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Marco Delazzari

A explosão foi o primeiro vestígio de que o dia seria um caos. Delazzari não pode ouvi-la, estava em mais um de seus sonhos. E a maioria também estaria, o sol nem mesmo estaria iluminando aquela parte do globo ainda naquela madrugada. Sátiros corriam de um lado ao outro nos chalés, tentando acordar a todos e avisando para saírem dali. O acampamento meio-sangue estava em estado de emergência por algum motivo desconhecido e todos os campistas deviam se dirigir ao coliseu, onde Dionísio estaria apto a protege-los. Uma escolha incomum de local alguns diriam. O odor de queimado podia ser sentido por todos no acampamento, tal quais os gritos dos filhos de Deméter podiam ser escutados, clamando por ajuda. Marco foi um dos últimos a serem acordados. Seu sono estava mais pesado do que de costume e ele não sabia há quanto tempo estava dormindo, mas podia afirmar que foram mais que semanas, talvez mais que um mês. Diante de todas as atividades semanais do acampamento que exigiam a presença dos campistas, seria aquilo possível? Sem ter tempo para pensar no assunto ele correu para fora de sua morada e viu que a situação estava bem pior. Construções caíam a cada instante soterrando aqueles que lá estavam, o próprio céu parecia rachar, sinal de que as barreiras mágicas estavam se quebrando. Tudo parecia estar prestes a ruir e Marco sabia o porquê: ele não foi forte o suficiente.

[...] *

O filho de Hypnos agora se via em frente a uma dupla de anões que dançavam com espadas curtas em suas mãos, chegava a ser cômico. O menor tinha 5cm a menos que o outro e o maior no máximo chegava aos 1m. Ambos utilizavam camisas e calças comuns, bem, comuns para seres daqueles tamanho e tinham uma única peça de armadura: um elmo cuja viseira balançava e saía a cada passo, mostrando um espaço oco. Aparentemente nenhum deles tinha cabeça. Eles não emitiam som ou pareciam ter qualquer indício de que conseguiriam escutar, mas faziam pausas a cada uma de suas danças, como se não conseguissem enxergar bem quando o elmo se fechava, só memorizavam o caminho. Delazzari parou para observar um cenário mais uma vez, estava em uma espécie de sala gigantesca, com o mesmo formato da arena. O chão cobria-se com lápides de cor azul-marinho com listras brancas que iam de um canto da sala ao outro, cada uma com 20cm, e o teto era composto por mármore enegrecido. Marco sabia que tinha de lutar e vencê-los para prosseguir com sua missão.

* = são timeskips que eu costumo implementar em minhas narrações, normalmente são espaços para os players colocarem o que pensam ou eles mesmos criarem essa parte da história, sendo tudo opcional. Mas dessa vez não posso permitir que faça nada, pois faz parte de um enredo para missão já determinado. Desculpe.

OBS: Poste os itens que levará e suas habilidades passivas em spoiler, isso vai ajudar na hora de levar em consideração suas ações.

Boa sorte!

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Marco Delazzari

O filho do deus do sono fora inteligente. Tentando estudar o que guiava os seres sem cabeça ele pôs uma estratégia em ação: agir silenciosamente. Os anões mantiveram-se distantes, começando uma dança macabra que envolvia saltos e pontapés, porém quando o semideus bateu o pé no chão e movimentou-se, as criaturas pareceram confusas e pararam de dar pontapés, saltando sem parar e fitando o local o qual antes ele estava. Marco achou que havia tirado uma conclusão, mas ambos levantaram a viseira de seus elmos e encontraram o filho de Hypnos mais uma vez, apesar disso o campista poderia jurar que algo estava muito errado com aqueles saltos imparáveis. Talvez aqueles seres não conseguissem parar. Sem esperar que o garoto agisse ou que colocasse-os mais uma vez a prova, os anões foram um para cada lado e partindo ao ataque pelas diagonais. Aparentemente eles não conseguiam ver através do elmo, por isso o salto, mas também conseguiam se guiar pela audição.

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Marco Delazzari

Tentando atrapalhar a dupla, Marco utilizou sua flauta e tocou uma melodia suave, incentivando um de seus oponentes a tomar um cochilo no meio do confronto . O anão desacelerou e perdeu o compasso de um ataque em conjunto, cambaleando e se entregando a canção. Delazzari porém não pôde continuar sua melodia graças aos furiosos ataques do ser remanescente, que lançava estocadas com uma lâmina curta até o evento escondida em seu pulso, na expectativa de furar o semideus em diversos pontos. Era uma adaga de bronze celestial pequena, porém aparentava estar bem afiada. O filho de Hypnos abusou de sua agilidade ao máximo, dando significativos saltos que o impediram de sangrar. Visto uma brecha ao elmo se fechar, o campista avançou tentando atacar o ombro do adversário que dando um giro em um corte de 360º, impediu a ofensiva e fez o garoto recuar. Ele logo voltava a saltitar, tomando a distância de dois metros e se preparava para mais uma rodada de ataques, dessa vez flexionando os joelhos em uma posição diferente, provavelmente modificando o seu estilo de batalha. O outro anão ainda estava sonolento, mas ainda avançava e estava à 12 metros de distância. (chegará ao fim da próxima rodada).

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Marco Delazzari

Surpresas pareciam aguardar Marco no decorrer daquela batalha. O garoto havia aperfeiçoado sua estratégia mais uma vez, provando que não era seu primeiro combate e que com certeza não seria o último. Ele atacou buscando perfurar o ombro do anão, que recuou para trás e se viu quase pego pela insistência do campista. Em um ato idiota e comprometedor, o pequenino jogou seu elmo na direção do golpe, recebendo uma pancada tão forte que o fez começar a pingar sangue na lateral do material, como se a própria peça fosse a sua cabeça, o que não somente ajudou o semideus a entende-los melhor biologicamente, mas também amplificou os danos do ataque anterior. Ele claramente também estava tonto e um pouco sonolento devido à proximidade de seu oponente meio-sangue, mas com um diferencial, seu companheiro havia chegado. Delazzari recuou, estudando os dois e preparado para qualquer carta na manga que tivessem. O recém-chegado logo examinou seu companheiro, tocando-o como se conversassem por telepatia, aparentemente consolando-o. Ele parecia ter se irritado com o dano, contraindo seus músculos e fazendo o garoto notar que estavam bem maiores do que antes, entrando em um estado de fúria. De punho cerrado, o anão avançou ao encontro da prole de Hypnos.

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Marco Delazzari

Superando a fúria do anão, Marco iludiu o pequenino fazendo-o enxergá-lo com uma aparência diferente: a de um companheiro anão, um ato bem engenhoso. O ser, graças a velocidade adquirida, não conseguiu freiar, saltando e cabeceando o ar. O semideus deslizou para o lado, esquivando-se com estilo, mas não deixando- se convencer buscou aplicar um golpe em seu adversário, conseguindo realizar um corte profundo na zona do quadricepsn, que em um gesto de defesa chutou-o em meio ao ar, atingindo com força a cabeça do garoto.

Porém devido ao impulso do humanóide e ao recente impacto recebido por seu portador, a lâmina escorregou das mãos do filho de Hypnos, permanecendo na perna do anão musculoso, que agora urrava de dor ao chão. O outro anão observou tudo de longe, entrando em estado de fúria e permitindo que sua musculatura sofresse a mesma alteração que a do seu irmão previamente, o diferencial era que ele não se permitiria ser enganado dessa vez.