Ao ouvir vozes, aproximo meus ouvidos da porta. Ainda me perguntando o que caralhos estava acontecendo. O que era aquilo tudo?

Começo a ouvir uma discussão, e tento identificar o que diziam. Tirando o Vibrador do pescoço e colocando no chão e colocando no chão,respiro fundo e pela primeira vez desde que essa situação começou tento me acalmar.

-VAI TOMA NO CU!

Levanto-me do sofá |Castellan|, e taco a televisão no chão. Em quanto lembrava de uma coisa que Stranger me falou. Chutava e tacava tudo que estava na minha frente de um lado pro outro:

- ISSO É COISA SUA NÉ. SEU GORDO FILHO DE UMA PUTA TOMARA QUE TU TENHA TIRADO ZERO NA PORRA DO TRABALHO. QUANDO EU ENCONTRAR COM STRANGER, EU VOU NA SUA DIMENSÃO E VOU ESFREGA SUA ESCOVA DE DENTES NO MEU CU!

Em quanto gritava e praguejava, tentava quebrar tudo que estivesse ao meu alcance de forma completamente aleatória.

-Enfia esse programa no cu sua filha da puta. Sabe por que? Por que você morreu! Você morreu , VOCÊ MORREU! E eu fiquei sozinho. Por que todo mundo que chega perto de mim morre.

Disse em quanto levanto do sofá:

- Você era descendente dos deuses! Você tinha ligação com Vênus. Como acabou ganhando a vida como a porra de uma prostituta? Como conseguiu morrer coberta de porra e sangue ?


Todo aquele ódio guardado em meu coração, agora saia de mim. Em formato de palavras.

Pierre continua com seu ataque de ódio mas dessa vez o direciona para cima de sua mãe, quando ele fala que ela era descendente dos Deuses ela fica espantada.

-Como você sa... -As palavras começam as sumir de sua boca.

Imagens.

Muitas imagens...

Tudo passava voando pelos olhos do garoto como se ele estivesse em alta velocidade dando a volta no mundo. Um baque, um estrondo, um puxão de orelha. Aquilo o fez voltar e as imagens pararam, agora tudo estava escuro e o cheiro de perfume barato mistura com o cheiro de cigarro entrava em suas narinas, era impossível esquecer aquele cheiro.

O garoto abre os olhos e esta sentado em um sofá mofado com cheiro de porra enquanto um programa de auditório passava em uma tv velha.

-Já te falei para não assistir esse programa filho. -Fala uma voz que vinha de trás do garoto mas dessa vez ele não precisou nem sequer se virar para saber quem era.

Minha mãe parecia confusa , com as palavras sobre os Deuses. E então novamente imagens. Dessa vez tento controlar minha mente de forma que consiga me lembrar do que vi, pelo menos algumas coisas. E então novamente apareço no sofá:

- MAS QUE CARALHO!!Mãe, eu sou filho da porra do Mercúrio né ?

Digo isso já me preparando para as imagens voltarem, e pensando se era possível cometer suicídio nesse Luppi no.

Respiro fundo, tão fundo que o cheiro de porra do sofá invade meu nariz e me desconcerta por um instante,mesmo já sendo acostumado com o cheiro. Eu precisava me acalmar, ou ficaria preso ali para sempre. Me dissimulando viro para minha mãe e digo:

-Mamãe, eu sei que esta tarde. Mas a senhora poderia me levar para comer algo hoje? Uma casquinha de sorvete só.


Em quanto falo, cravo minha mão direita na cocha me provocando dor para tentar não arruinar a porra do disfarce.