[Missão] O Blackpower da Deusa Fantasma

por **Vulcano** 11/08/20, 09:39 pm · por **Vulcano** 11/08/20, 09:39 pm

Vulcano

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Luzes. O garoto piscava os olhos, tentando ajustá-los à luz em sua cara. Eram três fontes, como se houvessem três lanternas voltadas para sua cara. A sala ao redor estava escura e o único ponto que poderia ser visto era a da cadeira a qual ele estava amarrado. Correntes apertadas cobriam seu corpo, fortes o bastante para que ele não conseguisse movimentar nenhum membro e até a respiração se dificultasse um pouco. Louis estava exausto. Por mais que o garoto fosse resistente à veneno, ele sabia que haviam injetado algo nele. Mesmo assim, ele não se curava. Não tinha energias para fazer nada. O filho de Dionísio apenas tentava não desmaiar. Não conseguia lembrar de mais nada antes do almoço. Fez uma oferenda ao seu pai, sentou-se e comeu seu prato favorito. No momento seguinte estava amordaçado em um assento de madeira e sendo fitado por um número incerto de pessoas. Vez ou outra ele via algumas figuras azuis tremeluzentes, vagando de um lado ao outro sem emitir qualquer som, como se flutuassem. Sem que ele visse, um rosto escondido por uma máscara negra o fitava. Os olhos eram órbitas negras com alguns pontos brancos, sem qualquer significado para o conselheiro. Embora fosse algo muito estranho, ele não parecia ser um monstro.

- Vamos tentar mais uma vez - Disse, ainda só deixando visível sua cabeça e com o corpo recuado no breu. - Lembra do seu nome? Lembra do que precisa fazer? -

- Considerar que você tem apenas 10 de MP e a vida está cheia.
- Fique a vontade para interpretar o dia até a hora do almoço ou somente o de agora.
- Seu personagem está um pouco atordoado e esse rosto mascarado está a 1 metro de você. Você sabe que tem mais no ambiente e aos poucos você sabe que conseguirá enxergar melhor.

por **Ω Louis Kannenberg** 11/08/20, 10:25 pm · por **Ω Louis Kannenberg** 11/08/20, 10:25 pm

Ω Louis Kannenberg

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Cerrei os olhos tentando me ajustar às luzes brancas e extremamente irritantes ao meu olhar. Tentei levantar a mão para coçar o olho, foi então que vi as correntes que me prendiam a cadeira, soltando um barulho metálico conforme tentava me mexer. Onde estou ? Que dia é hoje ? Lembro de estar comendo no refeitório duas fatias de marguerita, a pizza mais saborosa já criada pela civilização ocidental, junto dos meus irmãos. Brindamos e quando dei um gole na taça do Merlot de 1885...

Minha cabeça doía. Tentei olhar em volta, mas a única coisa que consegui com isso foi ficar tonto. Estava drogado. Tinha que ser algo bem forte pra ter tamanha potência em mim. Das sombras, consegui ver alguem me encarando, com um olhar que parecia o céu em uma noite fria e solitária. Quem é essa pessoa ? O que eu estou fazendo aqui ?

- Vamos tentar mais uma vez. - Arrepiei quando sua voz chegou em mim. - Lembra do seu nome ? Lembra do que precisa fazer ?

Respirei duas vezes, inalando todo o ar que conseguia. Sentia minha respiração pesada, como se meu diafragma estivesse fazendo turno extra. Encarei-o por alguns segundos até que finalmente decidi responde-lo.

- Meu nome é Louis... - Faço uma expressão sincera, sem truques nem ilusões desta vez. - E o que é mesmo que eu preciso fazer ?

por **Vulcano** 11/08/20, 11:05 pm · por **Vulcano** 11/08/20, 11:05 pm

Vulcano

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O rosto fitava Louis com uma expressão de curiosidade, talvez tentando entender a reação do garoto àquilo tudo. O garoto olhou atrás do rapaz, onde três figuras o encaravam. Eram três fantasmas, semelhantes aos que ele já havia visto no acampamento romano em uma das excursões.Mas não eram Lares. Pareciam mais sombrios. Mais perigosos. Mas o que faziam ali?

