Era um belo dia comum no acampamento.
Dite estava colhendo morangos na plantação para levar aos doentes e feridos da enfermaria antes de passar no chalé de Héstia para suas preces diárias. Tudo parecia normal e tranquilo com o clima sempre temperado do acampamento, mesmo com o inverno se aproximando no mundo mortal. Aquele era inclusive um momento aguardado por muitos semideuses, que tinham a oportunidade de sair do acampamento para curtir suas familia.
Para alguém experiente como Dite, essa fase já havia passado. Ela tinha passe livre para ir ao mundo mortal quando quisesse, independente do momento, pois era capaz de se virar sozinha.
Ela passa pelos enfermos entregando os suculentos morangos até que Enzo, líder do chalé de Apolo e noivo da semideusa a encara com um olhar diferente do habitual, ele transmitia um ar de mistério e sofrimento. Ele conta que recebeu aquilo há uma semana, de um sátiro que não estava encontrando a sacerdotisa, e entrega para ela um envelope lacrado que tinha o endereço de um hospital como remetente.
Ela então abre a carta e lê a seguinte mensagem:
"Olá, minha filha. Estou te escrevendo depois de tanto tempo para avisar que gostaria de ve-la uma ultima vez antes de partir. Os últimos meses longe foram difíceis. Perdi meu emprego, nossa casa e agora descobri que estou com uma doença terminal em meus pulmões. Meu único desejo é poder me desculpar pessoalmente por tudo o que passou e me despedir... Fazer a coisa certa pelo menos uma vez e contar com seu perdão. - Com amor, papai"
Dite olha novamente para o filho de Apolo e percebe que ele parecia saber de algo, mas que não queria ou não podia contar.