SERENIA, ORPHEUS E HELENA
Os três estavam sentados na grama do parque, apreciando a brisa marinha do inverno. Obviamente não dava pra entrar na água aquela hora, estaria congelando. Já passava das 17 horas, o sol já havia se posto atrás das marés calmas. As núvens se juntavam nos céus, trazendo uma coloração acinzentada ao final da tarde, aparentemente iria chover em algum momento.
Orpheus e Serenia, como sempre, estavam juntos e abraçados. O vento passa forte e traz o perfume de Serenia as narinas de Orpheus, que dá um inspirada longa. Seria uma cena até que romântica se Helena não estivesse ali do lado deles segurando vela. Eles já haviam enviado a carta para o Acampamento há muito tempo e até agora nenhuma resposta, a impaciência e o tédio atingiam eles como um trem. Talvez eles ainda tivessem um tempinho ali sem fazer nada até que alguém chegasse.
Como foram espertos, antes de saírem em busca de Nova Roma, pegaram alguns equipamentos na sede da Amazon, onde ambas as mães do casal trabalham. Elas cederam os equipamentos facilmente, afinal não gostariam que seus filhos saíssem em uma jornada tão perigosa indefesos. Foram disponibilizados três peitorais, três capacetes e três espadas, um kit pra cada.
STEPHEN
O filho de Hades estava em seu chalé, observando a fina camada de neve que passava pela barreira e inundava o Acampamento. O frio fazia com que todas as janelas permanecessem fechadas e a lareira a ficar acesa em tempo integral. Stephen se ajoelha e começa a rezar, segurando seu crucifixo com força entre as mãos. Eram tempos sombrios, onde a força do mal só crescia a cada dia.
O jovem é interrompido pelo bater incessante na porta do chalé. O filho de Hades, um pouco irritado por ter que parar no meio de sua oração, atende a porta, revelando um jovem sátiro. Apesar dos casacos, ele ainda tremia de frio. Com um bater do queixo, o mesmo profere:
- O moço, tem um cara te esperando na Casa Grande.