Lorenzo agarra o pequeno Psylos pela gola, fazendo-o se encolher de medo. O gnominho ouve as palavras do filho de Marte, tremendo a cada sílaba ao perceber que, apesar de ser o carcereiro, ele não tinha controle de nada ali.

- O-outra luta hoje!? C-claro! Vou providenciar isso já!

Ele salta pra longe e corre pela porta. Minutos depois o seu colega orc coloca a cabeça pra dentro, olhando pra Lorenzo como se temesse ser agarrado pela gola da camisa também e fala;

- Hã, ei! Sua luta está arranjada! Você pode pegar uma das suas armas pra lutar agora... A cada batalha poderá recuperar mais uma, são as regras da arena. Então, o que vai querer?

Depois de escolher que arma iria levar consigo Lorenzo finalmente é levado para a sala de preparação mais uma vez, onde Psylos aguardava. Ele força um sorriso para Lorenzo e fala;

- Pronto para outra vitória, filho de Marte? Eles provavelmente vão colocar alguém melhor que aquele telquine sorrateiro... Como você viu, ele dependia demais de magia, não era bom guerreiro. Mas sei que você vai vencer quem quer que seja, então, nao tenha medo!

Lorenzo termina de se arrumar e os portões se abrem mais uma vez. A plateia grita entusiasmada desta vez, afinal, já tinham visto do que o garoto era capaz. Enquanto a voz do narrador ecoa pela arena ele ouve o portão fechar às suas costas enquanto o outro se abre à sua frente. Porém ele sente uma presença estranha naquele lugar desta vez, como se alguma coisa poderosa o encarasse. Ele olha ao redor, mas não consegue ver ninguém na arena.

- Vamos dar início à segunda luta deste jovem neofito! Depois de saber do resultade de sua primeira batalha, este semideus terá a grande honra de ser assistido diretamente por nosso grende anfitrião, Mestre Petros! Agora, dêem boas vindas ao nosso gladiador mais carismático... Ele, o mestre dos machados!

Os gritos ecoam ainda mais. Lorenzo olha ao redor, mas não consegue identificar onde estava o tal Petros, mas ainda tinha a impressão de ser oobservado por algo, uma presença mais intensa do que a de todos os monstros na arquibancadaa juntos.

Antes que pudesse vasculhar mais o portão do outro lado se abre.

Spoiler:

O homem entra girando duas laminas nas mãos e com uma expressão de deleite. Ele grita para a plateia, exibindo-se, e então olha para Lorenzo e diz;

- Vai ser fácil demais!

Sem aguardar o anúncio para começar a batalha ele gira a lamina e a arremessa com enorme velocidade na direção de Lorenzo.

O filho de Marte observa o trajeto da lâmina com atenção e esquiva o corpo. Ele nota que a coisa girava em uma enorme velocidade. A lâmina se enterra no chão atrás dele, e logo ele ouve o som de mais um machado cruzando o ar em sua direção; de fato, o homem corria em uma meia-lua lançando a outra arma que tinha em mãos, tão ágil e preciso quanto o primeiro mesmo enquanto ele se move. A segunda lâmina vem girando na horizontal em direção à barriga de Lorenzo.

O tal Draven erra sua segunda machadada, que se finca no muro no extremo da arena. Apesar disso, Lorenzo percebe que ele não parece abalado. O homem sorri e leva a mão às costas, tirando de lá mais dois machados. Ele os gira, desta vez com mais velcoidade ainda, percebe Lorenzo, e o lança agora em uma parábola para cima. Lorenzo percebe o trajeto curvado do machado no ar, e pelo canto dos olhos o vê arremessar o segundo machado em uma rota curva pelo lado contrário, voando rasteiro e levantando poeira.

Porém não para por aí. Ele leva as mãos às costas mais uma vez, começando a puxar mais dois machados.

14 metros separam os dois.

Lorenzo parece cansar de esperar. O filho de Ares desvia dos machados movendo-se na diagonal. As armas passam silvando pelo ar perto dele mas não o acertam; emendando o movimento o filho de Ares invoca uma corrente em suas mãos (LORE QUE HAB LINDA me dá) e a chicoteia em direção ao gladiador. Demosntrando uma velocidade incrível Draven consegue desviar da corrente (99% meu cu pra você, seu arrombado, o draven usou o W) , mas é surpreendido pelo avanço veloz do filho de Ares que o alcança em um único salto.

Draven salta para trás, mas quando toca o chão se vê desequilibrado pelo terremoto causado pelo filho de Ares, que só não foi maisor por causa da areia no chão para absorver o impacto. A surpresa maior, porém, foi a espada; Draven ergue os machados para tentar se proteger do golpe, mas a lamina varre suas armas para baixo abrindo um talho em sua coxa.

O gladiador recua mais uma vez, pisando na perna boa. Ele torce o rosto em uma expressão de raiva e gira os machados que tinha nas mãos. Lorenzo sente o fluxo de ar na arena mudar pela violência dos giros e com um urro de esforço o gladiador lança ambas as armas girando cortando o chão, levantando uma enorme nuvem de poeira. Lorenzo percebe que a força anquele golpe era fora do normal. As laminas se aproximam em grande velocidade, como se pudessem girar por quilômetros em plena potrência.