Sentia gosto de sangue na boca, fazendo com que eu engolisse em seco a cada três passos que dava rumo ao desconhecido. Com a mente calma como sempre, nada atrapalhava minha mente senão o foco da tarefa atual. No fundo, estava borbulhando de raiva. Não era do meu feitio, afinal, eu gostava de ser uma pessoa séria e sã boa parte do tempo. No geral, eu até conseguia fazê-lo, mas não quando se tratava do acampamento. Aquele era o meu lar. O local onde conhecera meus amigos e me tornado líder. Onde confiavam em mim para cuidar do que eles não conseguiam, onde a responsabilidade pela paz caía sobre os meus ombros. Eu não era o pretor, mas não precisava ser. Eu era centurião, mas não precisava ser. Bastava ser eu. Ray. Um legionário qualquer, uma prole de belona que daria sua vida para que um único fauno estivesse ileso. Eu sabia que eu era assim, mas talvez os deuses estivessem para me colocar a prova. Não no rastreio. Quem dera fosse. Seguir aquele caminho e procurar por sinais de movimentação não era a parte mais difícil, embora fosse dificultoso pra alguém sem tanta experiência com florestas como eu.
Mas quando o galho estalou, meu corpo se contraiu e por alguns segundos foi como se meu coração parasse. Naquele instante, meu ombro desabou. Torci para que não fosse nada. Um mero animal na floresta de passagem. Não estava com medo, mas não queria que fosse daquela forma. Em questão de segundos, eu havia passado de caçador para caça e agora estava em uma situação completamente desfavorável. Havia perdido o elemento surpresa e ele estava sendo usado contra mim. Não havia espaço para raciocinar. Talvez não fosse prole da deusa da guerra já houvesse sido atingido. O tempo de reação era curto e eu não havia muito a fazer do que confiar no meu instinto. Foi como se em menos de um segundo todo o meu treinamento como guarda houvesse passado diante dos meus olhos, todas as vezes que abandonara a chance de uma ofensiva com minha Presciência e manter-me inteiro.
Por mais que o cheiro repugnante me incomodasse o olfato, tinha outros quatro sentidos para explorar e esgotar na minha proteção, me valeria deles, tentando analisar cada aspecto do repentino confronto. Por mais que o nervosismo fosse evidente e não tardasse para a adrenalina correr pelas veias, minha mão permanecia firme, agarrando o metal que sustentava o escudo e mantendo-o colado ao meu corpo. Seria meu maior aliado nesse ataque surpresa, aliviando danos e fazendo de tudo para autopreservação. Focaria em entender primeiro quantos eram e que tipo de ataques estavam sendo feitos. Podia fazer isso de diversas maneiras. Se houvesse metal, certamente traria consigo algum brilho, mesmo que não houvesse iluminação senão a luz do luar. Se fossem lutadores físicos, o impacto na minha defesa me diria sua força. Com as pernas já aquecidas da caminhada, estava preparado para saltar e me posicionar de maneira a bloquear da melhor forma tudo que fosse direcionado a me machucar. Caso aja chance de falar algo a eles, usaria a conhecida Herança de Ênio dos filhos de Belona, com palavras firmes e em bom som, de modo a tentar intimidá-los e me dar chance de visualizar melhor o confronto.
- Espero que tenham comido bem. O próximo jantar será no inferno - Não sabia se estava conversando com os sequestradores, mas tampouco importava. Me atacar era motivo o suficiente para morrer em menos de uma hora.
Ativa:
Nível 4 – Presciência [Inicial]: O Turtur, abrindo mão de seu direito de Ataque nesta rodada, foca-se apenas em sua defesa, conseguindo bloquear ataques com extrema precisão, e mesmo mover-se o quão necessário for.
Nível 5 - Herança de Ênio: Carregando o sangue da deusa Belona, o semideus tem uma incrível aura de seriedade. Seja pela sua atitude sóbria, sua cara feia ou simplesmente seus golpes fatais, homens, semideuses e monstros pensarão duas vezes antes de mexer com o herói.
Nível 6 - Mil Olhos e Um: Quando em batalha, o legionário consegue se manter atento em todos os ângulos. Suas chances de esquivar são maiores e são reduzidas as maneiras de surpreende-lo.
- Passivas a considerar:
Nível 1 - A Arte da Guerra: Como herdeiro de Belona, o herói foi nascido para a guerra. Diferentemente dos filhos de Marte, entretanto, se trata de uma guerra friamente calculada. Pragmáticos, conseguem enxergar cada aspecto de um conflito e se beneficiar com cada um deles.
Nível 1 - Ambidestro: O herói controla armas com as duas mãos com total habilidade.
Nível 1 - Regeneração Bélica: Quando em combate, o herói regenera 5 pontos de energia e vida.
Nível 3 - Adaptador [Inicial]: Confere nível de perícia [Inicial] para todas as perícias possíveis de serem treinada
Nível 4 - "Em latim, strategi...": Por conta do temperamento da mãe, geralmente os filhos de Belona são furiosos. Entretanto, sua fúria é gélida como o beijo de Quione. Sejam levados pela fúria ou não, a mente do herói é sempre centrada. Encontrará sem muito esforço uma estratégia vencedora para as mais adversas situações.
Nível 4 - Flexibilidade com Armadura: O filho de Belona, poderá se locomover bem em batalhas, de forma que a armadura não lhe causa algum problema, desconforto ou atrapalhe.
Nível 2 – Aprimoramento – Corpo I: Os Turtur passam por um exaustivo treino diário e, depois de semanas e meses, seus corpos se tornam robustos e bem condicionados. [+5 FOR, CON]Nível 4 – Regeneração Gradual [Inicial]: Os guardas possuem um corpo mais resistente, e estão acostumados a machucar-se a todo momento. Evoluindo para suprir as suas necessidades, o corpo dos guardas é capaz de se recuperar mais rapidamente que o normal. Regenera 1% da vida total do guarda por rodada.
Nível 5 – Pele de Tartaruga: Depois de longo treino, os Turtur possuem um corpo treinado, com músculos rígidos e uma pele mais resistente que o normal. Sempre recebem um equivalente a seu Nível em DEF.