Ryan!! Caraca, o que foi isso?! - Ele estava totalmente elétrico com aquilo que havia acontecido. Ele não percebeu, mas estava gritando ao questionar ao amigo, mesmo sabendo que ele estava tão confuso quanto ele. - Cara… eles vieram e você BUM e eu fiz BANG! - Alec saltou nas costas do outro, que por sua vez, checava o status do seu automóvel… totalmente destruído. - Isso foi… incrível! - Ainda gritava no ouvido do maior, que pelo jeito estava sentido pela perda do veículo e o afastou, jogando o corpo pra frente e fazendo o jovem chocar as costas contra o capô do veículo destruído. Alecsander grunhiu com a dor do “ataque” e caiu de bunda no chão, quando o corpo passou pelo veículo. - Ei, grandão! Qual é… - A voz dele foi em tom choroso, enquanto sua destra pressionava a lombar, e ele ia levantando-se com a outra mão apoiando-se no carro. Ryan por sua vez, aproximou-se do mais novo e o ajudou a erguer-se de vez, mas com o mínimo de sutileza. “Fodeu”, foi o que o menor pensou, mas quando o seu parceiro de duplas o abraçou e o tirou do chão, Alecsander retribuiu o abraço do amigo, ao perceber que aquilo havia sido apenas uma “pegadinha”. - Você ficou com medinho, né, Alec? - O maior riu e soltou o garoto, enquanto esticava os braços para que o outro o cumprimentasse num HiFivee assim Alecsander o fez, mas em seguida deu um soquinho no braço do amigo. - Você me assustou! - E ele riu junto ao amigo, que se encostava no carro, recebendo um olhar mais sério do outro após aquela brincadeira. - E o que você vai fazer agora? Quer dizer… isso não é normal. Não é um truque que você tem na manga, é? - Embora não soubesse exatamente a origem do poder de seu jovem parceiro, Ryan sabia que havia algo de diferente no garoto, que agora fitava o maior com uma expressão de dúvida. - Eu não sei, grandão… é só… - E ele foi interrompido pela mão de Ryan vindo sobre o seu ombro, o apertando de leve. - Vá, eu invento uma desculpa aos outros e digo que você foi atrás da Leah. - Leah era uma garota que Alec gostava, mas que à pouco havia se mudado, por isso o garoto se viu rindo e deferiu outro soco contra o maior, que sequer sentia o golpe. - Você ainda me paga por isso. - E os dois riram, mas Ryan já deixava o garoto ali, enquanto fazia um telefonema e pedia um taxi. - Ei, Ryan!!! - Ele pareceu um tanto desesperado quando chamou o mais velho, mas o outro apenas acenou, parando na beira da estrada. - Eu sei, eu sei. Isso nunca aconteceu. - Falou um tanto mais alto, para que o mais novo ouvisse. Ele não viu, mas Alecsander maneava a cabeça agitado, em total negativa ao maior. - Não!!!! Como eu vou sair daqui? - O táxi havia chegava e antes de adentrar o veículo, Ryan virou-se ao amigo e lhe deu um sorriso. - O carro ainda está funcionando, Alec. Manda bala. - E entrou no táxi, pedindo que o homem saísse o mais rápido possível dali, partindo para um lugar qualquer… não importava. Alec não saberia qual era mesmo. - Então quer dizer que a gente saiu do carro atoa? Meu Deus, Ryan… - Ele resmungou, mas agora tinha como voltar pra casa. Adentrou o veículo e ligou os motores. Funcionava… realmente. Estava saindo fumaça, mas o garoto não teve dificuldade em guiá-lo, com os planos de ir à sua casa descansar, quando sentiu um aperto no peito e ouviu a mesma voz que havia falado com ele na praia antes.
