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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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por Shouto Koda 16/09/20, 02:47 pm

Shouto Koda

Shouto Koda
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
[quote]Olá

Puxei um cigarro do maço e o acendi com o esqueiro. O cigarro-da-caminhada. Dei um longo trago cheio de satisfação e suspirei, soltando a fumaça quente e observando-a ser levada pelo vento.

Passo a passo eu me aproximava da arena. O ceu estrelado da noite estava belo, reluzente
como sempre era ali, lonfe das cidades e sobre aquela terra abençoada pelos deuses. Com
este pensamento adentrei a arena, notando que estava felizmente vazia aquela noite. Archotes
iluminavam sua extensão com uma luz avermelhada e bruxelante, oscilando e lançando as
sombraa das colunas pelo chão.

Caminhei ate as portas se fecharem atras de mim. Ali no meio dei mais um trago, longo
e demorado, soltando a fumaça para libertá-la aos quatro ventos. O portao do outro lado
começou a subir, abrindo passagem para o que quer que viesse daquele outro lado.
Meus olhos focalizaram a criatura antes que saísse completamente do túnel. Seu rosto
iluminou-se sob um dos archotes e seu vestido de seda branca reluziu belamente sob o
vermelho-alaranjado do fogo. Uma belíssima mulher de traços orientais me encarava do outro
lado da arena. Sua expressão mantinha-se de mais pura serenidade, e sua postura era ereta e
elegante como uma gueixa deveria ser, imagino. Seus olhos vazios me encararam 15 metros à
frente, transbordando de malícia como um balde cheio além da conta derramando água pelo
chão. Imediatamente meus instintos me disseram que aquela dama tão bela e de aparência tao
doce era exatamente o que deveria ser, dadas nossas circunstâncias: Um monstro.

-- Ora ora... -- falou ela, cobrindo a boca com uma mão, como que envergonhada -- jovem e belo garoto, voce irá me perfurar com esta adaga?

Sua malicia chegou ate mim como uma névoa quase palpável. A mulher sorriu. E senti como
se uma serpente se enrolasse em meus braços e pernas, me mantendo preso naquele mesmo
lugar.

-- Talvez -- continuou ela com o mesmo tom dissimulado e malicioso de antes, puxando o
decote de seu quimono ate revelar a aureola de seu seio direito -- voce prefira me penetrar com outra coisa...

O demonio - ao menos eu imaginava que fosse um - aproximou-se passo a passo,
sensualmente, dançando ao som de seu próprio cantarolar. Eu gostaria de conseguir
sussurrar-lhe de volta algumas amenidades. Poderia convocar um corvo para respondê-la, mas gostaria de guardar este trunfo.

Sorri para a mulher. Seus olhos negros não desviavam-se de mim por nem um segundo sequer...

Eu podia sentir a maldade, a letalidade se agitando dentro daquilo a cada passo que dava em
minha direção. Levei uma mão à cintura nas costas, puxando minha adaga de ferro estígio, a única arma que mantinha à mostra. A mulher não reduziu o ritmo de sua dança.

-- Ora ora... os jovens sempre são os mais apressados -- fala a gueixa em meio a um rodopio
gracioso que fez seu quimono esvoaçar como fumaça no ar.

Sorri mais ainda. Aquela coisa queria brincar comigo. Eu gostava da ideia do bom humor, da
esportiva... de brincar com a presa. No fim daquele balé perverso somente um de nós restaria
de pé diante das sombras e da lua que tinhamos como testemunhas de nosso show. Se eu
ganhasse, o demonio pereceria e sua alma perderia toda a noção de tempo e existência presa
uma eternidade dentro de meu diamante. Se ela ganhasse, eu entraria da pior forma na cadeia
alimentar desse nundo mitológico - por baixo.

