A luta ainda não tinha acabado, mas eu sentia que não conseguiria durar muito contra o monstro. Não era só o desgaste físico, o espinho que recentemente recebi me causava uma dor inacreditável. Sabe quando você tá andando de boas pela casa e acerta o dedinho do pé na quina de algum lugar? Agora multiplica essa dor por 10 e você teria uma ideia da dor que isso causava. E não era só dor, eu não conseguia mexer meu braço esquerdo, o que o tornava inútil. Apesar da dor e (tomara que seja isso mesmo) da dormência em meu braço esquerdo, eu sabia que não podia parar. Eu podia vencer essa batalha se eu continuasse, e era isso que eu ia fazer. Enquanto focava-me no meu oponente e preparava a investida, eu pensava em um trecho de uma música que eu gostava:
*É 10% sorte, 20% habilidade, 15% de força de vontade concentrada, 5% satisfação, 50% dor e 100% razões para lembrar o nome.
Aperto o cabo da espada com a mão direita e deixo a espada de um modo que a lâmina fique na diagonal em minha frente. Depois, inicio a corrida em direção ao monstro, enquanto balanço a espada de um lado para o outro em movimento de arco. Não tiraria a atenção do meu inimigo nem por um minuto, estando sempre preparado para desviar ou bloquear seus golpes caso fosse necessário. Quando chegasse perto o suficiente, eu desviaria para o lado fazendo uma finta de corpo. Depois, daria um salto impulsional para frente e daria uma estocada rápida no monstro. Após isso, tão rápido quanto desferi o golpe, eu retiraria a espada e recuaria, me preparando para desviar do contra-ataque da besta. Caso eu errasse o golpe, recuaria com toda minha velocidade e prestaria atenção para desviar dos ataques do bicho, sempre deixando minha guarda alta.