- VIaje até Nevada. Traga-nos um fio da mãe dos fantasmas em 72 horas. Ou todos os seus irmãos morrerão. Sem exceções. - Apesar daquilo soar ridículo, ele parecia estar falando sério. O seu próprio ar de superioridade fazia o garoto acreditar que talvez ele pudesse mesmo fazer isso. Conseguiram sequestrá-lo em plena luz do dia sem ninguém ver ou intervir. Do que eles eram capazes? Em meio à palavra fio os fantasmas tremeluziram, balançando as mãos como se quisessem bater palmas, mas não conseguiam nem mesmo se tocar. Um deles, não contendo a ansiedade, desatou a falar.
- Nos fará ficar físicos nova--
- Cale a boca, paspalhão - Cortou outro. Talvez não querendo que o filho de Dionísio soubesse da sua real intenção.
- Cartas levarão ao seu destino. Fuja à noite, enquanto não há ninguém olhando - Disse uma voz mais ao longe, de alguém escondido no breu. O som era igualmente abafado, talvez com o rosto coberto por outra máscara daquelas. - Diga para alguém e saberemos. - De repente, diversas luzes saltaram, como se dezenas de pessoas portassem lanternas. Aquilo mostrava que a sala onde ele se encontrava era muito maior do que ele pensava. Sentado como ele estava era impossível determinar quantas pessoas haviam ali.
- Estamos em todos os lugares - Disseram em unissono.

- Alguma pergunta? - Disse o rosto que ainda estava visível e logo a frente dele.

por **Ω Louis Kannenberg** 12/08/20, 05:14 pm · por **Ω Louis Kannenberg** 12/08/20, 05:14 pm

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Encarei os fantasmas enquanto eles apareciam tremeluzentes diante do meus olhos. Lares. Já devo ter visto centenas desses fantasmas perambulando por Roma, porém estes tinham uma aparência escura e amanavam sensações ruins, totalmente diferentes. Por que eu estava aqui ? Qual o sentido ?

- Viaje até Nevada. Traga-nos um fio da mãe dos fantasmas em 72 horas. Ou todos os seus irmãos morrerão. Sem exceções.

"Nevada ? Fio das mãe dos fantasmas ?", pensei. Foi então que ele falou dos meus irmãos e uma ponta de ira subiu pela minha espinha, porém não a demonstrei. Quem eram esses filhos da puta e por que nos ameaçavam ? Neste momento, havia decidido que iria me vingar deles, talvez não hoje nem amanha, porém um dia eles iriam se arrepender de raptarem um membro da Corvus e de mexerem com o chalé 12. Juro pelo estige.

- Nos fará ficar físicos nova... - Um dos fantasmas, o que parecia ser o mais burro dos três, me revela o objetivo deles. Um erro de amador. Me esforço o máximo possível para [Dramatizar] que estava muito dopado para entender o que acabaram de falar.

- Cartas levarão ao seu destino. Fuja à noite, enquanto não há ninguém olhando. Diga para alguém e saberemos. - Consegui escutar outra voz mais ao fundo, também coberta. Já havia treinado o suficiente usando uma máscara para diferenciar a entonação abafada. Foi então que, pra minha supresa, dezenas de outras luzes semelhantes tremeluzentes apareceram.

- Estamos em todos os lugares. - Cheguei a arregalar os olhos e sentir um calafrio percorrer a minha espinha. É, talvez agora fosse bem mais difícil me vingar. Engoli em seco.

- Alguma pergunta? - Perguntou o rosto.