Puxei outro cigarro. O cigarro-do-descaso. O acendi com calma, observando a mulher em seu balé irônico cada vez mais próxima. Menos de sete metros nos separavam agora, próxima o suficiente para que eu tentasse um ataque surpresa. Mas eu queria ver ela dançar mais, ver
ela lutar, vê-la se revelar. Abaixei-me lentamente, perfurando o chão com a ponta da adaga,
fluindo atraves dela o chamado para os mortos. O chão em volta da mulher tremeu e mãos
esqueleticas tatearam no ar em busca de apoio para ajudá-las a içar um corpo morto e maldito
para o mundo dos vivos uma vez mais.

A mulher olhou para seus novos parceiros de dança e, por um momento, seus olhos se
estreitaram, surpresos e contrariados. Mas logo a mulher ja recuava com a mesma graça
com que dançava até então. Os esqueletos brotaram da terra, e um a um rumaram contra sua inimiga, seu alvo por nascimento. O primeiro atacou-a com um golpe de espada contra seu pescoço, mas a mulher recuou a cabeça emendando a esquiva em um passo de dança e rodopiou para longe. Evitou o segundo e o terceiro ataques com a mesma facilidade, dab dançando entre os mortos vivos. Levei uma mão à bolsa ao lado da cintura de onde puxei uma shuriken. Naquele breu, a lamina encantada com o elemento sombras era quase invisível. Como um demonio eu acreditava que ela devia ter seus truques para ver no escuro mas, poderia ver aquela shuriken enquanto evitava meus esqueletos?

-- Ora, nao precisa de tanta timidez... Nao se esconda atras de seus amigos. Por que nao vem
dançar comigo você mesmo?

Ela rodopiou em um movimento mais agil por entre os esqueletos e um vulto cruzou o ar por
um instante. No momento seguinte a cabeça de um esqueleto rolava pelo chao enquanto a
mulher dançava para evitar mais golpes dos que sobravam. Em un movimento rápido e subito
eu disparei a shuriken em minhas mãos com um leve truque do punho para curvar o percurso da lamina no ar, mandando-a por fora do campo de visão dela. A lamina girou poe ente os esqueletos e cravou-se na
perna da mulher, que recuou de um salto surpresa. Um silvo agudo encheu o ar, como se uma
duzia de cobras e gatos silvassem um para o outro.

A mulher me encarou, seu rosto agora desprovido daquela expressão de graca e neutralidade.
Apenas o ódio moldava suas feições, e logo vultos surgiram em suas costas, por entre
as dobras do quimono, das mangas e da barra em baixo. Uma dezena de braços longos e
deformados irrompiam do corpo daquela criatura, e sua expressao se alterou ate que eu
estivesse de frente a um demonio pleno, nao mais em sua casca disfarcada de bela mulher.

Spoiler:

A criatura emitiu um grito horrendo, me pegando se surpresa. Recuei um passo assustado
enquanto aquela aberração avançava maia rapida do que eu esperava. Voou sobre seua vários
bracoa, ae lancando contra os esqueletos. Com socos e golpes ágeis e cheios de raiva os
esqueletos logo foram trucidados. Um enfiou a espada em um dos braços mas a criatura
parecia nao ligar de ter uma espada velha atravessada em um dos varios membros.
Segurei a adaga com firmeza na mão e com a outra puxei minha segunda adaga das sombras. A criatura disparou em minha
direção mas, eu ainda não tinha cansado de brincar com ela. Suguei energia diretamente do
colar em meu pescoço e então a usei para dar vida a um Fantasma exatamente onde eu estava enquanto eu me camuflava nas sombras e me movia rapidamente dali. A criatura talvez tenha percebido algo diferente, mas ja estava vindo rapido demais para parar. Golpeou três vezes o fantasma de sombras com seus braços furiosos e franziu o cenho para o fantasma que
sorria para ela, mostrando-lhe o dedo do meio enquanto se desfazia em sombras. Seus olhos
vasculharam a escuridão por um momento ate me encontrar em meu esconderijo, observando-a atras de uma pilastra, fora da luz das tochas. Ela veio contra mim rapida como o demônio que era. Eu sabia que agora nao poderia evitá-la, mas já estava preparando o fim daquele show.

