melina Cesari
Filho(a) de Plutão
Filho(a) de Plutão
Vejo que o garoto demora um certo tempo pra processar tudo que vinha em sua mente, não devia ser fácil sentir toda aquela dor de uma vez, mas assim eu sabia que seu luto seria melhor, mais tranquilo de passar. Sem remorso. Sem ressentimento. Deixo que ele tenha seu momento antes de me levantar e seguir até os portais do acampamento, caminhamos em silêncio até que ele me pergunta o que todos perguntam.

- Não vou dizer que sim, nem que não. A morte é uma coisa subjetiva, se me chamaram é porque a coisa é realmente grave, mas só consigo ter certeza quando chego no local. Há pessoas mais fortes que outras, que conseguem vencer o destino imposto a si, vamos ver se sua mãe é uma delas.

Havia tanto tempo que não falava tanto assim, sinto até a garganta meio seca a medida que passamos entre os acampamentos e nos vemos em NY.

- Mostre o caminho.

#7

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Atravesso o portal, já me acostumando ao enjoo da travessia entre os acampamentos. Aceno para os guardas, já os conhecendo de tanto que fazia essa passagem até o chalé de Selene. Caminho até a colina, fitando o chão. Não falei com Melina nesse meio tempo. Em outro momento, tentaria conversar com ela e talvez construir uma amizade. Mas não agora. Minha mente não podia acreditar e eu sentia como se algo estivesse amarrado em minha garganta. Tirei um dracma do meu bolso e caminhei até a estrada, começando a proferir as palavras que chamariam o táxi da danação. Ao final, dei um peteleco na moeda, observando-a ir de encontro ao chão e lá afundar. Em questão de segundos, um táxi estava a nossa frente. Talvez oriundo do solo, talvez vindo em alta velocidade. Não sabia dizer, não estava atento o suficiente. Minha mente vagava e eu só conseguia pensar nela. Sentia meu estômago embrulhado e me questionava se aquilo era real. Não caiu a ficha, não sabia quando cairia. Disse a localização para as motoristas e virei o rosto para a ceifadora.

- Obrigado - Limpei a garganta, notando que já estava seca diante de tanto nervosismo. As irmãs comentavam algo a respeito de odiarem estar em um táxi com um filho de Netuno, mas a ignorei. Sozinho com as vozes sussurrantes, permiti-me demonstrar a tristeza. Com o corpo preso às correntes e o carro movendo-se em alta velocidade, lágrimas começaram a descer. Incontroláveis e, durante o percurso, pareciam eternas. Notei que estava choramingando com o táxi parado, com as três da frente voltadas para mim, duas sem visão e tentando entender, a que possuía o olho confusa. Saí do carro, sem dizer nada e batendo a porta. Corri para dentro da cabana, a mesma que estávamos antes de sermos perseguidos pelo minotauro. Meus últimos instantes de paz na vida mortal.
Abri a porta, percebendo que parecia nada ter mudado. A sala de estar estava logo a frente, com alguns quadros na parede mostrando a minha infância e as lembranças da minha mãe. As paredes eram pintadas em verde-mar enquanto a cerâmica era em um tom amadeirado. Havia uma televisão desligada e alguns livros espalhados pela estante. Frente à TV estava um sofá grande, ainda com as marcas no estofado de quando deixava o café cair em minhas crises de bipolaridade. Apesar de estar aberta, não havia sinal de ninguém em casa. 

- Mãe? -Chamei em voz alta.

#8

Melina Cesari

Melina Cesari
Filho(a) de Plutão
Filho(a) de Plutão
Observo o garoto bater a porta do táxi em frustração e sair correndo rumo a cabana, sem hesitar ou pensar duas vezes. Faço um sinal de beleza pras tias do táxi e desço do mesmo, vendo elas desaparecerem logo em seguida, ouço ele andando na cabana e fico na porta, ainda sem entrar enquanto ele parece uma barata perdida em busca de sua mãe.

- Porta a direita, ela provavelmente está deitada ou no banheiro.

Me lembro vagamente da visão em que tive, da mulher de cabelos pretos com a pele livida e cheia de bolas, além de algumas queimaduras e fraca, muito muito fraca, provavelmente vítima de algum envenenamento ou algo do gênero.

Mas quem iria envenenar alguém que vive sozinha em uma cabana? Não faz sentido nenhum.

Dou uma andada nós arredores da casa, havia claro a floresta e o campo ao redor da mesma, mas isso era comum e até esperado. O que não era esperado era a vegetação rasteira que saia da janela de um dos quartos, caminho até lá reconhecendo uma das plantas mais venenosas do mundo, que servia até como ornamental. Porque ela entraria em contato com as partes venenosas da planta? Fico com essa pergunta na cabeça, entrando logo em seguida na cabana.

#9

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Escuto as instruções da Melina e entro pela porta. Imaginei que a assustaria se chegasse de surpresa. Retirei o bracelete, pronto para transmutar Loki caso algo aparecesse. Se ela estava para morrer, poderia salvá-la se fosse algum tipo de assassinato. Respirei fundo, entrando no quarto e vendo minha mãe... no pior estágio da vida dela. 
A observo deitada na cama com marcas por todo o corpo e um olhar fraco, como se lutasse para manter os olhos abertos. Respiro fundo, tentando me controlar e jogo a bolsa no chão. Percebo que ela quer falar, mas não sai voz alguma. Caminhei até próximo dela. passando a mão pelos seus cabelos e deixando as lágrimas descerem. Não havia outra pessoa ali, tinha sido doença natural. Não sabia nenhum feitiço, nada que pudesse ajudá-la. Examinei-a, tentando achar algo que pudesse me dar uma luz, mas não entendia o suficiente para diagnosticar qualquer coisa. Procurei por Melina, vendo que ela já estava se aproximando.
- Não vou deixar acontecer. Você já foi centuriã, deve ter experiência. Olha ela e me diz se já viu alguma coisa parecida. Eu vou... eu... - Parei. Iria dizer que ligaria para a Ilha em uma mensagem de íris, pedir para pesquisarem na biblioteca algum encantamento, alguma erva mágica, qualquer coisa. Mas precisava de um tempo. Eu não conseguia focar com aquilo acontecendo. Dei a mim mesmo alguns minutos antes de voltar para o quarto, antes de ver a minha mãe daquele jeito de novo.

- Eu posso ligar para alguns conhecidos da ilha. Tem feiticeiros bons em leitura mental. Se lermos a mente dela, talvez consigamos saber mais sobre o que aconteceu. A comida que comeu ou... não sei. Ela tá tentando ser forte ali e EU sou parte da força dela, Melina. Eu não vou permitir que outra pessoa morra porque eu fui impotente. NÃO ELA. Me dá um tempo pra tentar algo. Me deixa lutar - Digo, entendendo que ela tinha um trabalho a si fazer, embora estivesse a espreita. Ainda com o bracelete em mãos, estava pronto para fazer o que fosse preciso, inclusive travar uma guerra com Mors. Queria que Melina me ajudasse, queria de verdade. Mas naquele momento eu estava à beira de mim mesmo. Se ela tentasse resistir, eu não me controlaria. Sem a minha mãe comigo, eu realmente não via mais sentido algum em me manter são todo o tempo. 

#10

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