- Não. - Respondi em um tom de voz firme. Já sabia o que tinha que fazer.

por **Vulcano** 12/08/20, 05:44 pm · por **Vulcano** 12/08/20, 05:44 pm

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Clap, clap. Após as palmas, as lanternas se apagaram e o garoto se viu na escuridão. Um saco cobriu-lhe o rosto e uma agulha perfurou-lhe o pescoço, fazendo-o adormecer após alguns segundos. Quando acordou de novo, estava deitado no gramado do acampamento com algumas latas de cerveja espalhadas ao seu lado. Alguns semideuses passavam zuando com a sua cara, como se ele tivesse abusado da cerveja antes mesmo da hora do almoço. Era possível perceber, mesmo sem ser filho de Apolo, que era final de tarde. O céu já começava a escurecer e os semideuses a se recolher para os chalés, preparando-se para o jantar.

A parte mais estranha eram os olhares. O rapaz se levantou e em uma breve caminhada, era possível ver os olhos atentos virados para ele, uma menina aleatória conversando em um grupinho distante ou um sátiro passando ao seu lado mordendo uma lata de coca diet. O guarda percebia que não era mera coincidência. Estamos em todos os lugares. O conselheiro estava confuso. Estava sendo vigiado e tinha recebido uma missão sem nenhum motivo aparente. Partir para Nevada e conseguir o fio de cabelo de uma deusa, era isso que esperavam dele, talvez não descansariam até que o rapaz o fizesse. Louis está próximo aos estábulos e em alguns minutos os campistas começariam a se reunir na fogueira para o jantar.

por **Ω Louis Kannenberg** 14/08/20, 03:26 pm · por **Ω Louis Kannenberg** 14/08/20, 03:26 pm

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Após uma salva de palmas fantasmagóricos, sou vendado e dopado de novo. E la vamos nós. Acordei no gramado do acampamento com uma dor de cabeça do caralho. As latas de cerveja amassadas e vazias me fazia crer que apenas tivera um sonho maluco depois de abusar do alcool, mas parecia superfícial demais, quase como uma armação.

Olhei para a Colina e consegui ver o Sol quase se pondo e os campistas voltando para seus chalés. Merda, ja era quase hora do jantar ? Me levantei cambaleante e comecei a andar para o chalé doze, afinal tinha que liderar a fila até a fogueira. Enquanto andava, não restou dúvida. Acontece que eu tinha uma peculiaridade de sempre saber quando alguém está olhando diretamente pra mim e, definitivamente, aquela garota e aquele sátiro me observavam enquanto atravessada o pátio dos chalés. Continuei caminhando sem demonstrar que os havia percebido, cumprimentando meus irmãos.

"Estamos em todos os lugares."

Ao lembrar dessa frase, senti um arrepio. Havia uma forte sensação de que a minha tarde havia de fato acontecido: realmente havia sido sequestrado por fantasmas e eles me deram uma missão, ameaçando matarem meus irmãos se eu falhasse. Além disso, estava sendo observado até mesmo dentro do acampamento. Merda.

Passo pela porta do chalé 12, pausando um momento pra sentir o aroma doce das diversas videiras brotando pelo lugar. Passo os olhos pelas camas, procurando por Richard. Ele havia me ajudado muito desde que me tornei conselheiro, se tornando a pessoa na qual mais confiava para que ficasse no comando em minha ausência. O guri estava deitado em sua cama deitado, com as pernas cruzadas e os dedos entrelaçados por trás da cabeça. Me aproximo e sento na beirada da cama, encarando-o com um olhar sério.

- Richard, preciso que você fique no comando pelos próximos três dias. - Sua feição parecia demonstrar extrema curiosidade, como se estivesse prestes a ouvi uma fofoca das boas, porém também demonstrava certa preocupação. Porém, devolvi com mais firmeza. Havia coisas que não podia contar para ele nem se quisesse.

- Tudo bem... - Ele respondeu, encarando o teto e relaxando em seus travesseiros. De certa forma, ele parecia um pouco desapontado.