Encostei a bobina com o fio de oricalco na coluna e usei a sua sombra para grudá-la na mesma, deixando-a ali. Então, discretamente através de minha sombra esticada atrás da coluna, eu invoquei um corvo, feito da minha própria sombra, e aí recuei quando uma aberração veio voando em minha direção. Seus braços pareciam feitos de uma fumaça negra, quase de sombras. Aquilo devia ser seu corpo, incorpóreo mas, ainda assim, sólido. Uma criatura estranha, aquela. Parecia um quimono voador
com uma cabeça de vampira voando sobre varios braços que a sustentavam.

Recuei de seu primeiro ataque e saltei para trás para evitar o segundo, mas raiva daquela
criatura estava longe de acabar. Logo senti uma forte dor no ombro e outra na perna vindas
de ataques que nao consegui evitar daqueles multiplos braços. A criatura era ágil e, alem disso, ter varioa membros atacando de diferentes direções simultaneamente lhe dava uma grande vantagem no combate corpo a corpo.

Recuei de um salto mais uma vez, buscando conseguir um breve segundo para respirar
e observar. Quando ela me atacou novamente balancei as adagas em ambas as maos
com velocidade, usando-as para interceptar os ataques e cortando seus membros, quase
decepando-os. Ela guinchou de desgosto mas, para minha surpresa, atacou com ainda mais
afinco. Risquei com a adaga decepando um braco e trinquei os dentes quando ela abriu um
buraco em meu peitoral de coiro, conseguindo perfurar meu abdome com suas garras. Tentei
acertá-la com a adaga apesar da dor mas ela recuou rapidamente, sumindo atras de uma coluna tombada.

-- Mas que rude, jovem garoto -- ecoou a voz da criatura na escuridao - Que deselegante...


Enquanto ela se recuperava eu sentia a presença do meu corvo com a mente. Até então ele estava oculto na sombra da pilastra e agora que eu tinha distraído a vagabunda e chamado sua atenção para mim, ele iria entrar em ação. Iria agarrar o anel na ponta do fio de oricalco na bobina grudada na pilastra e alçar vôo com ele, esticando-o e dando voltas na coluna, de baixo para cima, tomando cuidado para nao rocar as asas no proprio fio tensionado e se cortar.

Senti o corvo se movimentando para armar minha armadilha e avancei correndo contra o
demonio. Eu teria de distraí-lo ate que meu truque estivesse pronto. Quando dei a volta na
coluna, pronto para arremessar uma adaga contra a mulher demonio, percebi que ela ja nao
estava mais ali. Concentrei-me por um segundo buscando sua presença, mas ela foi mais agil,
saltando de trás de outra pilastra e golpeando-me nas costas antes que eu conseguisse desviar.

Rolei pelo chão e me levantei de um salto em tempo de recuar o corpo por muito pouco
evitando suas garras, que se esticavam cerca de 3m da criatura para me atingir. Desviei
abaixando e recuando, saltando pros lados e entao contra ataquei arremessando duas shuriken
contra ela. A monstra usou um de seus braços para aparar as armas no ar e então me atacou
novamente, acertando minha perna antes que eu pudesse saltar e levando-me ao chão mais
uma vez. O fantasma deu um grito vitorioso e avançou a toda velocidade. Neste momento a
reação mais rapida que pude ter foi apertar a mao contra o chao, desesperadamente fluindo
minha energia por ele e aliviadamente conseguindo fazer uma rocha negra brotar na minha
frente em tempo de barrar o avanço do monstro, que deud e cara com a pedra negra. Aproveitei-me desde momento para me levantar com uma cambalhota para trás e lançar minha adaga com corrente, girando-a acima da cabeça uma
vez antes de tentar laçar o demônio e a estaca de pedra juntos, mas a criatura foi ágil e
esgueirou-se de um salto, flutuando no ar um momento antes de disparar contra mim de novo
saltando na pedra. Soltei a adaga e corri pro lado para evitá-la. Conferi com a mente o corvo a quem eu tinha dado a missão e sorri satisfeito quando vi através dos olhos da ave a armadilha montada. Seus potentes olhinhos de ave conseguiam focar no fio no ar, mesmo quando a maioria das pessoas nao conseguiria, nao à noite.