- Espera aí… gatona… gatão… qual o seu gen.. não importa! - Guiando o veículo ele maneava a cabeça negativamente, como se estivesse relutando em aceitar o que o elefante lhe pedia. - Você está dizendo que eu devo deixar a Alameda dos Anjos e ir pra um lugar chamado… Turtle Cove? - Ergueu a sobrancelha e encarava o retrovisor sempre que podia, se sentia mais confortável encarando a si mesmo enquanto “falava sozinho”. - Ei! Não grita comigo eu não disse que não iria! Mas onde fica isso? - Se alguém o visse falando daquele jeito, gesticulando, iriam pensar que estava bêbado… drogado, ou com algum problema psicológico, então resolveu aquietar-se e respirou fundo, nunca tentativa de entrar em sintonia com o espírito de gênero indefinido, que o instruía quanto aos caminhos que ele deveria seguir. Porém o silêncio não durou muito tempo. Numa parada para abastecer o veículo, quase surtou ao ouvir o comentário da fera, quanto a roupa (em específico, a cor que ele estava usando) - O que?! Você disse que eu fico bonito de verde?! - Falou um tanto mais alto, chamando a atenção de um policial coincidentemente, também abastecia o seu carro ali. O homem aproximou-se, batendo gentilmente no vidro, que foi aberto por Alec, que sorriu ao homem da lei. - Olá, Sr. Policial! - O homem mal encarado poderia contar os dentes perfeitos do jovem. - Tem algo errado com você, garoto? - Ele perguntou, sua voz era grave e dura, como um homem da lei tinha de ser. - N-n-ão!... Senhor. - Ele parecia nervoso. Não sentia-se confortável com policiais, principalmente pelo pai da sua “amada” ser um. Do tipo que atira primeiro e pergunta depois. O policial, suspeitando de que o garoto estivesse cometendo algum crime, iniciou o protocolo. - Saia do carro, por gentileza. - Alecsander gelou, não só pela fala do homem, mas também pelo motivo do espírito ancestral estar dizendo para seguirem em frente. - Saia logo do carro! - Alec tremeu, mas ao invés de seguir o policial, tomou a decisão de dar a partida, ligando os motores e saindo em disparada. O policial, claro veio logo atrás, mas muito provavelmente por sorte, um caminhão de sorvete surgiu entre o garoto e o homem da lei. Alecsander passou, mas o policial teve uma overdose de sobremesa gelada (ele viveu, é claro). - Ei, agora eu sou um fugitivo por sua causa, parabéns. - Repreendeu o animal ancestral, mesmo sabendo que ele não responderia, mas logo arregalou os olhos, ao ver que havia chegado em seu destino. - Uau, elefante! A gente chegou. - Porém, a alegria logo acabou, quando Alec sentiu sua barriga roncar. - Ai Cara… - O elefante o repreendeu, tanto por dizer que eles não tinham tempo, quanto pelo intento do garoto de dizer um palavrão. - Carambola! Era o que eu ia dizer… e tá bom, mas se lá não tiver comida, nunca mais a gente conversa, elefante! - E novamente, ele estava encarando o retrovisor, voltando a acelerar o carro, agora rumando o centro comercial de Turtle Cove.
Já na cidade, Alecsander sentiu o poder dentro de si aumentar, mas não era como se fosse algo bom, era como se o elefante estivesse agoniado com algo. - O que foi? - Quando trocou a marcha, andando o mais rápido que conseguia, levou a mão ao peito, numa tentativa de acalmar o espírito dentro de si. Porém, não o compreendia nenhum pouco e por esse motivo, não compreendia nem um pouco do que ele falava. - Você está me dizendo que uma ameaça de anos e anos e anos e anos e anos atrás está tentando dominar o mundo vez mais? - Aquilo era surreal, mas embora achasse aquilo demais, não conseguiria voltar agora… já havia avançado tanto, que recuar agora e negar ajuda ao espírito dentro de si, seria como negar a mesmo. - Será que você é daqueles espíritos que se a gente ajuda, ele consegue ter seu descanso eterno? Igual naqueles filmes sobrenaturais? - Agora seus olhos estavam voltados apenas para a estrada em seu caminho. Já estava acostumado com o animal ancestral falando em sua mente, então não precisava se olhar no espelho pra se sentir seguro de que ainda não estava louco. Ainda. - Eiii, me responde! O que? Agora não? Eu estou olhando pra frente, tem um monte de gente correndo na direção contrária. - Além de gente correndo, ele ouvia o som de alarmes soando, via estabelecimentos em chamas, gente em perigo por todos os lados e… criaturas estranhas? Ele rolou os olhos. - Já sei, é no meio desse caos que os seus amigos se encontram né? É sempre assim. Eu assisto TV, tá? - Como as pessoas normais, Alecsander deveria estar fugindo, correndo na direção contrária, para o mais longe possível do perigo. Porém, ele não estava com medo. Talvez pelo poder do animal ancestral? Muito provavelmente. Como mencionado antes, ele não recuaria. Pisou fundo, colocando seus fones de ouvido, ouviria um pouco de música para relaxar. Sem muita dificuldade, desviava dos veículos abandonados e dos civis, enquanto batia no volante ao ritmo dosom que estava ouvindo. - Eles que eu ataco né? - E enquanto chegava ao foco do ataque, ia lançando o veículo contra aqueles, que mais tarde (se sobrevivesse), ele conheceria como Moebas. - Woow! Eles viram moedas quando morrem! Será que dá pra vender? - O elefante não o respondeu, mas ele sentia que chegava que estava chegando… e de fato! Ao longe, ele via a fisionomia de algo, que lançava projéteis pra tudo que era lado. - Que pilantra! - Embora o elefante dizia para ele não fazer o que pensava, Alec estava determinado a lançar o carro contra aquilo lá. Mais Moebas eram atropelados no caminho. O carro estava nas últimas, então aproveitaria até o final. - Se segura! - Trocou a marcha pela última vez. O monstro parecia se dirigir à um grupo de quatro pessoas, que usavam roupas coloridas que pareciam distraídas demais com aqueles outros peões. - Sabe o que acontece quando um elefante dirige um carro? - Perguntou ao animal ancestral, enquanto buzinava e chamava a atenção do monstrão, que estava prestes a atirar no grupo. - Isso aqui!!! - E ele segurou firme no volante. O carro atingiu em cheio o monstro (Jagged), que quebrou o vidro da frente enquanto era arrastado, até Alec e o carro pararem ao arrebentar um hidrante que lançou água pra tudo que é lado.