- Obrigado. - Agradeci, levantando de sua cama e me dirigindo a minha. Visto minha armadura por baixo do traje do andarilho e calço as botas de couro por ultimo. Pego minha adaga, anéis e minha mochila. Estava pronto para a guerra. Aproveito pra abastecer o meu cantil de água da torneira mesmo, afinal precauções nunca eram demais.

Itens:

por **Vulcano** 14/08/20, 07:02 pm · por **Vulcano** 14/08/20, 07:02 pm

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O conselheiro se prepara para a missão, entendendo que não poderia dizer a ninguém ou sequer confiar em ninguém. Mesmo que Richard estivesse ali, o menino não poderia arriscar. Ao sair do chalé, um vulto o empurrou contra a parede, tão rápido quanto um filho de Hermes, tapando sua boca para que não fizesse nenhum alarde. À sua frente, uma garota apontava o punho para ele, com um bracelete brilhando em seu pulso. Era como se no menor sinal de ofensiva de Louis, ela fosse explodir seu cérebro.

Menina:

- Vou te explicar apenas uma vez - Disse, deixando o rapaz falar e se afastando. À essa altura, a maioria dos campistas já estava a caminho do jantar. - É simples: Pegamos um táxi até a cidade. Precisamos ir até uma rodoviária. De lá chamamos o Ônibus de Anúbis. A partir daí, está por sua conta. Vá até Vegas sem muio alarde. Depois disso, precisamos dar um jeito de rastrear Melinoe no cassino. - Concluiu, encarando o garoto e esperando uma resposta - Não vou fazer seu trabalho por você, garoto. Estou aqui só pra te mostrar como não estamos de brincadeira - Disse, com os lábios formando um sorriso de canto. Louis não havia entendido parte do que ela havia dito, talvez por ser muita informação atropelada. Ele poderia partir e fazer tudo que lhe pediam rapidamente ou conversar com ela e tentar entender a situação.

por **Ω Louis Kannenberg** 15/08/20, 03:53 pm · por **Ω Louis Kannenberg** 15/08/20, 03:53 pm

Ω Louis Kannenberg

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Estava saindo do chalé quando fui surpreendido novamente. Fui empurrado contra a parede e meu primeiro instinto foi alcançar a adaga na cintura, porém contive meus dedos quando vi que estava rendido. A mulher ruiva vestia uma roupa de couro colada e tinha uma beleza agressiva, como se estivesse preparada para explodir meus miolos ou me estrangular.

- Vou te explicar apenas uma vez... - Ela começou a falar. "Quem é você, vadia ?", perguntei mentalmente. Ela se afasta e eu analiso sua guarda: completamente aberta. Agora com meus equipamentos e solto daquelas correntes, podia pensei em um milhão de maneiras de corta-la em pedaços em um piscar de olhos.

Enquanto ela explicava o que faríamos, fui escutando a razão. De qualquer maneira eu precisava de um plano para chegar em Nevada, e ela tinha acabado de me entregar um pronto. Além disso, o que aconteceria com meus irmãos se eu fosse egoista agora ? Observei enquanto a fila do 12 seguia até a fogueira, tinha que protege-los das sombras, como sempre fiz.

- Certo... - Tinha algumas ressalvas quanto os planos da garota. Não me leve a mal, mas geralmente não costumo confiar nos planos de outras pessoas. Além disso, o que raios era o Ônibus de Anúbis ? Tipo, o deus egípcio ? E quem caralhos é Melinoe ?

- Não vou fazer seu trabalho por você, garoto. Estou aqui só pra te mostrar como não estamos de brincadeira. - Escutei e devolvi o sorriso, se ela achava que iria simplesmente abaixar a cabeça, estava enganada.

- Então por que eles não te deram a missão, se você é tão foda quanto diz ? - Alfinetei. - Já entendi que você está aqui apenas me vigiando, só não me atrase.