Então corri na direção das colunas, disfarçadamente, recuando com saltos e rolamentos
dos ataques do demonio me aproximando cada vez mais da armadilha. O combate direto seria, bem... Inviável. Mesmo cortando dois ou três braços ela faria crescer mais cinco pra me socar... Se eu fosse mais rapido, quems abe? Mais rápido, mais habilidoso... Até que tivesse esta força, eu sobreviveria com meus truques.

Por fim arremessei
duas shuriken contra seu peito, fazendo-a chiar de raiva. Quando ela deu o bote em minha
direçao eu corri entre as colunas, tornando meu corpo uma mera massa de sombras para
atravessar a trama de fios que estavam armados entre elas. O demonio que ja vinha em alta
velocidade pareceu notá-los no ultimo instante, mas foi devagar demais e se chocou contra
o fio de oricalco, cortando alguns membros e parte de seu corpo, ficando preso e gritando
agudamente. Sem perder tempo eu puxei kazefang da bainha e flui um pouco de minha energia
pela adaga, balançando-a contra o monstro e lançando uma lamina de sombras em sua
direção. A aberração recebeu o corte de frente, berrando ainda mais. Levei a mão à bainha vazia da adaga com corrente. Naquele momento ela voltou a se materializar em sua bainha, como era encantada para fazer e, certeiro como uma serpente, arremessei ela contra o monstro acertando-o no peito e, desta vez, a criatura começou a de desfazer, definhando em tecido, sombras e lamurios de morte. Ergui a mão esquerda onde estava kazefang, fazendo-a sumir em minha sombra e então brotar em minha mão o Diamante das almas, com o qual eu absorvi a alma daquela criatura antes que retornasse ao poço do tártaro.

O corvo veio voando para meu ombro.

- trouxa! Kraaa! KRakrakra! Trouxa! - Fiz questão de rir pro cristal através do corvo.

Respirei fundo, limpando o suor da testa e recuperando o fôlego. Aquela criatura tinha sido um
oponente interessante, no fim. Sentia dor no ombro, costelas... E estava mancando. Minha coxa latejava com o corte daquela aberração. Aproximei-me do local onde a vi morrer e encontrei uma coisa
que me chamou a atenção; uma pequena pedrinha fosca, que ao toque percebi ter uma energia sombria contida em si. Dei de ombros. Eu certamente teria de visitar o ferreiro em busca de informações sobre aquilo depois.

Dei as costas e caminhei arena afora, curtindo o cigarro que, apesar de amassado, ainda estava inteiro e aceso em meus lábios.

Habilidades Ativas e Passivas usadas/Importantes:

Equipamentos Usados:


>> Informações sobre a Trama
- Nível do Pivete:10
- Nível Estimado da Narração: Heróico
- Número de Oponentes: 1 puta só
- Perícias que gostaria de Treinar: Corporal, é só o q pobres filhos de Hades podem msm <3
- Consumíveis?: Não
- Drops desejados: Um orbe de essência de Sombras. Pode valer sei lá uma ou meia escama de sombra, e aí eu faço outra narração pra conseguir mais uma.
+ Alma no Diamante das Almas
+ 1 Stack na Adaga "Double"

#1

Vulcano

Vulcano
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
|One-Post Aceita|
Xp recebido: 1100* 2=2200
Dracmas: 550*2=1100
+ Orbe de Essência Sombria[Item de Forja][1/2 Escama Sombria]
+ Pontos de Perícia Corporal
Att


Comentários:
- Gostei de como você narrou a luta e se aprofundou nisso. Os comentários do Shouto vez ou outra deixaram claro pra mim como você pensava e encarava o fato
- Não houveram erros gramaticais/ortográficos que impediram meu entendimento. No geral, uma leitura fluida e missão one-post finalizada.
- Pontos de experiência e dracmas dado de maneira proporcional ao nível do desafio, ao nível do personagem e qualidade da narração. + Bônus por interpretação boa (2), considerando que também foi dado o item.
- Item de forja equivalente a 1/2 Escama de Dragão das Sombras
- Parabéns Manolo

#2

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