Na vida de um semideus, nada acontece por acaso. As coisas possuem significados muitas vezes ocultos. Profecias, destino e também sonhos. Dois dias antes do primeiro sonho, Louis recebeu uma carta de uma tia que ele sequer sabia da existência. Ela morava em Manhattan e queria muito ver o rapaz para entregar-lhe algo. Pensativo sobre a ideia de alguém que ele nunca viu na vida aparecer de supetão, ele não foi e ignoraria o chamado se não tivesse visto a imagem de uma silhueta que parecia lamber os dedos que pingavam o que parecia sangue. Risos diabólicos em meio a gritos de desespero eram o réquiem que ecoava como plano de fundo dessa cena bizarra.
Richard Fray lhe recomendou ir até o chalé de Hypnos para tentar entender ou pelo menos encontrar uma pista daquilo. Monstros normalmente se alimentam de semideuses, mas são raras as vezes que algo tão assustador aparece. Poderia ser um chamado? E assim ele o fez.
No chalé do deus do sono ele entrou na fila de interpretação de sonhos. Na verdade, ele era o segundo. A primeira era Dite Maniel, a representante dos sacerdotes de Héstia que aparentemente teve o mesmo sonho, mas com alguns detalhes a mais: Dite viu a cidade de Manhattan e havia a imagem de crianças, além placa de uma chácara que exibia as palavras “Recanto dos Abençoados”.
Louis mal teve tempo de se aoresentar e contar a semideusa sobre o sonho em comum quando Quíron apareceu. Ele disse que a presença mágica de algo poderoso surgiu naquela cidade e pessoas estavam desaparecendo. Ele também conta que de acordo com o oráculo, essa era uma missão que envolvia os números 10 e 12, justamente os números dos chalés de Afrodite e Dionísio.