Coloco o capuz e contorno a orla de Long Island até sair dos limites da barreira do Acampamento, encontrando com a estrada próxima da praia. Iria adotar a rota mais longa para evitar a fogueira, onde eu poderia ser avistado. Duvidava que um táxi mortal fosse passar por aquela estrada desértica aquela hora do dia, porém se avistasse um definitivamente não perderia a chance. Se não conseguisse achar nenhum táxi comum, atiro um dracma no asfalto invocando as Irmãs Cinzentas, explicando a elas que gostaria de ir a rodoviaria mais próxima.

por **Vulcano** 15/08/20, 10:41 pm · por **Vulcano** 15/08/20, 10:41 pm

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O garoto parte do acampamento, indo na direção da estrada mais próxima à colina. Sem qualquer sinal de veículos por alguns minutos, o menino arremessa um dracma no asfalto, chamando a carruagem da danação. O táxi nova-iorquino aparece em meio à uma camada grossa e cinzenta borbulhando acima da rodovia. Era um carro de tamanho comum, com vidros embaçados e lataria caindo aos pedaços. Ao entrar no veículo, Louis se deparou com as velhas conhecidas de missões anteriores.

- Para onde vamos? - Perguntou Vespa, com as mãos no volante.

- Não gostei do tom que falou comigo - Disse a mulher - Arranque a boca delas - Sussurrou, em um tom sério e quase que sombrio - Coloque-as em um saco e jogue no motor do carro. Queria poder te dizer que envenenaria seus irmãos, mas não funcionaria com eles. Com o chalé de Hefesto por outro lado... arranque as bocas, ou todo o chalé vai morrer - A menina olhou para a janela do carro. Do lado de fora, um rapaz de camisa amarela os encarava. Pela sujeira no vidro não era possível ver seu rosto com clareza, mas ele parecia estudar a movimentação lá dentro, talvez aguardando um sinal para executar a ordem da mulher. Louis lembrou dos rostos e de como o grupo estava em todos os lugares. O garoto sabia que ela não estava brincando. Se tentasse reagir, se não fizesse o que estavam ordenando, o acampamento sofreria.

por **Ω Louis Kannenberg** 17/08/20, 04:18 pm · por **Ω Louis Kannenberg** 17/08/20, 04:18 pm

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Escutei o que a guria sussurrava, tentando manter uma expressão neutra. Entretanto, a cada palavra, temia que não conseguiria esconder minha raiva e indignação sem que as irmãs soubessem. Sorrio e me viro para Vespa:

- Só um minuto, por favor.

Não iria machucar as pobres irmãs, que nunca vi fazerem mal à uma mosca. Dou uma leve joelhada na perna da ruiva, apenas para faze-la sofrer de uma [Amnésia] temporaria, sua reação iria demonstrar se havia funcionado ou não. Apesar de confiar em meus poderes, temia que não fosse ser tão fácil assim, por isso sempre tinha um plano B.

Se ela não esquecesse, alcanço com a canhota a minha adaga presa ao cinto, puxando-a silenciosamente usando as pontas dos dedos. Depois, para a surpresa de todos, encosto a ponta da lâmina no abdomen da garota, em um angulo no qual o rapaz não conseguisse ter visão, cobrindo com parte do braço apenas para ter certeza. Depois, devolvo no mesmo tom de voz que ela usara para se comunicar comigo:

- O que eu disse sobre atrasos, garota ? Ser o seu escravo pessoal não faz parte do acordo inicial. - Se ela começasse a falar, pressionaria a lâmina ainda mais, interrompendo-a de forma rude. - Se quer mesmo fazer isso, faça você mesma, sozinha. E espere até chegarmos na rodoviária. Por ser fraco, vocês até podem tentar me coagir a ajuda-los, por um outro lado, se mexerem com o chalé de Hefesto... Johnny irá caça-los até não sobrar nenhum. Vocês têm muito mais a perder do que eu, nessa situação.

- Nós vamos para rodoviária mais próxima, milady. - Falo para Vespa, voltando a minha posição completamente largada no banco de trás, puxando o capuz para que cobrisse meu rosto novamente.

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