- Meu Deus, Elefante... - Ele reclamou de dor, enquanto arrastava-se pra fora do carro, vendo que seu “amigo” estava soterrado por alguns escombros, já que eles atingiram parte de uma estrutura ainda em construção. - Opa… elefante, alguma ajuda aqui? - Mais Moebas, mas agora ele estava fora da “proteção” do carro. Engoliu seco e tencionou os músculos, sendo tomado por um frio na barriga, quando o primeiro chegou perto o bastante. Alec aplicou o que é conhecido como superkick no mundo da luta livre, acertando bem em cheio a ponta do queixo do moeba, o fazendo recuar. Talvez ele desse conta de um ou dois daqueles, se não estivesse dolorido, mas eram quatro, contra o garoto que acabara de sair de um acidente de carro. No segundo seguinte ele já foi atingido nas costelas, fazendo o garoto perder o ar antes mesmo de ser atingido pelos outros dois e por último, pelo que havia sido atacado pelo chute do garoto. Este impulsionou-se nos seus “companheiros” para ganhar altura suficiente, para atingir um chute giratório na face do jovem, que rodopiou no ar, antes de cair sobre uma poça d’água. - Espero que seus amigos sejam legais elefante. - sua voz saiu bem fraca, enquanto ele tremia, tentando levantar-se. Ainda recebeu um chute contra a barriga, que o fez rolar por pouco mais de um metro. - E é agora que você me fala isso? - Ele parecia reclamar com o elefante, quando ele lhe informou do cubo, que lhe permitia usar os poderes. - O que? Eu ouviria se estivesse sem os fones? - Protestou, mas logo levou a mão ao bolso, tendo que fazer o movimento do cubo muito rápido, quase sem esperar a orientação do animal primitivo. - Instinto Selvagem, despertar! - Alec foi tomado por uma dose absurda de poder, que pulsava por todo o seu corpo, permitindo que ele pudesse esquivar dos ataques e erguer-se rapidamente. - Agora vai! - O garoto disse entusiasmado, agora praticamente livre de dor, enquanto chamava os Moebas. E quando eles vieram um atrás do outro, Alec repetiu o mesmo movimento feito anteriormente, só que agora surtiria efeito nos quatro. O primeiro virou moeda ao primeiro chute e os outros três caíam atordoados, ao receberem mais domesmo. - Beleza! - Agora embalado, ele correu até outro Moeba que ainda atordoado, nada poderia fazer para evitar ser atingido com umaRunning High Knee. Alecsander voltou a correr contra o inimigo, que tentou lhe deferir um soco, mas o garoto aparou o golpe rapidamente e abriu a guarda do monstro, aplicando um low kick poderoso contra o interior da coxa dele e o finalizando com um uppercut like a mortal kombat. - Beleza! - Restava apenas um e o garoto não hesitou em aplicar umsuperman punch, vendo o monstro transformar-se em um monte de moedas. O jovem então correu para o grupo e acenou com energia. - E aí galera! Vocês que são os amigos do elefante? -Porém, não teve tempo de ouvir sequer uma resposta, porque assim que encerrou sua fala, ouviu um grande estrondo, vindo da direção do local em que ele e o monstro pararam. - Ah, claro… ele tinha que se libertar! - Acenou negativamente com a cabeça e chutou uma pedra. Pelo jeito aquele não era fracote como os outros, então sabia que muito provavelmente, teria que lutar em conjunto com os demais.
Foi incrível ver os outros Rangers em ação. Pra começar seus uniformes eram tão legais, talvez até mais legais que seu próprio. Uma Águia, um Tubarão, um Leão e um Tigre, onde que uma combinação dessas poderia ser possível no mundo animal? Por sorte os outros não podiam ver suas expressões por debaixo do capacete pois estava impressionado no quão experientes eles eram em combate. Phoebe e Summer eram as que mais sabiam o que estavam fazendo e estavam se livrando muito fácil daquelas criaturas esquisitas. Apesar de não ter a mesma habilidade, Alysson também conseguia se virar bem na batalha. Foi aí que Stephan olhou para as próprias mãos e depois para algumas criaturas que estavam perto de si. - A entrada não foi das melhores... Mas acho que dá pra compensar. - Socou a palma de uma das mãos e levantou a cabeça, sorrindo por baixo do capacete. Respirou bem fundo antes de prosseguir. - Soco de Águia! - Pegou o máximo de impulso que conseguiu e desferiu um soco no peito de uma das criaturas que foi arremessada para longe. Correu em seguida para uma dupla de Moebas e saltou em direção a elas. - Chute de Águia! - Acertou um chute na cabeça de um e girou o corpo no ar para chutar a nuca do monstro seguinte. - Esse que é o lance galera, dar nomes aos ataques! - Quatro Moebas se juntaram e pularam de surpresa sobre ele na tentativa de levá-lo ao chão. Deixou as pernas bem afastadas para manter o equilíbrio e precisou se esforçar para levantar o peso dos quatro. - Eu já carreguei bezerros mais pesados que isso! - Pressionou os pés no chão e jogou os monstros para o céu. - Eu tenho uma boa agora: Liberar Fera! - E então assas vermelhas surgiram debaixo de seus braços. Pegou impulso e saltou em direção as criaturas que ainda estavam subindo. Abusou da velocidade que as asas possuíam para passar em rasante acertando as criaturas em cheio, fazendo com que as moedas quebradas caíssem no chão.
Ele pousou em meio a gargalhadas no chão. - Que demais! - Antes de comemorar por faltarem apenas algumas criaturas um carro em alta velocidade atingiu o monstro maior em cheio. De dentro dele saiu um garoto que para sua surpresa se transformou no Ranger Verde. - Ué? - Observou o Verde lutando contra aquele bando de criaturas e aparentemente, assim como Summer e Phoebe, ele também já tinha uma habilidade em combate. - Caraca, o verde é demais, né? - Comentou assim que se juntou com as outras. Comemorou junto ao novo integrante assim que ele se aproximou e logo o cumprimentou. - Cara, você foi demais! Mas pera lá, quer dizer que você é o verde? Então quem era o garoto lá de Animarium, galera? - Perguntou para as outras. Foi então que Jagged emergiu em dos escombros com uma expressão não tão agradável assim. - Isso não parece bom... - Foi atingido em cheio por aquela enorme bola de fogo. Demorou alguns minutos para recuperar os sentidos e foi exatamente nesse meio tempo que seus amigos foram atacados pelo monstro. Ainda conseguiu ver a cena em que Aly era atacada pela criatura. O zunido agudo na sua cabeça o deixava meio zonzo, mas precisava fazer algo. Se esforçou para tentar se levantar mas não foi rápido o suficiente. O monstro já estava na sua frente e começou a apertar sua cabeça pelo capacete. Gritava de dor enquanto sentia seu capacete amaçando e pressionando sua cabeça. Socava o braço do monstro mas nada parecia fazer efeito. Sua visão estava ficando turva ainda mais quando sentia algo viscoso escorrendo no olho direito, sangue provavelmente. Já estava perdendo as forças quando ouviu sua Águia. - O... O quê...? Sabre? - Recebeu as informações necessárias de sua fera e tocou o peito de seu uniforme e os olhos da águia do mesmo brilhavam. O sabre se materializou em sua mão e num ataque único cortou o antebraço do monstro e chutou seu peito para afastá-lo. Foi aos poucos recuperando a respiração e se levantando. Tocou o capacete amassado e tentou falar com sua fera. - Consegue dar um jeito nisso? - O ar ao seu redor começou a se concentrar em seu corpo, formando um singelo turbilhão avermelhado que restaurou seu capacete. - Valeu... - Caminhou até seus companheiros e um a um os levantou, se certificando se ainda estavam bem e que conseguiriam continuar. Assim que todos já estavam de pé, o Vermelho continuou olhando para eles. - Tá legal, gente, esse aí é o último. Ele é bem mais durão que os outros bichos mas acho que a gente dá conta. Acho que vocês também devem ter armas... Usem elas e vamos acabar com esse cara de uma vez. Pode ser?